Economia

Sob gestão da iniciativa privada desde o início de 2022, o tradicional espaço, no Centro de Belo Horizonte, realizou mais de 100 eventos em apenas nove meses

 

Por Bianca Morais

Quando iniciou sua carreira, ainda como estagiário do Minascentro, o administrador e contador José Eustáquio de Oliveira atuava na área operacional do tradicional espaço de eventos, no Centro de Belo Horizonte, e teve como primeira atribuição numerar as poltronas do Grande Teatro. O ano era 1983, época em que o empreendimento se preparava para ser inaugurado. Ele se lembra, com carinho, dessa primeira etapa de trabalho, que durou até 2018, inclusive porque foi lá que também conheceu sua esposa Nelma, durante um congresso. Eles se apaixonaram e o casamento já soma 35 anos e dois filhos. No início de 2022, Eustáquio, agora com 63 anos e duas graduações, retornou ao Minascentro, que se preparava para ser reaberto, sob administração da iniciativa privada, após quatro anos fechado para reformas. E ficou ainda mais feliz com o que encontrou. “Voltar a trabalhar aqui é uma realização tanto profissional quanto de vida! Mas fiquei mais orgulhoso ao ver como a casa está bonita, adaptada ao deficiente físico, com tudo bem estruturado e um atendimento muito profissional. Foi uma ótima surpresa, assim como tem sido para todos que nos procuram”, afirma.

Hoje, como consultor e à frente da gestão operacional do Minascentro, Eustáquio avalia que essas transformações pelas quais o espaço passou – estrutura física e profissionalização – foram essenciais para explicar o sucesso alcançado na “primeira temporada”. Administrado pelo Consórcio Minascentro, liderado pela Chevals Centro de Eventos desde o início de 2022, o empreendimento foi reaberto em março e superou a marca de 100 eventos realizados em pouco mais de nove meses. O resultado superou as expectativas e significa um crescimento em torno de 20% em comparação com 2017, último ano de funcionamento, envolvendo diversos segmentos, como feiras, congressos setoriais, encontros de negócios, eventos de conteúdo, solenidades políticas, ações sociais, moda, gastronomia, cultura, shows de pequeno e grande porte, entre outros. Alguns destaques, inclusive, marcaram essa nova fase da história do espaço: shows dos renomados Chico Buarque, Maria Bethânia, Lenine e Ana Carolina, realização do Festival Internacional de Quadrinhos (FIC), do Minas Trend Preview, final do Campeonato Brasileiro de Wild Rift e Anime Festival, Dia da Indústria, entre outros destaques.

Com uma repercussão tão positiva, as perspectivas para 2023 são ainda mais otimistas, tanto em relação ao aumento da ocupação – que já está na casa dos 65% para o ano – quanto à ampliação das conexões e da satisfação dos artistas, produtores e do público. “O retorno que tivemos foi o melhor possível, especialmente para um equipamento que estava parado e, em tão pouco tempo, conseguiu tanto movimento. Foi um ano muito intenso! Agora vamos consolidar esse desempenho em 2023”, destaca o representante do Consórcio e atual gestor do Minascentro, Rômulo Rocha. Ele acrescenta que a estratégia de reposicionamento e consolidação do Minascentro como um dos mais importantes centros de experiência de Minas Gerais seguem fortes neste ano.

Eustáquio também está confiante para uma nova temporada de sucesso – para ele e para sua “segunda casa”. “A equipe é muito qualificada e conhece bem o meio cultural e de eventos. Em geral, são profissionais da área e trabalham de forma muito coesa. Hoje ainda há manutenções permanentes do espaço e apoio operacional muito maior para todos os envolvidos nos eventos, além de um contato bem próximo aos produtores. Tudo muito mais profissionalizado”, detalha o gerente de operações, que não esconde a alegria com a retomada do espaço.

