Tags Posts tagged with "Volta as aulas"

Volta as aulas

0 1034
Oficina de Storytelling

Por Bianca Morais 

Há seis anos eu pisava pela primeira vez na faculdade, essa sensação eu nunca vou me esquecer. Era uma mistura de ansiedade, com preocupação e nervosismo, afinal ali, naquele momento, eu definiria o resto da minha vida.

Logo no primeiro dia comecei meu ciclo de amizades, quatro amigas inseparáveis que faziam todos os trabalhos juntas, acontece que nem sempre todos caminham pelo mesmo percurso. Seja por questões financeiras ou até mesmo descobrir dentro do seu curso que sua paixão é outra e escolhe seguir outro rumo. Para minhas amigas e eu não foi diferente, com o passar dos semestres duas desistiram, e aquele quarteto virou uma dupla, sem contar que naquela sala de trinta jornalistas do primeiro semestre, restaram apenas 4. 

Hoje piso na faculdade como funcionária, loucura, depois de anos como estudante posso voltar como educadora, vejo todos aqueles jovens chegando iniciando sua jornada como eu da mesma maneira que eu: cheios de energia e vontade de viver essa experiência fantástica que é a a graduação.

A faculdade não forma apenas profissionais, forma pessoas e personalidades. Assim como disse uma vez Nelson Mandela “Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, e é tão gratificante para quem, assim como eu, entende que educação é algo tão fundamental e que ninguém jamais pode tirar de você. Assistir a volta às aulas, uma volta presencial, é gratficante, afinal estamos aos poucos saindo de uma pandemia que afastou os calouros e veteranos da universidade.

Estudante poderia ser sinônimo de energia, de alegrar um espaço com seus planos, ideias, e principalmente seu sonhos. Pergunte a qualquer um deles qual foi a sensação ao pisar pela primeira vez na faculdade e você será preenchido por uma onda de euforia que só eles conseguem transmitir.

E quanto aquelas amigas que iniciaram a jornada comigo e precisaram interromper, é importante enfatizar que a faculdade é também um ciclo difícil, porém muito prazeroso, haverão momentos ruins, no entanto terão muito mais momentos bons.

Finalizo a reflexão de volta às aulas citando meu grande ídolo e o mentor de toda uma geração de jovens, Chorão, “Revolução na sua vida você pode você faz, quem sabe mesmo é quem sabe mais”, busque conhecimento, não se contente com pouco, aproveite cada oportunidade que a faculdade vai te dar e acredite que você pode se tornar o jovem que vai mudar o mundo e ser levado a sério.

 

 

0 456

Por Keven Souza

Hoje, 15 de fevereiro, se deu por completa a recepção de calouros da Una, realizada para os cursos das áreas de Comunicação e Artes no campus Liberdade. O acolhimento teve início ontem, 14, no turno da noite. Com mochila nas costas, caderno nas mãos e sorriso no rosto, os novos estudantes puderam conhecer de perto o conceito amplo e diverso da Cidade Universitária Una (CDU), que a faz ser única. 

Durante o evento, o olhar de atenção e curiosidade estava estampado em cada aluno que se apresentava. Lanches, brindes, Dj e flash tatoo foram o ponto alto da noite. Momento em que os novos tripulantes do universo acadêmico receberam o publicitário e coordenador de cursos, António Terra.

Com uma maneira descontraída de falar, mas carregada por uma dose de seriedade, Terra realizou a apresentação dos eixos que compõem a CDU, integram a jornada acadêmica e o time docente. “A ideia desse encontro é criar laços, conexões e trocas. Aquilo que não se pode substituir o olho no olho, essa aproximação”, explica. 

Na sequência, o coordenador pediu para que os estudantes se apresentassem, proporcionando um momento de entrosamento entre os novatos da Una, que terminou a apresentação indagando: “A universidade é um ótimo lugar para a dúvida. E não é ela que faz alguém feliz, é o caminho que você escolhe e se encaixa que te permite isso”, diz. 

