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*divulgação

A banda “Projeto Manacá” está pronta para o lançamento de seu aguardado EP intitulado “Nascente”, em um show exclusivo no Conservatório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O evento, acontecerá na quinta-feira, dia 29 de junho, a partir das 19h30, aberto ao público e a entrada é gratuita.

O Projeto Manacá, formado em 2019 por artistas comprometidos com a expressão e conexão de ideias por meio da música, traz em seu repertório referências às raízes da música popular brasileira. O grupo, composto por Thais Godinho, Bê Meireles, Márcio Badu e Calvin Badu, busca explorar ritmos que vão desde o samba e a música mineira até expressões contemporâneas do jazz e da música experimental.

Thais, Márcio, Bernardo e Calvin (da direita para a esquerda). Foto: Gui Guimarães/divulgação

Apesar de terem enfrentado o desafio da pandemia da COVID-19, o Projeto encontrou oportunidades para crescer e aprimorar seu trabalho. Durante o período de isolamento social, dedicaram-se à concepção e gravação do EP “Nascente” no Estúdio Vale Encantado, em Santa Luzia/MG.

Com a flexibilização das restrições, o grupo retomou suas apresentações, participando de eventos como a Feira da Tina, Sarau Multicultural da Academia Luziense de Letras e Artes, Domingo no Campus da UFMG, além de se apresentarem em bares e festas privadas de Belo Horizonte.

“Nascente” representa o início desse fluxo musical e simboliza um encontro de águas. O EP, que será lançado neste mês de junho nas plataformas digitais, apresenta seis faixas que capturam a essência da banda. Cada música leva os ouvintes em uma jornada sonora única, transitando entre arranjos intimistas e momentos de energia e entrega.

 

Venha participar do lançamento e curtir o show!

Mais informações acesse o Instagram da banda.

Serviço 

Show de lançamento do EP na UFMG 

Data: 29 de junho de 2023

Horário: ás 19h30

Local: Conservatório UFMG – Av. Afonso Pena, 1534, Centro – Belo Horizonte, Minas Gerais.

Fotografia: Lucas D'Ambrosio

Sexta feira, 11 de novembro de 2016. Em meio à Primavera Secundarista, diversas cidades do país se mobilizaram em uma manifestação nacional para protestar contra as recentes medidas de austeridade, congelamento e limitação de gastos públicos federais e a reformulação do ensino médio, promovidos pelo governo de Michel Temer.

Fotografia: Lucas D'Ambrosio
Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Em Belo Horizonte, não foi diferente. Em meio às faixas com mensagens de ordem, carros de som e milhares de pessoas representando entidades sindicais, servidores públicos da área da educação, saúde, segurança e fiscalização, crianças e adolescentes representando as 40 escolas que estão ocupadas na região metropolitana de BH, eis que surge um Mar de Gente.

No meio da Praça Sete, no fundo da passeata que levava os manifestantes a cruzar o centro da cidade até a Praça da Assembleia, um longo tecido branco se estendia por entre a avenida Amazonas, uma das principais da capital das Gerais.

Fotografia: Lucas D'Ambrosio
Fotografia: Lucas D’Ambrosio
Fotografia: Lucas D'Ambrosio
Fotografia: Lucas D’Ambrosio

A iniciativa surgiu na ocupação da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A performance foi realizada de maneira coletiva e organizada pela “Frente de Produção da Ocupação Belas Artes”, durante o Ato Nacional Unificado contra a PEC 55 (241) e Medida Provisória 746. Ao todo, mais de 100 pessoas participaram da ação que percorreu a distância de 2Km entre a Praça Afonso Arinos, região central de Belo Horizonte e a Praça da Assembleia, no bairro Santo Agostinho. De acordo com uma das organizadoras da performance, a estudante Debora Guedes, o Mar de Gente, foi “a junção de outras duas performances que usamos como referência: a ‘Divisor’, da Lygia Pape e ‘Painting Reality’ do IEPE”.

Fotografia: Lucas D'Ambrosio
Fotografia: Lucas D’Ambrosio
Fotografia: Lucas D'Ambrosio
Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Por entre fendas cortadas ao longo do pano, cabeças guiavam a marcha no meio prédios e curiosos que paravam para observar. Mulheres, homens… Todos juntos. Em um passo sincronizado, respeitavam os comandos daqueles que guiavam o marchar do mar vivo, refletido em 50 metros de comprimento, realizando um protesto silencioso.

