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Centro Universitário UNA

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Por Bianca Morais 

O curso de Gastronomia do Centro Universitário Una é referência não apenas em Minas Gerais, como em todo o Brasil e muito se deve à postura que a faculdade e seu corpo docente assumem em buscar maneiras diferenciadas de conectar o aluno com o mercado. 

Dentro dessa proposta de empregabilidade ao aluno, nasceu o GastroUna, o principal evento de Gastronomia da instituição. Com dez edições bem-sucedidas, o projeto propõe aos estudantes do último período do curso a elaborar um projeto técnico científico, que consiste na criação de um negócio, que envolve desde nome, logomarca, plano de negócio, planejamento estratégico, ações de marketing, construção de cardápio, definição do público-alvo e execução. A mostra acadêmica é uma proposta com visão empreendedora que tem a função apresentar e inserir os participantes no mercado de trabalho, sua realização acontece sobre três eixos temáticos, sendo eles: visão empreendedora, sustentabilidade e a inovação.

Todo semestre, os estudantes se reúnem em grupos e trabalham em seus projetos, no dia do evento, eles se apresentam à bancada de jurados, que é sempre composta por grandes nomes da Gastronomia, o que proporciona a eles além da experiência, a possibilidade de estabelecer uma rede de contatos, uma verdadeira vitrine para quem está ingressando na área.

O GastroUna sempre foi um trabalho interdisciplinar, que permite aos alunos fazerem essa ligação com os vários campos que a academia oferece, e para isso, eles contam com o auxílio não só dos professores, mas com toda uma rede de colaboradores da Una. O curso de Cinema, por exemplo, é muito ativo no evento, sempre produz vídeos que são divulgados antes, durante e após o evento. Já no dia, o Cinema une-se ao Jornalismo para realizar a cobertura, entrevistando alunos, júri e convidados. Atendendo as demandas dos alunos eles também recorrem a cursos como Publicidade e Propaganda e Design Gráfico para construção dos negócios e o que for necessário para o sucesso de suas apresentações.

O início de tudo

Rosilene Campolina é chef de cozinha e professora do curso de Gastronomia, além disso é idealizadora do projeto GastroUna. Em 2016, ela ministrava a matéria de Projeto Interdisciplinar e foi quando teve a ideia de renovar aquela disciplina que trazia em sua ementa a inovação. “Já que trabalhávamos nesses projetos com foco no empreendedorismo, nada mais interessante do que fazer essa conexão, estabelecer essa ponte entre o aluno e o mercado de trabalho, com profissionais da área todos envolvidos”,  explica Rosilene.

No começo, o GastroUna era um evento apenas com barraquinhas distribuídas no pátio da instituição, onde cada grupo preparava sua receita e vendia para o público. Rosilene guarda boas lembranças da época e da “Gastrourna”, uma urna onde o público depositava seu voto de melhor prato. “Os alunos vendiam, as pessoas compravam e existia uma disputa entre os grupos, era uma adrenalina danada, porque todo mundo queria vender muito para ganhar”, conta a idealizadora.

O projeto cresceu, saiu daquele modelo mais tímido e tomou conta do auditório da unidade João Pinheiro, ganhando ali um caráter mais objetivo e focado. “Mudamos o formato de feira para a mostra acadêmica, até porque às vezes o aluno focava muito em vender, queria ser o melhor e esquecia um pouco da gestão, da parte administrativa do negócio”, completa a professora.

O GastroUna é um trabalho científico, com apresentação e conceitos bem definidos, além da prática que acontece no dia do evento, por trás os alunos realizam um denso trabalho de pesquisa e fichas técnicas de todos os produtos, obedecendo as ordens da ABNT, com o principal objetivo de tornar aquele estudante um profissional capaz e proativo. 

Segundo Rosilene em dez edições, somando-se a participação de forma direta ou indireta, seja de pessoas assistindo, de empresas patrocinadoras, de professores, alunos de gastronomia e até de outros cursos que atuam de outras formas no evento, como os de arquitetura, comunicação, gestão de negócios, marketing, se tem cerca de 9 mil pessoas que passaram por ele. 

Os parceiros

O GastroUna se consagra como uma vitrine de empreendedorismo para o mercado e envolve o cenário gastronômico, hoteleiro e turístico de BH. Desde a sua primeira edição, o júri técnico, responsável por julgar os trabalhos junto com o popular, conta com parceiros renomados e bem eclético. O evento busca trazer o melhor do mercado, dos setores público e privado, com a intenção de dar aos alunos a abertura para diversas áreas. 

Um deles é o chef Eduardo Maya, idealizador do Comida di Buteco e da Feirinha Aproxima, parceiro consagrado do GastroUna, presente desde a primeira edição do projeto, está sempre proporcionando grandes oportunidades, não apenas aos vencedores, mas a todos os alunos que participam.

