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Mostra

Amanhã, 30, de outubro, a partir das 19h, entra em cartaz  a 1º Mostra TODXS DIVERSXS, no Cine Humberto Mauro no Palácio das Artes. O objetivo da mostra é promover discursões relacionadas a experiências LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na atualidade. A mostra é pioneira na discursão deste assunto por meio do cinema.

A mostra é uma parceria do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Universidade Federal de Minas Gerais (NUH/UFMG) e o curso de Cinema Audiovisual do Centro Universitário UNA. O filme Tomboy2011, da cineasta francesa Céline Sciamma, abrirá o evento que contará  ainda com uma mesa-redonda com pesquisadores e estudiosos que irão debater o preconceito. “A Mostra quer chamar atenção da comunidade, para pautar a sociedade a necessidade de tratar a questão da homofobia”, declara o professor de Cinema Audiovisual do Centro Universitário UNA e palestrante na Mostra, Sanzio Canfora.

As sessões serão gratuitas e abertas ao público, a programação está neste site.

Ouça o podcast com Curadora do evento e diretora de um dos filmes que integram a mostra, o curta Transhomemtrans,  Tatiana Alves de Carvalho Costa.

Por: Ana Carolina Nazareno e Rute de Santa

Foto: Divulgação do evento

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A Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa recebe nos dias 22 e 29 de outubro a 10ª Mostra Udigrudi Mundial de Animação (MUMIA), que vem percorrendo diversos pontos da capital. O MUMIA, como é conhecido, reúne curtas de animação da Bélgica, Portugal e França exibidos em duas sessões com entrada gratuita. Durante toda a mostra poderão ser vistos 230 filmes de 31países.

Segundo o coordenador da mostra, Sávio Leite, o objetivo é divulgar a produção do cinema de animação no nível regional, nacional e internacional. “Essa parceria de estar exibindo aqui [na Biblioteca Pública] só tende a acrescentar, porque cinema também é educação, conhecimento e sendo numa biblioteca é o lugar apropriado pra isso”, avalia o coordenador.

“Um dos pré-requisitos para a escolha dos filmes que serão exibidos na Biblioteca Pública é ter a censura livre, que pudesse atingir qualquer tipo de público”, explica Sávio. Para a coordenadora do setor de referências públicas da Biblioteca, Alessandra Gino, a mostra é a oportunidade de firmar um espaço de “conhecimento e da cultura”. “Quanto mais ampliarmos as possibilidades de acesso a projetos culturais de qualidade, o nosso público só tem a ganhar”, avalia.

Os filmes exibidos são produções da Câmera-etc, que é uma Oficina de Produção sem fins lucrativos, que incentiva a criação de animações de autoria de crianças, jovens e adultos.

Por: Ana Carolina Nazareno e Ana Carolina Vitorino

Foto: Ana Carolina Nazareno

A cidade recebe neste mês a edição da Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (Mostra CineBH). O evento contará com a exibição de 126 filmes nacionais e internacionais e homenageará a produtora Teia, que comemora dez anos de existência, além de oficinas, palestras, cursos, sessões de escola e lançamentos de livros.

O público terá a oportunidade de rever cinco longas que representam a carreira dos diretores Sérgio Borges, Leonardo Barcelos, Helvécio Marins Jr, Clarissa Campolina, Marília Rocha, Pablo Lobato e Cao Guimarães, todos membros da produtora.

Serão apresentadas, nesta edição, nove mostras, entre elas uma retrospectiva da carreira do diretor francês LeosCarax, que teve sua mais recente produção, o filme Holy Motor, premiada no último Festival de Cannes, e, o jovem prodígio do cinema, o mexicano Nicolas Pereda, 28 anos e que já acumula em seu currículo sete filmes e recebeu diversos prêmios, incluindo o Toulouse e Guadalajara. Pereda estará presente no evento, para discutir com o público suas técnicas de filmagem e como acontece seu processo criativo.

Pelo terceiro ano seguido será realizado, simultaneamente, com a mostra, o BrasilCineMundi, que visa a troca de experiências e capacitação dos profissionais e estudiosos do cinema, oferecendo assim oficinas, debates e estudos de caso.

Com a Mostra de filmes de produção independente e do grande mercado, os organizadores do evento visão uma conexão através de debates e seminários sobre as exibições, tendo o propósito de ampliar os questionamentos comerciais, criar ações de cooperação, lançamentos de novas ideias, com o intuito de modificar a compreensão do cinema que se faz, e refletir sobre o assunto.