No entorno desse mar, a mensagem era legível: “igualdade”, “respeito”, “arte”, “empatia” e “humanidade”. O que restava, era somente um rastro: 75 litros de tinta que coloriu as ruas da cidade por entre os caminhos percorridos pelas 96 pessoas que levavam a arte, em forma de mobilização, para as ruas de uma cidade ocupada.

Fotografia: Lucas D'Ambrosio
Fotografia: Lucas D’Ambrosio
Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Fotografias e Reportagem: Lucas D’Ambrosio

 

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Professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) votaram hoje, 11, em Belo Horizonte, para uma greve geral, em favor as ocupações dos estudantes, contra a PEC 55 (antiga 241), que limita gastos nos setores públicos, como educação e saúde. A partir da próxima quarta-feira, 16 de novembro, todos os setores da instituição irão paralisar suas atividades até a votação da PEC 55.

Uma assembléia geral para aprovação de uma greve geral, foi realizada com 453 professores, na manhã desta sexta-feira, no auditório do campus de medicina, na área hospitalar, fazendo com que 397 professores votassem a favor, 13 se abstiveram e 43 foram contrários.

“Foi uma assembleia extremamente produtiva, ordeira, onde os professores se posicionaram, entre outras coisas, contra a redução de verbas para educação. Além de existir uma posição muito clara dos professores com relação ao repúdio a PEC 55″, explicou Carlos Barreira Martinez, que é presidente do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (Apubh).

Inicialmente, técnicos administrativos e estudantes já estavam mobilizados.

Texto: Amanda Eduarda
Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Fotografia: Lucas D'Ambrosio

Um dos avanços da legislação brasileira foi a alteração, no ano de 2014, do artigo 243 da Constituição do Brasil.  Depois de 15 anos tramitando no Congresso Nacional, a alteração permitiu a expropriação das terras, rurais ou urbanas, em que forem constatada a presença de trabalho escravo ou análogo, no território nacional. Em 2013, o Senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº432/2013 que pretende alterar aquilo que é considerado “trabalho escravo moderno”, deixando de considerar, no caso, o trabalho em que as pessoas são submetidas à jornadas exaustivas ou à situações degradantes.

Amanhã, dia 02, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) irá realizar, por meio da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas, uma audiência pública para debater a proposta de lei, que atualmente, possui a relatoria do Senado Paulo Paim (PT-RS) e está em trâmite no Congresso. Os debates serão realizados no prédio de Direito da UFMG, à partir das 14h e contará com a presença do senador.  

A Clínica

Carlos Haddad, professor da Faculdade de Direito da UFMG e Juiz Federal, 43, realizou sua pós-graduação em direito no estado de Michigan, EUA. Em 2014, ele teve contato com a clínica Human Trafficking Clinic, que faz parte da Clinnect, uma rede universal de prestação em assistência jurídica às vítimas de trabalho escravo e de tráfico de pessoas.

Alunos participam de aula da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas, no curso de Direito da UFMG. Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Foi proposto a ele que se aplicasse o mesmo modelo, aqui no Brasil. “É uma forma de lidar com uma situação que às vezes tem repercussão internacional: o tráfico internacional de pessoas. Isso, de maneira mais cooperativa e organizada entre diversas entidades e em vários países”, comenta Haddad que aceitou o convite e trouxe a proposta para a UFMG, se aliando à instituições de países que já possuem o projeto como, Colômbia, México e Etiópia

O Funcionamento

Por meio de uma parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e com o Ministério Público do Trabalho, as atividades tiveram início em março de 2015. Com a iniciativa do professor Carlos Haddad, ao lado da também professora da UFMG, Lívia Miraglia, que atuam como coordenadores, o trabalho é realizado com o auxílio de advogadas que são colaboradoras e alunos que trabalham como estagiários e viabilizam a realização do projeto.

A clínica é estabelecida pelo tripé básico da educação pública superior: o ensino, a pesquisa e a extensão. De acordo com a professora Miraglia, cada um desses requisitos são observados e cumpridos atentamente no funcionamento da clínica.No processo de pesquisa, atualmente, analisamos todos os autos de infração que nos são fornecidos pelo Ministério Público do Estado (MPE) e Ministério Público do Trabalho  (MPT ). Nos últimos 10 anos, nossa análise parte desses autos para podermos identificar quais deles se tornaram, de fato, ações trabalhistas, quais se tornaram ações penais e em quais tiveram condenação.”, explica.