Em uma das edições, o grupo “Bom Caldin”, foi convidado por ele para participar do “Uaini Night”, na Casa Fiat de Cultura, festa que Eduardo estava planejando para um público de cerca de 500 pessoas. “Ele tinha montado muitos stands no jardim da Casa Fiat para vender os pratos que fossem acompanhar os vinhos, gostou tanto dos caldos que esse grupo fez, que me perguntou se eles dariam conta de participar do evento, todos ficaram muito empolgados de atuarem em um evento grande, fizeram muito bonito e venderam tudo”, relembra Rosilene.

Eduardo Maya também já convidou os vencedores do evento para participarem da feira gastronômica Aproxima, e do festival Django Beer, em todos eles os alunos têm a oportunidade de vender os pratos que fizeram e o lucro fica com a equipe

“É um projeto inovador, muito bem executado e elaborado, ele procura transportar os alunos para o universo real, a vida real, o emprego real, o trabalho real e a empresa real, gosto muito desse projeto”, comenta Eduardo Maya.

Márcia Nunes, do restaurante Dona Lucinha, é outra jurada de peso que sempre marca presença no GastroUna. Marcia seguiu o legado da mãe que dá nome ao estabelecimento, administra o restaurante, é escritora e historiadora. Desde a primeira edição, o conceituado restaurante de Belo Horizonte, proporciona aos vencedores um almoço ou jantar para toda a equipe.

“É surpreendente o envolvimento dos estudantes dentro desse projeto, porque o que traz de experiência para eles do ponto de vista de maturidade, de conhecimento para empreender logo quando estão se formando, é um preparo, um pé no terreno daquilo que será a realidade prática deles. A academia fornece todo suporte teórico, mas eles precisam compreender o mercado, então a Rosilene teve uma sacada muito genial de trazer o mercado para dentro da academia”, reforça Marcia Nunes.

Além dos jurados que sempre apoiam o projeto, ele ainda tem parcerias muito importantes, como da Prefeitura de Belo Horizonte, Belotur, Abrasel, Capim Cheiroso, Sabará e Sabor, Sabarabuçu, Emater-MG, entre outros.

Alunos de sucesso

O Gastrouna já cumpriu seu dever na vida de muitos dos estudantes que passaram por ele, além de terem tido a oportunidade de trabalhar em diversos festivais gastronômicos, como o Festival de Sabará, de Congonhas, Caxambu, e criar um imenso network, muitos alunos conseguiram também se emplacar no mercado.

Carol Silva, é uma dos exemplos de sucesso, hoje a campeã de 2018 do GastroUna administra um buffet, um delivery, além de ser distribuidora de uma marca de utensílios de cozinha, a Royal Prestige, multinacional americana, que conheceu através do evento.

No ano em que venceu, ela e seu grupo foram convidados para participar do Arraial de Belo Horizonte. Na época, estavam selecionando os melhores grupos de cada faculdade de Gastronomia, a seleção da Una foi através do GastroUna, assim eles foram escolhidos para venderem seus pratos juninos na festa, participaram dois finais de semana consecutivos, ganharam ingressos, foram entrevistados pela imprensa, uma grande visibilidade.

“Meu prato foi um dos premiados, através dessa premiação eu tive visibilidade em vários jornais e isso foi muito importante para o meu crescimento como profissional, isso me fez crescer muito”, conta Carol.

A chefe de cozinha garante que o GastroUna foi um divisor de águas em sua vida, é muito grata com tudo, já que para ela foi uma experiência muito importante e que trouxe grandes ensinamentos

“Ele me ajudou muito no quesito de gestão de negócios, me preparou para ser a empreendedora que eu sou hoje, então foi muito importante para mim, abriu muito meus olhos para o negócio, abriu várias portas, me ensinou muito a como me comportar, buscar parcerias. Cresci muito como empresária, como mulher, como chefe de cozinha, e tudo através do GastroUna”, completa ela.

Carol Silva é apenas um dos vários talentos revelados pelo GastroUna.

O formato online

O evento sempre aconteceu de forma presencial, que dava ao júri e plateia a experiência gastronômica de provar todos aqueles pratos incríveis produzidos pelos grupos. No entanto, com o início da pandemia, ele precisou se adequar, e suas últimas duas edições virtuais foram de muito sucesso.

O formato remoto proporcionou novas propostas ao evento, como a participação, por exemplo, do chef Paulo Rodrigues, chefe da embaixada brasileira no México e diretor da federação latina americana de gastronomia, que apenas pode ser pelo padrão online, o evento também foi transmitido pelo youtube com intérprete de libras, e por isso teve um alcance muito grande sendo assistido por pessoas de todo o mundo. 

