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Os grupos denominados como skinheads são muito diversificados, não se trata apenas de um único segmento ou de uma única ideologia. Existem grupos que lutam contra o preconceito e outros que tentam propagar uma suposta supremacia racial e de valores. Conheça alguns grupos skinheads existentes no Brasil:

Skinhead Tradicional

Também conhecido como trad skin, é um grupo cuja influência remete aos primeiros grupos skinheads britânicos dos anos 1960. Nesta época, o reggae jamaicano e o soul eram muito populares entre os jovens operários ingleses. Este grupo é antirracista, até mesmo devido a sua influência e apreciação pela música dos negros vindos da Jamaica.

Nazi-skin

Conhecidos, também como White Powers, este grupo prega a supremacia branca e o antissemitismo. Os nazi-skins ficaram conhecidos por promoverem atentados violentos contra homossexuais, negros, miscigenados e pregam ao extremo o nacionalismo, é comum o enaltecimento da figura de Adolf Hitler e do símbolo nazista da suástica.

“É difícil definir o porquê deste tipo de ação, levamos consideração os valores morais impostos pala sociedade e o próprio sujeito, autor deste tipo de violência, muitas vezes, é um sujeito discriminado”, explica a psicóloga Michelle de Almeida.

Skinheads contra o preconceito racial

Com o intuito de fugir dos rótulos pejorativos que os skinheads tradicionais passaram a ser definidos, no final dos anos 1980, foi criada uma vertente inglesa denominada SHARP (Skinheads Against Racial Prejudice ou Skinheads Contra o Preconceito Racial, em tradução livre). O grupo SHARP tenta fortalecer o caráter de integração mostrado pelos primeiros movimentos skinheads e fazem frente ao fascismo e ao racismo de alguns grupos de skinheads, além de adotar a postura de não ter ligação com partidos ou outras organizações políticas.

Os Carecas do Brasil

No Brasil, existe uma vertente denominada “Os Carecas”, o grupo é nacionalista e integralista,  são declaradamente contra movimentos de esquerda, principalmente, o comunismo. Adotam uma moral conservadora relacionada com o combate às drogas e o lema é “Deus, Pátria e Família”.

 

Por Marcelo Fraga e Rafaela Acar

Ilustração: Diego Gurgell

 

 

O caso de agressão sofrido por dois homens na Savassi, no fim de semana, protagonizado por rapazes identificados como brancos, carecas e tatuados, gerou repercussão entre outras vítimas de violência. O episódio tem se tornado comum em diversas áreas da cidade.

Na madrugada de sábado, um jornalista que, hoje, prefere não se identificar, postou em seu blog uma denuncia de violência sofrida por ele e um amigo quando saiam de um show. “Eu estava na Savassi, ponto de encontro de emos, neogóticos, patys, playboys, fashionistas, gays, jovens, velhos, estudantes uniformizados, economistas e skinheads. Dois deles [skinheads] me atacaram. Não me esqueço da careca, das tatuagens, dos olhos endemoninhados, do ódio”, relata o jornalista em seu blog.

Ainda no relato em seu blog, ele afirma que: “O motivo aparente: abracei um amigo dizendo boa noite, após nos divertirmos no show do Kid Abelha. Estávamos felizes, brincando, falando amenidades”, conclui.

Outro caso de violência

O designer de produtos, Manuel Batista, conta que foi agredido nas proximidades da Praça Raul Soares quando fazia a divulgação para uma festa de uma boate LGBT. Bandeira estava acompanhado de outros dois amigos, um deles caracterizado como Drag Queen. Perto da 1h da manhã os rapazes foram abordados por um grupo de ‘playboyzinhos’. “Eles estavam com pedaços de pau na mão gritando ‘vamos pegar, vamos pegar’. Eu fui pra cima também, o que nos deu uma válvula de escape”, explica Bandeira.

Segundo o designer, a tentativa de agressão não foi cometida por skinheads. “Não tinha ninguém com cabeça raspada, estavam todos com vestimenta normal, de gente ‘riquinha’, que sai para poder fazer bagunça na rua”, declara Batista.

Por Ana Carolina Vitorino e João Vitor Fernandes

Ilustração: Diego Gurgel