A abertura da amostra será amanhã, dia 18 de outubro, às 20h30, no SESC Palladium. A entrada é franca e o evento vai até o dia 30 de outubro em diversos pontos da cidade.

Por Hemerson Morais, Paloma Sena, Rafaela Acar e Rute de Santa

Foto: divulgação do curta Cadê meu Rango?, de George Damiani

A mostra Charles Chaplin tem como curador o Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado, Rafael Ciccarini.  O Jornal Contramão foi a até o Cine Humberto Mauro para falar com Ciccarini sobre como se deu a idealização da mostra e ao o que se deve o sucesso de público em todas as sessões.

O curador explica que o projeto já era uma ideia antiga e pessoal, e que nasceu do desejo de mostrar para as pessoas as obras de Charles Chaplin de uma forma geral, já que as maiorias das pessoas conhecem Chaplin, mas talvez nunca tiveram a oportunidade de assistir aos filmes dele.

“A mostra consolida Belo Horizonte como um lugar importante no circuito das mostras culturais” Constata.

Por Perla Gomes

Foto: Internet

Video: Heberth Zschaber

 

Dentro da sala de projeção, todos se acomodam em suas poltronas. O filme Casamento ou luxo começa e não havia ninguém conversando durante a exibição, algo raro nos dias de hoje. O cinema mudo exige de sua plateia uma atenção maior. Nos filmes falados, os diálogos nos fazem compreender o que se passa em uma cena, mesmo sem olhar para tela, pois quando ouvimos podemos imaginar, mas no cinema mudo, não. Cada gesto e expressão facial das personagens pedem para serem vistos, interpretados, sentidos.

No cinema mudo de Chaplin, a plateia reage a cada gesto da personagem. Como na cena do susto da plateia no momento em que o personagem Jean  pega um revolver de dentro de uma gaveta, a reação do público é um “óóó”, em coro. As pessoas podem prever o que acontecerá na cena seguinte. Cenários e objetos andam carregados de significados e a ausência de cor não faz falta. Diante de um filme de Chaplin, nós mesmo conseguimos dar à historia a suas próprias cores.

Casamento ou luxo é o primeiro mergulho de Chaplin no drama e traz o próprio Charles Chaplin como um simples papel de funcionário de ferrovia, mas a ausência do cineasta como personagem principal não diminui o filme. Chaplin, eternizado não só pelo cinema mas também por ser autor de frases marcantes finaliza o filme com uma lição: “O tempo cura as feridas, o segredo da felicidade é ajudar os outros.”

Por Perla Gomes

foto: Marcelo Fraga

 

No saguão do Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, uma enorme fila de pessoas é reorganizada por um funcionário. Jovens e idosos engrossam a fila que começa na bilheteria e avança até o pátio. A sessão das 17h, do 13° dia da mostra de filmes de Charles Chaplin, apresenta o filme Casamento ou Luxo (1923).

 Um aposentado identificado apenas por Hélio, 78, se confessa como um grande admirador do cineasta britânico. “Não importa o filme que vai passar, desde que seja do Chaplin.” O ex-funcionário público federal está entusiasmado com a mostra. “Eu já vim em outros festivais aqui [Cine Humberto Mauro]. Com filmes de Chaplin é a primeira vez, eu fico muito feliz de ter esta chance e fico sempre esperando que haja outras, a cidade tem condições pra isso, tem público para isso”, garante.

 Apoiada em uma bengala a uma senhora alterna entre ficar na fila e se sentar nos bancos. Ela é a cantora e compositora Biga Maia, 55. “Eu já assisti pelo menos uns 12 filmes, gosto muito de cinema, principalmente do Chaplin. Eu tenho vindo assistir muitos filmes aqui [Cine Humberto Mauro]. Belo horizonte abraçou as mostras, desde Buñuel que lotou, até a do Chaplin que já está lotando. O Chaplin me desperta muita ternura”, revela emocionada.

“Já é segunda vez que venho à mostra, é a primeira vez que venho a um festival de tão grande porte”, afirma a estudante de Cinema de Animação Daniela, 19.

A sala é aberta e todos com o bilhete nas mãos começam a entrar. Eu me perco no meio do caminho e tenho que voltar ao final da fila. Passado alguns minutos e estou lá na sala de projeção com todos os lugares ocupados e algumas pessoas atrasadas ainda chegam. Do lado de fora, a todo instante chegava alguém que se dirigia ao porteiro:

– Eu queria assistir o filme do Chaplin.

–   Sessão lotada. Agora, só na próxima.

 CONTINUA…

Por Perla Gomes

Foto: Marcelo Fraga