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Os médicos da rede pública de saúde de Belo Horizonte, anunciaram nesta terça, 20, uma paralisação de 48 horas em Belo Horizonte, de acordo com a Sinmed – MG – Sindicato dos Médicos de Minas Gerais. As principais reivindicações são aumento de salário e melhorias das condições de trabalho.
O primeiro dia de paralisação teve uma adesão de 90%, segundo o Sinmed MG, o manifesto foi feito na Av. Nossa Senhora do Carmo, região centro sul de Belo Horizonte. O boletim publicado hoje, o sindicato promete uma nova reunião para está quarta-feira, dia 21, na sede do Sinmed MG.
A proposta de aumento salarial segundo a assessoria é de 35 %, para se igualar aos proventos do programa “Mais Médicos”, com vencimentos de  R$10.475, mais ajuda de custo de R$1.500. Atualmente o salário dos médicos da rede pública tem o valor de R$ 8.500 por 40 horas de trabalho.
De acordo com a assessoria do sindicato, em fevereiro uma proposta foi enviada para a prefeitura de Belo Horizonte, mas não teve sucesso nas negociações. “Desde fevereiro, foi enviada a pauta de reivindicações aos gestores, mas as reuniões entre Sinmed-MG e Prefeitura ainda não avançaram em relação as propostas, e por isso a categoria vai continuar intensificando o movimento reivindicatório.”

Por: Gabriel Amorim
Foto: Assessoria

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Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, entre janeiro a setembro de 2013, o número de casos que violam os direitos da criança e adolescentes são altos. Durante esse período, foram registrados 600 casos de crianças atendidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), 415 casos de violência sexual e 1002 casos de negligência foram registrados e acompanhados pelo Centro de referência de Assistência Social (CREAS), o que incluem abusos, exploração, pedofilia e pornografia. Além de 731 casos de violência física ou psicológica contra a criança e adolescentes.

 Hoje, 20, entre 9 e 14 horas, o Parque Municipal Américo René Giannetti,  recebe o evento “Identificar para Proteger”. Uma parceria entre prefeitura, governo federal e sociedade civil, organiza e promove atos de mobilização social e política na expectativa de progredir no processo de conscientização da população sobre a gravidade da violência sexual.

 Este ano, a prefeitura resolveu juntar duas datas importantes, o dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescente, comemorado dia 18 de maio e o dia mundial de combate ao trabalho infantil, comemorado no dia 12 de junho. O evento tem por intuito mostrar que crianças e adolescentes devem ter horas de lazer, estudos, além de terem seu direito respeitado, seja em casa ou na rua para que não sofram nenhuma agressão.

Durante o evento, além de rodas de música, dança e teatro, o público se reúne para um grande abraço ao Parque, simbolizando a Proteção da Criança e do Adolescente.

Foto: Divulgação

Por Lívia Tostes

Nesta segunda-feira, 19, a Praça da Liberdade recebeu a escola de samba “Liberdade Ainda que Tam Tam”. Com o intuito de manifestar homenageando o dia 18 de maio, considerado o Dia da Luta Antimanicomial, o desfile que é organizado pelo Fórum Mineiro da Saúde Mental e Associação de Usuários dos Serviços de Saúde e Mental de Minas Gerais (ASUSSAM), contou com a presença de usuários, familiares e trabalhadores da área da saúde mental de Belo Horizonte e outras cidades do interior, além de membros de diversos movimentos sociais.

 O formato da apresentação é como um desfile de carnaval que aborda reflexões do lugar social da loucura, defendendo a Reforma Psiquiátrica antimanicomial. No dia 26 de abril, foi escolhido o samba “Revolussamba” (música cantada durante o desfile), produzido pela oficina de música do Centro de Convivência de Venda Nova. O tema deste ano é “A cidade que queremos: seja feita a nossa vontade!”.

 Todos os participantes do desfile, tanto adultos e crianças, estavam vestidos com fantasias e segurando diversos tipos de placas, como a turma da FACEB/UNIPAC da cidade de Bom Despacho-MG, que aderiram ao “Trancar não é tratar”, “Livre, leve, louco” dentre outros.

A concentração para o desfile iniciou às 14hrs na Praça e seguiu sentido à Avenida Afonso Pena.

 

Revolussamba

 Se essa rua fosse minha eu mandava concertar

Concertava essa cidade pra o meu mundo caminhar.

