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O domingo (08), marcou o terceiro dia do LUMIAR no Cine Humberto Mauro no Palácio das Artes. Com a segunda exibição das Sessões de Primeiros filmes e Mostra Competitiva Interamericana, foi possível assistir animações, documentários e ficções vindas do México, Argentina e Brasil às 14 e 18 horas. Entre os 8 filmes exibidos na Mostra Competitiva, um dos destaques foi o filme produzido por Mauricio Ferreira, Miúdo, que aborda músicas de Chico Buarque ao contar a história do casal João Pedro e João Hollanda.
O curta ganhou formato devido a um trabalho de faculdade realizado por Mauricio Ferreira e seu amigo Felipe Lovo. Eles deviam criar um produto audiovisual para ser avaliado no semestre e escolher quais seriam as disciplinas que os avaliariam, e uma dessas escolhas era a edição de som, o ponto principal que deveria ser explorado pelos universitários de Pernambuco. “O tema veio a seguir. O cinema pernambucano tem um tratamento peculiar sobre os corpos masculinos, no qual “quebra” com o clichê da construção enquanto forma dos corpos femininos dentro do cinema clássico, o que não se trata apenas de uma temática homossexual, mas sobretudo ao corpo masculino. Os dois atores, Adolfo Delvalle (paraguaio) e André Macedo (brasileiro) – e que eram casal na vida real quando gravamos o curta – tanto nos inspiraram quanto contribuíram para o desenvolvimento das personagens e do roteiro”, afirma Ferreira.

A escolha quanto as músicas de Chico Buarque, aconteceu porque o diretor é fã do cantor e via como uma oportunidade desconstruir o estigma de que as músicas feitas por Buarque embalassem apenas os relacionamentos heterossexuais. Para Ferreira, a composição de Chico Buarque aproxima a complexidade dos casais, sejam elas as orientações que forem. “Como sou um fã obstinado do músico e compositor, dei-me a liberdade de desconstruir os elementos formais das músicas e associá-las a um casal homossexual. A ideia não era erguer uma bandeira explícita sobre a questão de autoafirmação a orientação sexual, mas sim naturalizar aquela relação entre as personagens João Pedro e João Hollanda. Claro que é necessária essa luta – via audiovisual – pelo direito e liberdade da orientação sexual, porém as vezes entendo que apenas mostrar a luta pela liberdade da orientação sexual de maneira explicita, acaba por deslocar o homossexual ainda como o “outro”, cujo alguém ainda a vier a ser livre.”

As filmagens tiveram duração de cinco dias, mas não consecutivos, já que os equipamentos deveriam ser revezados com outros alunos do mesmo módulo de Ferreira. A edição e o tratamento do som também tiveram um intervalo de cinco a seis dias.
Após a apresentação do projeto em sala de aula, surgiu a necessidade do projeto não somente ser válido como avaliação. “O encontro com o Lumiar se deu dentro dessa busca por festivais universitários complacentes com o contexto de produção universitário. No mais, queríamos que o curta e o tema fosse disseminado festivais afora. Afinal estamos a um ano de completar a faculdade e já é hora de apresentarmos algo fora das paredes da Universidade. O Festival Lumiar, coincidentemente, foi o primeiro festival ao qual o inscrevi e, por sorte, foi o primeiro a seleciona-lo.” Após o LUMIAR, o curta Miúdo produzido por Ferreira, foi selecionado para outros dois festivais. “Sendo o Festival Lumiar o primeiro festival a selecionar o nosso curta, seguramente a relação da equipe com esse festival será carinhosamente mais afetiva do que com os outros festivais. Além disso, o Festival Lumiar tem o diferencial de carregar o subtítulo de Interamericano, ou seja, um reconhecimento importante para nós no que tange o circuito não só do Brasil,” finaliza.
A terça-feira (10) marcará o início da Mostra Panorama Interamericano, tendo em sua primeira exibição os filmes vindos do México e Argentina, além disso terá continuidade da Mostra Competitiva e a Retrospectiva Beto Brant, com o filme Cão sem dono.