Nessa última edição online, ainda teve o lançamento do primeiro e-book do GastroUna em comemoração a décima edição, onde foram divulgados as receitas dos grupos e seus empreendimentos.

“Essas iniciativas são muito importantes, porque os alunos já aproveitam seu repertório, aquilo já faz parte do seu sonho, e a gente tá aqui, como mediador, para ajudá-los a realizá-lo, o ajudando a criar portfólio e contatos” acrescenta Rosilene.

O reconhecimento

Em 2017, o GastroUna foi tema do terceiro Congresso Nacional de Metodologias Inovadoras no ensino superior, o GIZ, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Rosilene foi representar a Una, com o projeto que nasceu pequeno com a feira e hoje é uma mostra acadêmica que a cada ano se supera em números e participações.

Em sua última edição, o evento recebeu uma honraria concedida pela Prefeitura de Belo Horizonte, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, Alimentar e Cidadania, a professora Rosilene Campolina, foi agraciada com o certificado de mérito por colaborar com o desenvolvimento da gastronomia no município, entendendo que o GastroUna contribui para a cadeia produtiva da gastronomia, com formação que potencializa inovação, empreendedorismo, responsabilidade social e o uso sustentável dos alimentos, unindo tradição e modernidade. Com essa trajetória o GastroUna contribui e fortalece o título de cidade criativa da gastronomia de Belo Horizonte. 

“Eu fico com um sentimento de mãe, de realização e satisfação, de um projeto que deu certo, que acreditei nele, começou pequeno mas com as buscas por parcerias de pessoas que eu conhecia de dentro do mercado foi crescendo, motivando alunos. É um evento trabalhoso, mas que é muito gratificante e eu espero que ele possa continuar colhendo bons frutos”, complementa a idealizadora.

O GastroUna é o encerramento do ciclo da aprendizagem do aluno na faculdade e a sua entrada no mercado de trabalho. Dentro de suas principais contribuições, inclui-se destaque dado ao planejamento dessas aulas com tecnologias inovadoras, utilizando visita técnica, conexão com o mercado, promovendo a interlocução entre a produção acadêmica e a prática da gastronomia sustentável, com visão empreendedora, o diálogo interdisciplinar, para atender essa complexidade da formação do aluno, aprofundamento dos conhecimentos acadêmicos e a interface de culturas locais e globais, contemplando a dimensão científica a ética, estética e produtiva no contexto da gastronomia.

O GastroUna é mais um dos projetos Una, que há 60 anos busca envolver o aluno a experimentar sua área de atuação, a inclusão social e o desenvolvimento local transformando o seu redor.

 

Edição: Daniela Reis 

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Por Bianca Morais 

Nesse mês de junho, um acordo firmado entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, TJMG, e o Centro Universitário Una, deu início ao projeto de extensão Arbitragem Acadêmica. Em execução desde 2020, o programa foi idealizado pelos professores do curso de Direito, Camila Pereira Linhares e Daniel Secches S. Leite, através de um projeto piloto do Núcleo de Práticas Jurídicas, o NUSC. 

O principal objetivo dessa parceria é contribuir para a desjudicialização de conflitos, principalmente na área do Direito do Consumidor, contratos, posses e propriedades. Os alunos da Una, com o suporte dos professores irão decidir questões fora da esfera judicial e ainda receberam uma vasta experiência com isso. 

O nome do projeto, Arbitragem Acadêmica, está diretamente ligado a uma área inovadora presente não apenas dentro do direito, mas em qualquer espaço que necessite de uma solução de conflitos, consistindo no incentivo à pacificação social. O método da arbitragem, segue as diretrizes estabelecidas pela Lei 9.307/96 e permite trâmites mais simplificados e menos formais para agilizar uma disputa. É realizado de forma extrajudicial e privada, fora do poder judiciário. Nele, um ou mais árbitros, imparciais e escolhidos pelas partes, emitem decisões com a força judicial e essa deve ser cumprida assim como uma sentença comum, caso contrário é encaminhada ao judiciário. 

O que é arbitragem 

Dentro do Direito, a arbitragem sempre foi vista como um processo oneroso, utilizado muitas vezes por grandes empresas, para resolver conflitos onde ambas as partes entram em comum acordo, da melhor maneira possível e de forma mais rápida. Um árbitro, normalmente, é um profissional especializado na técnica da arbitragem e no tema da causa na qual ele irá intervir, cobrando valores, geralmente altos, pelo seus serviços prestados.  Quando se entra no foro judicial, o processo, em geral, é demorado, por isso, muitas vezes quem tem condições, prefere contratar uma pessoa ou entidade privada para solucionar o seu problema, sem a participação do judiciário.

O Arbitragem Acadêmica, aparece então como o pioneiro na área em questão de gratuidade, inicialmente a oferta do modelo será oferecida às partes dos advogados, caso concordem, os processos serão direcionados a Una, onde os alunos e professores, como colegiado, seguirão na condução do processo e julgamento.