Amor, proximidade e profissionalismo

Outra pessoa que compartilha o sentimento de Eustáquio é o ator, diretor e produtor de eventos, Maurício Canguçu, que tem uma longa história de apresentações, sucesso e de amor com o Minascentro. “Essa reabertura foi maravilhosa. Eu tenho um carinho especial e uma memória afetiva linda com o lugar, mas acredito que essa é a sensação de todos os produtores. Não é apenas mais um espaço versátil para trazer nossos eventos para BH e movimentar a cidade. O Minascentro, hoje, oferece muita agilidade na solução de todo tipo de questão dos produtores, tem disposição para resolver adversidades, muito mais recursos tecnológicos e operacionais, como a qualidade de luz e som, e um ótimo atendimento ao público e ao artista”, detalha Canguçu.

Entre os inúmeros projetos que apresentou no espaço, ele destaca a peça “Acredite, um espírito baixou em mim!”, um dos maiores sucessos do teatro belo-horizontino, em cartaz, no Minascentro, durante quase 10 anos, entre o final dos anos 1990 e início de 2000. “O Grande Teatro é diferenciado, porque é grande, com mais de 1.500 lugares, mas, ao mesmo tempo, parece menor, porque mantém uma proximidade com a plateia, é intimista. Isso é muito importante para o artista e o produtor. E, hoje, ficou ainda melhor, pois existe uma estrutura pronta, preparada para receber o artista, o produtor e o público”, complementa.

“Fã de carteirinha” de Ana Carolina, Josy Vaz Batista, de 33 anos, comprovou de perto toda essa nova estrutura do Minascentro, inclusive a acessibilidade. Ela ganhou o sorteio de ingressos para o show da cantora, no final do ano passado, com direito a visita ao camarim, e conta que a experiência foi “só alegria e emoção”. “Foi tudo muito bacana, desde o primeiro contato, por telefone, até antes e depois do show. Fui muito bem recebida por todos e, principalmente, não tive problemas com a questão da locomoção”, comenta. Situação bem diferente daquelas que costuma enfrentar no seu dia a dia como cadeirante, pois explica que as dificuldades de mobilidade, nos espaços públicos e privados, infelizmente, são constantes e “decepcionantes”.

Concessão

Após a licitação, realizada pelo Governo de Minas Gerais, no formato de concessão de uso, a gestão do Consórcio Minascentro, liderado pela Chevals Centro de Eventos foi a ganhadora do certame. A parceria com a iniciativa privada possibilitou ao Estado eliminar as despesas com a manutenção do espaço, economizando cerca de R$ 1,5 milhão ao ano, e ainda receber, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), royalties anuais de cerca de R$ 4 milhões. Além disso, a população passou a usufruir de bens e serviços mais bem geridos, houve aumento da geração de empregos e mais movimento e dinamismo econômico, especialmente na cadeira de negócios, turismo e eventos.

Sobre o Minascentro

Reaberto em março de 2022, sob gestão da iniciativa privada – Consórcio Minascentro, liderado pela Chevals Centro de Eventos – passou por ampla reforma e ganhou ambientes versáteis, infraestrutura moderna e tecnologia de ponta. Com localização privilegiada, o Minascentro segue como concorrido centro de experiências para a realização de eventos voltados para negócios e para diversão, que potencializam a economia e estimulam o empreendedorismo.

O edifício que abriga o Minascentro tem fachada tombada, considerada patrimônio municipal, e interior com ambientes multiusos, modulares e flexíveis, preparados para abrigar eventos de diferentes formatos e dimensões, de forma simultânea. Dividido em três andares, numa área de mais de 23 mil m², o local tem capacidade para receber até 8 mil pessoas, com destaque para o grande teatro que abriga 1.593 pessoas.   

 

Por Júlia Garcia

Você já teve dúvida ao realizar uma compra? Encontrou dificuldades para trocar um produto? É comum surgir interrogações ao consumir uma mercadoria ou serviço. Hoje, o Jornal Contramão convida Luna Gouveia, formada em Direito, para responder algumas questões sobre seu direito enquanto consumidor.

Luna, quando o cliente descobre que o desconto de um produto na verdade não é um desconto, o que deve fazer?

