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UNA

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Por Bianca Morais

Na série de reportagens de comemorações do sexagenário da Una, o que mais se pode identificar nessa trajetória foi o quanto a instituição cresceu e se desenvolveu ao longo do tempo, o tanto que procurou levar a melhor experiência a seus alunos, se adaptar aos novos formatos, ampliando suas unidades para diversas regiões de Minas Gerais e Goiás, levando educação a todos e transformando o Brasil através dela.

É com a ideia de ampliar ainda mais que a Una traz dois novos cursos para a grade da Cidade Universitária, a Medicina Veterinária no campus Liberdade e os Jogos Digitais na Aimorés. 

 

Medicina Veterinária

Recentemente o curso de Medicina Veterinária de Contagem ganhou destaque no Jornal Contramão devido a inauguração do Centro Médico Veterinário da unidade, o primeiro do município, o curso existe por lá há cerca de quatro anos e já leva para o local aproximadamente 500 alunos.

Outra unidade que ainda marcou presença foi a de Uberlândia, com o incrível projeto de extensão Uberlândia Amiga dos Carroceiros, a iniciativa promove atendimentos gratuitos aos cavalos proporcionando melhor qualidade de vida aos animais e a seus donos que dependem deles para sua sobrevivência.

Presente também nas unidades do Barreiro, Betim, Itabira, Bom Despacho, Catalão e Pouso Alegre o curso em crescimento e muito bem visto pelo mercado chega na CDU para trazer ainda mais jovens que têm o desejo de ingressar na área. 

O novo curso irá se instalar na unidade Liberdade e contará com uma clínica para animais de pequeno porte, que será construída no local. O principal diferencial da Veterinária na Cidade Universitária será a tecnologia e a produção de alimentos indústrias em parceria com a Gastronomia na fabricação de laticínios, entre outros.

Segundo a diretora da CDU, Ana Carolina Sarmento, entendeu-se que dentro portfólio da CDU, a única área que não existia era a das agrárias e que medicina veterinária é o principal curso desse meio, com grande procura, e que se comparado a outras faculdades da região central, a Una era a única que não oferecia. 

“Nós já estamos com um bom número de matriculados e provavelmente já teremos o curso em fevereiro de 2022. Continuaremos disponibilizando para os alunos a partir do quinto ano o uso do hospital veterinário da Linha Verde, que é o um dos melhores e mais equipados da cidade e também a parceria com a fazenda, será um intercâmbio entre os campus”, esclarece a diretora.

Sarmento também comenta as expectativas para essa nova fase. “São as melhores possíveis, irá trazer uma vida diferente para a nossa Cidade Universitária, o curso de Medicina Veterinária movimenta muito e cumpre o nosso posicionamento e objetivo de abraçar o entorno, atender nossa comunidade e fazer essa relação com a cidade”, completa ela.  

 

Jogos Digitais 

Outro curso que vem para integrar a grade é o de Jogos Digitais. Em bate papo com o coordenador de Grande Área – Gestão & Negócios e Tecnologia da Informação, Raphael Paulino, ele compartilha as expectativas da chegada desse curso inovador.

De onde partiu a ideia de começar o curso de Jogos Digitais na Una?

A ideia de ofertar o curso de Jogos Digitais emerge da constatação de que o mercado de trabalho é amplo e promissor para quem cursa faculdade de Jogos Digitais, já que só ele movimenta quantidade significativa de recursos em relação a outros mercados no Brasil. É um mercado em constante crescimento que oferece muitas oportunidades para quem é da área. Não obstante, a pandemia aprofundou muito rapidamente o uso de tecnologia da informação e isto corrobora fortemente a oferta do curso.

Por que a CDU foi escolhida para ser o campus que receberá o curso?

A CDU possui um histórico robusto na oferta de cursos das áreas de Tecnologia da Informação, Design e Gestão, cursos que subsidiam – em termos de estrutura, know-how e corpo docente – a operacionalização do curso de Jogos Digitais.  

Jogos Digitais é um curso inovador encontrado em poucas faculdades de BH. O que a Una pretende alcançar oferecendo esse curso?

A CDU está localizada na região central de Belo Horizonte, berço da busca constante pela inovação e uso de tecnologia. Ofertar um curso escasso em termos de oferta de outras IES é parte de um posicionamento acadêmico e de mercado que possui viés estratégico, tanto em termos institucionais quanto de geração de impacto socioeconômico positivo na formação de profissionais de excelência. 

Ademais, o curso de Jogos Digitais da CDU estará regido por uma matriz curricular integrada, toda referenciada por competências e com foco no desenvolvimento ativo do estudante, características que diferenciam positivamente ainda mais o curso, que contará com todo o respaldo do Ecossistema Ânima e da interface direta com as Big Techs – isto é, as grandes empresas de tecnologia que se destacam no mercado, parceiras Ânima.

Quais são as expectativas com a chegada desse curso?

A expectativa é que este curso possa fortalecer ainda mais os cursos da área de Tecnologia da Informação, articulando-se com estes na pesquisa e na extensão, assim como nas Unidades Curriculares Duais junto às empresas. Não obstante, espera-se que o curso esteja diretamente ligado ao Ânima Lab Hub na CDU a partir de uma relação direta (envolvendo docentes e discentes) com o Business Lab, Legal Lab e Fashion Lab.