A arbitragem dentro da Una

Há 10 anos, o Centro Universitário Una, inseriu em sua grade curricular a cadeira obrigatória de conciliação, mediação e arbitragem, sendo a pioneira no estado. Ou seja, antes mesmo de existir um código de processos no Brasil que proporcionaria o avanço dos métodos adequados para solução de conflito, a Una já trabalhava arbitragem com seus alunos.

Se tratando do assunto, a instituição está há tanto tempo inserida nesse meio, que a primeira competição nacional de arbitragem que aconteceu no país, dirigida pela Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial – Brasil, CAMARB, foi realizada no campus Aimorés, com apoio institucional da Una.

Como o centro universitário já carregava essa abertura para a arbitragem como forma de solução de conflitos, juntamente com o desejo de colocar no mercado profissionais que dominassem a técnica, dois professores com larga experiência em resolução de questões judiciais, sendo eles, Camila Linhares, com mais de 15 anos na área, e o professor Daniel Secches, com 17 anos como assessor no Tribunal de Justiça, juntaram seus propósitos e entregaram a Una o programa que criaram ao longo de uma década, para que a instituição fosse a primeira do Brasil a ter oportunidade de gerir a arbitragem.

Professores Camila Linhares e Daniel Secches

A seleção dos alunos ocorreu por meio de um processo seletivo, através de um edital, no ano de 2020, em que se ofereceu aos escolhidos capacitação em relação a arbitragem, e consequentemente, eles teriam que se responsabilizar e assumir o compromisso de seguirem na execução do projeto. No total, 90 alunos foram selecionados para participar.

Thales Wendell Gomes da Silva Dias, tem 22 anos, está no 9º Período de Direito e foi um dos alunos elegidos para participar do programa. Segundo o jovem, desde que a iniciativa foi apresentada pelos professores ele teve interesse. “O projeto trazia consigo uma grande oportunidade de “elevar” o status dos alunos no âmbito profissional, pois a proposta de atuarmos como árbitros em processos reais até então era algo difícil de se cogitar, visto que ainda não concluímos a graduação”, comenta Thales.

Embora ainda não tenham atuado no primeiro caso, as expectativas do estudante são as melhores possíveis, até porque desde o ano passado, ele e os colegas já estão imersos nesse universo da arbitragem com reuniões semanais sobre o tema, o que enriqueceu em grande escala seus conhecimentos dos métodos adequados como um todo. “Com o advento do convênio firmado juntamente ao TJMG, nossa atuação como árbitros está mais próxima do que nunca e essa sem sombra de dúvidas é a nossa “cereja do bolo”, completa ele.

O programa piloto foi desenvolvido junto à 33ª Vara Cível e à 5ª Unidade Jurisdicional do Juizado Especial Cível da Comarca de Belo Horizonte, cada unidade irá selecionar quinze processos relacionados a pequenas causas, como direito do consumidor, posse, propriedade e revisão de contratos, entre outras de natureza civil, todas de baixa complexidade para facilitar o aprendizado do aluno. O projeto tem a meta de que os casos selecionados sejam julgados em, no máximo, seis meses.

Segundo os idealizadores, o programa inédito e revolucionário, surgiu como uma alternativa para reduzir a taxa de congestionamento de processos e unir o acadêmico com o judiciário. Simplicidade e flexibilidade procedimental, essas são as palavras que Camila Pereira Linhares, coordenadora do Núcleo Una Solução de Conflitos e co-fundadora do programa, utiliza para defini-lo.

“Esse projeto é uma oportunidade ímpar para os alunos que terão acessibilidade à arbitragem de forma efetiva e que poderão atuar como árbitros, contribuindo para a solução de um conflito. Para a instituição, ser a pioneira em aplicar a prática da arbitragem pelo cenário nacional, sem sombra de dúvidas, deixará um legado na transformação de solução de litígio no âmbito da academia em parceria com o poder judiciário, através da metodologia de um método privado”, ressalta a co-fundadora

O NUSC – Núcleo Una Solução de Conflitos

O Núcleo Una Solução de Conflitos, NUSC, completou, no mês de maio, seus três anos de atuação, que de forma interdisciplinar, trabalha juntos aos cursos de direito, psicologia e serviços sociais para proporcionar tratamentos adequados a diversas causas. Através de workshops, lives e projetos de extensão, o NUSC oferece a sociedade acadêmica e externa a importância da compreensão e resolução de pleitos dos mais diferentes temas. 

O Núcleo atua em duas frentes: a primeira direcionada a pessoas da comunidade que têm o interesse em obter atendimento na área cível e que optem por uma solução consensual. Seja em um divórcio amigável, definições sobre a guarda compartilhada e dissolução de pequenas empresas. Para esses casos serão aplicadas as técnicas de mediação e conciliação.

