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Divulgação Prêmio Zumbi

Por Lucas Motta

Com a proposta de valorizar e preservar a cultura de matriz africana, a Companhia Baobá Minas realizou o 8° Prêmio Zumbi de Cultura, na noite da última quarta-Feira (22) no Sesc Paladium, Hipercentro de pelo Horizonte, em comemoração da Consciência Negra (20/11).

Idealizadora do Prêmio, a Diretora e coreógrafa da Cia, Júnia Bertolino explica que a festa contempla pessoas que se destacam no campo artístico da política e cultura negra, um espaço para refletir sobre a resistência e as representatividades negra nas artes.

“Estou emocionada e agradecida a todos parceiros pela realização de mais uma edição do VIII Prêmio porque sabemos como é importante a valorização de nossos mestres populares e artistas da cidade.  Sobretudo neste momento de crise política, crise econômica mundial, onde aumenta as disputas e os preconceitos. É importante ter iniciativa de companheirismo, de eventos que despertem a reflexão e motive os artistas e grupos a unir forças e enfatizar que juntos somos mais fortes, reconhecer iniciativas positivas realizadas por pessoas que convivem conosco, seja na escola, trabalho, na cultural e na política“ diz.

Considerada a maior premiação negra do estado, desde 2010, a festa abriu espaço para apresentações de grandes artistas como Mestre Conga, Coral Brasil African Vozes, Sérgio Pererê, Alameda Musical e a Cia Baobá Minas que tem por missão abordar o cotidiano do negro, sua cultura, valores e artes. A festa celebrou a memória de Zumbi dos Palmares que deixou um legado de identidade Africana muito forte, uma cultura que vai além dos livros de história que preserva a ancestralidade.

 

Nesta edição foram 11 homenageados, dentre elas a aluno de Jornalismo do Centro Universitário UNA Sarah Santos, pessoas guerreiras na cidade de  Belo  Horizonte,  com  ações  que  beneficia todo  estado de  Minas  Gerais. Como é  o  caso  do professor  e   escritor  Anelito de  Oliveira que através da  literatura alcança vários  educadores  do  território  nacional  chamando  atenção  para  valorização  da  escrita, religiosidade e  da  cultura.

 

Homenageados  do  Prêmio  Zumbi de Cultura –   Cia Baobá Minas Mamour Bá (Música), Sarah Santos (Protagonismo Juvenil), Maria Luiza –  Luzia (Menção Honrosa), Associação Cultural Fala Tambor (manifestação Cultural), Júlia  Santos  (Teatro), Tania Cristina – Makota Kizandembu – (Atuação Política), Anelito Oliveira (Literatura), Célia Gonçalves – Makota Celinha (Religiosidade), Marilene Rodrigues (Dança), Macaé Evaristo (Personalidade Negra), Isabel Goes Cupertino (Educação).

O prêmio foi distribuído nas seguintes categorias: dança, teatro, música, religiosidade, literatura, educação, manifestação cultural, personalidade negra, menção honrosa, protagonismo juvenil e atuação política. Os contemplados receberam um troféu confeccionado pelo artista plástico Jorge dos Anjos.

PROGRAMAÇÃO

No dia 29/11  às  16h no auditório José  de  Alencar da Assembleia Legislativa (R. Rodrigues Caldas, 30 – Santo Agostinho) recebe a “Roda de conversa: Diálogos e reflexão – homenageados do Prêmio Zumbi de Cultura”,  artistas  e  mestres  populares  estarão reunidos no  espaço  de  debate  político para a construção  e  implementação de  políticas  públicas  para  a  comunidade  negra, reforçando  a  importância de  valorização da  cultura e  da  arte  negra do  povo  brasileiro. Participe!

 

Por Lucas Henrique – Start – Parceiros Contramão HUB

Embora tenha desapontado um tanto na bilheteria doméstica, a Liga da Justiça continua a adicionar aos seus totais estrangeiros, e agora passou oficialmente a marca de US $ 400 milhões em todo o mundo.

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O filme trouxe oficialmente US $ 481,3 milhões a partir deste fim de semana e deve atingir a marca de meio bilhão de dólar em algum momento desta semana. O filme trouxe US $ 309,8 milhões no exterior, o que é quase duas vezes maior do que o recebido na bilheteria doméstica. Seu total de US $ 171 milhões nos Estados Unidos ainda é um pouco de decepção, no entanto, o filme entrou no fim de semana de férias com um dos maiores totais de terça-feira em anos.

 

Liga da Justiça também não está acompanhando as marcas das bilheterias estabelecidas por outros filmes recentes do DC Extended Universe, Esquadrão Suicida ou Mulher-Maravilha. Neste momento em seu lançamento, a Mulher-Maravilha já arrecadou US $ 206,3 milhões, enquanto o  Esquadrão Suicida superou um pouco com US $ 222,6 milhões.

