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A canção escrita pelo letrista Renato Russo, Clarisse, foi lançada no álbum Uma Outra Estação no século passado e, no entanto, nunca esteve mais atual. A letra, que é um protesto contra o silêncio da depressão, retrata, verso após verso, as dificuldades enfrentadas por quem luta contra a doença. Renato Russo, através de Clarisse, a personagem, fala de tristeza enraizada, falta de esperança e a morte dos sonhos, além de algumas consequências decorrentes da doença: solidão, automutilação, isolamento e o uso de medicamentos. Hoje, a depressão é conhecida como o mal do século, deixando a música da banda Legião Urbana mais viva do que nunca.

Sem ter com quem conversar, devido ao tabu que ronda o assunto, muitas pessoas desistem de lutar e optam pela morte voluntária, esta que é majoritariamente associada à depressão, e responsável por mais mortes do que as causadas pela Aids. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 minutos alguém coloca fim à própria vida no mundo. O Brasil ocupa o 8° lugar no ranking em números, com cerca de 25 mortes voluntárias por dia.

Visando a desmistificação do tema, pacientes diagnosticados com a doença falaram sobre assuntos que vão desde a dificuldade para assumir que precisavam de ajuda até o tratamento. De acordo com a Psicóloga Raquel Assrauy, entrevistada pela equipe, a melhor forma de ajudar os pacientes e prevenir suicídios é dando-lhes oportunidade de falar como se sentem sobre o assunto.

Veja, na reportagem a seguir, os relatos de Cássia Silva*, 46, Ítalo Souza*, 23, Melissa Ferreira*, 19 anos, que lutam contra a depressão, e a entrevista com a psicóloga Raquel Assrauy, formada em psicologia pela Puc, pelo Instituto de Psicanálise e com especialização em saúde mental pelo Centro de Estudos Galba Velloso.

*Os nomes foram alterados, a pedido dos entrevistados, a fim de manter o sigilo.

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Matéria produzida pela aluna do quarto período de jornalismo,  Laryssa Xavier, na disciplina de TIDIR/JOR2BN

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