Diversos olhares sobre o dia de finados

Diversos olhares sobre o dia de finados

Amanhã é dia de finados, a data é celebrada tradicionalmente pelos cristãos desde o século IV d.c. Porém há os que não consideram a data como sendo algo muito importante, como o estudante Arthur Ellizio. “É um dia comum, como qualquer outro. O máximo que faço é pensar naqueles que já se foram e relembrar suas vidas com muita alegria.”, relata o estudante.

Arthur é ateu e tem um olhar diferente do religioso sobre a morte. “A morte é o fim da vida. A pior coisa do universo, pois não há nada após ela, nada comprovado e provavelmente a dura realidade é que minha energia se dissipará e com a morte do meu cérebro eu não poderei mais apreciar a beleza da vida.”, afirma.

Já Rodolfo Buarque, também estudante tem uma visão diferente sobre o dia de finados. “O dia dos finados é o dia dos fiéis defuntos. Dia para lembrarmos aqueles que partiram para a vida melhor e rezarmos por eles.”, exalta o estudante.

Para ele a morte é mais que o fim. “Esse dia convida os católicos a pensar que a vida não acaba dentro de um caixão. Jesus a vida após a morte está diante deste caixão.”, pontua o estudante.

A maquiadora Renata Paula das Neves, nos mostra o olhar da umbanda sobre a morte. “Não enxergamos a morte como o fim de tudo e sim como começo de caridade, pois acreditamos em reencarnação e sabemos que o espirito estará pronto para ajudar outros.”, comenta.

O dia de finados tem seu valor também dentro da doutrina de raiz africana. “esse é um dia para fazer orações no templo. Acender vela para iluminar a caminhada do espírito, mas aconselha-se que seja em lugar específico. Fazemos homenagens silenciosas, sem entoação de cânticos.”, declara Neves.

Os kardecistas acreditam que a morte está ligada a continuidade. Que a matéria morre, porém o espírito continua vivo. “O espírito reencarna algumas vezes até cumprir suas missões e alcançar a evolução espiritual. Depois de ter vivido as experiências que necessita para alcançar esta evolução.”, explica João Vítor Fernandes estudante.

Segundo ele o dia de finados é um dia de convite a reflexão. “Como nós acreditamos na continuidade do espírito, acreditamos que ele não está ali no cemitério, visitá-los e ficar chorando sua morte em determinado lugar, pode atrapalhar o caminho dos que partiram. Quando falamos que perdemos um ente querido, estamos colocando algumas cargas que podem ser prejudiciais, portanto quando falamos e nos convencemos que ele apenas partiu, e que um dia o reencontro será possível, fica apenas a saudade, que para nós é um sentimento muito bonito.”, aponta Fernandez.

 

Por: Hemerson  Morais e Paloma Sena

Foto: Internet

NO COMMENTS

Leave a Reply