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O jornalista e escritor, José Hamilton Ribeiro, lançou na Academia Mineira de Letras (AML), o livros “Realidade Re-vista” em que reúne reportagens publicadas entre os anos de 1966 a 1976, na extinta Realidade. Os textos, acompanhados de comentários do autor e de José Carlos Marão traçam um panorama de um período efervescente da grande-reportagem no Brasil. “Eu sou um jornalista de grande-reportagem, pois ela demanda tempo e pesquisa, diferente do hardnews que torna essa prática inviável”, declarou. A carreira de José Hamilton Ribeiro é caracterizada pelo trânsito eficiente que o jornalista consegue empreender entre as linguagens da TV, da revista e do jornal impresso e, adaptar a linguagem para esse diferentes meios. Ele esteve presente na Academia Mineira de Letras na última terça-feira, 27, para o lançamento do livro “Realidade Revista”, uma co-produção dele com José Carlos Marão no projeto “Bate-papo com autor.

José Hamilton em seção de autógrafos na Academia Mineira de Letras
José Hamilton em seção de autógrafos na Academia Mineira de Letras

Como era de se esperar, estavam presentes alunos de jornalismo de várias faculdades de Belo Horizonte, para esses ficou algumas dicas de José Hamilton, em especial a fórmula, criada por ele, para produzir uma grande reportagem, GR = {(BC + BF)} {(T x T’}. Traduzindo o esquema matemático: GR é uma grande reportagem, BC é um Bom Começo, BF é um Bom Final, T significa Trabalho, já T’ é Talento e o N é potência necessária. “Na grande-reportagem, o texto tem que ter qualidade, e a qualidade que eu falo é a qualidade literária”, explica.

Memória

Realidade, esse era o nome da revista que circulou entre os anos 1966 à 1976. A seleção de pautas do periódico era feita a rigor, lembra José Hamilton. Os assuntos abordados desafiavam a sociedade brasileira presa às ideias conservadoras. A escolha por temas tabus e que desvendavam o Brasil, bem como a exposição dos contrastes do país era algo que singularizava a publicação.

Surgida numa confluência de acontecimentos globais, como a Guerra Fria, os governos totalitários na América Latina, a revista, assim como, o jornalismo no mundo, estava passando por uma série de mudanças. Surgia aí o New Journalism (Novo Jornalismo), um moviemento estilístico que privilegiava o sabor da história e um bom personagem na construção do texto, usando, inclusive, elementos literários para a construção da narrativa jornalística. Esse rompimento com os moldes do hardnews do jornalismo, além de um projeto editorial diferente de todas as publicações existentes no Brasil, com matérias pautadas em comportamento que provocou uma mudança de costumes, consiste numas das mais instigantes empreitadas do jornalismo.

Textos e Fotos por Felipe Bueno

A Biblioteca Pública Estadual Luiz Bessa recebe mosaico de palavras, graça e poesia. As letras invadiram o local trazendo mais glamour, encanto e conhecimento, na exposição Singular que homenageia o escritor mineiro Pedro Nava.


Na exposição Singular, são mostrados fragmentos dos trabalhos de Nava em que fazem uma releitura de artistas como Vinicius de Morais e Carlos Drummond de Andrade, que foram fontes de inspiração para criação de suas obras. O público também pode conferir um pouco de sua trajetória na literatura e nas artes plásticas em banners dispostos na galeria. Uma dica é aproveitar o ambiente, buscando conhecer melhor o escritor, e retirando um de seus livros disponíveis para empréstimo na biblioteca.


Considerado o maior memorialista da literatura brasileira, Pedro Nava escreveu várias obras “desenhando um mapa” da cultura brasileira no século XX, entre elas Baú de Ossos, Balão Cativo e Chão de Ferro. Passeando no universo da criação e dos detalhes, o artista conseguiu perpetuar-se na história da literatura, sendo reconhecido como mestre entre vários intelectuais no Brasil e no mundo.


A exposição foi inaugurada no dia 13 de outubro e encerará no dia 5 de novembro. Aberta ao público de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 20h, na Praça da Liberdade, bairro Funcionários.


Por: Iara Fonseca