Por Julia Guimarães

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As Velocidades”, a interface entre o movimento  dos centro urbanos que tensionam a tradição, inovação e as artes nas cidades, foi o tema da oitava edição do UNA Trendsetters, evento que reuniu jornalistas e estilistas que são referência no cenário da moda em BH. Realizado na noite de ontem no Espaço Ilustríssimo. O evento homenageou profissionais de destaque no mundo da moda como a jornalista Lady Campos e a estilista Cláudia Magalhães.

O UNA Trendsetters  promove a formatura dos alunos do Curso de Moda do Centro Universitário UNA.  “O intuito do evento é mostrar um protótipo das produções dos alunos concluintes da graduação e inserí-los no mercado de trabalho”, explica o organizador da mostra e orientador dos trabalhos professor Aldo Clécius.

Aldo Clécius, organizador do UNA Trendsetters.
Aldo Clécius, organizador do UNA Trendsetters.

Para Mariana Cezário, responsável pela produção executiva, coordenação de backstage, direção de desfile e  direção de casting do evento,  produzir um desfile não é só ter a roupa pronta. “A preparação começou muito antes, desde o início da criação e desenvolvimento da coleção. A preparação começa pensando na maquiagem, cabelo,  trilha sonora e depois definimos qual modelo é o perfil da coleção de cada formando. Feito isto, fazemos o ajuste de roupa,  coreografia e por fim, ensaiamos. Tem toda uma pré-produção para o desfile.”

Mariana Cezário, trabalha há 10 anos com produção executiva
Mariana Cezário, trabalha há 10 anos com produção executiva

“Este evento é o momento onde inserimos nossos alunos no mercado de trabalho.”, avalia Clécius a respeito do potencial do Una Trendsetters. “Todo o processo foi desenvolvido com bastante profissionalismo e funcionará como um portfólio para a vida profissional dos alunos”, destaca.

Michele Rodrigues, 22 anos, estava ansiosa para o desfile. “Estamos neste processo de criação há muito tempo. O evento é muito esperado por todos, porque é nele que mostramos nosso profissionalismo e inspiração que foi trabalhado durante o curso.”

 

 

Michele Rodrigues, formanda do curso de moda da UNA
Michele Rodrigues, formanda do curso de moda da UNA

Veja o desfile em:

www.unatv.com.br

www.unaaovivo.zz.mu

Texto e Imagens: Bruna Dias e Raphael Duarte

Está marcado para essa quinta-feira, 12, a partir das 17h, o ciclo de debates Mulheres comunicam, feminismo mídia e ação, organizado pelo projeto de extensão Una-se contra a homofobia, do Instituto de Comunicação e Artes (ICA), do Centro Universitário Una.

Os debates giram em torno dos papéis das mulheres nos dias de hoje. Serão duas mesas formadas por pesquisadores do instituto das áreas de comunicação. O evento promove também a exposição Mulheres na publicidade: intervenções críticas que traz um olhar sobre anúncios publicitários, que utilizam a imagem da mulher e a exibição do filme da documentarista Eliza Capai, “Tão longe é aqui” (2013).

A professora de publicidade e relações públicas do ICA, Carla Soares, participará da primeira mesa com o tema “Mulher e Política: interfaces plurais”.  Segundo a professora, o assunto é importante: “Esse assunto gera incômodo, mas as pessoas geralmente não admitem que é gerado, mas a gente vê pelas atitudes de como elas se comportam quando está se falando de assuntos ligados a gênero, ou os papéis de cada um. A gente percebe que esse incomodo é o primeiro passo para vermos algumas transformações que estão acontecendo”, destaca.

Soares acrescenta ainda, que a discussão vai além do âmbito das mulheres. “É um dia realmente de pensar sobre as questões de gêneros, e não tem um impacto só para a mulher, a questão feminista e sobre gênero vem para repensar os papéis da mulher e do homem na sociedade. Então em certo sentido também é uma libertação masculina, finaliza.

