Vida em duas rodas

Vida em duas rodas

Uma hora é o tempo que o bancário Vinícius Mundim economiza no trajeto do trabalho, na Praça da Liberdade, para casa, no Bairro Dom Cabral. A advogada Juliane Rocha consegue poupar meia hora por dia ao cruzar a rua Gonçalves Dias, entre os bairros Funcionários e Santo Agostinho. A fórmula que ambos usam para fugir dos congestionamentos da capital é a mesma: deixar a preguiça de lado e tirar a bicicleta de casa.

Para Vinícius, a bicicleta como primeira opção de transporte traz muitas vantagens, principalmente financeiras. “Por ano, gasto R$250,00 com manutenção, com um carro. Poderia gastar isso por mês só com gasolina”. Juliane ja economizou R$ 3.200 em um ano. Para ela, o maior benefício é a qualidade de vida. “O stress do trânsito estava me deixando muito impaciente. Quem vai trabalhar de bicicleta chega ao trabalho mais feliz”, comenta.

Entretanto, os próprios ciclistas afirmam que a prática não traz só vantagens. Guilherme Tampieri, da Associação BH em Ciclo, conta que o desrespeito por parte dos motoristas e a falta de lugares específicos para estacionar são as maiores dificuldades. “Tem lugares que eu gosto de ir, mas não posso porque não aceitam bicicleta”, explica.

Segundo a BH Trans, Belo Horizonte atualmente possui aproximadamente 53 km de ciclovias. Até o final de 2015, a prefeitura pretende concluir um plano de mobilidade para incentivar o uso das bicicletas na capital. De acordo  com o coordenador do Programa de Mobilidade da Agência Metropolitana, Samuel Hertel, “o transporte não-motorizado é menos poluente, ocupa menos espaço viário e tem custo zero.”

Com base nos dados da Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Metropolitana, dos 15 milhões de deslocamentos individuais realizados diariamente na RMBH, 80 mil são feitos de bicicleta e a tendência é que o uso desse meio de transporte cresça 2,5% em cinco anos.

Texto: Ana Magnani, Frederico Thompson e Ingrid Torres

Foto: João Alves

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