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Por Ana Sandim – Ingrediente da Vez – Parceira Contramão HUB

Mas vamos com calma, não é uma batata inglesa ou asterix – é uma das batatas mais encantadoras que eu já vi na vida. Encantadora pela cor viva e pela minha curiosidade ao me deparar com ela em um sacolão e querer levar todas com várias ideia malucas na cabeça.

Passada a euforia. A batata da vez é a Vitelotte | Purple Congo. Com origem no Peru, a Vitelotte, apesar de produzida em grande escala em outras regiões foi de lá que ela nasceu. Dados históricos revelam que ela tem cerca de 200 anos e é resultado de uma mistura de variedades antigas de batatas peruanas.

Possui uma casca escura, quase preta e uma polpa violeta que de acordo com minhas buscas pela internet, a cor é conferida pela antocianinas, um corante natural. O divertido é que quando cozida, com a casca, a cor prevalece porém mais clara. A textura dela é mais farinhenta o que acaba dando baixo rendimento.

Preparei ela em duas versões uma assada (batatas rústicas) e em forma de purê (foi aí que a mágica aconteceu) deu vida ao prato. <3 Mas depois de pesquisar, vi que a melhor forma de preparar ela é cozinhando e também fritando, vou fazer os testes e mando notícias.

  • Rica em antioxidantes;
  • Boas para pressão arterial;
  • Rica em vitamina C, flavonóides, potássio e outras substâncias benéficas para o organismo.

Por Ana Paula Tinoco

Pierre León, cineasta francês de origem russa, é o grande homenageado e possui destaque merecido na 11ª CineBH. Como diretor León tem uma gama de filmes distribuídos entre curtas e longas metragens, sendo que desse apanhado de 30 obras 14 delas serão exibidas em sessões ao longo da semana na Mostra de Cinema.

Talentoso, mas ao mesmo tempo modesto, León diz ter orgulho de suas obras, afirmando que jamais teve vergonha do que tenha sido feito ao longo de sua carreira que começou em 1994 com o longa Li per Li. Questionado sobre pertencer ao Cinema Marginal, ele esclarece: “Não me considero Marginal, sou periférico. Sou do cinema de estoque.”

Sobre a inspiração para suas obras, León poetiza de onde vem a sua inspiração e como suas ideias para filmes surgem ao dizer que vêm da beleza: “Ela (inspiração) pode vir de uma música, um prédio bonito ou até mesmo um belo rosto que eu tenha visto. Eu quero é contar uma história”, diz León com muito bom humor.

Sobre as dificuldades que cineastas independentes encontram, ele diz que não importa como, mas o filme tem que ser feito: “Se não há dinheiro eu consigo, empresto dos amigos, da minha mãe, de quem puder ajudar e faço meus filmes”.

Ao ser questionado sobre o futuro e como ele vê sua obra inserida nele, León diz que gosta de pensar que daqui 50 anos pessoas verão seus filmes. Mas que gostaria que as pessoas soubessem que seus filmes são específicos, pois seus filmes são diferentes uns dos outros, são imagens e salienta: “Eu às vezes faço filmes ruins, mas o fato de mostrar tudo o que uma pessoa fez dá uma ideia melhor. E em 30 anos será possível ver se há coerência no meu trabalho”.

León que também é crítico de cinema, escrevia pra revista francesa Trafic, faceta pela qual muitos o conhecem, diz que o trabalho do crítico é atentar para os detalhes presentes nos filmes e não dizer ao público o que ele deve gostar e cita o cineasta, também francês, Jean-Luc Godard: “Não é porque o público é ruim que os filmes sejam ruins”. E aponta para o fato de que os críticos devem sim falar de filmes que as pessoas não falam, uma forma de levar conhecimento sobre cineastas desconhecidos.

E encerrou o bate-papo com a seguinte frase: “O cinema precisa de invenção!”.

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Por: Kedria Garcia

O Cine Theatro Brasil, recebeu na terça-feira 22 de Agosto, a abertura da 11° edição Mostra CineBH que foi marcada pela exibição do filme Corpo Elétrico dirigido por Marcelo Caetano. O longa narra a história do personagem Elias, assistente de estilista em uma confecção de roupas femininas, seu coração se vê balançado com a chegada de Filipe, imigrante e novo funcionário contratado para trabalhar nas máquinas de corte.

O Corpo Elétrico é o resultado dos curtas-metragens já produzidos por Marcelo, que retratam a vida dos homossexuais que vivem em grande cidades, como São Paulo. Além de abordar temas como as estratégias que as pessoas inventam para escapar da solidão e  a buscar pelo amor e o sentimento de pertencimento. “A ideia principal do cinema que eu faço é o corpo quanto resistência é o quanto a gente consegue se reintegrar com o nosso corpo e de uma certa forma evitar esse aniquilamento do capitalismo na sociedade contemporânea.” Explica Caetano sobre o processo da produção do longa.

