Por Auspicioso Acapela – Coletivo Parceiro Contramão HUB

Normalmente a vejo nos parques e praças, mas também vejo nas ruas da cidade. Seja para se divertir ou como veículo de entrega, qual bairro não tem aquele morador que faz pães e bolos caseiros, que lá pelas 17hrs da tarde já começamos a sentir aquele cheiro maravilhoso e, logo em seguida, ouve o sino da bicicleta no início da rua batendo de porta em porta. 

Ela topa tudo. Asfalto e terra para se aventurar entre ruas e trilhas. Morros e retas para sentir adrenalina e tranquilidade. Entre veículos e entre pessoas para se locomover. Com sol e chuva para sentir o cansaço e o deslizar dos pneus. E em todas essas opções tem um companheiro em comum, o vento. O vento que quando passa pelo nosso rosto e pelos espaços vazios do nosso corpo, nos sentimos do tamanho do mundo, sentimos a liberdade em cada pedalada.

Virar a esquerda, a direita. Seguir reto, parar. Acelerar e frear. Retornar,

saltar, empinar. Tudo isso para conhecer o mundo e se conhecer, sentir em curtas e largas frações, todos os sentimentos de uma vez, diversas e diversas vezes. Talvez o segredo de tudo seja como guiar uma bicicleta.

Texto rimado por: Melina Cattoni

Fotografia: Guilherme Martins

Texto e foto editados: Werterley Cruz