Para receber o atendimento, os interessados devem passar por uma triagem no Escritório do Serviço de Assistência Jurídica, sendo, na sequência, encaminhados ao Núcleo.

A segunda frente é o trabalho com menores infratores e seus familiares, em que são aplicadas as técnicas da Justiça Restaurativa, por meio de um convênio com o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG). Nesse caso, o encaminhamento dos jovens ao NUSC será realizado por meio da Vara de Atos Infracionais da Infância e Juventude.

“Considerando que o NUSC é o núcleo que trabalha com os conflitos de forma adequada e a arbitragem é um método adequado, só tinha um lugar dentro da Una para que o programa Arbitragem Acadêmica nascesse e ganhasse forma, diante da legitimidade e respeitabilidade do histórico, da tradição e da experiência técnica que se tem dentro núcleo, só tinha como o projeto ser gerado dentro dele, o Arbitragem Acadêmica é um produto do NUSC”, completa a coordenadora do núcleo Camila.

 

Edição: Daniela Reis

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Por Bianca Morais 

A Una Pouso Alegre está sempre em busca de promover Projetos de Extensão que acrescentem benefícios, não apenas aos alunos, mas a toda a população local. A unidade já foi destaque aqui no Jornal Contramão com o Projeto Cidadania, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade e leva a eles acesso ao conhecimento da democracia.

Pensando nessas boas práticas, apresentamos hoje ações desenvolvidas pelos alunos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Nutrição, esses cursos que crescem a cada dia mais na instituição, se uniram em um trabalho e mostraram a importância da interdisciplinaridade no aprendizado.

A unidade tem tanto destaque na área de seus projetos, que já foram reconhecidos e premiados nacionalmente e a cada dia vêm desenvolvendo novos. 

Conheça agora mais sobre eles em mais uma matéria em comemoração aos 60 anos da Una.

Reconhecimento da memória local

No segundo semestre de 2020, o Centro Universitário Una de Pouso Alegre, promoveu o projeto de extensão Memória e Patrimônio da Cidade. Realizado em parceria entre os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Nutrição, com o apoio do Conselho de Políticas Culturais e Patrimoniais do município. O programa levantou a importância da preservação da memória e do patrimônio nas cidades, os alunos encararam a temática e através do ensino e da pesquisa se aprofundaram na educação patrimonial, que é parte da preservação da história do lugar em que vivem. 

Coordenado pelo Professor Gustavo Reis Machado, com apoio dos professores Amon Lasmar, Carlos Pereira do curso de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil; e as professoras Patrícia Fonseca e Sara Fiorini do curso de Nutrição, o projeto nasceu com o principal objetivo de promover a preservação do patrimônio arquitetônico e culinário da cidade. Ele atendeu a uma demanda da comunidade de difundir através da educação, o reconhecimento da cultura da região e garantir que as atuais e futuras gerações possam conhecer a origem de onde vivem, suas crenças, comidas, arquitetura, design e história.

O projeto teve quatro eixos de desenvolvimento correspondentes aos cursos que o abrangeram, sendo eles:

  • Análise das Patologias dos Edifícios Tombados: nessa etapa do projeto produziram-se mapas de danos patológicos nas edificações e envolveu os alunos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo;
  • Levantamento Fotométrico de Objetos Móveis tombados (imagens sacras) do Santuário do Imaculado Coração de Maria: executado também pelos alunos de Arquitetura e Urbanismo, elaboraram-se modelos 3D para compor inventários;
  • Criação de roteiros culturais pelo centro: através de mapas e rotas turísticas do centro de Pouso Alegre, os alunos de Arquitetura e Urbanismo produziram os roteiros;
  • Registro da Cozinha Mineira Regional: os alunos do curso de nutrição produziram vídeos com os modos de fazer da cozinha regional e valorização dos itens da cozinha.

Os quatro eixos do projeto foram desenvolvidos com oficinas de produção do material, que envolveu docentes, discentes, técnicos e também a população local. A comunidade nesse projeto é envolvida na figura do Conselho de Políticas Culturais e Patrimônio do Município, e os alunos, selecionados através de um edital, tendo na metodologia embasamento teórico e prático nas oficinas, mantiveram contato estreito com os membros do conselho, da superintendência de cultural e do Museo Municipal Tuany Toledo.

A mesa de abertura do Memória e Patrimônio da Cidade apresentou o projeto aos alunos e ressaltou a importância no processo de preservação e conservação, o evento contou com convidados especiais de cada área envolvida no projeto, entre eles, Clarice Líbano, professora e diretora de Promoção do Instituto de Patrimônio Histórico e Cultural de Minas Gerais – Iepha/MG; Edson Puiati, Chef e professor; Luana Maris, professora e engenheira civil; e Elaine Luísa de Faria, conselheira e membro titular do Conselho de Políticas Culturais e Patrimoniais de Pouso Alegre. Apresentaram-se projetos de referência no tema da educação patrimonial e como diversas áreas podem trabalhar juntas e a importância dessa união.