 

Veja a programação completa:

Instituto de Comunicação e Artes – ICA
Campus Liberdade

09 a 12 de março

Exposição de Anúncios Publicitários que retratam a mulher brasileira: intervenções críticas

12 de março: 17h

Exibição do documentário ?Tão longe é aqui? (2013), de Eliza Capai (sala 01 do Instituto de Comunicação e Artes da Una ? R. da Bahia, 1.764, Lourdes)

 

Auditório do Teatro Icbeu

12 de março: 19h-20h30

1ª mesa – Mulher e política: interfaces plurais – Moderação: Profª Daniela Viegas

Profª Nina Gazire Ciberfeminismo: da arte ao ativismo digital

Profª Tatiana Carvalho Costa: Mulheres transexuais e fronteiras do feminismo

Profª Carla Soares: Você sabe como foi o seu nascimento? A construção do imaginário sobre o parto

Graduanda de Moda Énia Dára: Jovens Negras Empreendedoras: Novos Mercados, Novas Perspectivas

 

12 de março: 21h às 22h30

2ª mesa – Olhares: comunicação, cinema, moda e literatura – Moderação: Profª Suzana Cohen

Profª Clara Teixeira: Publicidade e a representação da mulher

Profª Sílvia Barbosa: A mulher na literatura: reflexões sobre a autoria feminina

Profª Geanneti Tavares Salomon: O espelho da moda: Reflexos da condição feminina no seu vestir

Profª Nelma Costa: A Mulher e o Mundo do Trabalho Cinematográfico

Texto: Ítalo Lopes e Camila Lopes Cordeiro

Imagem: Divulgação

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Na noite da última segunda-feira, 29, o auditório do ICBEU recebeu o debate “Política e Cotidiano – E eu com isso?” realizado pelo curso de Relações Públicas e Jornalismo Multimídia do Centro Universitário UNA. Estiveram presentes no evento a jornalista e doutoranda em ciências políticas na UFMG, Márcia Maria, o assessor do Tribunal Regional Eleitoral (TER), Rogério Tavares e o coordenador executivo do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da UFMG, Igor Monteiro.

O debate teve como principal objetivo discutir aspectos ligados ao cotidiano, despertando a importância da política nas ações do dia-a-dia, e não só no período eleitoral, destacou a professora Kenya Valadares, organizadora do debate.

Para Márcia Maria, viver na sociedade é fazer política, e por isso, a conscientização do que é política é um dos fatores primordiais para pensar na hora de votar.

O assessor do TRE, Rogério Tavares, afirmou sobre a importância de pesquisar sobre o candidato antes de votar. Além disso, ele também falou sobre como a mídia só se preocupa com os candidatos “grandes” e só falam sobre eles. Para o assessor, o principal poder é o legislativo e como as pessoas não se importam em quem votar para deputado federal e estadual, são eleitos deputados como o Tiririca, que era cantor, palhaço e agora político.

Texto: Luna Pontone

Foto: Umberto Nunes

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Fórum sobre comunicação integrada reúne hoje, a partir das 19h, no auditório do Teatro ICBEU, profissionais das áreas de relações públicas, publicidade e jornalismo. Entre os palestrantes estão Marco Piquini, da Três Meia Zero Comunicação Integrada, Eliza Alves, da comunicação interna da Fiat, Laura Lima, da TV Alterosa, e Marco Zerlotini, responsável pela comunicação do Banco Mercantil do Brasil.

Apresentar as possibilidades disponíveis no mercado da comunicação é um dos objetivos do evento, realizado por alunos dos 3º e 4º períodos de Relações Públicas da UNA, sob a orientação da professora Daniela Viegas. O estudante Higor Brito explica que o Fórum integra um dos Trabalhos Interdisciplinares (TIDIR) do curso. “A proposta do TIDIR desse semestre era fazer um evento e nós optamos por fazer algo voltado para a área de comunicação. A ideia do Fórum surgiu como opção a uma simples palestra”, sinaliza.