O diretor contou também um pouco sobre seu trabalho. “A ideia pra mim é colocar diversas pessoas umas com as outras e entender o que surge disso, como se pegássemos encontros muito improváveis e pegasse aquele pequeno fio de probabilidade, puxasse  e construísse um universo a partir dele.” Marcelo afirma que busca trabalhar com a questão da identidade, fugindo da forma monolítica, trazendo personagens diversos como gays, operários, negros, imigrantes, femininos e masculinos, assim como também personagens cis heterossexuais.

A outra grande atração da noite foi o cinema ao ar livre, a Praça da Estação virou uma sala escura com direito ao céu como teto, o telão juntamente com estrutura montada proporcionou uma experiência única os amantes da sétima arte que apreciaram o filme ao lado do tapete vermelho ou deitados em puffs. A exibição do clássico O Garoto dirigido pelo renomado Charles Chaplin foi acompanhada pela a Orquestra de Câmara do Sesiminas, o que encantou a noite com a trilha sonora ao vivo.

Por Ana Paula Tinoco

A abertura da Mostra CineBH 2017 ocorreu ontem, 22 de agosto, no Cine Theatro Brasil Vallourec. Com entrada franca, o público foi recebido pela atriz Lira Ribas, mestre de cerimônia, responsável por conduzir a apresentação de um roteiro voltado para a diversidade. A noite que teve uma programação interativa contou em sua abertura com a participação de Mc Douglas Din, Marise Dinis e Ailtom Gobira do Duo Paralelo em uma performance audiovisual dirigida por Chico de Paula e Grazi Medrado ao som do músico G.A. Barulhista.

Para o Jornalista João Alves a proposta deste ano que gira em torno de um assunto que diz respeito a todos nós: “Urgências do Mundo”, tem tudo a ver com a realidade que vivemos em nossa capital: “Eu espero que com esse tema a mostra abra as portas de vez para um evento cada vez mais político, democrático e inclusivo, pois infelizmente o cinema é uma linguagem que não é direcionada para todos, seja pelo espaço, pela representatividade ou pelo preço”.

As homenagens deste ano serão voltadas ao crítico, ator e cineasta francês Pierre León, que em sua primeira visita ao Brasil, terá 14 filmes exibidos em retrospectiva na programação da CineBH. León que subiu ao palco para receber o prêmio, desculpou-se por não conhecer nosso idioma e bem-humorado brincou iniciando seu discurso com uma palavra que nós mineiros conhecemos bem: “uai! ”

“Obrigado pelo meu primeiro prêmio. Venham ver pelo menos um dos meus filmes, tem muitos, para saber se esse troféu foi merecido. Obrigado, obrigado a todos. ” – Pierre León

Dando continuidade à noite, o filme “Corpo Elétrico”, primeiro longa-metragem de Marcelo Caetano, foi exibido em pré-estreia em Minas Gerais.

De Minas para a Minas, o diretor mineiro nos traz a história de Elias, jovem trabalhador que divide seu tempo entre o ofício numa pequena empresa e as noitadas regadas à bebida, gargalhadas e sexo com amigos e parceiros.

 

Sobre a programação: Mostra CineBH

 

Por Ana Paula Tinoco

A Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte – CineBH – chega a sua 11ª edição, o evento que terá início hoje, 22 de agosto, conta com uma programação diversificada e gratuita. No total serão exibidos 101 filmes, sendo 41 longas, 1 média e 59 curtas-metragens organizados em 60 sessões distribuídas em toda grande BH.

A mostra que irá até o dia 27 de agosto, receberá pré-estreias e retrospectivas vindas de seis estados brasileiros: Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Além, da participação de 16 países: Brasil, França, Reino Unido, Estados Unidos, Portugal, Senegal, Alemanha, Japão, China, Rússia, Áustria, Líbano, Síria, Emirados Árabes, Qatar Tailândia.

Os espaços ocupados serão ao todo dez, são eles: Fundação Clóvis Salgado, Teatro Sesiminas, Sesi Museu de Artes e Ofícios, Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil Vallourec, Praça Duque de Caxias – Santa Tereza, MIS Cine Santa Tereza, Cento e quatro Centro Cultural, Serraria Souza Pinto.

A novidade este ano fica por conta da montagem de um cinema na Praça da Estação, ao ar livre. Integrando a programação da Minas Gerais Audiovisual Expo – A MAC – o objetivo desta estreia é abrir e intensificar a interação entre a CineBH, Belo Horizonte e todos os movimentos sociais e culturais vigentes em nossa cidade.

