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Vendedor

Quando passamos pela Rua da Bahia esquina com Rua Aimorés na região Centro-Sul de Belo Horizonte, logo sentimos aquele cheirinho de churros! Em pouco tempo deparamos com o carrinho de Carlos Mendes, um tranqüilo e cativante vendedor que, há 12 anos escolheu essa região da cidade  para trabalhar.”Vendo 200 churros por dia. E com as vendas dá para me sustentar tranqüilo e pagar as contas”, garante.

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Mendes veio da Bolívia, há pouco mais de uma década, em busca de uma vida melhor no Brasil, onde não conhecia ninguém. Passou por São Paulo e decidiu estabelecer residência em Belo Horizonte, onde constituiu família, garantiu sua renda como vendedor e, nos finais de semana, faz freelance para eventos e em seu salão. “Entre Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, prefiro aqui por ser uma cidade mais tranquila, sem tanta violência como nas demais”.

Procurando fugir da grande movimentação do comércio, o vendedor escolheu a região Centro-Sul por ser “calma para trabalhar e não tem muitos ambulantes”.

Para visitantes da região e degustadores de churros, Carlos Mendes trabalha de segunda a sexta das 10h às 19h.

Aproveitem e Bom apetite!!!

Texto: Thaline Araújo

Foto: Andressa Silva


Semáforo vermelho para os motoristas, assim Lucio Rodrigues Donato, 37, entra em ação e com o auxilio de uma cadeira de rodas começa a vender Chicletes no sinal da rua Praça da Liberdade A.

Há quase 20 anos trabalhando no mesmo ponto, Donato declara a satisfação diante sua conquista, “Comecei a vender balas no sinal aos 12 anos para ajudar minha família, adotei a profissão e hoje não pago mais aluguel, com o dinheiro que recebi no sinal comprei a minha casa”.

Morador do Bairro Jardim Vitória, Donato utiliza 2 ônibus  e gasta cerca de uma hora e meia para chegar ao seu destino. O vendedor atua com a bandeja recheada de chicletes sobre as pernas e, quando o sinal abre para os pedestres, Donato circula entre os carros oferecendo seu encanto aliado ao sabor de morango, melancia, uva, menta e hortelã.

Donato revela, “Estou sempre no sinal, mantenho minha família com o dinheiro que conquisto aqui, sou casado e tenho um filho de 15 anos”. O vendedor de chicletes consolidou muitos clientes, com oportunidade de conhecer várias pessoas formidáveis: “adquiri muitos amigos trabalhando.”

Com um horário trabalho de 10 hs por dia, sendo este realizado de segunda à sexta-feira, o trabalhador expõe sua alegria pois, obtém ao mês cerca de uma salário e meio.

Ao contar sua historia de vida Donato se emocionou: “nasci e depois de 1 ano tive paralisia infantil, mas a doença nunca me impediu de ser um homem trabalhador e honesto”.

O vendedor diz que sempre foi bastante respeitado e todos os clientes gostam de seu trabalho, “Os meus clientes me chamam pelo nome, nesses 20 anos que trabalho no sinal nunca tive problemas”.

Donato declara que existe discriminação: “o preconceito ocorre até mesmo em família, então se eu for olhar isso não saio nem de casa.Continuo seguindo a vida e o meu trabalho”.

Com muita sinceridade no olhar, o vendedor afirma que não está no sinal para utilizar a deficiência  física para ganhar dinheiro. “Espero que as pessoas não comprem na minha mão por compaixão, mas sim para me ajudar, eu estou trabalhando”, afirma.

Donato não autorizou a utilização da sua imagem. Acredita que algumas pessoas possam o interpretar de maneira injusta.

Por: Iara Fonseca