 

Liga da Justiça possui um elenco que também inclui Ben Affleck como Bruce Wayne (Batman), Henry Cavill como Kal-El / Clark Kent (Superman), Jason Mamoa como Orin / Arthur Curry (Aquaman), Ezra Miller como Barry Allen (The Flash) Ray Fisher como Victor Stone (Cyborg), Ciarán Hinds como Lobo da Estepe, Amy Adams como Lois Lane, Willem Dafoe como Nuidis Vulko, Jesse Eisenberg como Lex Luthor, Jeremy Irons como Alfred Pennyworth, Diane Lane como Martha Kent, Connie Nielsen como Rainha Hippolyta , Robin Wright como General Antiope, JK Simmons como Comissário James ‘Jim’ Gordon, Joe Morton como Dr. Silas Stone, Amber Heard como Mera, Billy Crudup como Dr. Henry Allen e Kiersey Clemons como Iris West. Julian Lewis Jones e Michael McElhatton também estão no filme em papéis não especificados. Aqui está a sinopse oficial do filme:

 

Alimentado por sua fé restaurada na humanidade e inspirado pelo ato altruísta de Superman, Bruce Wayne pede a ajuda de seu novo aliado, Diana Prince, para enfrentar um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha trabalham rapidamente para encontrar e recrutar uma equipe de metahumanos para enfrentar esta ameaça recentemente despertada. Mas, apesar da formação desta liga sem precedentes de heróis – Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Cyborg e The Flash – talvez já seja tarde demais para salvar o planeta de um ataque de proporções catastróficas.

 

A Liga da Justiça já esta em exibições nos cinemas.

 

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Por Giovanna Silveira – Parceira Contramão HUB

Você é um anônimo muito casual, ilustre conhecido do que eu também conheço. Passa por onde quer, procura o que quer e deixa vestígios somente se quiser ser encontrado. Você quer ser encontrado?

A consequência dos dados é saber demais e de menos em proporções desleais, em doses posológicas diárias para aos poucos imergir, você e eu. Abstração. Tarde demais para se desfazer das ligas que te prendem ao todo, cedo demais para se desatar do click-efêmero.

E aos poucos se dar aos prazeres de inflar o ego vazio ou tão somente aliviar a própria cólera, nascida e criada no leito de que todos tem de saber de você, o que você quer, por onde quer passar e o que quer procurar. Materialização.

Estando agora, drasticamente imersos no complexo de fiação imaginária que não vemos e não sabemos como, viajamos em nessas conexões, constante e insistentemente a busca de algo; hora a declaração, hora o anonimato.

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Por Ana Paula Tinoco

Em 2006, quando Carros foi lançando, a animação causou furor entre os amantes da Pixar. O motivo, vínhamos de uma extensa sequência de ótimos longas animados, como Monstros S.A. (2001), Procurando Nemo (2003) e Os Incríveis (2004), sem esquecer de mencionar aquele que despertou a criança que adormecia dentro de cada um de nós e acordou muitas outras para a magia da cultura pop, o maravilhoso Toy Story (1995).

Diferente de seu protagonista, Carros começa modesto e aos poucos vai se formando a narrativa, talvez manjada por se tratar da jornada do herói, mas que compensa algo tão explorado e maçante com coadjuvantes espetaculares, pontos para Larry the Cable Guy que dubla o tão amado Mate. Com grandes nomes, Owen Wilson (Relâmpago McQueen), Bonnie Hunt (Sally), Michael Keaton (Chick Hicks) e o saudoso Paul Newman (Doc Houdson), o filme ganhou status e cinco anos depois o tenebroso Carros 2 fora lançado.

Apesar do fiasco, o filme possui 39% de aprovação do Rotten Tomatoes, o produtor e co-fundador do Estúdio de Animação, John Lasseter, não se deixou abater e este ano (2017) lançou Carros 3. Voltando a velha fórmula, ao perceber que nem o personagem mais carismático de toda trama, como é o caso de Mate, consegue gerar um bom roteiro, Lasseter traz de volta o velho e bom Relâmpago McQueen. Com um mergulho no básico, o que temos é um carro de corrida competitivo, dono de suas quatro rodas fazendo o que sabe fazer de melhor, correr.

Poster promocional

Toda jornada do herói precisa de seu antagonista, na nova animação ela se mostra na forma do ego de McQueen, um carro sênior, um dos maiores campeões de todos os tempos, que viciado em velocidade se perde na sombra do medo da aposentadoria e que amedrontado não busca para si outras realizações, como se reinventar. E toda essa frustração se personifica no novo personagem, Jackson Storm (Armie Hammer) que mais novo e mais moderno leva o carro 95 a duvidar de si mesmo.