Em poucas palavras, resuma o que é o curso de Jogos Online e qual será o diferencial desse curso na Una.

O curso de Jogos Digitais prepara profissionais para a criação de jogos para diversos ambientes digitais. Após o término do curso, o aluno está apto a desenvolver todos os processos que formam um jogo, como script, descritivo de personagens, modelagem, criação do ambiente digital, estratégias e toda a finalização. Durante a formação, o aluno tem aulas de softwares específicos, próprios para a construção gráfica, edição de imagens, modelagens de cenários e animação de personagens. O diferencial do curso na Una será a ênfase nas metodologias de aprendizagem ativa e a interface direta com Big Techs que assegurarão experiências reais e a empregabilidade dos discentes.

Em sua opinião, qual a importância dessa nova conquista?

Esta conquista fortalece todo o ecossistema de aprendizagem da CDU, tornando ainda mais completo nosso portfólio de cursos e posicionamento de mercado frente a outras Instituições de Ensino Superior.

 

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Por Bianca Morais 

O Centro Universitário Una sempre buscou fechar parcerias fortes e sólidas, principalmente, quando o assunto é colocar seus alunos em contato constante com o mercado, um exemplo delas, é o acordo firmado com a CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte. 

A proposta dessa parceria promete a execução de vários projetos ligados ao setor tanto acadêmico quanto comercial, com o intuito de trazer vivência mercadológica para os discentes e criar projetos que fomentem o setor lojista. 

A parceria surge do desejo da Una de ampliar seu relacionamento com a Câmara de Dirigentes Lojistas, em consonância com o propósito de transcender os muros das instituições e abraçar o entorno. 

“O principal objetivo da parceria é fomentar as iniciativas do Centro Universitário Una e da CDL Belo Horizonte que possuem propósitos consonantes, corroborando o impacto socioeconômico positivo propagado aos estudantes, aos associados da CDL, e à comunidade em geral”, comenta Raphael Paulino, coordenador de Grande Área – Gestão & Negócios e Tecnologia da Informação.

Com essa ação a Una pretende trazer diversos benefícios aos alunos, entre eles estão:

  • possibilidade de cursar Unidades Curriculares Duais com empresas do portfólio de associados da CDL, com o respaldo administrativo da própria Câmara; 
  • atuar de forma ativa na capacitação de colaboradores das empresas do varejo, podendo aplicar de forma prática o conhecimento da sala de aula; 
  • relacionar-se ativamente com a CDL e empresas associadas, se apropriando das dinâmicas que regem estas empresas e destacando-se frente a estes possíveis empregadores.

Para a Una, a sinergia reforça o posicionamento estratégico junto a uma instituição importante, que possui know-how em inovação aberta e varejo inteligente, e que pode dar ênfase a projetos institucionais. A parceria também reforça o próprio conceito de Cidade Universitária, ao ressignificar o posicionamento geográfico da CDL (muito próximo da CDU) como parte do Ecossistema de Aprendizagem e do B2B.

O fechamento da parceria justifica-se pela possibilidade de mapeamento das iniciativas passíveis de realização conjunta entre Una e CDL e pela transparência em relação às atividades a serem desenvolvidas. Em vista disso, todos os cursos – de todas as áreas do conhecimento – serão beneficiados pela sinergia, por esse motivo as múltiplas frentes nas quais a CDL atua e ainda os múltiplos ramos de atividade das empresas associadas à CDL.

Sobre o desenvolvimento da ação, Raphael, esclarece que ela será oficializada a partir da assinatura de um Termo de Cooperação entre Una e CDL que formaliza as possibilidades de atuação conjunta. 

“Todavia, antes mesmo da celebração do termo, a CDL e a Una já designaram equipes de trabalho compostas por colaboradores de ambas as partes para dar prosseguimento a ações e projetos. Em 2021/2 já houve a realização de uma Unidade Curricular Dual da área de Gestão & Negócios (Inovação, Sustentabilidade e Competitividade Empresarial) junto à empresa Atacadão das Tintas, associada CDL e indicada pela mesma para a UC Dual”, completa o coordenador.

A Una pretende, ao buscar sinergias, cumprir seus pilares de empregabilidade e empresabilidade, ampliando seu posicionamento junto a empresas importantes. Em contrapartida, para a CDL, a parceria beneficia o setor varejista, que tem experimentado mudanças diversas nos últimos anos, decorrentes da conjuntura econômica, política, social e de saúde pública. Transpor estas mudanças demanda conhecimento. A Una, a partir da atuação docente e discente, pode apoiar o setor varejista ao transferir saberes importantes para tomada de decisão e formação profissional e empreendedora, bem como ao propor soluções de problemas organizacionais.

“Um dos maiores gargalos observados na formação universitária (tanto pelas empresas quanto pelos próprios estudantes) é o distanciamento que existia entre a formação e as competências requeridas pelo mercado de trabalho. As parcerias com as empresas possibilitam uma intensificação da aplicação prática do conhecimento teórico em situações-problema reais, que demandam conhecimento, habilidades e atitudes (tanto técnicas como comportamentais) que são efetivamente demandadas no mundo do trabalho. As ações da Una com as empresas possuem essa prerrogativa”, conclui Raphael.

