Apreensão de animais gera polêmica na Feira Hippie

Apreensão de animais gera polêmica na Feira Hippie

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Animais foram apreendidos por fiscais da Prefeitura Municipal de Belo horizonte e por Policiais Militares do Meio Ambiente na manhã do último domingo, 26, na Rua da Bahia, durante a tradicional Feira Hippie. Segundo o Tenente Brito, da Polícia Militar do Meio Ambiente, o motivo da apreensão, após denúncia feita por defensores autônomos contra os maus tratos aos animais, foi que os criadores e demais pessoas que ali vendiam filhotes de cães não possuíam licença da Prefeitura para realizar a venda, além de maus tratos.

De acordo com o Gerente de Fiscalização da Prefeitura de BH, Cristiano Nicomedes, a apreensão se dava pela venda irregular de animais em vias públicas, de acordo com a Lei Municipal número 8616/03, alterada pela 9845/10. Os vendedores estavam sendo penalizados pela infração, e as mercadorias, no caso os cães, sendo recolhidas. Os filhotes foram levados para um galpão da Prefeitura na Rua Ouro Preto e, em seguida, seriam encaminhados para uma clínica veterinária prestadora de serviços para a Prefeitura, no bairro Itapuã, uma vez que no momento da apreensão não havia nenhum veterinário responsável para averiguações.

Muitos ativistas independentes acompanharam a apreensão e manifestaram se mostrando indignados com as vendas irregulares. Ana Claudia, uma das protetoras independentes presentes, contou que o movimento já vinha sendo planejado. “A venda de animais é ilegal, não se vende, se adota. Se você traz um animal e deixa de 8 da manhã às 2 ou 3 horas da tarde sem água e sem comida, já se caracteriza como maus tratos. Tem animais aqui que não aparentam ter nem 45 dias de vida, antes de serem desmamados”, diz Ana Claudia.

Um dos criadores ali presentes e que tiveram seus animais apreendidos era Vasco Abreu, proprietário do criadouro King Of The Dog, que mostrou os registros de vacinação de todos os seus cães e questionou o motivo da prefeitura não recolher os animais que estão abandonados nas ruas ao invés de apreender os filhotes dos criadores. Ele questionou também o fato de não ter nenhum veterinário da prefeitura presente, sendo que este deveria ter verificado os registros dos cães e cartões de vacinação, bem como sua validade, realizar a triagem e depois apreender os não regulares.

Durante o recolhimento dos cães, os fiscais da prefeitura entraram em conflito com alguns ativistas por não terem levado gaiolas suficientes para todos os animais, colocando-os em caixotes de supermercado, caixas de papelão e até 5 filhotes em uma única gaiola, além de todos estes estarem em caminhonetes da Polícia Militar do Meio Ambiente, sob o sol das 12 horas, e outros em Kombis em que todas as janelas estavam fechadas, podendo assim serem contraídas doenças infectocontagiosas de outros cães, caso houvesse, sem a circulação devida de oxigênio.

Quem teve seus animais apreendidos na operação dos fiscais da prefeitura poderá recolher seus bichinhos na segunda-feira, 27 de abril, perante pagamento de R$ 1.600,00, referente à venda irregular. O valor para retirada de cada animal ainda será calculado, bem como a multa, caso haja maus tratos, além de apreensão e encaminhamento do dono/criador à delegacia policial.

Texto e fotos por: Sthefany Toso e Jéssica Natália Silva

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