Abaixo link dos lugares em que a 11ª Mostra de Cinema Internacional de Belo Horizonte – CineBH –  ocorrerá:

  • Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes

Avenida Afonso Pena, 1.537 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • CentoeQuatro – Centro Cultural

Praça Ruy Barbosa, 104 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Teatro Sesiminas

R. Padre Marinho, 60 – Santa Efigênia, Belo Horizonte – MG

  • Sesi Museu de Artes e Ofícios

Praça Rui Barbosa, 600 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Sesc Palladium (Entrada Principal)

Av. Augusto de Lima, 420 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Cine Theatro Brasil Vallourec

Av. Amazonas, 315 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Praça Duque de Caxias

Santa Teresa, Belo Horizonte – MG

  • MIS Cine Santa Tereza

R. Estrela do Sul, 89 – Santa Teresa, Belo Horizonte – MG

  • Serraria Souza Pinto

Av. Assis Chateaubriand, 809 – Centro, Belo Horizonte – MG

  • Praça da Estação

Av. dos Andradas – Centro, Belo Horizonte – MG

Para informações sobre a programação completa: CineBH

 

 

 

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Por Charles Oliveira

“FOI-SE O TEMPO EM QUE OS OLHARES REFLETIAM O INTERIOR” – É assim que está descrita na parede de canto de uma farmácia da Rua Tupinambás esquina com a Avenida Olegário Maciel, no Centro de Belo Horizonte. Gostaria de ter tirado foto, mas não achei pertinente (no momento), pois um morador de rua habita logo abaixo da frase reflexiva, de autor desconhecido…, mas quando li a mensagem, automaticamente comecei a observar os olhos das pessoas, o que eles dizem? Será que a essência de cada um está no olhar ou será que há algo a mais que poderia refletir o nosso eu? Uma coisa é você confiar e acreditar em cada ser, é no sentimento de comunhão de um com outro, quanto vale estar perto do outro? Perceber o outro? As necessidades do outro? Vivemos como ser independente mais fechado no olhar, apesar de estar aberto…

 

– Dane-se, quero saber do interesse ou fator que faz o olhar ser diferente… ter algo a mais. O descontrole é total faz parte da nova era, a quem diga que perdemos a razão e partiremos para o artificial, cortamos a nossa própria carne por coisas irrisórias… doce olhar que transmite a sensação de fazer bem… que encanta o casal apaixonado… que põe a razão dos pais para educar… que constrói uma relação sincera e verdadeira… você já olhou nos olhos de quem ama? …. Tem alento mais confortante que isso? Talvez tenha é isso mesmo e a lógica e outro olhar… Olhares de fato não representam nada, a autossuficiência seria mais interessante, mais além de dados clínicos psicológicos, o que todos nós sabemos que tudo se constitui de uma forma só, e a equivalência de algo muito excepcional…, porém isso não define o caráter. Discutir valores se tornou uma tarefa complicada. A tecnologia substitui o contato humano e que vale a qualquer coisa os meios de fato nos refletem o interior… assim que baseamos os outros… conseguimos de vez, terceirizar e contornar o que é preciso para nós seres medíocres humanos, que movimentos mais desequilibrados estamos entrando, que nova linhagem define esse atual momento, como a matéria-prima do nosso ser foi aniquilada de forma equivocada sobre o olhar do outro.

 

O sentimento pode ser oriundo do coração e da alma, da qual a finalidade dos olhos nos completa…

 

– A janela da alma gostaria que eles falassem, por partes deles são de verdade, o corpo fala e alma também, se comunicar por meio do inquestionavelmente quando e o olhar…Valha me Deus que choque.

 

Isso monta um mosaico de pequenos pigmentos que vão envolto de cada ação, está muito além do que se enxerga, (externo) e do globo ocular, que passa pela formação da íris, pupilas ligamentos, retinas e nervos ópticos, cristalino… (interno) tão natural e simples mais não é assim que funciona… a visão passa por vários processos para se chegar a um resultado… muitos medos, falso moralismo, falta de compaixão por todos nós.

 

– Parece que é uma catarata… tomou conta e embaraçou tudo, não enxergo mais, sinto que perdi os sentidos… somos tão frágeis, cadê meu viver a minha estória, está escrito aqui… os meus sentidos as minhas vontades, os meus desejos – Ceguei… Acabou tudo, meu reflexo se apagou como uma mínima chama de um fósforo aceso… Meu espírito incandescente, que me direcionava como uma bússola da vida… volte por favor… não… por favor… não… (ACORDEI) – Era um sonho, perdi os sentidos… Os olhos refletem angústia…  Alguém pode perceber isso… sim!

 

– Depois de tanta balela… (risos) de uma espécie de aventura psicodélica, será que fui capaz de refletir o meu olhar? E tão pessoal, gostaria de dizer pelos outros, foi tão confuso isso… perdi-me demais, se eu não sei ser tão assertivo comigo mesmo, eu poderia ser pontual com o outro?…

 

Poderiam desenvolver um manual de olhar nos olhos dos seus, dos meus, dos nossos olhos e compreender como eles funcionam, seria ótimo, tudo podia começar desde pequenininho, um bebezinho… acredito fielmente que é dali que se envolve com natureza viva dos seres mortais… isso beneficia de forma conceituada para vida até a morte… olhe a família, olhe os amigos, olhe os colegas, olhe o amor… vamos apurar melhorar isso de forma gradativa e que se torne mais próximos de nós…. – Uma dica que seria de total importância para sociedade e se passássemos a olhar um no olho do outro e como isso se transformando em um hábito, seria um exercício diário de confiança, de acolhimento, de compaixão, de sentimento e pureza…

 

– Seria pedir demais? … tanto faz! … sei lá. Só sei de uma coisa e é verdadeira; Foi – se o tempo em que os olhares, refletiam o interior.