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Por Daniela Reis

No último sábado, 4 de dezembro, aconteceu no Una Cine Belas Artes a premiação do  1° Concurso de Interiores da Una Região Metropolitana. Foram inscritas 43 equipes, que envolveram no total 86 alunos da instituição. O evento foi organizado pelo laboratório de arquitetura da Una Fábrica e contou com um café colonial para recepção dos presentes e após aconteceu as premiações aos vencedores. Estiveram presentes coordenadores de cursos, professores, além de convidados. 

De acordo com Ana Karolina Oliveira, líder do laboratório responsável pelo evento, a ideia surgiu após a percepção dos docentes Thalita Mattos, Juliana Stark e Luiz Nola, sobre o envolvimento dos estudantes durante as aulas. “Após ministrarem a UC de Interiores para algumas turmas, os professores envolvidos perceberam turmas engajadas com o tema e dispostas a aplicar os conhecimentos adquiridos após a UC. O concurso foi elaborado com muito carinho e cuidado, de forma que os alunos pudessem vivenciar a experiência de um projeto feito do zero, com basicamente todos os processos de um case real”, afirma. 

A proposta era atender um casal com demanda de um projeto de Interiores, na qual cada um possuía um gosto e uma expectativa diferente. Segundo Ana Karolina, essa é uma realidade do mercado, se deparar com clientes com anseios distintos para o mesmo projeto.“Isso é super comum na vida dos arquitetos. Pessoas são diferentes e geralmente têm necessidades com níveis de importância distintos. Nesses casos, equilíbrio é a chave. Podemos usar o estilo de decoração de um, com as cores favoritas do outro. Em alguns casos neutralizar os gostos pode ser uma boa saída. Já precisou ver, comer, sentir  algo para saber que você gostava daquilo? Com a arquitetura é exatamente a mesma coisa. Já tive a experiência de uma cliente que só gostava de tons quentes, até ver a proposta da cozinha dela em tons de azul e ficar totalmente apaixonada. A melhor solução é testar e apresentar novas possibilidades. O projeto é a previsão do que vai ser feito na obra e enquanto ele estiver no papel, as possibilidades até chegar a versão final, são infinitas”, completa. 

Para o aluno e um dos premiados do concurso, João Vitor Vidal Almeida, que fez dupla com a colega Daniella Balbin Praes Silva, esse tipo de iniciativa é de suma importância na vivência acadêmica dos estudantes. “Participando do concurso, entendemos que, mais que reconhecimento ou premiação, esses tipos de ações movimentam os alunos, os insere dentro da profissão e dentro dos processos que a envolve, além de gerar inovação de técnicas, desenvolvimento da criatividade e ampliação da visão de cada participante. Achamos que é fundamental e de extrema importância no contexto universitário. E ainda esperamos mais oportunidades de crescimento como essa! Foi incrível! Parabéns a todos os que participaram e aos organizadores do concurso”, concluiu. 

Assim como no dia a dia de um profissional, os alunos também encontraram dificuldades no desenvolvimento do projeto, mas seguiram em frente e finalizaram suas propostas, como explica Sabrina Fonseca, que foi premiada com o segundo lugar e fez dupla com a colega Gabriela Ferreira de Freitas. “Gostamos de participar, achamos interessante a proposta. A maior dificuldade foi o briefing ser apenas em um vídeo, os clientes deram algumas informações, mas é sempre bom você poder conversar e tirar dúvidas com esse cliente, porém achamos que conseguimos extrair bastante informações para construir um conceito de projeto que se adequasse ao casal”, explica. 

Entrevista com as vencedoras 

O projeto vencedor foi desenvolvido pelas alunas da unidade Barreiro, Josiane Aparecida Ferreira e Renata Érika Nunes Figueiredo. A nossa equipe fez uma pequena entrevista com as duas, confira: 

  1. O que gerou em vocês a vontade de cursar arquitetura?

Josiane: A minha vontade veio da necessidade que eu tinha de me expressar, de ser  criativa. Sempre gostei  de observar  os lugares onde  frequentava e tentava entender como tudo funcionava e como as pessoas interagiam com o espaço. Então para mim arquitetura foi a melhor escolha possível. 

Renata: A minha vontade de cursar arquitetura surgiu quando eu percebi que o que eu gostaria de estudar era algo que me desse liberdade em expressar. Sempre gostei muito do centro de Belo Horizonte, com certeza os grandes prédios antigos de BH foram minha inspiração para ingressar na Arquitetura.

  1. Como vocês definem suas trajetórias na Una?

Josiane: Tem sido um período na minha vida de muitos desafios e muitos aprendizados, cada dia tenho mais certeza que fiz a escolha certa .

Renata: Não teve um semestre que não passamos algum perrengue, mas foram esses momentos que forçaram a gente a pensar um pouco mais e descobrir soluções. Esses momentos são muito importantes para o nosso crescimento profissional e pessoal. 

  1. Qual a opinião sobre o curso de arquitetura da Una?

Josiane: Gosto bastante do curso, ele tem me ajudado a me desenvolver bastante, principalmente por ter esse viés mais prático ,que  é de extrema importância  pra minha vida profissional.

Renata: O curso de arquitetura da Una, vem abordando temas atuais de grande importância, principalmente com relação ao meio ambiente e sustentabilidade, assuntos que eu, enquanto futura arquiteta, tenho muita preocupação. 