Porém, diferente de Dick Hicks que por seu exagero se torna interessante, Storm não tem nem carisma nem apelo para desenvolvermos alguma espécie de sentimento por ele, a impressão que dá é que ele está ali apenas como fio condutor para a nova busca de McQueen. A grande guinada está no momento em que Cruz Ramirez (Cristela Alonzo) é introduzida na história, uma jovem que empolgada e cheia de frases de efeito, se perde na ansiedade por acreditar não ser capaz e se torna uma espécie de Life Coach.

A personalidade de Cruz em contrapartida a sua imensa vontade de se tornar unânime nas pistas de corrida é o que leva McQueen a se transformar em seu mentor. Aos poucos e de forma bem dosada, seu lado intimista e doce que progride na velocidade em que é exigida para o desenvolvimento de ambos os personagens vai surgindo. Ao perceber que diferente dele, a jovem não teve alguém para apoiá-la e guiá-la nessa árdua jornada, o ponto alto da trama surge, e os dois improváveis companheiros ao lado de Luigi (Tony Shalhoub), Mack (John Ratzenberger) e o divertidíssimo Guido (Guido Quaroni) vão em busca da inspiração e melhora de McQueen, e encontram tudo isso no capô daquele responsável pelo início de tudo, Smokey (Chris Cooper).

Ponto para os roteiristas Robert L. Baird e Dan Gerson que souberam desenvolver um momento de auto ajuda sem cair na mesmice do clichê dos filmes com essa temática e acertaram ao introduzir vários flashbacks, de Doc Hudson.

Foto Divulgação

O personagem (Smokey), que é uma homenagem a todos os mecânicos responsáveis por manter as engrenagens em ordem, é o ponto de partida da história de sucesso de Hudson Hornet, nosso querido Doc. Smokey conduz o adeus entre o mestre e seu aprendiz, algo que não vimos já que Newman morreu em 2008, e faz com que McQueen perceba que existe muito mais além do horizonte das pistas de corrida, basta se adaptar e encontrar uma nova motivação para continuar. E a auto estima reencontrada nesta viagem é direcionada a um novo propósito e percebemos aqui que ganhar nem sempre se trata de cruzar a linha de chegada, o ganho pode estar em ajudar o próximo. E é linda a cena em que Cruz prova que o ditado de que quem não sabe fazer ensina é a maior mentira de todos os tempos.

Outros personagens que foram cruciais para o sucesso em 2006 não possuem o mesmo lugar de destaque quase 11 anos depois. Um sumiço válido se levarmos em consideração que Lasseter precisava reconstruir a essência da primeira animação. Entretanto, a pouca aparição deles não prejudica o desenrolar dos fatos, pelo contrário, já que parte de Sally a alavancada para que McQueen emerja de sua auto piedade e Mate que de seu jeito o leva a ir atrás do treinador de Doc.

Os personagens que são homenagens a grandes pilotos da Nascar – Divulgação

Relembrando grandes nomes da Nascar, podemos ver três grandes pilotos, River Scott (primeiro homem negro a correr na competição), Junior Midnight Moon e a mulher que inconformada em ficar atrás da cerca roubou o carro do marido e se tornou pioneira no ramo, Louise Barnstormer Nash. Homenagens estas que são comuns na animação, foi assim no primeiro com Michael Schumacher e Marlo Andretti (ambos dublados pelos próprios pilotos), Ayrton Senna (mesmo que apenas em uma exposição) e Lewis Hamilton (que também dublou seu personagem) no segundo.

Em suma, valeu a espera por Carros 3 e se olharmos para esse desvio de rota sem perder a base da 66 onde se encontra Radiator Springs, podemos esperar muito mais de uma possível continuação, esta que caso aconteça tem combustível para ir além, muito mais além do Pit Stop.

 

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Por Débora Gomes – Parceira Contramão HUB

o tempo é uma janela aberta. e a gente sente tudo [a brisa, o amargo, a fumaça, o frio, as saudades]. aprendemos, de pequenos na escola, que saudade é substantivo que não tem plural. mas, mais velhos, entendemos que nela, em si, cabe todo o infinito sem precisar que qualquer coisa se multiplique. ou se explique.

comecei cedo a saber sobre saudade: sempre a senti cutucando o peito, sem compreender muito bem porque. hoje, sei teu endereço primeiro. aquele que me fez atingir distâncias e silencia-la um pouco, como quando passa o carnaval: na quarta-feira de cinzas, tudo volta ao seu estado de silêncio e vazio, ao qual já estamos tão habituados.

