Cotidiano

Em detrimento das obras de revitalização da Praça Diogo Vasconcelos na Savassi, região centro sul de Belo Horizonte, parte da Avenida Getúlio Vargas foi interditada hoje. Assim, os motoristas que usavam a via no sentido bairro Savassi/Serra, tiveram de usar um caminho alternativo proposto pela BHTrans.

Obras na Avenida Getúlio Vargas

A avenida foi fechada entre a Rua Fernandes Tourinho e Rua Paraíba e só será liberada daqui a cinco meses. Dessa maneira, as linhas de ônibus tiveram que alterar sua rota. Ao conversar com alguns motoristas, constatou-se que as informações ainda eram insuficientes. O office boy Jean Calos conta que não sabia sobre o desvio, “estou vendo agora pela placa. Percebo que está trazendo transtorno no trânsito devido a má estrutura de informação”, relata. Lucas Leite, programador, foi pego de surpresa e comenta sobre o episódio, “é a primeira vez que estou passando na Savassi depois que começaram as obras. Fiquei sabendo dos desvios por amigos e não por órgãos competentes”.

Veja na reportagem abaixo:


As alterações no trânsito foram sentidas com mais intensidade na parte da tarde, principalmente no horário de pico. As obras vêm incomodando lojistas, pedestres, moradores e motoristas da região desde março e estão previstas para terminar dentro de um ano. Orçada em 10,5 milhões, o projeto divide a opinião das pessoas. Uns avaliam como melhoria do espaço que é um lugar tradicional da cidade. Já outros vêem como desnecessária as alterações e gastos.

Por Andressa Silva, Felipe Bueno, Thaline Rachel e Vanessa C.O.G

Vídeo: Edição e imagens: Vanessa C.O.G/ Reportagem: Felipe Bueno e Andressa Silva

Fotos: Felipe Bueno

A partir das 10h de amanhã, 31 de maio, o trânsito na Savassi será alterado devido às obras de revitalização da Praça Diogo Vasconcelos. A Avenida Getúlio Vargas será fechada para o trânsito de veículos entre as ruas Fernandes Tourinho e Paraíba, sentido Afonso Pena e a Rua Paraíba passará a ter mão única até à Getúlio Vargas.

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Durante o dia de hoje, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) distribuiu panfletos com informações e orientações à população sobre as mudanças. Mesmo assim alguns lojistas da região reclamam que não foram avisados com antecedência da realização das obras e dos desvios no trânsito local.

A sócia-proprietária de uma loja de artigos populares a R$ 1,99, Renata Oliveira Cardoso reclama que os lojistas não tiveram a oportunidade opinar sobre as obras e a forma como seriam feitas e que a PBH não avisou com antecedência das alterações que afetariam a região. “A revitalização da Praça está diminuindo as vendas da loja em 40%”, estima, “as vendas estão caindo e o aluguel é o mesmo”, compara. “A reforma faz muito barulho e poeira, perco até alguns produtos”, reclama Renata Cardoso.

A proprietária de uma cafeteria da região, Ana Luiza Small, endossa a opinião da lojista com relação aos transtornos provocados pelas obras e queda das vendas. “Uma solução possível seria diminuir o aluguel [dos estabelecimentos], já que as vendas estão caindo”, sugere. De acordo com Ana Small as obras de revitalização da Praça de pouco serão úteis para o comércio diurno que, hoje, sofre com as obras.

A comerciante Renata Oliveira levanta outro aspecto associado às obras, a sinalização para proteção de pedestres. “Abriram um buraco na porta da minha loja, sem avisar, e o espaço para as pessoas passarem ficou muito pequeno é perigoso principalmente para os idosos. Reclamei, mas não solucionaram o problema. Cheguei a pensar em abrir outra porta”. Ela ainda se diz insegura em relação ao tempo de duração da obra. Ouça trechos da entrevista com Renata Oliveira.