Quando se tratar de propaganda enganosa, cabe ao consumidor fazer uma denúncia junto ao PROCON ou Conar. Já uma dica para observar se realmente está tendo o desconto em compras online, é ir até os bu

Divulgação/Arquivo pessoal
Divulgação/Arquivo pessoal

scadores de preço para observar os valores cobrados nos últimos meses do produto desejado.

 

Os direitos de troca e devolução são os mesmos para compras onlines e presenciais?

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) traz diretrizes que o consumidor presencial e o consumidor online têm que seguir e são casos específicos. Porém, vemos no cotidiano as lojas oferecendo as trocas ou devoluções como um “agrado” ao cliente. A única obrigatoriedade do estabelecimento de aceitar troca ou devolução é em caso de vício ou defeito do produto, bem como não apresentar o conteúdo real como o anunciado. Para efeitos do CDC, a única exigência é que o estabelecimento deixe bem claro as diretrizes para trocas e devoluções. 

Um exemplo de diferença das modalidades de compra é o direito ao arrependimento, mesmo que não apresente vício ou defeito, porém, essa modalidade é apenas para compras feitas em outros ambientes que não seja o estabelecimento comercial, como compras online, de catálogo e por telefone, podendo devolver o produto no prazo de até 7 dias. 

 

Comprei o último produto do estoque, mas veio com defeito. O que devo fazer?

O CDC traz que caso a troca ou devolução seja de produto que não há mais em estoque/em falta, o consumidor pode exigir o cumprimento forçado da obrigação (se tiver como cumprir), a substituição por produto equivalente ou restituição integral do valor pago. Em relação ao cumprimento forçado da obrigação, o consumidor só não pode exigir quando o produto já não for mais fabricado ou não exista mais no mercado.

 

Entradas masculinas e femininas em eventos podem ser cobradas com valores diferentes?

Essa é uma prática bastante utilizada no Brasil como estratégia de marketing. Mas, juridicamente, há uma discussão sobre como essa prática é um tanto quanto discriminatória, onde fere o princípio da isonomia garantido na Constituição Federal. Mas não há nenhuma regra ou lei que proíba a cobrança diferenciada nos ingressos masculinos e femininos, mas cabe reclamação tanto com a produtora do evento quanto nos órgãos de proteção ao consumidor.

 

Explique para os nossos leitores o que fazer quando se perde a comanda em um estabelecimento. 

O CDC é regido pela boa-fé das partes, então em caso de perda da comanda, deve-se pagar apenas o que foi consumido. É obrigação do estabelecimento manter um controle de cada mesa/indivíduo que ali está consumindo, mas também é obrigação do consumidor guardar a comanda. Cobrar multas ou uma taxa fixa é uma prática abusiva, e caso ocorra, você também pode acionar o Procon de sua cidade.

 

O que fazer quando parcelo uma compra e opto pelo benefício dos 60 dias e a loja cobra juros altíssimos sem um aviso prévio?

O início de pagamento com 60 dias é uma prática do estabelecimento a fim de fidelizar aquele cliente e tornar a compra mais chamativa, não sendo uma modalidade expressa no CDC. O que o CDC traz é o direito do consumidor em ter todas as condições da sua compra explícitas, sendo obrigação do estabelecimento deixar bem claro a política de trocas, devoluções e cobrança de juros. A cobrança de juros de maneira exorbitante e abusiva é vedada pelo CDC, devendo o consumidor procurar algum órgão de proteção e fazer a devida reclamação.

 

Quando o consumidor se sente lesado em relação a uma compra, onde ele pode buscar seus direitos?

Primeiro deve ser feita uma tentativa de resolução com o próprio estabelecimento, demonstrando os motivos de estar sendo lesado, mas em caso de não haver essa resolução entre as partes, o consumidor pode ir até os órgãos de proteção, como o Procon, Conar e até mesmo Juizado Especial Cível e registrar a reclamação. Além disso, o consumidor pode se valer de ferramentas online para demonstrar sua insatisfação até mesmo para alertar outros consumidores também, usando o Google avaliações ou o reclame aqui como forma de complementação a sua reclamação junto a empresa. 

 

Luna, para finalizar, qual recado você deixa para os compradores neste Dia do Consumidor?