Gabriela Paula Freitas da Costa é aluna da faculdade e junto com seu grupo participou do projeto e garante que ele agregou muito em sua vida e trouxe lições valiosas. “Meu grupo começou desenvolvendo um trabalho super simples mas com muita persistência, fomos lapidando o projeto e aprendendo juntos. Tudo aquilo que se insiste, se aprimora, colhe-se bons frutos. Foi incrível acompanhar a nossa evolução e não somente a nossa, mas a de todos os nossos colegas que fizeram excelentes trabalhos”.

A jovem é moradora de uma cidade próxima a Pouso Alegre e desde sempre viu o local como referência, frequentemente a garota ia para lá mas não tinha conhecimento de todos os patrimônios arquitetônicos que ela tinha e apenas com o desenvolvimento do projeto que passou a conhecê-los. “Foi realmente muito engrandecedor e trouxe uma nova perspectiva sobre a cidade. Projetos de extensão são excelentes maneiras de inserir os alunos na comunidade de maneira espontânea e leve, foi um trabalho lindo que eu enquanto aluna e moradora da região, adorei desenvolver”, comenta.

Juliana Cortez é coordenadora do curso de Engenharia Civil da Una Pouso Alegre e vê com bons olhos esse projeto em relação ao retorno para os alunos. “Foi muito positivo e gratificante. Com os feedback foi possível verificar que a metodologia utilizada alcançou o seu objetivo. Além da produção de um material com excelente qualidade, os alunos se envolveram e engajaram no projeto”, diz ela.

Cursos premiados nacionalmente

Quando se trata de projetos bem sucedidos na unidade, Juliana Cortez, também esteve presente na conquista do Prêmio Ozires Silva pelos alunos do curso de Engenharia Civil. Em sua 13ª edição, o prêmio promovido pelo ISAE Escola de Negócios, que é considerado um dos principais de sustentabilidade do Brasil e reconhece ideias que colaboram com ações mais conscientes, sustentáveis e, consequentemente, para que as pessoas vivam em um mundo melhor, foi conquistado pelos alunos.

Marcos Henrique Sabino, Wellington Augusto Ferreira Caetano e Bruno Rocha Venâncio, foram responsáveis pelo projeto “Construção de Casas Emergenciais com Blocos Celulares” que visa o atendimento de diversas famílias após desastres, como o de Brumadinho, em 25 de Janeiro de 2019, que ocasionou a fatalidade de mais de 250 vítimas. Os estudantes concorreram na categoria Graduação e tiveram, ainda no processo de desenvolvimento, o apoio dos alunos Diego Lopes, Rafael Jonas Aparecido e Raik Dias de Aguiar, junto a coordenação da professora Juliana Cortez e acompanhamento dos professores Drica Nunes e Wantuir Teixeira.

Wellington Augusto, um dos alunos vencedores do prêmio, confessa que para ele receber uma premiação com o nome de um dos maiores engenheiros do país, em suas palavras, “ícone da engenharia” e responsável pela fundação da Embraer, é uma grande honra e o motivou ainda mais a buscar a excelência na área da engenharia. “Além de acrescentar um peso ao currículo, em especial na área acadêmica, receber o prêmio foi uma responsabilidade, motivou minha equipe e eu a buscarmos a cada dia mais excelência nos projetos e estar sempre nos qualificando para sermos engenheiros melhores e podermos revolucionar o país através da engenharia” disse o estudante.

“Esse prêmio veio de um desafio lançado em uma disciplina na qual os alunos são os principais agentes no processo de aprendizagem. Isso mostra como eles são capazes”, comenta a orientadora Juliana. 

“Os alunos conseguiram unir numa multidisciplinaridade o que aprenderam em sala de aula, na prática e puderam utilizar isso de maneira útil, numa realidade caótica quando em campo puderam constatar a dimensão do desastre de Brumadinho”, destaca a professora Drica.

Reconhecendo o Risco

E os projetos da unidade Pouso Alegre não param por aí. Com o bom resultado tido no Memória e Patrimônio, eles já deram início a outro. O Reconhecendo o Risco, está sendo coordenado pela professora Carolina Galhardo e o professor Daniel Casalechi, e se encontra na fase de coleta de dados através de um questionário elaborado pelos alunos. 

Esse documento possui perguntas gerais a respeito das enchentes e inundações ocorridas no município e sobre o que o cidadão conhece acerca de planejamento urbano, plano diretor e defesa civil, além disso, investiga se as pessoas saberiam como se comportar diante de um desastre e se já receberam algum treinamento ou informação a respeito. A partir da análise das respostas coletadas, os alunos irão gerar informações para a elaboração de uma cartilha que será divulgada em redes sociais com o apoio da Defesa Civil de Pouso Alegre.