O comerciante Michel Magno também acredita que, no momento, as obras e o desvio do trânsito serão prejudiciais para o seu negócio. “As obras provocam atrasos no trânsito e com menos espaço teremos menos vagas para estacionamento”, afirma, “com o desvio, vai aumentar o número de linhas de ônibus que passam na região o que será bom para alguns e ruim para outros”, pondera.

Próximo a Praça em obras, o cozinheiro Miguel Felipe Lopes afirma que as obras e o desvio não atrapalha seu cotidiano. “A obra é boa, pois está melhorando, por enquanto não me afeta”, avalia.

A Regional Centro-Sul foi procurada para se pronunciar a respeito das reclamações dos comerciantes locais, mas até o fechamento da matéria ninguém foi encontrado pela reportagem. Na BHTrans, a informação repassada é a de que o órgão apenas intervém no gerenciamento de trânsito.

Informações sobre as obras e o desvio acesse: www.bhtrans.pbh.gov.br

Texto: Bárbara de Andrade

Foto: Felipe Bueno

Aúdio edição: Andressa Silva


De acordo com a pesquisa de preços de estacionamentos, elaborada pela vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), os estabelecimentos em Belo Horizonte, cobram o preço de uma hora pela permanência de 15 minutos. Segundo a vereadora, essa cobrança fere os direitos dos cidadãos. “O código de postura de Belo horizonte, indica que todos os prestadores de serviço que cobram horas corridas devem respeitar a fração de 15 minutos e, a partir daí, cobrar proporcionalmente, mas não é assim que acontece”, denuncia a vereadora.

Recentemente, a vereadora apresentou na Câmara, o Projeto de Lei 1611/2011 que pretende regulamentar a cobrança nos estacionamentos. Em entrevista ao Contramão a vereadora explicou a proposta do projeto de lei e sua importância para a população.


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A reportagem do Contramão percorreu cinco estacionamentos de região da Rua da Bahia e constatou a diferença entre as cobranças de permanecia. Os estacionamentos mais bem equipados e com maior infraestrutura cobram preços diferenciados dos demais. A atendente Tâmara Jussara, confirma que a cobrança é a mesma nas redes do estacionamento em que trabalha. “Aqui ninguém costuma reclamar dos preços, pois a qualidade de serviço também é boa”, afirma.

No estacionamento que a atendente trabalha, a cada 30 minutos (tempo mínimo de permanência) corresponde a cobrança de R$ 3,50 e uma hora corresponde a R$ 7,00. Se o consumidor estacionar seu carro durante 31 minutos paga pelo mesmo preço de uma hora. O gerente do estacionamento, Wellington Jorge, garante que seus clientes já estão acostumados com sua tabela de cobrança. “A maioria fica uma hora, por causa do preço que é realmente alto, mas são coisas de mercado”, enfatiza.

Já o gerente de outro estacionamento, Vanderson Luciano, explica que essa cobrança indevida não acontece em seu estabelecimento. “Aqui cobramos R$ 1,75 por 15 minutos e, assim, gradativamente, a hora é R$ 7,00”, informa.

Os usuários que saem no prejuízo, com essas cobranças indevidas. O motorista Weberson Souza, reclama “não deveria ser assim ás vezes por questão de um minuto, você ter que pagar uma hora não é certo. Deveria ser calculado sobre fração.” Outro motorista Orlando Mafara, que também utiliza com freqüência estacionamentos desabafa “ é um absurdo, acho que tinha que se cobrar de 15 em 15 minutos.”

Enquanto o Projeto de Lei 1611/2011 não é efetivado , os estacionamentos não mudam a postura, e os usuários que necessitam do uso desse serviço, continuam sendo prejudicados no bolso.

Por: Andressa Silva e Marcos de Oliveira


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Será encerrada , amanha 22 de maio  as comemorações da Semana Nacional do Museu.  A 9ª edição da semana teve como tema Museu e Memória .