Procure saber seus direitos e deveres como consumidor para não cair em práticas enganosas, golpes e situações que deem dor de cabeça. Se notar que está sendo lesado, procure os órgãos de proteção e exija seus direitos. No mais, pesquise bem e faça boas compras. 

Milhares de foliões reunidos na Praça Sete, cartão postal de Belo Horizonte. foto: redes sociais
Milhares de foliões reunidos na Praça Sete, cartão postal de Belo Horizonte. foto: redes sociais

Faltam uma semana para os dias oficiais da festa e mais de 100 blocos desfilarão no pré-carnaval mineiro

Por Gustavo Meira

O carnaval é uma festa tradicional que faz parte do calendário brasilero, e a cada ano que passa ele está melhor e mais presente. Todos fomos pegos de surpresa por uma pandemia devastadora que nos deixou dois anos sem carnaval, por isso a expectativa para este ano está gigante. As pessoas estão com saudade de ir para a rua, de se fantasiar, andar debaixo de sol quente atrás do bloco, sem reclamar e pular o mais alto possível quando tocar ‘’Eva’’.

O que não falta são foliões animados e contentes com as festas de carnaval que já estão acontecendo, o jornalista Caio Tárcia é uma delas. ‘’Depois de uma pandemia que prejudicou muita gente e precisou interromper essa festa, nada melhor do que retomar o carnaval. Impossível a gente não querer curtir nossa cidade, que sem dúvida nenhuma tem o melhor carnaval  do Brasil, quem nega é quem nunca veio”, declara.

Multidão de foliões reunidos na Av. Afonso Pena, centro de BH. foto: redes sociais

Em 2013, a capital mineira recebeu 500 mil foliões e cerca de 70 blocos. Dez anos depois, mais de 5 milhões são esperados para curtir quase 500 blocos, um aumento de 900%. Tornando assim, o maior carnaval da história de BH e o 3° maior do mundo, ficando atrás só de São Paulo e Rio de Janeiro.

Desde o dia 04 de fevereiro já é carnaval em Belo Horizonte. Para celebrar a volta da maior festa de rua, a cidade, que já está no clima da folia, conta com a presença de mais de 300 blocos desfilando pelas ruas no pré-carnaval, além dos ensaios. Uma oportunidade dos blocos finalizarem seus enredos e conquistarem mais público.

‘’Já tem umas três semanas que estou indo no pré-carnaval e não tem nada melhor. A gente faz novas amizades, toma uma cervejinha de leve e curte a música boa, o axé. Conexão Bahia Minas tem tudo pra dar certo”, é o que diz Caio Tárcia.

O funcionamento da cidade

Agentes da BHTrans, Polícia Militar e Guarda Municipal vão atuar para garantir a segurança e a mobilidade de todos nos blocos deste final de semana. 

Serão disponibilizadas no Waze e no Google Maps as interdições de trânsito das áreas reservadas para desfile dos blocos. Com essa informação os aplicativos vão traçar rotas alternativas.

As linhas do transporte coletivo convencional e suplementar vão operar normalmente, com quadros de horários de sábado, para o dia 11, e domingo, para o dia 12.

foto: PBH

Confira a lista de alguns blocos de pré-carnaval que estarão na rua este final de semana na capital:

 

Sábado, 11 de fevereiro

 

9h – Mama Na Vaca – Praça Cairo, 111, Santo Antônio

9h – Bloco do Chifrudo – Rua Kimberlita, 88, Santa Tereza

9h – Fera Neném (Bloco Infantil) – Rua Dominicanos, 52, Serra 

9h – Bloco do Copo Cheio – Praça Nova York, 18, Sion

10h – Uai cê Samba – Av. Fleming, 1670, Ouro Preto

10h – Forró Cabra Cega – Rua Mármore, 179, Santa Tereza

11h – Rzñaço Kids – Rua Rio de Janeiro, 2098, Lourdes

11h – Bloco Universitário – Rua Professor Moraes, 226, Savassi

11h – Bailinho Pet (bloco para pets) – Pet Park do Shopping Del Rey

12h – Bloco dos Camisa Preta – Expominas (Avenida Amazonas, 6200, Gameleira)

