cidade

A Audiência Pública realizada, na manhã de hoje, na Câmara Municipal de Belo Horizonte deu inicio a discussões em torno do Projeto de Lei (2031/11), que visa implantar o espaço cultural “Praça da Savassi”. A proposta é do vereador Tarcísio Caixeta (PT) que presidiu a sessão. Caixeta destacou, ao final da audiência que este é apenas o início das discussões que será necessária uma nova para debater a questão dos espaços públicos da cidade.

O debate reuniu vereadores e convidados, formando uma mesa com 10 representantes de classe, dentre esses agentes culturais, a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), além de representantes dos moradores da região da Savassi e do grupo Família de Rua.

A Praça Diogo Vasconcelos, “Praça da Savassi”, ganhou um novo formato depois das obras de reforma. A ideia é usa-la da mesma forma como já acontece com os quarteirões fechados da rua Pernambuco, conhecidos como “Travessa da Arte”, o espaço abriga exposição de artistas e demais manifestações culturais. A pauta girou em torno da posição receosa dos moradores e da avaliação positiva dos lojistas locais. “Cultura é um direito da população”, afirmou o diretor da CDL, Alessandro Runcini.

Cultura

Já Jane Medeiros, Jornalista e Produtora Cultural frisou que a economia de cultura e serviços de lazer está em crescimento. “A cultura gera mais ICMS para o governo que outros segmentos já consolidados”, afirmou. “Quem trabalha com cultura no Brasil trabalha muito mais por amor do que pelo lucro”, destacou a representante da Livraria Mineiriana, Juliana Campos. “É muito mais interessante trabalhar com pequenos eventos regulares do que com grandes eventos esporádicos”, defendeu.

Coordenador do Duelo de MCs, Leonardo Cesário, organizado pelo grupo Família de Rua, colocou em pauta a burocracia para a legalização de atividades culturais, em Belo Horizonte. “Não cabe a mim entender a legislação para criar um pequeno evento. Quem está empreendendo cultura está fazendo o trabalho do setor público. É necessário que se seja dado suporte”, declarou.

Espaço público

Diretor do Sindicato dos Artistas Técnicos em Espetáculos e Diversões (Sated),  José de Oliveira Júnior, enfatizou que o direito a uso da cidade é de todos e é preciso pensar na circulação de veículos e pessoas. Outro ponto destacado foi que o mau uso do local pode causar depredações ao patrimônio público, como ocorreu, recentemente, no caso do Monobloco, na Praça da Liberdade. A este respeito o diretor da CDL frisou: “Não é a quantidade, mas a organização e cunho do evento que danifica ou não o espaço público”. “Uma cidade silenciosa é uma cidade oprimida. Temos que ter espaço pra fazer barulho”, declarou Leonardo Cesário.

A falta de regulamentação, a frequente interdição da prefeitura para o uso do espaço público e a necessidade de apresentar medidas preventivas para preservação desses espaços forma outros temas apresentado que, de acordo com o vereador Tarcísio Caixeta abrem o espaço para uma nova audiência, ainda sem data. “Essa audiência [de hoje] não tem como objetivo a finalização dos debates, vamos unir moradores, lojistas e promotores culturais para prosseguir o debate”, declara o vereador.

Ouça a entrevista com vereador Tarcisio Caixeta (PT), proponente do projeto.

Entrevista com Tarcísio Caixeta

Acompanhe, amanhã, no CONTRAMÃO uma entrevista com Leonardo Cesário, organizador do Duelo de Mc’s, sobre o uso dos espaços públicos.

Por Raquel Ribas e Felipe Bueno.
Fotos: Felipe Bueno.
Edição de áudio: Ane Ribeiro.

Com o objetivo de traçar técnicas e estratégias para a 14ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, a Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), responsável por 40 municípios da região Central de Minas, esta realizando reuniões durante essa semana com as referências municipais de imunização e referência técnica da Atenção Primária. A campanha que ocorre entre 5 e 25 de maio, Com o slogan “Proteger é cuidar”.

Em 2012, serão vacinados, além de população de 60 anos e acima, trabalhadores dos serviços de saúde que fazem atendimento para a vacinação contra o vírus H1N1, povos indígenas, crianças na faixa de seis meses a menores de 2 anos e gestantes. A vacinação desses grupos é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a estratégia de prevenção para a redução da ocorrência da doença, internações e óbitos.