Nesse acolhimento estavam presentes também, junto ao coordenador, professores de jornada dos cursos de Publicidade, Jornalismo, Relações Públicas, Arquitetura, Design,  Moda e Gastronomia; bem como a equipe da Fábrica – laboratórios de economia criativa – e a atlética universitária do campus Liberdade, a ACDL; que se apresentaram e levaram mais tarde os jovens para conhecer os laboratórios, as salas e os espaços de convivência dos campus Liberdade e João Pinheiro. 

Tânia Dias, caloura do curso de Arquitetura e Urbanismo que compareceu à recepção, diz que visitar os espaços foi uma experiência enriquecedora, logo no início do curso. “ Foi muito enriquecedor e especial, acabei tendo amplitude no que eu imaginava de um campus. Digamos que abriu um leque, a mente”, afirma. 

Segundo ela, ser iniciante tem o peso da insegurança, do medo, mas ser recebida logo no início de forma calorosa e acolhedora faz a diferença para mudar esse cenário. “Acho que como caloura representando todos os novatos, estando super ansiosa para iniciar, essa recepção é essencial, além de achonchegante”, desabafa.  

Para o calouro Rodrigo da Silva, também iniciante no curso de Arquitetura e Urbanismo, a curiosidade foi o motivo que o trouxe ao evento. “Eu estava muito preocupado de chegar na faculdade sem conhecer nada e nem ninguém, talvez pouco perdido no primeiro dia de aula, mas quando surgiu essa oportunidade de vivenciar o campus antes mesmo das aulas achei incrível e decisivo para estar aqui”, comenta. 

E para esta nova jornada que se inicia, o estudante está com muitas expectativas. “Espero manter a calma, principalmente neste primeiro semestre que há muita ansiedade”, ressalta. 

Mensagem de boas-vindas

A receptividade não para por aí, a semana continua repleta de ações a partir de uma programação extensa e para lá de especial destinada aos nossos novos calouros. Nomeada de “Liberdade Open Week”, os próximos dias foram pensados para proporcionar um momento mágico e significativo do retorno gradativo ao campus, antecipando o período das aulas. 

A priori, sugerido pelo coordenador Antonio Terra e abraçado pela equipe da Fábrica, o evento possui inúmeras oficinas, palestras, atividades e chega ao fim nesta sexta-feira, dia 18 de fevereiro. Aos calouros que possuem ainda interesse em participar é necessário retirar  ingresso através do site disponível para garantir a vaga. Não perca!

Com a volta às aulas, a demanda por livros didáticos cresce espontaneamente. Alunos das mais variadas idades, procuram os materiais que serão usados no novo período escolar, já que em cada evolução no ensino, livros mais avançados devem ser obtidos.

Essa é a grande preocupação dos pais desses alunos na hora da compra dos novos livros. Ao invés de procurar esses materiais usados, as pessoas procuram em livrarias especializadas, pagando até mais do que o dobro por livros que podem ser encontrados facilmente em diversos sebos localizados na cidade.

De acordo com o livreiro Pedro Paulo, da Livraria e Sebo Três Irmãos, sua loja vende muitos livros usados, apesar da difícil concorrência com as livrarias da Galeria do Ouvidor, que são especializadas em vendas de materiais didáticos novos.

Outro empecilho para quem trabalha em sebos é o fato dos professores adotarem os materiais editados em até dois anos de uso para diminuir a safra de livros usados, fazendo com que os alunos comprem apenas os novos.

Ronaldo Lima, formado em Jornalismo na década de 70, hoje livreiro da Livraria Shazan, não trabalha com material didático por achar que tudo funciona como uma espécie de “máfia de livros”, onde as empresas produzem em grande quantidade, facilitando o encontro dos livros novos e diminuindo a safra dos materiais usados.

Na opinião de Ronaldo Lima, o acesso à internet e o uso do xerox, fazem com que a venda de livros diminua bastante. “Os alunos conseguem achar o material na Internet sem precisar comprar. Ao invés de procurar o livro usado, algumas pessoas preferem fazer cópias xerocadas do material, o que pode sair até mais caro do que um livro usado”, conclui.

Confira entrevista completa com Pedro Paulo:

 

 

Texto: Arthur Henrique Costa

Reportagem: Andressa Silva

Foto: Débora Gomes