13h – Tapa de Mina – Rua Carmem Valadares, Santa Efigênia

13h – Bloco do Amor – Quem Ama Não Mata – Av. Cristóvão Colombo, 33, Savassi

13h – Garota eu vou pro Califórnia – Rua da Clarinetas, 11, Conjunto Califórnia II

13h – Banda Mole – Av. Afonso Pena, Centro

13h – Chá com Ousadia – Babado Novo + Vitão – Mineirão (Avenida Antônio Abrahão Caram, 1001 – Pampulha)

14h – Tá Caindo Fulô – Rua Edson, 360, União

15h – Boi Rosado – Rua Mármore, 273, Santa Tereza

16h – Bloco do Cachorrão – Rua Manhuaçu, 74, Santa Inês

16h – Panthera Disco Bloco – Rua Teixeira Magalhães, 189, Floresta

18h – Corujão do Casa Branca – Rua Professor Acidália Lott, 22, Casa Branca

 

Domingo, 12 de fevereiro

 

8h – Afronta BH – Av. Brasil, 2201, Savassi

9h – Pula Catraca – Praça do Colégio Batista, Floresta

9h – Relembrando o Corso do Carnaval dos Anos 50 – Rua Marília de Dirceu, 80, Lourdes

10h -Me Beija que eu sou Pagodeiro – Rua Tenente Brito Melo, 1090, Barro Preto

10h – Asa de Banana –  Av. Getúlio Vargas, 820, Savassi

11h – Morabloco – Av. Fleming, 680, Ouro Preto

13h – Backstreet Bloco –  Rua Monsenhor Horta, 60, Calafate

13h30 – Bruta Flor – CRJ – Praça da Estação

14h – @bsurda – Rua Aarão Reis, 481, Centro

14h – CarnavaKVSH – Rua Sergipe, 1180, Savassi

14h – Baianos Usados – Rua João Nascimento Pires, 321, Jaqueline

14h – Comunidade do Soul- Rua Rio de Janeiro, 700, Centro

14h30 – Sagrada Folia – Rua Pitangui, 3189, Sagrada Família

15h – Circuladô – Rua Mucuri, 356, Floresta

15h – Santo Chico – Rua Prados, 788, Carlos Prates

16h – Swing Safado – Rua Gentios, 1119, Conjunto Santa Maria

 

A programção completa do carnaval de Belo Horizonte você encontra no site: http://portalbelohorizonte.com.br/carnaval/2023/programacao/bloco-de-rua

A cidade receberá mais de 5 milhões de foliões e um de seus  mais tradicionais blocos, o Baiana Ozadas, promete ferver o carnaval belorizontino deste ano.

Por Gustavo Meira

O carnaval de 2023 acontece entre os dias 4 a 26 de fevereiro. O último de BH, realizado em 2020, teve 4,45 milhões de foliões. A expectativa para este ano é que 5 milhões de foliões encham as ruas da capital, o maior da história com 479 blocos.

Desde 2020, Belo Horizonte se consolida como a terceira maior folia do Brasil, ficando atrás apenas para os 15 milhões de São Paulo e para os 5 milhões do Rio de Janeiro. A marca foi atingida quando a capital mineira passou de Salvador e Olinda.

Multidão de foliões reunidos na Av. Afonso Pena, centro de BH. foto: redes sociais

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a movimentação econômica prevista é de R$ 623 milhões. A previsão é que mais de 9 mil vagas de emprego sejam geradas, além dos mais de 15 mil ambulantes credenciados. Esta edição contará com dois patrocinadores, o Sistema Fecomércio-MG (R$1 milhão), entidade que representa o comércio no estado, e a Rede de Supermercados BH (R$250 mil).