A cidade, minha gente, tem muita poluição,

Não precisamos só de carro, mas de metrô na estação.

 REFRÃO

Oh Bombrilhão! Oh Bombrilhão!

Acaba com o preconceito e com a discriminação. (2x)

Não ponha corda no meu bloco, copos de leite e de flor.

Na Avenida Afonso Pena, o 18 já chegou!

Nós vamos manifestar nossa indignação

Na cidade que queremos não cabe corrupção.

 REFRÃO

Se violar fosse verbo de violão,

De tão bela essa cidade teria mais criação,

Como não é, o que devemos fazer,

É acreditar no povo que luta pra vencer.

REFRÃO

Tempestade, tempestade, eu me encharco em você!

Mas com tanta indiferença, como vou sobreviver?

Sou amigo do Mandela e contra a segregação,

Sou filho da Praça Sete e da Praia da Estação.

 REFRÃO

Como em Cuba e na França eu vou revolucionar!

Vou por meu samba na rua para o povo desfilar

Essa rua, ela é nossa e esse mura, ele é seu.

Eu só sei que essa história foi o povo que escreveu.

Oh Bombrilhão! Oh Bombrilhão!

Acaba com o preconceito e com a discriminação.

Texto e Foto: Bárbara Carvalhaes

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Entre os dias 15 a 18 de Maio, O ELLA – Encontro Latinoamericano de Mulheres chega a Belo Horizonte no Centro Cultural CentoeQuatro, localizado no centro da capital. O evento é um projeto da Cultura de Rede com apoio das redes Fora do Eixo (Brasil), Teleartes (Bolívia) e Radada (Venezuela).

A expectativa de público é de em média 200 pessoas de diversos países da América Latina, sendo eles artistas, ativistas, comunicadores, mulheres e homens interessados na discussão sobre o papel e conceito do feminismo no século XXI, sexualidade, trabalho, estética, mídia, raça, política e outros.

A estudante Isabelle Chagas, 18, participou das discussões sobre Estética, Raça e Etnia no primeiro dia do evento. Segundo ela, eles debateram sobre os padrões de beleza, a exclusão da diversidade da cultura afro e também, sobre a imposição desses padrões como forma de poder. Para a estudante, as discussões foram bem pertinentes e contou com a participação de pessoas de diversos lugares do mundo, como Espanhóis, Colombianos, Paulistas e Cariocas de vários coletivos e organizações.

Toda a programação será feita através de vivências, debates, intervenções, rodas de conversas e reuniões. Para participar basta fazer inscrição no site tendo também como opção ajudar na cobertura colaborativa do evento.

 Programação:

17 DE MAIO (SÁBADO)

 10h às 12h: Tema: Saúde

10h às 12h: Apresentação de Experiências

10h: Oficina de Dança Afro

14h: Oficina Assim ELLA dançou

14h: Ato Nacional Contra a Homofobia (lá na Praça 7)

17h: Oficina vivencial sobre violência de gênero com práticas psicodramáticas

 18 DE MAIO (DOMINGO)

 10h às 12h: Oficina de Turbante

10h às 12h: Oficina de break para crianças

10h às 12h: Apresentação de Experiências

14h às 20h: Tema: Economia e Trabalho

14h às 20h: Tema: Relações Afetivas

14h: Coaching de Relacionamento e de Vida

17h: Oficina de absorvente

Por: Bárbara Carvalhaes e Luna Pontone
Foto: Divulgação

A gente passa por ela todos os dias, subindo, descendo, se for íngreme seguimos em ziguezague para não cansar. Ela nos leva onde queremos e precisamos. Ela está lá, fazendo parte do dia a dia de cada um. A Rua acolhe aqueles que precisam e guia os mais perdidos.

Muitas vezes estamos presos a uma rotina, que não notamos o que ela nos mostra. A exposição “Street Photography“, chega a Belo Horizonte, para aguçar nossa percepção pela Rua. Até o dia 8 de junho, o Espaço Oi Futuro, instiga a população a olhar para as ruas, com a exposição Fotografia de Rua, que foi destaque no Festival de Fotografia de Tiradentes.

Ao todo, foram enviadas 1091 fotos, de 244 inscritos e destas 39 foram selecionadas para integrar a exposição. Nenhum fotografo teve mais do que um trabalho exposto. Entre eles, 11 são de Minas Gerais e nove são da capital mineira. O fotografo Sergio Falci, enviou três fotografias, já o Guilherme Bergamini, enviou quatro e o Sergio Badian, cinco.

