Tbt : Nove anos sem Chorão 

Tbt : Nove anos sem Chorão 

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Na última semana provavelmente você viu alguém postando um story no Instagram com uma música do Charlie Brown Jr. É que no dia 6 de março de 2013, há nove anos, morria o ídolo de uma geração, Alexandre Magno Abrão, o famoso Chorão. Aos 42 anos de idade o cantor da eterna banda Charlie Brown Jr foi encontrado morto em seu apartamento, vítima de uma overdose de cocaína.  

O ídolo do rock brasileiro deixou uma legião de fãs e hoje o Contramão relembra a sua história. 

O apelido de Chorão veio de pequeno, quando ainda não sabia andar de skate e chorava por isso, mas tal situação não durou muito tempo, pois aos 11 anos, com a separação dos pais, Chorão passou a maior parte do tempo na rua e foi ali que se aperfeiçoou no esporte.  

“Skate por toda vida”, dizia a tatuagem que levava no braço. 

Chorão estava em um estágio que talvez nem a internação ajudasse”, diz fonte próxima à família | CLAUDIA

Aos 17 anos se mudou para Santos, cidade que o abraçou e onde foi fundado, em 1992, o grupo Charlie Brown Jr, uma das bandas mais importantes do cenário musical brasileiro. Skatista profissional, Chorão criou o grupo para tocar nos campeonatos de skate e se popularizou entre os jovens, pois dava voz a eles. 

Um eterno jovem inquieto, o artista cantava desde rock pesado até canções de amor dedicadas à sua amada mulher, Graziela Gonçalves.  Sucessos que iam desde “O coro vai comer” até “Só os loucos sabem”.  

A companheira Grazi esteve com Chorão durante oito anos. O rapaz com cara de malvado, ao lado dela se derretia. Grazi era também a única capaz de fazer o músico “largar”, mesmo que por um curto tempo, um de seus maiores vícios, a cocaína. 

A mulher tentou por anos ajudar o marido superar às drogas, mas não conseguiu e em 2011 o relacionamento chegou ao fim, vencido pela dependência. Chorão não queria que a mulher o visse fazendo uso da droga, saia de casa para usar, voltava transtornado e Grazi já não sabia mais como lidar. Tentou por vezes interná-lo para salvar sua vida, dizia que preferia que ele a odiasse para sempre do que vê-lo naquela situação. 

Depois do término, o cantor piorou, vivia da mistura absurda de remédios controlados, álcool e cocaína. O estereótipo de drogas and rock n’ roll, um vício muito maior do que tudo e que o levou ao seu fim. 

A droga, no entanto, nunca interferiu em seu lado letrista, um verdadeiro poeta e rockstar, viveu a vida inspirando muitos, sendo idolatrado por milhares. Quem nunca cantou a abertura de Malhação? “Te levar yeah, te levar daqui. Ou reclamou dos dias de luta e dias de glória? Transformou o escritório na praia? Fez a previsão com eu não sou senhor do tempo, mas eu sei que vai chover? Postou uma foto tão natural quanto a luz do dia? Se declarou com senão eu quem vai fazer você feliz?”.   

Nove anos sem Chorão, mas nenhum dia sem sentir sua presença através das músicas. 

“Livre pra poder sorrir sim, livre pra poder buscar o meu lugar ao sol. Um dia espero te reencontrar numa bem melhor, cada um tem seu caminho, eu sei foi até melhor, irmãos do mesmo Cristo, eu quero e não desisto. Caro pai, como é bom ter por que se orgulhar, a vida pode passar, não estou sozinho, eu sei se eu tiver fé eu volto até a sonhar” – Lugar ao sol. 

 

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