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O resultado das eleições municipais de 2016 surpreendeu a população belorizontina. No domingo, 02, os eleitores da capital mineira foram às urnas para elegerem o novo prefeito da cidade, bem como, os vereadores que irão compor a Câmara Municipal.

Com a apuração total das urnas, dos onze candidatos ao posto máximo do Poder Executivo de BH, dois deles irão disputar o segundo turno das eleições, Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB).

Na Câmara Municipal de Vereadores, uma mudança significativa irá ocorrer a partir do ano de 2017. Até então, apenas uma mulher ocupava uma das 41 cadeiras na casa legislativa de BH, Elaine Matozinhos (PTB). Agora, serão 4 mulheres representando a população: Áurea Carolina (PSOL), Cida Falabella (PSOL), Nely do Valdivino (PMN) e Marilda Portela (PRB).

Além disso, houve uma renovação de 56% dos vereadores que irão conduzir os rumos legislativos da cidade. Dos 41 que ocupavam a casa, 38 deles tentaram a reeleição. Deste número, somente 18 conseguiram o feito.  

Crise política reflete nas urnas

Após um período de instabilidade política no país, o recente pleito eleitoral apresentou números que representam a desconfiança dos eleitores com os atuais políticos que já cumprem mandatos eletivos como também, àqueles que irão disputar suas cadeiras nas casas legislativas e executivas municipais.

Em Belo Horizonte, a soma das abstenções, votos nulos e brancos ultrapassaram os números totais recebidos pelos dois principais candidatos à prefeitura (710.797), contabilizando 741.915. Desses, 417.537 foram de abstenções, 215.633 votos nulos e 108.745 em brancos.

Nas ruas da cidade, as pessoas demonstram o descontentamento com o quadro que se apresentou nas eleições da cidade. Camile de Oliveira, 21, é estudante e comentou sobre o assunto, “Realmente esse ano as eleições me surpreenderam. Eu vi que o número de votos nulos e brancos superaram os votos tanto de João Leite quanto de Kalil o que é uma vergonha, mas também mostra que a população está sendo mais criteriosa.“.

Otávio Viggiano, 65, professor e jornalista acredita que a cidade poderá ganhar com a eleição do novo prefeito. “Conheço o Kalil e o João Leite há mais tempo, porque meu irmão trabalhava no Atlético. Conheci (os candidatos) fora da política e pelo o que eles faziam dentro do Atlético e, com a boa vontade que tinham para manter um bom time, vão poder usar isso para a política. Vai ser uma maravilha.”, relembrando os tempos em que os candidatos estavam envolvidos com um time de futebol.

O segundo turno das eleições municipais de Belo Horizonte será realizado no dia 30 de outubro. Até lá, os candidatos João Leite e Alexandre Kalil irão tentar costurar novas alianças e estratégias para conseguir atrair os votos, principalmente, daqueles eleitores que não votaram no primeiro turno.

“Não tenho grandes expectativas para o segundo turno mas espero que vença o que realmente vai fazer mais pela nossa cidade, que vai trabalhar de verdade, pensando que está ali fazendo um trabalho pela população e não por ele próprio.”, afirmou a professora e eleitora Jussara Borges.

Fotografia: Lucas D’Ambrosio

Reportagem: Gabriella Germana e Lucas D’Ambrosio

Ao contrario do que acontece nas eleições para prefeito, governador, e presidente, não são necessariamente os candidatos ao cargo de vereador com maior numero de votos que garantem vaga nas câmaras municipais. Nessas eleições, por exemplo, haviam 41 vagas em disputa na Câmara Municipal de Belo Horizonte, e um determinado vereador foi eleito com 3.537 votos, enquanto outro que obteve 6.741 não foi. Isso ocorreu porque para determinar quem serão os ocupantes das cadeiras, existem dois cálculos. O primeiro é o Quociente Eleitoral, e o segundo é o Quociente Partidário.

O Quociente Eleitoral é obtido do resultado da divisão do numero de votos validos (não são contabilizados brancos e nulos), pelo numero de vagas a serem preenchidas. Já o Quociente Partidário e o resultado da divisão do numero de votos que um partido obteve, pelo Quociente Eleitoral. Confira no infográfico abaixo.

Para exemplificar, vamos criar uma situação hipotética onde o numero de votos validos em um município foi 12.100, e havia 12 vagas em disputa. Neste caso, o Quociente Eleitoral seria 1.210 (12.100 dividido por 12). Nesse mesmo município, o partido A obteve 5.000 votos, e o partido B, 3.000 votos. Então, o Quociente Partidário (número de vagas do partido A), seria quatro (5.000 dividido por 1.210), enquanto o do partido B seria dois (3.000 dividido por 1.210). Logo, o partido A teria direito a quatro das 12 vagas disponíveis, e o partido B teria direito a apenas duas.

No exemplo acima, vimos que foram preenchidas, pelo Quociente Partidário, apenas seis das 12 vagas disponíveis. As vagas restantes são distribuídas pelo chamado sistema de médias. Neste sistema, divide-se o total de votos válidos de cada partido pelo número de vagas já preenchidas mais um. Assim, o partido que obtiver maior média ficará com a vaga. A rodada de cálculo é repetida quantas vezes forem necessárias até que todas as vagas sejam ocupadas.

Por Marcelo Fraga

Arte: Diego Gurgell

Imagem: Internet

Há população está cada vez mais ativa na política e diversos grupos sociais estão se formando a fim de fiscalizar as ações dos políticos. Dentre eles se destaca o Movimento Câmara Transparente que tem como objetivo despertar um maior interesse da população em relação à política. “Incentivar a população a entender o quadro dos negócios públicos e provocá-la a reclamar seus direitos e principalmente os deveres daqueles que foram escolhidos por essa mesma população”, declara a Jornalista Cristina Barroca.

O movimento surgiu a partir da revolta de um grupo de amigos com o aumento de 61,8% no salário dos vereadores de Belo Horizonte. O grupo hoje utiliza o poder das redes sociais para alcançar seu público, “Passamos a levar nossas ideias para as Redes Sociais. Assim ganhamos força, respeito e cada dia mais coragem”. Afirma Cristina Barroca.

Os militantes questionam algumas praticas da casa como o voto aberto parlamentar, acabar com o 14º e 15º Salário dos parlamentares, e diminuir o valor da verba indenizatória. Uma vitória do grupo foi o voto aberto no parlamento, através de manifestações em rede sociais, que durou apenas seis minutos de uma hashtag no twitter o vereador Léo Burguês confirmou que iria incluir na pauta da próxima semana, o projeto que acaba com o voto secreto na casa.

Apesar de o grupo contar com o apoio de Vereadores e políticos com a intenção de chegar à população a fim de conquistar formadores de opinião, o movimento se diz apartidário. “Deixamos esclarecido aqui que não possuímos nenhum vínculo com qualquer político que seja membro ativo do governo ou com pretensão de sê-lo”. Relata a Jornalista.

Entenda o caso

 Dez dias após o Natal do ano passado os deputados e senadores aprovaram um aumento de 61,8% nos próprios salários, com isso a população indignada com a situação promoveu manifestações contra essa medida.

 Por: Ana Carolina Nazareno

Foto: Imagens Google