Badian revela que as fotos que enviou para a seleção pertencem a um ensaio que tem temática original diferente da “Street Photography“, mas achou que poderiam ser enquadradas dentro da categoria. Já Bergamini e Falci usaram fotos distintas de seus arquivos feitas durante viagens pelo país há andanças pela cidade.

A Rua e o Fotografo

 “Entendo a rua como espaço múltiplo e democrático. A pluralidade de ações, interações e desejos em um      espaço público, permitem inúmeras descobertas e experiências. A rua é o local de encontro e desencontro    onde cada um tem a sua intenção de ser visto ou passar despercebido sobre o olhar do próximo”.  Guilherme Bergamini é fotojornalista, nasceu em 1978, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

“A rua é o lugar da vida, de encontros e desencontros, onde exercemos nossa identidade, urbanidade, civilidade e somos públicos”. Sergio Badian, 44 anos, descobriu o interesse pela fotografia durante seu bacharelado em Comunicação.

 

  “A fotografia de rua tem tudo a ver com o fotojornalismo, que é minha formação profissional.Vejo a rua como um    lugar   ótimo para exercitar o ” faro refinado ” do fotógrafo.  Esse “faro”tem tudo a ver com o “instante decisivo”de  Cartier Bresson, considerado o pai do fotojornalismo. A rua é dinâmica, as coisas acontecem muito rapidamente, você  tem que ver e apertar o “dedo no gatilho”, capturando aquele momento, aquela luz, aquele contexto… isso é o momento  decisivo. Aquele exato instante em que tudo se encaixou perfeitamente, você viu e fez a foto. Então na rua temos a  oportunidade de refinar este faro porque ali estão as pessoas, com seus problemas, suas angústias, suas pressas, suas    roupas, seus jeitos, e a cidade, com suas fachadas estéticas e estáticas, suas ruas e trânsito, a sujeira, os grafites e a luz refletindo entre as paredes dos prédios e das casas, sendo absorvida, sem refletir, naquele cinza do asfalto.

Uma luz diferente, própria das cidades, própria das ruas. Quando eu saio para fotografar na rua, fico ligado em tudo. Sinto que tudo pode acontecer alí naquele momento. E  eu estou com a câmera na mão e pronto para fazer a foto. Como um caçador procurando sua caça na floresta de pedra. Isso porque gosto de fotografar gente. E na rua tem muita gente”. Sergio Falci é fotojornalista, formado pela Universidade PUC-Minas.

 

Por: Juliana Costa
Foto de capa: Guilherme Bergamini, imagem escolhida para a exposição Fotografia de Rua.

Das 3,7 mil toneladas de lixo descartado na capital mineira, 28 t são destinados à reciclagem. A reutilização dos materiais recicláveis movimentou em 2013 mais de 10 bilhões através de iniciativas privadas.

O serviço de coleta seletiva é feito de duas formas em Belo Horizonte, pelo  atendimento porta a porta, que está disponível para 30 bairros da cidade, e pelos pontos de coletas instalados nas ruas da capital, nas cores padrão definidas pela Resolução do Conama para os materiais recicláveis: azul para o papel, vermelho para o plástico, amarelo para o metal e verde para o vidro. Em ambos os casos os moradores são os responsáveis pela separação do lixo.

A professora Daniela Viegas conta que não é atendida pela coleta porta a porta, e que buscou informações através da ouvidoria da prefeitura para saber onde poderia descartar o lixo reciclável. “Só tive a resposta da prefeitura porque uma aluna trabalha lá, enquanto cidadã, não sei se teria resposta” ressalta a professora.

Em resposta a prefeitura (PBH) informou que muitos dos pontos de coletas foram retirados por vandalismo e a pedidos dos moradores. Segundo eles, o descarte de materiais orgânicos, atraia animais e causava mau cheiro. O orgão destaca que está em fase reprogramação de pontos de coleta.

Viegas destaca a importância do serviço para a população. “A coleta seletiva deveria ser implantada como política pública, isso é uma questão ligada ao meio ambiente.” Além de melhorar a logística dos pontos de coletas, é necessário aumentar a área de cobertura do serviço – porta a porta. “Devemos olhar com mais atenção aqueles que tiram seu sustento através do lixo reciclável.” finaliza a professora.

Por: Gabriel Amorim
Foto: Internet