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O assunto mobilidade urbana tem aparecido constantemente nas campanhas políticas atuais. Um dos motivos de tanta atenção é a realização da Copa em 2014 no Brasil. Os investimentos nesta área visam melhorias nos sistemas de transporte público, bem como implantação e integração de novas modalidades de transporte, buscando melhorar o trânsito das grandes capitais e garantir acessibilidade à população.

Em Belo Horizonte, os candidatos à Prefeitura também aderiram o tema em seus planos de governo. O atual prefeito, e candidato a reeleição, Márcio Lacerda (PSB) garante em seus projetos a conclusão de todas as obras que estão em andamento, e pretende também, caso reeleito, dar continuidade às obras de melhoria e expansão do metrô, cujos recursos já estão garantidos pelo Governo Federal.

Já o candidato Tadeu Martins (PPL) pretende, em seus projetos, dar continuidade às obras do BRT e aumentar a frota de ônibus. A ampliação do metrô e a implantação do sistema de monotrilho na Via Expressa, e nas avenidas dos Andradas e Catalão, também fazem parte de suas propostas.

A criação de um sistema de trens intermunicipais ligando todas as regiões metropolitanas de Belo Horizonte de forma rápida, segura, barata e não poluente, é a aposta da candidata Vanessa Portugal (PSTU). “Os trens devem ser integrados ao metrô e ao sistema viário, através de terminais próximos das cidades”.

O candidato Patrus Ananias (PT) também pretende investir no metrô priorizando a linha Barreiro até os hospitais e criando uma Secretaria Extraordinária do metrô. Além de viabilizar a divisão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), criando uma empresa Federal com sede em Belo Horizonte para operar e construir metrô.

Até o fechamento desta edição os demais candidatos não apresentaram seus planos de governo.

Por Perla Gomes e Rute de Santa

Fotos: Internet

Quais são os principais problemas de mobilidade em Belo Horizonte? Quais os desafios que o prefeito eleito vai encontrar no que diz respeito ao trânsito da capital? A equipe do contramão entrevistou o sociólogo Carlos Magalhães; o presidente da Associação dos Condutores Auxiliares de Taxi (ACAT) José Estevão; e o Ex-presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) João Luiz da Silva Dias que fizeram uma análise sobre o assunto.

Jornal Contramão: Algumas regiões são alimentadas pelas estações BHBUS que tem integração como o Metrô. Como você vê a estrutura do transporte público de Belo Horizonte?

Carlos Magalhães: Penso que a população não tem sido atendida pelo transporte público. Seria interessante adotar medidas que aumentassem as alternativas de deslocamento, com tipos de ônibus diferentes dependendo do percurso, por exemplo. Talvez transformar a atual rodoviária em uma estação de transporte urbano seja uma opção.

José Estevão: Temos alguns projetos em andamento, O BRT é um exemplo que com certeza vai melhorar muito. Tem o projeto do metrô que pode ajudar também. Nós temos um problema muito sério aqui em Belo Horizonte com relação ao transporte de taxi. Aquilo que no popular se chama “placa de taxi”, na verdade, é uma permissão pública de taxi. E essa permissão que teria que ser um direito de todos os profissionais, é liberado apenas para alguns, os outros tem que pagar aluguel para trabalhar. Isso faz com que alguns profissionais tenham que trabalhar em média 18 horas para ter um retorno financeiro justo.

João Luiz: Não tem como se fazer um transporte público de qualidade, em Belo Horizonte, que não seja o metrô. Estou falando de capacidade de transporte, não tem BRT ou sistema de Ônibus que possa transportar 3,5 milhões de pessoas e 7 milhões contando a região metropolitana. Um conurbado deste porte tem que ter um sistema de metro da ordem de pelo menos 150km. Nós temos 28km e que ainda está com problemas de operação.

Trânsito na Rua da Bahia

JC: A extensão do metro é mesmo a melhor solução?

CM: Sem levar em consideração o custo e as questões técnicas envolvidas, acredito que o metrô subterrâneo seria a melhor solução.

JE: Talvez o metro não resolva tudo, mas com certeza vai melhorar muito. Outra coisa que ajudaria seria a situação do estacionamento faixa azul. Este tipo de estacionamento acaba diminuindo a pista de rolamento. Acredito que deveria tirar estes estacionamentos e colocar em locais fechados.

