Audiência Pública discute plano de mobilidade em BH

Audiência Pública discute plano de mobilidade em BH

Dois meses após a eclosão das manifestações populares que se pautaram principalmente pela questão do transporte público na capital, a Comissão de Orçamento e Finanças Públicas da Câmara Municipal de Belo Horizonte realizou, na tarde de hoje, uma Audiência Pública para discutir o plano de mobilidade urbana de Belo Horizonte.

A reunião extraordinária foi solicitada pelo vereador Gilson Reis (PCdoB) e contou com a participação de representantes do Executivo, entre eles o Presidente da BHTRANS, Ramon Victor. Segundo Reis, a audiência pública busca atender às reivindicações populares apresentadas nas manifestações dos últimos meses, contemplando a pauta apresentada por manifestantes que ocuparam a Casa no início de agosto. Entre os assuntos postos em discussão estão os contratos com as empresas concessionárias do serviço de transporte público municipal, incluindo o detalhamento das planilhas de custo para composição tarifária.

CPI dos transportes

Após ser levantada questão de ordem referente à falta de representatividade de movimentos sociais à Mesa, foi dada a palavra à Assembléria Popular Horizontal (APH). André Veloso, do GT de mobilidade urbana da APH, ressaltou a necessidade de instauração de uma CPI dos transportes. “É preciso chamar os donos das empresas de ônibus para explicar a formação de cartel e quebra de sigilo no processo licitatório”, declara. O vereador Adriano Ventura (PT) falou em nome dos vereadores signatários do pedido de instauração da CPI dos transportes: “Nós queremos uma CPI onde os vereadores possam questionar e ouvir as respostas do Executivo. Se conseguirmos alcançar mais signatários para a sua instauração já será um ganho.”

O advogado Joviano Mayer, integrante do Comitê dos Atingidos pela Copa (Copac), defende que uma audiência pública não é suficiente para atender as reivindicações, mas fortalece o debate em torno da mobilidade urbana e defende a instalação de uma CPI. “Em Belo Horizonte, há uma máfia do transporte comandada por poucos empresários. Todo esse esquema nefasto para a cidade tem que vir à tona e ser denunciado”, afirma.

Por: Fernanda Fonseca

Foto: Fernanda Fonseca

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