A professora de Direito do Trabalho, Lívia Miraglia é coordenadora da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas, da UFMG. Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Outro aspecto observado é o ensino. Há uma disciplina específica que é ofertada aos alunos que demonstram interesse em participar da clínica. “É uma matéria optativa. Nessa aula ensinamos procedimentos básicos de atendimento e tratamento ao público, ensinamos a produção de peças processuais e tudo aquilo que os advogados precisam saber para prestarem atendimento externo.”, ressaltando a importância de ensinar aos alunos o tratamento e atendimento ao público.

Desse ponto, o último aspecto tratado é a extensão, “Ofertamos atendimento ao público, fazendo com que os alunos sejam os protagonistas. Proporcionamos a eles contato com demandas reais. Já realizamos entre 15 a 20 atendimentos durante esse período. É preciso, além do atendimento, compreender a demanda e realizar os encaminhamentos específicos, para cada um dos casos.”, finaliza Lívia Miraglia.  

Experiência para os alunos

Rayhanna Fernandes Souza Oliveira, recém-formada no curso, é uma das participantes da  clínica. Seu interesse em participar surgiu em 2015, quando ela já estava interessada no temas trabalhados em sala de aula pelos professores e coordenadores, Carlos Haddad e Lívia Miraglia. Foi aberto um edital para novos membros e seu ingresso se deu por meio de prova e entrevista.

Para ela, é importante o estudante atuar em atividades de extensão, principalmente, voltado para o tema do trabalho escravo e tráfico de pessoas. “Os estagiários trabalham nos três projetos concomitantemente, na pesquisa, ensino e extensão. Isso nos faz crescer , não só para lidar com as pessoas lá fora, mas também aqui, como integrantes da clínica”.

Rayhanna Oliveira, recém formada do curso de Direito da UFMG é integrante do corpo de estagiários que presta atendimento às vítimas de trabalho escravo. Fotografia: Lucas D’Ambrosio

O atendimento, que é aberto ao público, é realizado no 14º andar do prédio da pós graduação de Direito da UFMG, todas as segundas e  sextas-feiras, de 11h as 16:30h. Dois estagiários ficam à disposição, um auxiliando o outro, com as demandas solicitadas. A estudante, ainda ressalta, a importância do trabalho de campo no processo de aprendizagem e orientação às solicitações, “os nossos coordenadores sempre incentivam para irmos à campo vivenciar, não apenas visualmente, mas também de forma direta os problemas enfrentados por aqueles que têm os seus direitos violados”, finaliza.

PLS432/2013

O significado jurídico para trabalho escravo está presente no artigo 149 do código penal e prevê a submissão do trabalhador a trabalhos forçados, à servidão por dívidas, jornadas exaustivas ou à condições degradantes. Ainda, de acordo com a professora Miraglia, o PLS 432/2013 é específico para regulamentar a modificação que houve, ainda em 2014, do artigo 243 da Constituição.

O artigo, que trata da expropriação de terra, sofreu uma alteração que foi considerada um avanço jurídico. “Ele tem um detalhe, uma vírgula, que é: trabalho escravo, sendo ele em termos da lei. Este detalhe impossibilita a aplicação desse dispositivo, pois aguarda a sua regulamentação.”

Ainda sobre as alterações, Miraglia explica a função da audiência pública. “Vamos discutir se essa regulamentação é necessária pois temos o artigo 149 no código penal que define o que é trabalho escravo e temos a lei específica de ritos de expropriação de terra. Este projeto de lei exclui do conceito de trabalho escravo a jornada exaustiva e as condições degradantes. Sendo que esses critérios, são os que mais dão causa às demandas e denúncias de trabalho escravo no Brasil.”, analisa.

Para o professor Carlos Haddad, a grande questão é lidar com a disputa de interesses, que envolve algumas vezes grandes empresas, que possuem a concentração de capital, em confronto com o trabalhador. “É muito difícil, porque a tendência hoje, em nosso capitalismo sem fronteiras é alcançar o máximo de lucro ao menor custo e, às vezes, essa redução de custo se faz pela supressão de alguns direitos dos trabalhadores”, enfatiza Haddad.

Carlos Haddad, professor da UFMG é o responsável por implementar a Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas no Brasil. Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Para ele, para tornar o assunto conhecido, a presença de campanhas públicas e educativas é importante, sobretudo em escolas, a fim de mostrar para as novas gerações os males de uma exploração abusiva da força de trabalho.