O Carnaval de Belo Horizonte terá mais de 15 mil ambulantes nas ruas. foto: PBH
O Carnaval de Belo Horizonte terá mais de 15 mil ambulantes nas ruas. foto: PBH

 

Anna e seus adereços de carnaval produzidos por ela e sua mãe. Foto: Anna Pini
Anna e seus adereços de carnaval produzidos por ela e sua mãe. Foto: Anna Pini

Para a publicitária Anna Pini, proprietária da empresa de artesanato Pixua Ateliê de Linhas, o período pré-carnavalesco já tem dado retorno. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, onde a empresária não conseguiu vender seus adereços, neste 2023 ela se mostra muito otimista. ‘’As vendas no pré-carnaval estão indo muito bem. A expectativa está a mil, estou unindo o útil ao agradável, indo a todos os bloquinhos. Eu vou, curto e aproveito pra vender. O público está bem aquecido, botando muita fé nesse carnaval de BH, que desbancou o de muitas cidades’’, diz.

 

Bloco Baianas Ozadas

A cantora baiana Daniela Mercury e seus 30 anos de carreira, é o tema do bloco Baianas Ozadas, um dos mais tradicionais de Belo Horizonte para o Carnaval 2023.  O evento de lançamento aconteceu na última quinta-feira (2), dia de Iemanjá, e contou com ensaios da Bateria Ozada e da Ala de Dança, show da banda Baianas Ozadas, além de convidados.

‘’Pela primeira vez o Baianas Ozadas está homenageando uma artista feminina, homenageando as mulheres. Junto com uma personalidade importante da música baiana, a força das Yabás, as orixás femininas, mas celebrando 30 anos do Canto da Cidade e de carreira’’, é o que disse Geo Ozado, fundador e vocalista do Bloco Baianas Ozadas.

foto: Instagram/Baianas Ozadas
foto: Instagram/Baianas Ozadas

O Baiana é um dos blocos mais tradicionais do carnaval de BH, fundado em 2012 pelo baiano Geo Ozado. O bloco desfila com saias, turbantes, balangandãs, e lavagem das escadarias da Igreja São José, trazendo um pouco da cultura baiana e arrastando milhares de carnavalescos pelas ruas. Em 2017, registrou a marca de 500 mil foliões no carnaval da época. E neste ano, o Baianas Ozadas sai na segunda-feira (20) de carnaval às 9h em frente a Igreja São José, na Av. Afonso Pena.

 

Cármen Valadares no evento de lançamento do Carnaval 2023 Baianas Ozadas - foto: Gustavo Meira
Cármen Valadares no evento de lançamento do Carnaval 2023 Baianas Ozadas – foto: Gustavo Meira

 

Cármen Valadares, 58, é considerada por muitos blocos capital a rainha de bateria, a que puxa a comissão de frente e a ala de dança por conta de sua animação, alto astral e requebrado. Ela está presente há cinco anos no carnaval de BH e já está comparecendo aos ensaios dos blocos. ‘’O carnaval é uma festa muito bonita, que recebe todo tipo de pessoa, gera emprego e renda. Minha expectativa é muita, estou muito feliz com o carnaval e não só esse ano, mas em todos os momentos. Eu sou uma pessoa muito alegre em estar viva, com saúde, em estar bem’’, declara.

Professores e estudantes da Una durante o Minas Trend. Fonte: Divulgação Una

Por Keven Souza

Durante 02, 03 e 04 de novembro, estudantes dos cursos de Moda, Jornalismo, Cinema e Audiovisual da Una, marcaram presença na 28° edição do Minas Trend que aconteceu no Minascentro em BH. O maior salão de negócios da América Latina, promovido pela FIEMG, contou com palestras, lives e workshops gratuitos, tanto na modalidade remota quanto presencial, e recebeu novamente os alunos que ampliaram suas experiências com o mercado, a partir da parceria Una e FIEMG

Tal parceria possui o objetivo de encurtar a ponte entre universidade e indústria, proporcionando uma formação diversificada para o aluno. É o que destaca a professora de moda da Una, Gabriela Penna. “Aproximar a indústria da universidade coloca o aluno da Una em contato com marcas, fornecedores, profissionais do segmento em um aprendizado transformador. É a porta de entrada para os futuros profissionais do mercado, por meio de vivências exclusivas, ricas e formativas”, afirma. 