JL: O projeto inicial criado quanto eu estava na presidência da CBTU era criar a linha 2 do barreiro até Santa Tereza. Ou seja, a linha 2 passaria a ser o trecho Barreiro até a Vilarinho e a linha atual operaria até a estação Santa Tereza, liberando para que ela cresça ate Betim. Além de criar também a linha 3 três  que ligaria a Pampulha até a Savassi. O projeto que está previsto agora é a criação da linha Barreiro até o Calafate e alinha Lagoinha até a Savassi com projeção de transportar 900 mil pessoas. Mas temos que ressaltar que 900 mil passageiros era a projeção em 1980 quando foi criado o projeto das três linhas do metrô, então é difícil acreditar que de para transportar este tanto de gente com apenas parte do projeto.

JC: Quanto à Mobilidade Urbana, qual será o maior desafio do próximo prefeito?

CM: Repensar a cidade após a realização de inúmeras obras que já surgem ultrapassadas e que não trarão benefícios à mobilidade urbana.

JE: O grande desafio para nós seria regularizar o transporte de taxi na cidade, o direito de trabalhar tem que ser para todos. Esperamos que o novo prefeito faça valer o que está na constituição e que cumpra as demandas do Ministério Público.

JL: De imediato, clarear o projeto do BRT. O sistema não é solução para resolver o problema do trânsito em Belo Horizonte. Este sistema não tem capacidade para o número muito elevado de passageiros. Porém curto prazo pode até funcionar, desde que fique mais estruturado e se comunique com os outros mecanismos de transporte.

Por João Vitor Fernandes

Foto: Hemerson de Morais e Heberth Zschaber

O feriado prolongado começa com congestionamentos em Belo Horizonte. A grande quantidade de carros, nas ruas, provoca lentidão nos principais corredores da capital mineira.

Neste momento, são registrados congestionamentos na Rua da Bahia esquina com Bias Fortes, Avenida Cristóvão Colombo no entroncamento com Bias Fortes na Praça da Liberdade. Outros pontos de lentidão estão nas Avenidas Afonso Pena e Amazonas (tanto no sentido bairro-centro, quanto no sentido centro-bairro), na Praça Sete.

Av. Cristóvão Colombo

Imprudência

A reportagem do contramão flagrou várias infrações as leis de transito neste início de tarde. Confira nas imagens o abuso de alguns motoristas:

Por: João Vitor Fernandes

 

Fotos: Heberth Zschaber

Diariamente, os problemas de mobilidade afetam a população da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A saída encontrada por uma parcela dos belo-horizontinos é morar na Região Centro-Sul, para ficar mais perto dos locais de trabalho e estudo. É o caso do estudante e vestibulando Marlon Bruno da Silva optou morar na região por ser mais próximo ao pré-vestibular. “São 10 minutos a pé. É bem mais fácil”, conta o estudante que veio de Campo Belo, no Sul de Minas.

Já o estudante de Fisioterapia, Wellingson Tobias Marques Silva, morador de Ribeirão das Neves, e enfrenta, diariamente, os problemas de trânsito da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) para chegar à faculdade. “Hoje, gastei 2h30 para chegar”, informa. “Tenho e não tenho vontade de morar na região central. Aqui é inviável porque é caótico, não só pelo trânsito, pela pressão. Seria viável por causa do meu”, avalia.

A estudante de Direito Cibele Moreira mora no bairro Lourdes por questão de localização. “É próximo da faculdade e do estágio, apesar de estudar no Coração Eucarístico. É perto de tudo, está bem localizada e fica tudo mais fácil”, explica. A família de Cibele Moreira é de Sete Lagoas e há aproximadamente quatro anos se mudou para Belo Horizonte. “A mudança foi interessante, foi diferente, a gente sai da calmaria da cidade pequena e chega aqui. Eu gosto muito de BH não mudaria daqui, é uma boa cidade”, declara.

O estudante de Jornalismo Felipe Xavier (foto) é do interior de Minas Gerais e, há quase três anos, mora em BH. Hoje, mora em uma república próxima faculdade. “A adaptação não foi tranquila porque é bem diferente, você pensa em morar perto das coisas, não só da faculdade, mas de farmácia, bar, diversão”, explica Xavier. Segundo ele morar em República não é fácil. “Republica é muito difícil, só é legal na Malhação e filme americano, por que na vida real é muito ruim, não saiam da casa dos pais, só se não tiver que sair mesmo”, brinca o estudante.