A audiência pública, irá ocorrer na sexta-feira, dia 03 de setembro, à partir das 14h no auditório Maximum Alberto Deodato do prédio do curso de Direito da UFMG, avenida Álvares Cabra, 211, Centro de Belo Horizonte.

Reportagem: Isabela de Assis – Estudante do curso curso de Jornalismo UNA-ICA / Lucas D’Ambrosio

Fotografias: Lucas D’Ambrosio

Estudantes e integrantes do movimento LGBT se reuniram no pátio do terceiro andar do Campus de Direito e Ciências do Estado da UFMG, no fim da tarde de ontem em ato contra os episódios de homofobia ocorridos dentro da Universidade e de outras instituições de ensino. A intervenção foi marcada por debates sobre o tema, performances artísticas e teve como ato principal o “beijaço” entre os participantes.

O protesto nomeado por “O afeto é a melhor arma contra a LGBTfobia” fez parte de intervenções que ocorreram durante todo o dia na instituição. “A população LGBT tem seu acesso restrito, e quando o tem, são silenciados. Em caso de discriminação, não têm a quem recorrer.”, revela um dos organizadores, o estudante de direito Matheus Sales, 20

O objetivo do protesto é denunciar os atos de opressão e dar visibilidade aos LGBTs dentro e fora das universidades. “Os problemas de discriminação não estão restritos somente ao espaço universitário, devemos denunciar que a comunidade LGBT é privada de direitos a todo momento. Para fundarmos uma sociedade plural, fraterna e que é justa, devemos respeitar a diversidade”, defende Sales.

Discriminação

O preconceito contra as lésbicas foi outra realidade denunciada durante o protesto. De acordo com os organizadores há registros de opressão sobre o feminino que ainda é constante na sociedade. A estudante da instituição, Juliana Almeida, 19, chama atenção para o mais recente episódio de violência sofrido por uma aluna da faculdade dentro da sala de aula, e endossa a necessidade de união entre os diferentes movimentos de resistência, “quanto mais unidas as pessoas estão por uma causa, mais força ela tem e mais chances têm de obter sucesso”.

O estudante Lucas Brás, 21, enfatiza a importância do espaço já que muitas vezes os homossexuais tiveram que ocupar, segundo ele, “lugares marginalizados e escondidos”. Ele também chama atenção para a limitação dos direitos dos homossexuais. “Quem vai definir minha sexualidade sou eu. O sexo que nos é imposto quando nascemos não vai me fazer feliz e me fazer uma pessoa completa. A população está presente, sim, e a luta não para, ela é constante!”.

Os manifestantes encerraram o protesto estendendo o “beijaço” para a porta da universidade na Avenida João Pinheiro.

Texto: Felipe Chagas e Luna Pontone

Fotos: Felipe Chagas

Na tarde dessa quarta-feira a Biblioteca Publica Luis Bessa recebeu a coordenadora do curso de História da UFMG, Mestre de ciências sociais, Elizabeth Guerra Parreiras, que contou um pouco de sua experiência de 2 anos na pesquisa da imigração portuguesa, ressaltando as dificuldades e descobertas.

Parreiras descreveu em sua palestra a principal motivação para os portugueses saírem de seu país nesse período e as possíveis causas para eles escolherem o Brasil, e para os residentes em Belo Horizonte, essa cidade tão pouco conhecida no exterior, para estabelecerem suas vidas e formarem sua “nova pátria”.

Justificando a escolha desse período de pesquisa (1975 á 1990), a Mestre de ciências sociais relata que a data de inicio da análise foi selecionada por conta da conhecida revolução dos cravos ou revolução 25 de abril de 1974, momento de transição em Portugal. Já a data de 1990, foi escolhida, pois nesse período Portugal se integrou ao grupo da União Européia.

A pesquisadora demonstrou sua surpresa diante das histórias contadas pelos entrevistados, “Momentos de emoção, que foram transmitidas através dos familiares. Alguns dos portugueses contaram sobre o falecimento dos seus parentes e do pesar de terem saído da sua nação”, declara a palestrante.

A palestrante ressalta ainda que Brasil e Portugal criaram um elo devido a ligação estabelecida entre as duas nações neste período. Uma mistura de culturas, costumes e crenças diferentes, resultando na miscigenação dos dois países.

dsc_0144A Palestrante Elizabeth Guerra Parreiras

Por: Iara Fonseca, Danielle Pinheiro

Fotos: Iara Fonseca