A chefe da central de alunos do Centro Universitário UNA do campus de Comunicação e artes, Gilmara Pereira,33, gravida de sete meses disse “Acho muito importante a preservação dessa doença, porém, só tomo vacinas a partir da orientação da minha medica”. O principal objetivo da campanha é reduzir a mortalidade e as internações causadas pelas complicações da doença. Dados do ministério de Saúde indicam que, no ano de 2011 , cerca de 25 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe

A Regional Centro-Sul informa que as vacinas estarão disponíveis nos doze postos de saúde em área de abrangência. No dia 5 de maio, dia nacional da imunização contra a Influenza as vacinas serão distribuídas, ainda, na Rodoviária, Mercado Central, Parque das Mangabeiras.

Informações de endereços dos postos no site da PBH.

Texto Bruno Coelho

Foto Felipe Bueno

A Câmara Municipal de Belo Horizonte realiza, nesta quinta-feira, uma Audiência Pública para debater o Projeto de Lei (PL 2031/11) que trata sobre a criação de um espaço cultural na Praça da Savassi.

A realização de atividades culturais na Savassi foi interrompida devido às obras de revitalização. A proposta do PL é buscar incentivos de representantes do poder público, comerciantes e moradores, além do setor artístico-cultural de Belo Horizonte para a realização de eventos na região.

A bióloga e professora aposentada, Maria Abadia Soares, 65, é a favor da criação esse espaço. “Eu já estou acompanhando e vejo com muitos bons olhos. Precisamos de Centros Culturais. Não tirando o mérito do esporte, a preocupação com o lado esportivo é muito maior”, declara. O servidor público, Mauro Barbosa, 52, endossa a opinião da professora. “Um espaço cultural na cidade é sempre válido. Tem que ser avaliada as condições”, afirma.

Já a dona de casa, Roseluci da Silva Caldas, 50, avalia como interessante a proposta do projeto, mas ressalta que a Savassi já é um espaço repleto de centros culturais e que poderia investir em outros bairros da cidade. “Tem tanto lugar bacana que se pode explorar e implantar um centro cultural. Mais um local na Savassi? Onde? No meio dos bares? Aquela confusão toda? Acho que não combina”, questiona.

Por Anelisa Ribeiro e Raquel Ribas

Foto: Arquivo Contramão

As garotas do Bom D’FreeStyle são nossas escolhidas para ilustrar a sessão nessa tarde. O bonde integrado pelas dançarinas Lilian, Afra e a MC Baboo estava gravando um vídeo de sua nova música na Praça da Liberdade para disponibilizar na internet.

– A principal ideia do grupo é misturar Minas com Bahia, nesse ano chegamos a participar de um bloco infantil como madrinhas no carnaval de Salvador – afirma Lilian, que é graduanda do curso de Direito.

Elas estavam acompanhadas de um produtor que olhava atento a cada detalhe da coreografia das meninas, que dançavam o estilo funk com um figurino elaborado e muito bem produzido para o clipe. E é claro, chamaram a atenção de todos que passavam pela praça naquela tarde.

dsc_0440

A sessão “Entre as fontes e o coreto” é publicada as segundas, quartas e sextas e conta a história de personagens, situações e o cotidiano da Praça da Liberdade.

Diariamente, os problemas de mobilidade afetam a população da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A saída encontrada por uma parcela dos belo-horizontinos é morar na Região Centro-Sul, para ficar mais perto dos locais de trabalho e estudo. É o caso do estudante e vestibulando Marlon Bruno da Silva optou morar na região por ser mais próximo ao pré-vestibular. “São 10 minutos a pé. É bem mais fácil”, conta o estudante que veio de Campo Belo, no Sul de Minas.

Já o estudante de Fisioterapia, Wellingson Tobias Marques Silva, morador de Ribeirão das Neves, e enfrenta, diariamente, os problemas de trânsito da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) para chegar à faculdade. “Hoje, gastei 2h30 para chegar”, informa. “Tenho e não tenho vontade de morar na região central. Aqui é inviável porque é caótico, não só pelo trânsito, pela pressão. Seria viável por causa do meu”, avalia.

A estudante de Direito Cibele Moreira mora no bairro Lourdes por questão de localização. “É próximo da faculdade e do estágio, apesar de estudar no Coração Eucarístico. É perto de tudo, está bem localizada e fica tudo mais fácil”, explica. A família de Cibele Moreira é de Sete Lagoas e há aproximadamente quatro anos se mudou para Belo Horizonte. “A mudança foi interessante, foi diferente, a gente sai da calmaria da cidade pequena e chega aqui. Eu gosto muito de BH não mudaria daqui, é uma boa cidade”, declara.