  1. Qual área da arquitetura vocês pretendem atuar?

Josiane: De todas as áreas possíveis, pretendo me dedicar ao nicho de arquitetura e interiores. É a área que sem dúvida mais me identifico.

Renata: Eu gosto muito da área de interiores, iluminação e paisagismo. Gosto muito de estudar sobre arquitetura sensorial e em como criar ambientes que promovam a qualidade de vida, até o momento é o nicho que mais me chama atenção.

  1. Qual foi a inspiração para realizar o projeto? Conte um pouco sobre ele.

Renata: O Luiz, um dos nossos clientes, foi meu primeiro professor na Una, muito empenhado no nosso desenvolvimento, sempre à disposição. Foi com o carinho que temos por ele e pelo Marcos que buscamos criar ambientes que eles pudessem se identificar, pensamos muito nas cores e texturas e em como casar os gostos e hábitos dos dois.

Premiação

Os participantes foram contemplados por bolsas de Estudo na Escola Desenhar, Kit de amostras exclusivas, Kit com miniaturas de peças das marcas envolvidas, papelaria e pequenos mimos da Una e certificado. 

1° lugar

– Josiane Aparecida Ferreira e Renata Érika Nunes Figueiredo 

Una Barreiro

2° lugar

– Sabrina Fonseca Lima e Gabriela Ferreira de Freitas

Una Betim 

3° lugar

– João Victor Vidal Almeida e Daniella Balbino Praes Silva

Una Contagem 

Menções Honrosas

– Gláucia Nogueira Alves e Renata Silva Aguiar

Una Linha Verde

– Isabela Iris Campolina de Souza e Maria Neusa Barbosa da Silva 

Una Contagem 

Patrocinadores

Três parceiros apoiaram o concurso, são eles: 

– Bel lar (https://bellar.com.br/a-casa/)
– Deca (https://www.deca.com.br/)
– Escola Desenhar  (http://desenhar.arq.br/)

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Promover a empregabilidade no setor econômico, desenvolver a autonomia produtiva e ampliar o network. São estes os pontos-chaves para o Centro Universitário Una e a FIEMG (Federação das Indústrias de Minas Gerais) se unirem, e atuarem na contramão da pouca qualificação profissional na indústria, comércio e serviços. Uma parceria de vital importância para Minas Gerais e o setor produtivo do país. 

Se antes entrar em uma universidade ou se formar em um curso superior era sinônimo de sucesso, no cenário atual é preciso ir além do diploma para ser de fato um bom profissional. É necessário, hoje, ser um indivíduo cada vez mais comprometido, capaz de operar em diferentes âmbitos ocupacionais com a expertise de acompanhar e evoluir de acordo com as necessidades do mercado. Ciente disso, a união entre as instituições foi firmada em fevereiro de 2020, tendo foco na experiência prática e como prioridade a abertura de trabalhos em conjunto para a capacitação de universitários e cidadãos do estado que anseiam ser atuantes no seu próprio futuro. Para conter assim, o abismo da desqualificação e ensejar a formação efetiva.  

“A parceria entre a FIEMG e a Una é uma grande realização. Não para as entidades envolvidas, mas para os alunos que são os grandes beneficiados deste encontro de forças. A união entre mercado e a academia proporciona a eles uma qualificação e preparo ainda maior, além de gerar oportunidades únicas em diversas áreas de conhecimento”, diz Pedro Costa, assessor da Presidência da FIEMG. 

Desde o início, a parceria tem sido um sucesso. Nesses quase dois anos de união contam com ações em conjunto que dão oportunidades para os alunos evidenciarem o saber teórico à prática na promoção de projetos que experienciam habilidades diversificadas, como as soft skills (habilidades comportamentais) e as hard skills (habilidades técnicas). Entre as principais ações estão o Programa Indústria Jovem que promove novas soluções para produtos e serviços, formação de competitividade e mão de obra especializada para atender a indústria. 

A partir do programa, os estudantes têm acesso a uma Landing Page com ofertas de estágios, um projeto trainee que aproxima os melhores alunos de grandes indústrias, estágios avançados em todas as áreas de atuação do sistema da Federação, UCs Duais na grade curricular e um espaço para docentes da Una nas Câmaras e Conselhos da FIEMG. Além disso, podem se conectar aos laboratórios da Fundação de Ensino SESI e SENAI, que são amplamente modernos, prontos para abrigar ideias criativas, soluções de problemas e criação de projetos inovadores. 

De acordo com a diretora de Marketing da Una regional MG/GO/RJ, Marina Guedes Marques, essas ações em conjunto são importantes para tornar a jornada acadêmica dos alunos(as) mais produtiva e promover por meio dela a empregabilidade e a competitividade. “É a oportunidade dos nossos alunos e alunas colocarem em prática os conhecimentos adquiridos em aula, vivenciando situações reais e propondo soluções para os desafios da indústria mineira”, afirma. 

Segundo a diretora, a Una estar ao lado da FIEMG significa não só pensar, e articular, a favor do sucesso profissional dos alunos, como também demonstra a mestria de estar à frente do mercado enquanto academia disruptiva. “A Una se destaca na qualidade do ensino e na proximidade com o mercado, firmando parcerias e projetos inovadores que corroboram para o sucesso profissional dos nossos alunos e alunas”, explica Marina. 