Formada por uma equipe multidisciplinar, os alunos experienciaram na prática o exercício de suas futuras profissões. A Comunicação Social ficou por conta da cobertura do evento, ao lado da assessoria do Minas Trend, e a Moda teve o ensejo de produzir, novamente,  um editorial de moda completo com peças dos expositores presentes no salão.

O editorial trabalhou com o conceito da comemoração dos 15 anos do Minas Trend. Nesta edição, o tema desenvolvido foi o Fashion Heritage, proposta ao qual está alinhado o conceito de herança. De olho na celebração desse legado, o plano de styling propôs traduzir em imagens a história do evento para a moda mineira, a afetividade e construção de um legado de anos de salão de negócios. 

Experiências únicas 

Larissa Raydan, aluna de Moda da CDU, conta como foi participar do editorial. Ela desenvolveu atividades relacionadas à produção no backstage. “Participar me proporcionou uma experiência mais profissional da carreira de modelo, que é algo que já trabalho e estou inserida no mercado. Estar no Minas Trend, me colocou em contato com um material exclusivo. Que me trará muita visibilidade e credibilidade dentro da minha carreira”, comenta. 

Para Carla Oberhofer, aluna de Cinema que esteve na produção de conteúdo, a convergência entre marcas, alunos e empresas, contribuiu para desenvolver visão ampla sobre sua área de atuação. “Me ajudou a enxergar como funciona realmente o trabalho. Tirar foto ou gravar um vídeo não é algo simples, é preciso saber o que você vai fazer. Assim, estar ali foi algo muito novo, pois era minha primeira vez no Minas Trend, mas foi uma experiência diferenciada”, pontua. 

Já a estudante de Jornalismo, Caroline Constance Ragi Zuppo, ‘vestiu’ a camisa de assessora e acompanhou de perto a rotina enquanto jornalista. “Foi bem legal! Eu fiquei apaixonada pela quantidade de expositores e também pelas tendências. Entrei no Jornalismo para trabalhar com moda, então foi muito gratificante para mim poder estar no meio desse evento. É um evento que faz brilhar os olhos de quem gosta de moda. Atuar na minha área então nem se fala, perdi o medo e o receio que tinha sobre entrevistar e consegui produzir conteúdos bem legais”, diz. 

Como foi a 28º edição do Minas trend

Em novo local, o maior evento da indústria da moda mineira debutou novas tendências para Outono/Inverno 2023 e movimentou cerca de R$20 milhões em negócios, com o mote “A Moda no Centro”. 

O Minas Trend reuniu os segmentos de vestuários, jóias, bolsas, calçados e bijuterias ao longo dos três dias de evento. Apresentou, ainda, nos largos corredores do Minascentro, o melhor da produção local com a moda global, celebrando 15 anos de empreendimento. E para o público final mostrou como funciona a indústria criativa a partir de palestras, lives e workshops. Fechando com chave de ouro mais uma edição bem sucedida. 

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Por Daniela Reis 

Você sabe dos seus direitos enquanto consumidor? Você conhece as leis que garantem uma compra segura? Já teve algum problemas com compras on-line em ou lojas físicas? 

Hoje o Jornal Contramão traz uma entrevista com a advogada, Alícia Fernandes Reis, para esclarecer sobre essas diretrizes. 

 

O cliente pode se arrepender de uma compra e devolver o produto? Qual o prazo para devolução e quais os prazos para o trâmite em compras físicas e on-line?

O Código de Defesa do Consumidor dispõe expressamente sobre o direito de arrependimento do consumidor no caso de compras realizadas on-line. Mas, o mesmo não ocorre quando as compras são realizadas na loja física. De acordo com o artigo 49 do Código do Consumidor, os clientes podem se arrepender da aquisição de um produto ou serviço no prazo de 07 (sete) dias a contar do recebimento do produto ou serviço, caso esta seja realizada pelo e-commerce. Nesses casos, o consumidor deverá entrar em contato com a loja e esta deverá arcar com todos os custos atinentes a devolução do produto ou serviço e proceder o reembolso do valor pago.

