Belo Horizonte recebe a magia de Escher

Belo Horizonte recebe a magia de Escher

O Palácio das Artes hospeda até 17 de novembro a exposição “A Magia de Escher”, são 90 quadros das 448 gravuras que criou durando sua carreira. O holandês Pieter Tjabbes é o curador da exposição itinerante que já passou por quatro capitais brasileiras sendo Belo horizonte a quinta e ultima cidade a receber as obras. Pelos próximos quatro anos a obras permanecerão guardadas. Nascido na Holanda Pieter Tjabbes mudou para o Brasil em meados dos anos 80, o especialista em arte já trabalhou para o  ministério da cultura, é professor da USP e possui sua própria empresa a Art Unlimited.

Mauritius Cornelis Escher (1898-1972), mais conhecido como “M.C. Escher” nasceu na cidade Leeuwarden na Holanda dedicou sua vida às artes gráficas. Durante seus estudos na escola de Artes Plásticas de Haalem Escher conheceu seu mentor  Jesserum de Mesquita que o ensinou técnicas de desenho. Sem conhecimento matemático criou suas obras através da experientação e também pelo seu fascínio pela arte da gravura, posteriormente reconhecido por seus desenhos de ilusões espaciais, de construções impossíveis, onde a geometria se transforma em arte ou a arte em geometria, suas criações passam o sentido de 3D que na época nem era um recurso imaginável.

– Quando se deu seu contato com as obras de Escher?

Quando eu tinha seis anos, meus pais me deram um cartaz do Escher, que ficou na parede do meu quarto até eu sair de casa, aos 17 anos. Fui estudar história da arte.  Quando comecei a fazer exposições itinerantes para o Centro Cultural Banco do Brasil, fiquei com vontade de desenvolver uma exposição deste artista. Mas eu estava querendo fazer uma exposição com conceito diferenciado, não mostrando apenas as obras, mas desenvolvendo uma nova forma de explicar a obra e conceitos do artista através de uma formula interativa, lúdica e divertida.

 – Como a exposição foi concebida?

O objetivo deste projeto é apresentar obras originais deste grande artista, assim como mostrar seu processo criativo, as inspirações que ele encontrou na matemática, geometria como também em outras áreas de ciências. Através de atividades lúdicas e interativas o público será instigado a perceber as leis da natureza.

– Como se deu o processo de escolha das obras?

Procurei escolher obras de todas as fases da sua carreira. Ele produziu 448 gravuras durante mais de 50 anos. Ficou mais conhecido pelas obras dos últimas 20 anos, mas já era um excelente artista antes disso. Principalmente na fase que viveu na Itália, ele se especializou em paisagens e vistas de cidades. Desenvolveu uma habilidade técnica fabulosa, e trabalhou principalmente com as técnicas de gravura, a xilogravura e litogravura.

– Qual o conceito desenvolvido?

A exposição se desenvolve por salas alternando exposição de obras originais, informações biográficas de Escher, reproduções, esboços, instalações interativas, brincadeiras óticas com referências na obra do artista e filmes sobre ele e seu processo de trabalho. Além de textos de parede explicativos por toda a exposição.

Filme 3D da obra de Escher projetada de forma a parecer tridimensional quando vista com óculos 3D.

– Após o encerramento da exposição na capital mineira as peças serão guardadas por quatro anos, poderia explicar o que vai acontecer com elas durante esse período?

A incidência de luz faz mal para obras de arte, principalmente, obras sobre papel Tanto o papel quanto a tinta sofrem com a ação da luz, e perdem qualidade. Por isso, é regra em museus que obras sobre papel não podem ser expostas permanentemente, mas depois de cada exposição teriam que ser guardadas em gavetas por alguns anos. Assim, ficam em boas condições para futuras gerações.

 Por:  Gabriel Amorim e Juliana Costa

imagem: internet

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