Para a estudante Samira Canaan, que está cursando o segundo período de Moda, a união entre universidade e indústria tem surtido efeito positivo para alavancar sua carreira de forma significativa. “Com a parceria consigo ter uma visão mais ampla sobre como as coisas funcionam e assim correr atrás daquilo que vem agregar a minha trajetória profissional. Tenho tido mais conhecimento e ‘maldade’ sobre o mercado, e com toda certeza isso faz sentido pra mim, me ajuda a alavancar minha carreira”, comenta.

A estudante participou da 26ª edição do Minas Trend, maior salão de negócios da moda da América Latina, promovido pela FIEMG, cobrindo as redes sociais do evento, ela explica que atuar no Minas Trend permitiu ter uma percepção macro sobre o setor têxtil, além de enriquecer ainda mais o seu portfólio. “Confesso que foi uma surpresa poder fazer parte da equipe técnica do Minas Trend, estando ainda no segundo período do curso. Essa oportunidade me deu uma visão ampla sobre como funciona um evento de moda e como se portar diante das marcas. Foi maravilhoso!”, afirma Samira.

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Por Bianca Morais 

O Conselho Regional de Economia da 10ª Região/MG existe há 56 anos e tem como principal objetivo impedir a atuação de leigos e garantir o mercado de trabalho aos verdadeiros profissionais, fiscalizando o exercício da profissão de economista.

Como extensão a ele, foi criado oficialmente no dia 8 de agosto de 2019, o Conselho Regional de Economia Acadêmico de Minas Gerais – Corecon Acadêmico-MG, através da Portaria Nº 138 e regulamentado por estatuto próprio. Possui representação pelos estudantes graduandos em Ciências Econômicas e Relações Econômicas Internacionais do Estado de Minas Gerais.

O Conselho faz com que os alunos dos cursos de Ciências Econômicas estejam mais próximos do Corecon, e consequentemente, possam atuar juntos às Universidades buscando melhor formação acadêmica, profissional e humana. O Conselho apoia os alunos em sua trajetória acadêmica e os prepara para o mercado, além de oferecer preparação com cursos, eventos e seminários com temas diversos. 

Luan Felipe Goulart Reis, tem 21 anos e atualmente cursa o 6º período de Ciências Econômicas do Centro Universitário Una. O estudante ingressou no Conselho logo no seu início e já soma atualmente dois anos de participação. O processo seletivo é feito por meio de uma entrevista e dinâmica com o propósito de buscar os mais interessados, estudantes que tenham disposição para aprender e inovar, Luan é esse sujeito, e recentemente foi escolhido para assumir a presidência do Conselho.

“Para virar presidente é feita uma sabatina e votação pelos membros envolvidos no processos, eu me candidatei espontaneamente, hoje eu represento a nossa marca, defendo os interesses da organização e estudantes de Ciências Econômicas e REI, além de coordenar toda a nossa equipe de diretores” conta ele.

Luan é um jovem que sempre se interessou por Ciências Sociais, como história, sociologia, filosofia, além de ser apaixonado por matemática, foi quando ele analisou os cursos que entravam em seu perfil e a economia caiu como uma luva. O fato do estudante ter assumido o cargo de presidente entre diversos outros alunos de diferentes instituições privadas e públicas, é além de um merecimento, uma representatividade para a Una.

“Do ponto de vista dos nossos alunos, eles têm no Luan uma motivação para estreitar ainda mais os laços com o Conselho, ele traz essa representatividade tanto interna quanto externa, pois quando pensamos em um relacionamento com as outras universidades, é muito importante pensar que ele está atuando na tomada de decisão dos conselhos de uma forma geral, atuando com esse objetivo de fomentar a aprendizagem acadêmica humano e profissional dos alunos”, comenta Raphael Paulino, professor do curso de Ciências Econômicas da Una. 

O aluno se sobressaiu entre estudantes de diversas universidades tanto públicas quanto particulares, se tornou uma ferramenta ativa na propositura de sugestões, na organização de eventos e nos pensamentos acerca da matriz curricular dos cursos de ciências econômicas. 

“É muito interessante essa situação dele, ele já tem feito atuação nesse sentido e é imprescindível que essas universidades que ofertam o curso Ciências Econômicas estejam próximas do Conselho profissional da área, no caso do Corecon, e nesse sentido o Luan acaba sendo um elemento de interlocução mais direta e mais fácil”, completa o professor.

Sem dúvidas, o Centro Universitário tem formado profissionais excelentes, e um representante como Luan dentro do Corecon é edificante, afinal, é um aluno que ajuda a construir positivamente a imagem institucional em termos de robustez acadêmica. 

“Nós conseguimos formar alunos que estão atuando na liderança de outros alunos do mesmo segmento e do mesmo curso para além dos muros da Universidade, isso é fantástico”, pontua Raphael. 

Para o jovem ter em suas mãos a oportunidade de transformar o Corecon Acadêmico em uma referência para os estudantes de Ciências Econômicas e Relações Econômicas Internacionais no estado de Minas Gerais, sempre buscando a excelência e representação, é incrível. 