No caso de compras realizadas na loja física, o direito de arrependimento não se aplica, a não ser que a própria empresa estabeleça essa possibilidade de forma expressa. 

 

Nesse caso, o consumidor pode optar por um outro produto ou pedir o ressarcimento do valor? 

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, se o cliente exercitar o direito de arrependimento, os valores eventualmente pagos serão devolvidos de forma imediata, devidamente atualizados. Se for do interesse do consumidor, este pode optar por um outro produto, embora a empresa tenha sempre que deixar clara a possibilidade do ressarcimento. 

 

Explique para os nossos leitores o que é venda casada. Essa prática é legal?

O Código de Defesa do Consumidor proíbe expressamente a venda casada, constituindo, inclusive, crime contra as relações  de consumo. A venda casada se caracteriza quando ao adquirir um determinado bem, o consumidor se vê obrigado a comprar um segundo produto, ou seja, não tem a faculdade de adquiri-los separadamente. 

 

Quando o consumidor chega a um estabelecimento e encontra o mesmo produto, da mesma marca e com as mesmas especificações com marcação de preços diferentes? Qual preço a loja deve manter? 

Nos termos do artigo 5º do Código de Defesa do Consumidor, em havendo disparidade entre valores, atinentes ao mesmo produto, o consumidor terá direito de adquiri-lo pelo menor preço. 

 

Quando a mercadoria vem com defeito, qual o prazo de troca? 

Se o  produto possui um defeito que pode ser constatado facilmente (por exemplo: rasgos, riscos, rachaduras), os prazos são:  30 dias para produtos não duráveis (ex: produtos alimentícios) e  90 dias para produtos duráveis (ex: celular). 

Se o produto tiver um vício oculto, ou seja, apresentou defeito apenas após um tempo de uso, os prazos acima mencionados apenas se iniciam quando o defeito é detectado pelo consumidor. 

 

É muito comum as lojas, principalmente de eletroeletrônicos, venderem garantia estendida. Essa prática é legal? E quando a loja acrescenta essa garantia sem autorização do consumidor, como ele deve proceder? 

A garantia contratual, mais conhecida como garantia estendida é uma prática legal e regulamentada. A garantia estendida é aquela acordada entre consumidor e fornecedor, podendo ser onerosa ou gratuita, sendo de livre negociação.  Por ser uma garantia que muitas vezes é oferecida de forma onerosa, esta apenas pode se dar se houver expressa manifestação de vontade do consumidor. Caso esta garantia seja acrescentada sem a anuência do consumidor, caberá a este reivindicar o valor cobrado junto ao estabelecimento comercial e em não sendo exitoso, cabe ao consumidor a reclamação junto ao PROCON ou até mesmo o auxílio de um advogado para o ajuizamento da ação cabível. 

 

Preço diferente com pagamento à vista e com cartão, é certo? Muitas lojas usam dessa prática para incentivar a compra à vista e em dinheiro,  isso pode?

A Lei nº 13.455/2017 autoriza expressamente a comercialização de produtos com preços diferenciados para pagamentos em dinheiro ou cartão (crédito ou débito), desde que o fornecedor informe esta diferenciação de forma clara e expressa em seu estabelecimento. Logo, antes do consumidor realizar a compra deve estar ciente dos preços diferenciados a depender da forma de pagamento. 

 

Para finalizar, quando o consumidor se sente lesado em relação a uma compra, onde ele pode buscar seus direitos? 

Todo cliente que se sentir prejudicado ao contratar um serviço ou adquirir um produto, deve buscar um acordo amigável com a empresa.

Caso o contato com a empresa não seja exitoso, o consumidor possui outras duas alternativas: A primeira é ir ao PROCON. O PROCON é um órgão público que atua primordialmente na proteção e defesa dos direitos dos consumidores, sendo, pois, um órgão extrajudicial considerado como um meio alternativo para a solução de impasses e conflitos decorrentes das relações de consumo.

A segunda opção é contratar um advogado para intervir e orientar a como proceder nesta situação pelas vias judiciais.