mas hoje… hoje não tem confete, nem serpentina. hoje a minha saudade sente muito. sente os lugares que não viu, os abraços que não deu, os sorrisos que não riu, os desejos que escondeu. sente as palavras que não ouviu, e que também não me encorajou dizer. sente em três ou quatro soluços, as histórias que não viveu, as chances que não se deu, as alegrias que se poupou.

hoje minha saudade mora num porta retrato na sala de casa, em um cheiro que vai sumir da caixinha em que guardei recordações, na voz que ecoa na memória suas canções encantadas tão devagar. hoje minha saudade sabe que vai amarelar como as folhas de caderno antigas, até esfarelar e virar poeira no tempo. hoje, ela (a minha saudade) sabe que eu a sinto, sem ter sequer muita coragem pra sentir. 

e ela sabe também que eu nunca mais serei a mesma, depois que ela se instaurou em meu peito nesse fim de abril, transferindo os agouros de agosto, em uma dor lamento que às vezes me desprende do passo e me flutua por onde nunca vivi.

“é saudade seu moço, é saudade!”. 
e a partir de então, voltei a acreditar nos fins…

.as mãos de vóinha, que desde 27 de abril, não podem mais seguras as minhas.


.as mãos de vóinha, que desde 27 de abril, não podem mais segurar as minhas.

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Por Hellen Santos

As festas de final de ano estão chegando, famílias, amigos se reúnem para comemorar o encerramento de mais um ano. Infelizmente essa oportunidade de confraternizar não acontece para todos, como por exemplo, as crianças e adolescentes que vivem em abrigos, espalhados por todo o Brasil. Pensando nestes momentos, o Centro de Voluntariado de Apoio ao Menor (Cevam) proporciona aos jovens que vivem em abrigos da capital e região metropolitana de Belo Horizonte a oportunidade de vivenciar um momento em família pelo apadrinhamento afetivo de final de ano, trazendo um pouco de aconchego, luz e amor, junto com uma família acolhedora.

O apadrinhamento afetivo nasceu em dezembro de 1999, como proposta do juiz da vara da infância, Tarcísio Martins Costa junto com o Ananias Neves presidente do projeto, após analisar que os jovens e crianças dos abrigos tinha uma grande carência de afeto e do convívio familiar.

O Cevam é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1982 que vem com intuito de fazer a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Suas precedências é dar prioridade no atendimento, no direito, na defesa e na proteção dos envolvidos.  O projeto de apadrinhamento afetivo, onde crianças de 4 a 17 anos tem a oportunidade de experimentar o convívio de um lar.

Para participar, os padrinhos devem ter 10 anos de diferença do menor, ser maior de 18 anos e comparecer no Cevam portando identidade, CPF e comprovante de endereço, para avaliação psicológica. Mas o principal requisito para o apadrinhamento é amar, saber amar e ensinar essas crianças. Importante lembrar que antes da escolha da criança haverá um momento de socialização com futuros padrinhos para criar um vínculo. Os jovens que participam do projeto estão sob medida de proteção, algumas sofreram violência doméstica ou teve seus direitos violados e por decreto do juiz estão em abrigos.

A psicóloga Liliane Batista que amadrinha há três anos fala da mudança de pensamento que aconteceu com ela. “Acaba que quando você amadrinha uma criança, você cria laços, então você começa a colocá-la em sua rotina, e nós colocamos em nossa cabeça que existe uma pessoa na sua vida que precisa da sua ajuda a todo momento”.

Ananias Neves presidente do Cevam em entrevista ao canal da Rede Super reforça que o fundamental do projeto é construir vidas e um compartilhar de amor entre os envolvidos.

O apadrinhamento acontece durante o natal até o dia 02 de janeiro, porém, pode prorrogar nas férias de janeiro. Há possibilidades de o padrinho afetivo continuar acompanhando o menor durante o ano todo, com direito a saídas aos finais de semana e feriados. A ação permite que as crianças têm um acolhimento familiar, melhorando em seu desenvolvimento, sua autoestima e garantindo as crianças o que é de obrigação: convivência familiar e comunitária. Os padrinhos podem viajar com os menores para fora da cidade, isso ajuda na construção da socialização das crianças.

Quando a vontade da família é a adoção efetiva o único caso permitido é quando junto com Ministério Público e o Juizado de Menores, as crianças que tem o perfil e tiver sua situação jurídica definida e sem retorno da família biológica, podem conseguir finalmente um lar.

Para saber mais informações sobre o projeto, o candidato deve comparecer a sede do Cevam, localizado na Rua dos Goitacazes, n 71, Conjunto 1.407, Centro, Belo Horizonte- MG, ou nos telefones para informações: (31) 3224-1022 e 3224-4554 de 8h às 17h de segunda a sexta.