Para seus colegas de curso, Luan deixa um conselho sobre a importância de entrar para o Corecon:

“O ser humano é um Homo Socius, com isso um Homo Politicus, o Corecon traz para a frente a oportunidade de jovens se transformarem em referência em suas universidades, transformando-os em líderes”.

 

Por Bianca Morais 

A série de reportagens sobre os 60 anos já trouxe boas histórias a esse Jornal, conhecemos projetos, laboratórios, personagens. E hoje é dia de contar a história de Lélio Fabiano.

Lélio foi um dos diretores que passaram e deixaram uma marca importante na instituição. Sua trajetória foi de junho de 2012 até novembro de 2016, sem dúvida, marcada para sempre na história do Centro Universitário Una. 

Quem é Lélio Fabiano

Jornalista Lélio Gustavo

Lélio Fabiano dos Santos é jornalista, escritor, ex-seminarista e professor. Com 82 anos de idade, ele pode ser considerado um verdadeiro ícone do jornalismo, em sua bagagem inclui passagens pelos mais antigos jornais mineiros. Deu seus primeiros passos profissionais no Jornal Binômio, entrou em setembro de 1961. Em dezembro desse mesmo ano, testemunhou o veículo de comunicação ser depredado por militares. Passou pelo Correio de Minas, Diário de Minas, entre outros. Esteve presente nas ruas acompanhando e cobrindo o pré-golpe de 64, as primeiras passeatas de operários e estudantes, as comissões na Secretaria de Saúde e as Marchas com Deus pela família e liberdade. 

Repórter multifacetado, fazia coberturas esportivas, econômicas, políticas e policiais. Em um tempo no qual não se exigia diploma para ingressar na profissão, Lélio desfrutou dos mais diversos benefícios de ser um jornalista profissional (sem frequentar a universidade) na década de 60, como descontos em impostos e passagens aéreas. 

Usufruindo desse desconto, em 1967, Lélio comprou uma passagem só de ida com destino à Paris, onde foi procurar preencher o vazio que sentia após concluir um curso de Direito na Universidade Federal de Minas Gerais, o qual fez simplesmente para ter o diploma. 

“Fiz direito porque era o curso mais fácil para mim, para estudar você tinha que saber português, latim e francês. Latim eu era craque, dez anos de seminário, português desde o primário gostava de fazer composição, e francês o idioma que escolhi”, explica.

Quando estava em seu primeiro ano no curso de Direito, a UFMG criou o curso de Jornalismo, porém, Lélio já jornalista profissional, não queria estudar em um curso que acabara de abrir. Em razão disso, depois de se formar como advogado,  quando embarcou para Paris, grande centro cultural, iniciou um mestrado no Instituto Francês de Imprensa, na Universidade de Paris, e fez sua dissertação com o tema: “O Alcance Social e Político da informação esportiva no Brasil”. 

Na França, Lélio teve muito mais que a oportunidade de estudar, esteve presente em mais um dos momentos importantes da história do mundo, o Maio de 68, movimento político marcado por greves e ocupações de estudantes. Mais uma vez o jornalista registrava memórias que nenhum governo ditador poderia arrancar dele.

Manifestações em Paris – Arquivo Pessoal

“Eu morava ali no coração da revolução, no Quartier Latin, eu corri da polícia, cheirei gás, ajudei a ocupar as instalações do Instituto Francês de Imprensa”, relembra.

 

Entrada no cenário acadêmico

Por longos anos, Lélio foi seminarista e manteve uma relação próxima com a Igreja Católica, devido à esse motivo, quando voltou da França, foi convidado por Dom Serafim Fernandes de Araújo, antigo reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), para que ajudasse na criação do curso de comunicação da instituição. Em meio a ditadura, o jornalista ajudou a erguer aquela faculdade, sendo o primeiro diretor, em 1971.

Lélio e o Padre Geraldo Magela se conheceram nesse período. “Quando era diretor na PUC, o Dom Serafim me pediu para chamar a dar aula na comunicação o tal padre que tinha chegado de Roma e estudado jornalismo, esse era o Padre Magela e ali nos conhecemos”. 

Lélio em seu escritório

A chegada de Lélio na Una

Lélio ficou durante cinco anos e meio na PUC e quando saiu criou sua própria companhia, Lélio Fabiano Comunicação, que prestava assessoria para diversas empresas de diferentes segmentos em Minas Gerais, um dos clientes, inclusive, era o Centro Universitário Una.

Quando os três fundadores da Ânima, Daniel Faccini Castanho, Mauricio Nogueira Escobar e Marcelo Battistela Bueno chamaram o Padre Geraldo Magela para a reitoria da Una, Magela e Átila Simões, que estava na direção, conheciam bem o trabalho de Lélio, e dessa relação surgiu o convite para que ele assumisse como diretor do Instituto de Comunicação e Arte, ICA, o atual campus liberdade.

“Topei o convite com coragem e temor, 40 anos depois de sair da Católica, depois da minha vida ter passado por vários lugares, esse convite, tive a honra de participar do nascimento desse grupo, inicialmente como consultor e em seguida diretor de uma unidade na área a qual era a minha vocação, a minha paixão”.

 

O Lélio e a Una

São 60 anos de Una, e para se marcar um local que em tantos anos se passaram milhares de alunos, professores, coordenadores, diretores e reitores, é preciso ser um sujeito muito extraordinário. 

