Tarifa Zero convoca manifestação contra aumento da tarifa do transporte coletivo

Tarifa Zero convoca manifestação contra aumento da tarifa do transporte coletivo

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Nesta quinta-feira, 3, acontecerá em Belo Horizonte o “1° Ato: se a tarifa aumentar a cidade vai parar”, convocado pelo Movimento Tarifa Zero após a sinalização de que o valor da tarifa de transporte público poderia aumentar cerca de R$ 0,05. A informação veio à público após reunião com representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o prefeito Márcio Lacerda e o presidente da BHTrans, realizada à portas fechadas na sede do MPMG, quando foram apresentados os resultados da auditoria da Ernest & Young.

O relatório apresentado pela empresa Ernest & Young aponta que o valor da tarifa deve ser ajustado em 2,97% além da inflação, para que a Taxa Interna de Retorno (TIR) para as concessionárias seja mantida em 8,95%, conforme estabelecido em contrato. Além disso, as planilhas apresentadas pontuam que o valor da passagem poderia cair até 27,54%, devido aos lucros acumulados pelas empresas nos últimos anos, mas, por conta dos investimentos da mesma na construção do BRT Move, essa redução torna-se inviável nos termos contratuais.

Apesar das recomendações do relatório, disponibilizado no site da BHTrans na última sexta, 28, a entidade afirma que o aumento da tarifa ainda não é certo – diferente do que era veiculado: que o reajuste poderia acontecer hoje, 1. Para a jornalista e membro do Tarifa Zero, Juliana Galvão, “eles não aumentaram por uma questão de pressão, porque eles viram que alguma coisa ia acontecer e ficaram receosos”.

A auditoria da Ernest & Young custou R$ 1,97 milhões aos cofres do município e foi uma das exigências acordadas entre manifestantes e o prefeito Márcio Lacerda em março de 2013. Os resultados deviam ter sido apresentados em novembro do ano passado, mas, depois da apresentação ser adiada quatro vezes, só foi exibido na última semana.

O ato convocado pelo Tarifa Zero também também questiona a validade deste relatório e exige o reembolso do valor gasto para a prefeitura. Para os representantes do movimento, a empresa não prestou uma auditoria. “Eles mesmos chamaram esse relatório de Verificação Independente, não de auditoria”, declara Juliana Galvão.  A denúncia foi protocolada junto ao MPMG, no entanto, a assessoria de comunicação do Ministério Público preferiu não se pronunciar sobre o caso.

Procurada pela redação, a BHTrans informou, através de nota emitida pela Assessoria de Comunicação e Marketing, que o relatório “encontra-se em análise pelo Poder Concedente para subsidiar qualquer definição relativa à alteração tarifária no transporte coletivo”. A Prefeitura de BH preferiu não se manifestar.

Texto por Alex Bessas e Luna Pontone
Imagem retirada da fanpage Tarifa Zero BH

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