Esse novo projeto partiu, principalmente, da necessidade de um tipo de matéria mais direcionado para esses desastres na grade curricular. Até o momento, foram realizadas palestras e aulas acerca do assunto com o intuito de introduzir o tema e apresentar conceitos e estudos aos alunos.

“Não só em Pouso Alegre, mas em todo nosso país, possuímos amplo histórico de desastres como enchentes, inundações, alagamentos e deslizamentos. Sabendo-se que o conhecimento é uma ferramenta de extrema importância quando pensamos em prevenção, resposta e gestão do desastre, trazer à luz informações  claras e concisas para a população foi o que motivou a criação do projeto”, ressalta Juliana.

A cartilha contará com informações como quais são os principais órgãos responsáveis pelas ações tomadas em ocorrências de desastres, a relação dos desastres com o planejamento urbano, ações estruturais já efetuadas a fim de se sanar as inundações, entre outros.

O projeto já teve a honra de receber o professor Dr. Osvaldo de Moraes, atual diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Adriano Mota, doutorando e desenvolvedor do estudo acerca do tema nesta mesma instituição e Duarte Júnior, ex Prefeito da cidade de Mariana, que estava no comando da prefeitura quando houve o rompimento das barragens e culminou em um dos maiores desastres ambientais já ocorridos no país.

“As palestras abordaram os assuntos em seus mais mínimos detalhes, muito se discutiu sobre o papel do arquiteto nesta dinâmica e o quão desafiador é colocar em prática soluções relativas ao planejamento urbano que interferem diretamente na ocorrência de alguns desastres. Os alunos demonstraram bastante entusiasmo nas palestras, que trouxeram à tona temas que não fazem parte do cotidiano da graduação”, concluiu a coordenadora.

Michel Rodrigues da Silva, é aluno de arquitetura e urbanismo e é um dos participantes do projeto Reconhecendo o Risco. Para o estudante, entender o conceito e como funciona essa questão dos desastres naturais e seus riscos é muito importante para quem está em um curso como a arquitetura. “Estou no terceiro período, e por isso não tinha muita informação sobre o assunto, confesso que era bem leigo antes de começar a me interessar por arquitetura e urbanismo, então vendo tudo isso acabo aprendendo mais como funciona as projeções de desastres, como pode ser evitado e como a população está carente desse tipo de informação”, comenta

Para informar é preciso conhecer, trabalhar conceitos básicos e fazer um panorama geral sobre determinados assuntos. Ao pensar nisso, a Una Pouso Alegre está sempre investindo em diferentes projetos de extensão, para além de ajudar a comunidade local ao prestar diferentes serviços, enriquecem aquele aluno para no futuro se tornar um profissional de excelência. 

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  Por Bianca Morais 

Hoje a série especial do sexagenário do Centro Universitário apresenta a Clínica Integrada de Atenção à Saúde, que é um projeto da instituição que oferece ao aluno a oportunidade de ampliar o aprendizado através de serviços importantes à comunidade, dando assistência estética, farmacêutica, nutricional e psicológica.Os estudantes dos cursos, sob orientação e acompanhamento dos professores, prestam em forma de estágio, atendimentos gratuitos para a população carente e aos alunos e colaboradores da Una e do Grupo Ânima. 

Projetos como esse são de suma importância para o aprendizado dos alunos, pois contribuem para a formação, além de oferecer gratuitamente serviços à comunidade local, exercendo prática na assistência aos indivíduos e em contato direto com o  mercado de trabalho. 

 Devido à pandemia, atualmente alguns desses atendimentos têm sido de modo remoto, e pela primeira vez, está recebendo pacientes de outros estados e países. Para a comunidade essa experiência tem sido uma oportunidade ímpar de manter os cuidados com a saúde e tratar de certas enfermidades sem precisar correr o risco de quebrar o isolamento social e se contaminar com o COVID-19. Para os acadêmicos, uma vantagem para a prática do atendimento ao paciente de forma individual e coletiva.

Atendimento Estético

A Clínica de Estética oferece atendimentos faciais, como limpeza de pele, revitalização, tratamentos específicos de manchas, acne e cicatrizes, rejuvenescimento e drenagem facial. Já a carta de atendimentos corporais, inclui: massagem modeladora e relaxante, drenagem linfática, tratamentos específicos para gordura localizada, celulite, flacidez e estria. Todos esses tratamentos são realizados mediante uma anamnese (entrevista ao paciente) e adequação de procedimentos para cada disfunção estética de forma individualizada em cada paciente.