“Entrei em uma hora muito interessante, no início de uma grande aventura, o curso já existia muito bem, mas cheguei para consolidar mais e propor um ambiente relaxante. Até hoje eu trabalho muito movido assim, pela liberdade, franqueza, não aquele autoritarismo. Meu principal trabalho foi reunir os professores, funcionários, coordenadores de cursos e laboratórios e acho que cumpri minha missão”.

Lélio revolucionou o ICA, a começar pelo nome, antes de sua entrada a pronúncia dessas três letras era separada: I – C – A e isso incomodava o novo diretor, o campus não tinha uma marca.

“Uma das maiores escolas de comunicação do país era o ECA, da USP, Escola de Comunicação e Artes da faculdade de São Paulo, ali foi celeiro de importantes teóricos e profissionais. Eu queria uma marca dessas para o nosso, falei que I-C-A era foneticamente feio, usei o ICA, e aí virou ICA para tudo, todo mundo sabia do ICA, internamente pelos alunos e quem vinha de fora”.

O ex-diretor participou de diversas mudanças estruturais no ICA, para que aquele lugar se tornasse um ambiente de conforto. Segundo ele, fez uma revolução arquitetural, com sua ajuda os arquitetos da Una assimilaram o espírito do campus, uma faculdade de portas abertas.

“Eu falava que dirigia das masmorras, porque era embaixo, perto ali onde é a biblioteca. Chegava para os reitores e falava que não era possível esconder os professores lá, estou escondido, eu queria aparecer. Você não vai fazer comunicação subterrânea”.

Como diretor, Lélio não tinha muita proximidade dos alunos igual na época em que era professor, por isso, sempre que tinha oportunidade de discursar para eles, seja nas cerimônias de formatura ou nas semanas de palestras de cursos, ele procurava levar para os jovens a importância da liberdade, de ser livre dentro do espaço que estuda, ele buscava abrir as portas dos cursos e fazer eles trocarem ideias entre si.

Enquanto com os estudantes os encontros eram poucos, com os professores Lélio tinha uma grande proximidade. “O grupo de professores que encontrei, diria eu, que fui privilegiado de dirigir, se eu fosse técnico de futebol seria aquela famosa seleção brasileira da década de 70, Pelé e Tostão. Foi um tempo muito rico, e eu era estimado por eles da mesma forma como eles eram por mim”. 

Lélio Fabiano e seu time de professores, em ordem da esquerda para direita: Lélio Fabiano, Sávio Leite, Roberto Reis, Tatiana Carvalho, Pedro Coutinho, Júlio Pessoa, Piedra Magnani, Daniela Viegas
Piedra Magnani, Cândida Borges Lemos e Lélio Fabiano dos Santos na 5ª ExpoUna

Lélio e o Núcleo de Conteúdo (NUC)

Lélio era diretor do Instituto de Comunicação, logo, liderava os cursos do campus liberdade, sendo eles cinema, jornalismo, relações públicas, publicidade e propaganda e moda, mas não podia negar seu lado jornalista, que passou por tantos momentos históricos.

O diretor instigava os alunos a irem atrás das notícias, na fase em que dirigiu o campus, acontecia no Brasil as manifestações de junho de 2013, o comunicador estimulou não apenas os estudantes como o próprio Jornal Contramão a vivenciar aquilo.

“Lembro que houve confusões com a polícia, eu falava para eles irem, enfrentarem, complicarem tudo. Jogaram uma bomba em cima de um dos meninos e o NUC tinha a foto, falei, pública, não tem frescura não. Busquei dar forças e me juntei a quem queria gritar”.

O jornalista viveu o maio de 68 na França. “O francês é assim, um cara cuspiu na rua, no dia seguinte sai notícia sobre aquele cuspe”, e era aquilo que ele queria levar a Una, portanto, logo no dia seguinte ao início das manifestações ele já organizava debates com o objetivo de discutir sobre o assunto na faculdade, Lélio queria movimentar tudo. 

Na época em que era diretor, o campus ainda tinha a extensão do ICA, o ICBEU, lá era onde encontravam-se os laboratórios, entre eles o NUC. Lélio abriu o NUC para o mundo ver, retirou as cortinas pois tampava a visão da calçada.

“O NUC precisava disso, ele estava meio isolado, eu ia muito lá, fiz uma transformação, eles trabalhavam de frente a rua da Bahia, uma das principais de Belo Horizonte, estava se criando o circuito cultural de Bh, então vamos participar disso, vamos deixar as pessoas passarem e nos verem”. 

Um local físico precisa irradiar, e Lélio fez não somente o NUC, como todos os outros laboratórios e a instituição irradiaram. 

“A única coisa que me deixou danado foram aquelas escadas de incêndio. Precisa? Então faça, mas vamos fazer ela da forma mais bonita. É lei, a gente não vai lutar contra a lei, isso é bobagem”.

 

O último diretor romântico

Lélio se identifica como o último diretor romântico do campus, romântico porque manifestava a paixão, se entregou por completo a cada um dos cursos que dirigiu.

“Os projetos tão aí, o curso de cinema na fase em que tinha o Júlio e o Cicarini, conquistaram tanto espaço. O curso de moda, eu tinha uma paixão por aqueles desfiles, aquilo para mim era um São Paulo Fashion Week, queria que chamasse São Paulo Fashion ICA, era um negócio tão bonito. A agência de publicidade, tantos projetos bacanas”.