Confira  a reportagem a seguir:

Reportagem: Thaline Araujo

Imagens: Raphael Jota

Produção: Andressa Silva e Marcos Oliveira

Edição: Vanessa Cog

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O colorido das flores chamou a atenção de quem passava pela Praça Sete, no centro de Belo Horizonte de 10 às 12h desta manhã. A mobilização do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto Juvenil, tem o importante papel de sensibilizar a população para a triste realidade. Para simbolizar o objetivo da campanha, foram distribuídos marcadores de texto e flores que demonstram a infância e a vulnerabilidade infanto-juvenil frente ao abuso e à exploração sexual. A Presidente da Amas (Associação Municipal de Assistência Social – Amas – da Prefeitura de Belo Horizonte) Rosalva Alves Portella comenta sobre a campanha.

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O grupo de dança King´s Kid (Jocum Contagem) atraiu o público com apresentações teatrais e danças que expressam a realidade da vida de crianças que muitas vezes deixam passar despercebida a grave situação.

A campanha foi realizada em conjunto a Associação Municipal de Assistência Social – Amas -, da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social e da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, (por meio das Comissões Operativas Locais do Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto Juvenil – PAIR). A Presidente da Amas fala sobre a escolha do local, “A Praça Sete é o centro de Belo Horizonte, o coração que pulsa, e a expansão disso é bem maior”.


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Muitas pessoas tiveram a oportunidade de presenciar as atrações da campanha e entenderam o intuito. “É muito importante, ainda mais pra quem é pai de família e tem criança, porque a gente vê pedófilos, funcionários de creche e outros fazendo covardia com crianças e isso corta muito o coração da gente”, afirma Joaquim Barbosa. Sua esposa Maria de Lourdes complementa, “As crianças são muito importante nas nossas vidas, temos que protegê-las de todas as formas”.

A campanha não termina por aqui. A Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais convida para o debate público com tema: “Enfrentamento à violência contra Crianças e Adolescentes: monitoramento e avaliação do Plano Estadual, realizado no dia 23 de maio de 8h30 as 15h no Teatro ALMG.

Rua: Rodrigues Caldas, 30
Bairro: Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG

Texto: Thaline Araújo

Foto: Andressa Silva

Áudio: Raphael Jota

Em frente ao Hotel Savassi, nos deparamos com um profissional escasso nas ruas de Belo Horizonte: o engraxate. Um senhor simples e descontraído que já tem sua clientela formada, conseqüência do bom trabalho exercido há treze anos naquela região. Jorge Costa que, também, já exerceu a profissão de bancário, tem um ponto fixo entre a rua Sergipe e Avenida Cristóvão Colombo. “Escolhi esta região por ser uma área nobre e, apesar, do movimento ser um pouco devagar, com tempo conquistei uma grande clientela”, garante.

Com o engraxate não tem mordomia, apesar de ser um autônomo tem horário estipulado para trabalhar. “Trabalho de segunda a sexta-feira, chego aqui às 7 horas e vou embora apenas as 16 horas”, informa Costa.

A experiência trouxe a este engraxate a perfeição, ele apresenta um trabalho com qualidade. O cliente Wellington Santos, corretor de imóveis, salienta que além de ser muito bom no que faz o engraxate tem um diferencial: interação. “O Jorge é uma pessoa politizada, entende de tudo um pouco, além de interagir com os clientes, ainda disponibiliza um jornal para que eles possam ler”, descreve Santos que, uma vez por semana, passa por ali para dar um brilho aos seus sapatos.

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Com a profissão de engraxate Costa conseguiu criar toda sua família. “Hoje todos são independentes, mas os criei com o meu trabalho”, relata orgulhoso. Ele costuma engraxar sapatos em um tempo de cinco à quinze minutos, tudo depende do estado do sapato, e lucra R$ 6,00 por par.

Costa apresentou dois motivos da míngua da profissão: “os jovens não querem ser engraxates, parecem sentir vergonha dessa profissão, e, além disso, alguns novatos não trabalham muito bem”, explica.

Para quem ainda não conheceu esse personagem da região, vale a pena conhecer. Dê um lustre nos sapatos e confira de perto a alegria e simplicidade desse engraxate.

Por: Andressa Silva

Foto: Felipe Bueno