O estudante de Jornalismo Felipe Xavier (foto) é do interior de Minas Gerais e, há quase três anos, mora em BH. Hoje, mora em uma república próxima faculdade. “A adaptação não foi tranquila porque é bem diferente, você pensa em morar perto das coisas, não só da faculdade, mas de farmácia, bar, diversão”, explica Xavier. Segundo ele morar em República não é fácil. “Republica é muito difícil, só é legal na Malhação e filme americano, por que na vida real é muito ruim, não saiam da casa dos pais, só se não tiver que sair mesmo”, brinca o estudante.

A empresária Bebel Menezes morava no Belvedere e junto com a família resolveu mudar para o Lourdes. “É mais próximo da loja que sou proprietária e da escola das crianças na região da Contorno próximo ao mesmo bairro”, afirma. A empresária gastava duas horas na avenida Raja Gabaglia, todos os dias, e consumia um taque e meio de combustível. “Ter mudado facilitou a mobilidade. Gostamos mais do atual bairro porque é perto da Savassi, de shoppings, tem comércios muito bons e clube”, avalia. “O aluguel ficou mais caro, mas acabou compensando na economia de combustível e tempo. A adaptação foi fácil, pois já conhecia o bairro e gostava”, conclui.

O m² na Região Centro-Sul

A Região Centro-Sul é conhecida como o metro quadrado mais caro da cidade. Pesquisando em algumas imobiliárias, pode ser percebido que este dado é duvidoso. A imobiliária 101 imóveis diz que isto é relativo, porque no mesmo bairro o m² no valor de 3 mil a 10 mil reais. Já a Adbens Imóveis informa que o metro quadrado mais caro da cidade fica no Belvedere. O aluguel de um apartamento de três quartos sai a 3.500. E a administradora A-SIIM diz que a Região Centro-Sul abriga um dos m² mais caros da cidade. A venda varia de 350 mil a 1,2 milhões. E o aluguel está na faixa de 5 mil.

Por: Bárbara de Andrade e Raquel Ribas

Apuração-imobiliárias: Anelisa Ribeiro

Foto: Natália Alvarenga

Raul – O início, o fim e o meio, documentário tão aguardado pelos raulseixistas de plantão, começou a ser exibido hoje no Cinemark Patio Savassi. O filme de Walter Carvalho apresenta uma fascinante investigação sobre a vida pessoal e profissional de uma das maiores lendas do rock nacional através de imagens inéditas de arquivos e 54 entrevistas realizadas em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro .” Raul – O início, o fim e o meio é algo que nos tira do eixo, da cadeira e da razão. Nos tira, por mais de duas horas e mesmo assim saímos do cinema meio que vagando, à procura de uma pessoa para dançar ou um belo show para desabafar”, declara Richardson Pontone, professor universitário de audiovisual, que assistiu a pré-estréia do filme na última terça.

Maluco beleza, pai do rock brasileiro, radical, genial. Não são poucos os rótulos e adjetivos que cercam a trajetória de Raul Seixas. Nascido em Salvador em 1945, cresceu apaixonado pelo rock n’roll, imitando Elvis Presley, com brilhantina no cabelo e gola da camisa levantada. Ao morrer, em São Paulo, em 1989, deixou um legado de centenas de músicas. A estudante de jornalismo,Silvia de Assis, 27, comenta “Adoro o Raul, minha grande expectativa para ver o filme e que nele so terá cenas inéditas” conclui.

dsc_0561
A estudante de jornalismo, Sílvia de Assis

A expectativa para a chegada às telas desse documentário era grande entre os fãs, como a estudante de cinema e audiovisual, Ana Carolina Moreira,  que afirma “ a ansiedade esta me matando, tenho certeza que o filme vai ser ótimo e vai surpreender todo mundo.” Sou louco com as musicas do Raul, porem , minha esperança e de poder lembrar a cena baiana da época do Raul e também dos grandes baianos Glauber Rocha, Torquato neto e tom zé” espera o fotógrafo , Osvaldo Afonso, 61.

dsc_0560
O fotógrafo Osvaldo Afonso e a estudante de Jornalismo Marina Costa

O filme é um Documentário de longa-metragem que criar outros tipos de imagens  para recriar a trajetória de vida desta fera, deste ícone do Rock Brasileiro e de a sua época. São 400 horas de materiais. As filmagens consumiram quase 2 anos. Depois disso, a montagem teve uma imersão de 1 ano e meio e trabalho. Contanto com depoimentos de Paulo Coelho, Pedro Bial, Nelson Mot, Caetano Veloso, Marcelo Nova, Edy Star, André Midanni, Tom Zé, Zé Ramalho, entre outros.Ganhou o Prêmio de público e Prêmio Itamaraty de melhor documentário brasileiro da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo / 2011.

Por Anelisa Ribeiro e Bruno Coelho

Fotos: Bruno Coelho