O diretor impulsionava seu time de estrelas, durante sua gestão muitos projetos foram realizados, a Una se tornou um dos maiores centros acadêmicos universitários social na área de inclusão, programas de luta anti racista, contra a homofobia, realizados pelos professores Roberto Reis e Tatiana Carvalho Costa com seu apoio.

 

Homenagem a Lélio Fabiano

Lélio Fabiano é uma pessoa que merece ser aplaudida de pé, e qualquer homenagem a ele ainda não é o suficiente para tudo que ele ofereceu, e é com todo o respeito e gratidão a esse esplêndido profissional, que o campus liberdade deu seu nome à sala dos professores. 

“Eu levei assim, o respeito sem medo, me senti respeitado e jamais temido. Esse simbólico mexeu muito comigo, fotografei e mandei para toda a família, porque se eu tivesse sido um babaca, autoritário, mal humorado e chato eles não teriam me homenageado”. 

A Sala Professor Lélio Fabiano dos Santos é o pedaço do ex- diretor que sempre estará presente na faculdade. 

Placa em homenagem ao jornalista

“A Una e o Grupo Ânima foram muito importantes para mim, cheguei com dignidade e sai com mais dignidade ainda. Sai em um momento de maturidade e até um pouco de idade, tenho juízo suficiente para saber quando a gente é mais produtivo, e foi assim, eu entrei na Una e a Una entrou em mim, e nenhum sai do outro”.

 

Recado de Lélio aos futuros jornalistas da Una

Lélio nasceu na segunda guerra mundial, esteve presente durante a ditadura militar e em maio de 68, pegou os piores e melhores papas da igreja católica, hoje enfrenta a pandemia da Covid-19 e com tudo isso o jornalista deixa uma palavra aos futuros ocupantes de seu lugar: Resistência. 

Para quem assistiu de perto momentos absurdos de autoritarismo do governo, falta de liberdade da imprensa, ver atualmente, depois de tanta luta, a regressão, muitos pedindo retorno do governo militar, voto impresso, é absurdo. 

“Depois do regime militar veio uma nova constituição e eu jamais imaginaria que isso poderia voltar, o que é a memória do brasileiro, onde foi que nós erramos”.

Na opinião de Lélio é imprescindível que um bom profissional esteja sempre bem informado, é preciso aprender a ler jornal, conhecer, comparar, saber criticar. 

“Como é uma aula de jornalismo que ninguém sabe ler jornal. Nas minhas aulas eu ensinava a ler jornal. Um jornal impresso bem feito te dá notícias de tudo: política regional, nacional e internacional, futebol, cultura, tem que ler O Globo, a Folha de S. Paulo e Estadão”.

E não somente a mídia impressa, é necessário ver a mídia da internet e televisão.

“Não é assim, detesto a globo, globo lixo, espere aí, minha paixão não é o Bonner, se for paixão eu assisto a Monalisa Perroni, essa sim tem entusiasmo e movimento o jornal, mas é preciso ser crítico, saber criticar, então no meu ponto de vista jornalista que fala Globo Lixo, não deveria nem passar”.

Ser jornalista é amar a profissão, estar sempre se profissionalizando e procurando aprendizado. Desta maneira que Lélio conquistou tanto, desde pequeno lá na cidade de Guaçuí no Espírito Santo, ainda garoto ele ia até a agência de banco onde o pai trabalhava para ler O Jornal, líder do Diário dos Associados. O impresso chegava de trem, uns cinco dias depois de ser publicado, notícias antigas que ele já havia escutado no rádio, mas mesmo assim sentia o prazer imenso de ir a fundo e ler. 

Lélio dá notícia de tudo, quando professor, chegava em sala de aula e escrevia no quadro de giz tópicos como: 3 regiões do mundo em conflito, 4 cemitérios de Belo Horizonte, 7 jogadores da seleção brasileira de vôlei, 4 ministros do governo federal, na sequência falava aos estudantes que escrevessem em uma folha de papel e entregassem no fim da aula.

“Os alunos apavoravam, ‘não sei 4 cemitérios’, e eu falava, pois é, o jornalismo vai dar notícias sobre cemitérios. ‘Ai não gosto de vôlei’, mas vai precisar falar de vôlei. É a nossa profissão, sinto muito, temos que saber, ler jornal todo dia, passar o olho na mídia impressa”. 

 

Recado de Lélio para os 60 anos da Una

“Sendo diretor da Una senti o mesmo ardor, a mesma paixão de quando criei o curso de comunicação da católica, com meus 32 anos em plena ditadura militar. Voltar ao acadêmico nos meus 70 anos para mim foi uma boa oportunidade, liderei uma equipe excelente, voltei a uma praia que eu estava acostumado a frequentar.

E digo a vocês, um sozinho gritando é pouco, dois é bom e três faz uma gritaria, acho que o dia que essa Una não gritar mais, esqueça, está acabando. É muito importante que o grupo não enfraqueça, não deixe o fogo apagar, soprem as brasas e deixe a cinza entrar nos olhos dos outros, não no nosso, e vamos continuar”.

 

Edição: Daniela Reis