O encontro promove uma mesa redonda em que os convidados discutirão a importância da comunicação no mercado de trabalho e pretende atingir a geração de profissionais que está se formando. Segundo Brito, o público alvo é, em um primeiro momento, os alunos do Instituto de Comunicação e Artes (ICA) da UNA.

Mas também há atrações para interessados em ingressar na universidade. Uma Mostra de Profissões, voltada para o público externo, com estandes das três carreiras representadas no Fórum integra a programação. “Divulgamos o evento em escolas, para as turmas do ensino médio, procurando mobilizar principalmente os alunos do 3º ano a participar, para contribuir de alguma forma na escolha profissional dessas pessoas”, esclarece Higor Brito.

Além da mostra, produções internas dos alunos do Centro Universitário serão apresentadas em um espaço audiovisual interativo. Durante as inscrições, alimentos foram arrecadados e serão doados para os atingidos pelas chuvas de final de ano.

Por: Fernanda Fonseca

Foto: Fernanda Fonseca

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A mesa redonda “Lição de democracia: respeito à diversidade sexual no ambiente acadêmico”, realizada no auditório do Icbeu na noite de ontem, abordou a necessidade de se discutir e promover ações contra a homofobia no ambiente escolar. O debate contou com a presença do professor doutor da Faculdade de Educação da UFMG, Paulo Nogueira, da professora Carolina Marra, assessora do Núcleo Acadêmico da UNA, do coordenador dos cursos de Publicidade e Propaganda e Relações Públicas da UNA, Pedro Coutinho, e dos professores Kenya Valadares e Roberto Reis.

Carolina Marra, representante da reitoria, declarou que a UNA preza a discussão contra a intolerância e incentiva ações que considera fundamentais para a democracia: “entendemos que a universidade é um espaço democrático e fundamental para o debate de ideias. Por isso, iniciativas desenvolvidas pelos professores e alunos em favor da diversidade, como o Una-se Contra a Homofobia, que ganham força ao somar-se a outras iniciativas, é fundamental para o debate, que precisa acontecer no ambiente universitário. Esperamos que essa seja uma iniciativa que dê vazão para outras ideias em prol dos direitos humanos, que nasçam na faculdade e venham para o debate público”.

A postura do centro universitário está em consonância com o que determina o art. 12 da Resolução nº 1 do Conselho Nacional de Educação, expedida em 30 de maio de 2012, que estabelece as diretrizes nacionais para a educação em direitos humanos. De acordo com o dispositivo legal, “as Instituições de Educação Superior estimularão ações de extensão voltadas para a promoção de Direitos Humanos, em diálogo com os segmentos sociais em situação de exclusão social e violação de direitos, assim como com os movimentos sociais e a gestão pública”.

Paulo Nogueira, que atua no campo da sociologia da educação, falou em entrevista para o Jornal Contramão sobre a importância da discussão da diversidade sexual nas universidades. “A discussão da diversidade é uma discussão pública: está na rua, na mídia, nas igrejas, nos partidos políticos, nas instituições que regulam o mundo público – congresso nacional e ministérios, em todas as esferas de governo. Se está em todos esses lugares, também deve estar nas universidades”, esclarece.

Para Paulo Nogueira a faculdade é um espaço de reflexão e de vivência democrática. “Dentro de uma faculdade não se pode viver da mesma maneira que se vive na rua, pois a faculdade pressupõe uma imersão no cotidiano de forma reflexiva. O ato educativo exige isso, principalmente no ensino superior, onde os sujeitos já estão constituídos, já passaram por processos de escolarização, já estão inteiradas da sua sexualidade. É importante que no percurso da formação profissional haja o exercício da vida democrática e é na faculdade que isso deve se dar, talvez até com muito mais clareza do que na educação básica, em que a personalidade dos sujeitos ainda estão em formação”, explica.

Por: Fernanda Fonseca
Foto: Fernanda Fonseca