A empresária Bebel Menezes morava no Belvedere e junto com a família resolveu mudar para o Lourdes. “É mais próximo da loja que sou proprietária e da escola das crianças na região da Contorno próximo ao mesmo bairro”, afirma. A empresária gastava duas horas na avenida Raja Gabaglia, todos os dias, e consumia um taque e meio de combustível. “Ter mudado facilitou a mobilidade. Gostamos mais do atual bairro porque é perto da Savassi, de shoppings, tem comércios muito bons e clube”, avalia. “O aluguel ficou mais caro, mas acabou compensando na economia de combustível e tempo. A adaptação foi fácil, pois já conhecia o bairro e gostava”, conclui.

O m² na Região Centro-Sul

A Região Centro-Sul é conhecida como o metro quadrado mais caro da cidade. Pesquisando em algumas imobiliárias, pode ser percebido que este dado é duvidoso. A imobiliária 101 imóveis diz que isto é relativo, porque no mesmo bairro o m² no valor de 3 mil a 10 mil reais. Já a Adbens Imóveis informa que o metro quadrado mais caro da cidade fica no Belvedere. O aluguel de um apartamento de três quartos sai a 3.500. E a administradora A-SIIM diz que a Região Centro-Sul abriga um dos m² mais caros da cidade. A venda varia de 350 mil a 1,2 milhões. E o aluguel está na faixa de 5 mil.

Por: Bárbara de Andrade e Raquel Ribas

Apuração-imobiliárias: Anelisa Ribeiro

Foto: Natália Alvarenga

Os rodoviários da capital decretaram greve geral na última quinta-feira, mas os efeitos da paralisação foram sentidos ao longo do dia de hoje pela população. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários de Belo Horizonte, 30% da frota de 3.010 veículos, em 296 linhas, está circulando pela capital. Os impactos da paralisação atingiram ao todo aproximadamente 1,6 milhão de passageiros que dependem, diariamente, do transporte coletivo.

As principais estações de ônibus da região metropolitana amanheceram, praticamente, vazias. Na estação Vilarinho 100% das viagens foram descumpridas, segundo nota da BHTrans. A situação é similar no Barreiro onde foram descumpridas 99% das viagens e na estação Diamante que regista 95% de viagens canceladas.

A categoria reivindica um reajuste salarial de 49% para trocadores e motoristas, jornada de trabalho de seis horas, instalação de banheiros femininos nos pontos finais e manutenção dos cobradores nos veículos.

Hiperlocal

Com a paralisação dos rodoviários, a frota de automóveis nas ruas da capital aumenta o que prejudica o trânsito nas principais vias de acesso ao centro da cidade.
Na região da Praça da Liberdade e Savassi, por volta das 17h, o trânsito flui sem retenções, mas registra-se o aumento de automóveis particulares nas vias, e a pouca circulação de ônibus coletivos. Com a ameaça de chuva, o motorista deve redobrar a atenção.

UNA

Em seu perfil oficial no Twitter, o Centro Universitário UNA divulgou que haverá aula normal para Graduação e Pós Graduação e os professores estão orientados a repor as atividades avaliativas.

Foto: Felipe Bueno
Reportagem: Natália Alvarenga

A rua dos aimorés está passando por uma obra de revitalização no quarteirão entre a avenida João Pinheiro e a rua da Bahia. De acordo a regional Centro-Sul, o objetivo é recuperar o aspecto original e preservar o patrimônio histórico da cidade. Toda a pavimentação de asfalto foi retirada e a rua voltará a ter o calçamento de pedra.

A aposentada Maria Auxiliadora dos Santos, 64, acredita que a revitalização vai dar um aspecto renovado para a rua. “Acredito que toda reforma, desde que utilize o dinheiro público para fins não lucrativos, são válidas. A rua vai receber uma nova cara, além de tampar  muitos buracos que já existiam aqui ”, afirma.

Já o estudante de Direito, Marcos Ferreira, 25, por sua vez, destaca os transtornos causados pela obra, pois a área reservada para estacionamento está fechada, mas apoia a revitalização. “Se é para preservar o patrimônio histórico de Belo Horizonte, sou completamente à favor. Pelo menos assim estamos cientes de que o dinheiro público está sendo utilizado para algo bom”, conclui.

Texto e fotos por Bruno Maia e Henrique Muzzi