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violencia contra as mulheres

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*Por Jéssica Oliveira

O isolamento social devido a pandemia do Coronavírus deixou o ambiente doméstico mais estressante e mais propício aos abusos. Casos de violência doméstica têm crescido de forma assustadora e para tentar minimizar essa violência, empresas criaram ações e recursos para apoiar vítimas e coibir os atos violentos.

O Jornal Contramão preparou uma lista de empresas e suas ações, confira:

• A 99POP está custeando corridas para a delegacia da mulher, a iniciativa é uma forma incentivar as mulheres que são vítimas de qualquer situação de violência a denunciarem. Para mais informações acesse: https://99app.com/coronavirus/ .

• A Magazine Luiza liberou no seu aplicativo (disponível para Android e IOs)  um botão de denuncia para casos de violência doméstica, que faz com que a pessoa ligue diretamente para o 180, que é a Central de Atendimento à mulher.

• A Marisa se juntou à ONG Turma do Bem com o objetivo de contribuir com o projeto Apolônias do Bem, que consiste em reverter 100% da renda obtida com a venda de vários produtos para o programa que oferece tratamento odontológico gratuito as mulheres vítimas de violência que tiveram a dentição afetada.

• Recentemente as marcas Natura e Avon projetaram em alguns pontos do Brasil mensagens contra a violência doméstica. A iniciativa é parte de um projeto chamado “#IsoladasSimSozinhasNão” que criou uma rede de apoio para vizinhos e familiares, com informações sobre como lidar com um caso de violência doméstica.

Não se omita! Se for vítima, denuncie. Se souber de alguém sofrendo violência doméstica, denuncie!

 

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

Por Bruna Valentim e Hellen Santos 

 

O mês onze encerra o calendário de importantes datas para a nossa sociedade. Além de representar o Mês da Consciência Negra, novembro também registra o dia 25 como um marco histórico para a sociedade. A data foi escolhida para lembrar o Dia Internacional da Não-Violência Contra as Mulheres, em homenagem as irmãs: Patria Mercedes Mirabal, Minerva Argentina Mirabal e Antonia María Teresa Mirabal, torturadas e assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, na República Dominicana em 25 de novembro de 1960. Conhecidas como as “Las Mariposas”, as irmãs ousaram se opor à ditadura de Trujillo, uma das mais violentas da América Latina. Por tal atitude, foram perseguidas e mortas.

 

Em um cenário desolador, os números de violência contra as mulheres mesmo depois do ocorrido ainda são grandes. Os maiores registrados estão nas violências físicas, psicológicas e de assédios sexuais, considerados crimes hediondos que violam os direitos humanos.

 

Violência Sexual

 

Conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2015, o Brasil registrou um estupro a cada 11 minutos, dados estes que podem variar conforme levantamentos regionais, desse número, 70% das vítimas são menores de idade. Com o novo projeto de emenda constitucional, a PEC 181/15, que busca proibir o aborto mesmo em casos de estrupo –  revela uma violência invisível aos olhos, mas muito viva no corpo e na alma dessas mulheres. Obrigar uma mulher a conceber um filho vítima de violência abre precedentes para um aumento em casos de depressão pós-parto e suicídio.

 

Violência Doméstica e feminicídio

 

No Brasil a cada 7 segundos uma mulher é vítima de violência física e cerca de 30% das mortes são causadas por seus parceiros e ex-relacionamentos. Vale ressaltar que casos de feminicídio são apenas os que ocorrem quando fator determinante para o assassinato acontecer é o gênero. Latrocínios, por exemplo, roubo seguido de morte, não são considerados feminicídios porque o fator determinante não é o sexo.

Fazendo um recorte de raça, nos últimos anos a violência contra mulheres brancas diminuiu 7,4% no período analisado (passando para 3,1 mortes para cada 100 mil) e a mortalidade de mulheres negras teve um aumento de 22%, chegando a taxa de 5,2 mortes para cada 100 mil, ficando superior à média da população feminina no geral.

A Lei Maria da Penha

 

A Lei 11.340, em vigor desde 2006, vem ajudado mulheres ao longo dos anos, segundo dados de um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em março de 2015. De acordo com o estudo, o número de mulheres assassinadas pelo cônjuge diminuiu em 10% desde a aprovação da mesma, sendo que 98% da população brasileira têm conhecimento da lei e qual é sua função. A lei abrange também mulheres em relacionamentos homo afetivos e abrange também as transexuais. É importante reforçar que o agressor não precisa ser o marido, o namorado e que violência psicológica, sexual e patrimonial também contam.

Como denunciar

 

A denúncia pode ser feita em qualquer delegacia, com o registro de um boletim de ocorrência (B.O), ou pela Central de Atendimento à mulher, que atende pelo disque 180, serviço da Secretaria de Políticas para as Mulheres. A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Está luta é de todos

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self defense

Da Redação

Criada há 11 anos, a Lei número 11.340, mais popularmente conhecida como Maria da Penha, tem como objetivo proteger e amparar mulheres que são física e mentalmente agredidas por seus parceiros ou qualquer outro homem. Para falarmos sobre esse dia tão importante na luta contra a violência que acomete mulheres diariamente no Brasil fizemos um copilado de matérias que já foram publicadas no Jornal Contramão ao longo desses anos em que a lei está em vigor.

Em destaque: Lei Maria da Penha

Lei Maria da Penha completa 6 anos

O machismo no Brasil revelado em dados e acontecimentos recentes

Lei Maria da Penha: Uma Década

 

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Mais que um tema de redação

Em 2015, o Exame Nacional do Ensino Médio – o Enem trouxe como tema da redação “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” e como era de se esperar houve grande mobilização e polêmica em torno do assunto. Dividindo opiniões e trazendo a discursão para dentro das casas, salas de aulas e rodas de amigos o tema continuou a nos alertar e nos surpreender para a realidade vivida por uma parcela feminina que compõe nossa sociedade.

Um assunto de importância pública deu voz às mulheres que por muitas vezes são silenciadas pelo medo, vergonha ou a sombra de sofrer mais violência ao tornar sua condição de opressão pública. E por meio dessa iniciativa, admirável, do governo muitas delas expuseram seus opressores e deram voz por meio de algumas linhas o seu sofrimento.

Diante dessa realidade o Ministério da Educação (MEC) pretende continuar com o assunto divulgando os meios de atendimento e proteção à mulher. O que é louvável, já que, uma vez que o pontapé inicial à conscientização foi dado e nos cabe agora dizer ao opressor que aquela a quem ele oprime não está sozinha e que ao lado dela está a lei e o repúdio da sociedade.

E mesmo com a aprovação da Lei Maria da Pena, em 07 de Agosto de 2006, a violência não acabou ou diminuiu, somente entre os anos de 2009 e 2011, 17 mil mulheres foram mortas vítimas de agressões segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Estatísticas quando bem fundamentadas não mentem e os números no caso de violência contra a mulher no Brasil são alarmantes.

Por Ana Paula Tinoco
Imagem Divulgação/ Internet

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