Os atendimentos são oferecidos pelos alunos do curso de Estética, com alunos a partir do 2° período, a todos aqueles que queiram cuidar mais da sua saúde, realçar sua beleza e aumentar sua autoestima. Os tratamentos oferecidos tem um custo simbólico de R$10,00 por atendimento e em média, quando funcionando, são realizados 450 atendimentos a cada 50 pacientes ao longo de um semestre.

Com os atendimentos realizados na clínica de estética, o aluno entende como é feito a avaliação e o plano de tratamento para cada disfunção, podendo ser facial e/ou corporal, ele aprende a habilidade de trabalhar em equipe, a realizar a gestão do seu tempo e se capacitar para ser um profissional de excelência.

Durante a pandemia os atendimentos da área de estética foram suspensos, porém em breve, com segurança, irão retornar. 

Atendimento Farmácia

A Clínica Escola de Farmácia possui como base o cuidado farmacêutico centrado no paciente de forma humanizada, e apresenta-se como uma importante prática clínica, capaz de atender às necessidades do indivíduo com relação à terapia farmacológica e não farmacológica.

Alunos, a partir do sétimo período, já podem colocar em prática o que foi trabalhado em sala de aula. A clínica também abre vagas para alunos ouvintes, o que possibilita ao acadêmico experimentar a rotina desta área desde o primeiro período do curso.

Na clínica os alunos acompanham a preceptora em atendimentos reais a pacientes, discutindo conjuntamente quais as melhores condutas a serem tomadas. Entre os conteúdos abordados estão: a comunicação na condução de entrevistas e na interação com os demais profissionais de saúde; o desenvolvimento de empatia e atendimento humanizado, as estratégias para interpretação de dados clínicos, fundamentais para a tomada de decisão; intervenção e contribuição na prescrição médica para a obtenção de resultados clínicos positivos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes; a prescrição farmacêutica e a construção de registros. Durante o estágio, o foco é buscar a utilização correta e segura dos medicamentos, sempre atentos aos aspectos éticos e legais pertinentes à prática. 

Durante a pandemia, os atendimentos funcionaram por teleatendimento por meio do Programa Núcleo de Atenção à Saúde do Idoso em conjunto com os acadêmicos do curso de medicina até 2020/2. Entretanto, no momento estão suspensos. 

Atendimento nutrição: 

Os acadêmicos de nutrição atuam no campo de Nutrição Social e Clínica, os futuros nutricionistas ganham vasta experiência prática na assistência e educação nutricional a indivíduos sadios ou enfermos. 

Na área da nutrição a Clínica oferece dois tipos de suporte:

  • Grupos operativos: acontecem uma vez por semana de 11h às 12h, com duração de 40 minutos. Os acadêmicos de Nutrição trazem uma informação a respeito do assunto do grupo e os presentes têm a oportunidade de tirar dúvidas, compartilhar experiências do tratamento e pegar orientações gerais.
  • Atendimentos individuais: acontecem quatro vezes por semana: Quarta e sexta-feira de 9h até 11h. Quarta e Quinta-feira de 19h30 às 21h30. Atendimentos individuais dos acadêmicos com supervisão posterior ao atendimento. Duração de cerca de 50 minutos cada consulta. O paciente recebe no prazo de uma semana o plano alimentar individualizado na consulta de retorno.

Para entrar como aluno ouvinte durante os grupos operativos, os estudantes podem se inscrever a partir do primeiro período, já para o estágio área 1 e clínico são aceitos a partir do sétimo. Todo o atendimento realizado pelos estagiários é regulamentado pelo CFN (Conselho Federal de Nutrição).

Atendimento Psicologia:

Em todos os cursos de psicologia é obrigatório que se tenha uma clínica onde os alunos possam exercitar a prática do atendimento. A partir da metade do curso, eles começam a ter essa experiência na Clínica Integrada de Atenção à Saúde. 

A clínica oferece atendimento gratuito em várias modalidades da psicologia e vai crescendo em complexidade de acordo com o período em que o aluno está. 

 

  • Estágio inicial: Nele o aluno acolhe a pessoa que chega, faz a primeira entrevista, consulta o professor, e juntos eles discutem o caso e depois o aluno retorna ao paciente para dar algumas diretrizes e indicações.

 

  • Estágio avaliação psicológica: Nesse caso, alunos entrem o 9° e 10° período fazem psicoterapia individual, pegam um paciente e ficam com ele por um tempo, aproximadamente um ano e fazem uma análise aprofundada do seu problema. Por exemplo, uma criança que chega com dificuldade escolar e é necessário entender o que está causando este problema, um fator cognitivo, um fator pedagógico, um fator familiar, entre outros.

A clínica de psicologia atende crianças, adolescentes, adultos e idosos. Eles contam com muitas parcerias com hospitais, ministério público e empresas. A demanda sempre foi alta, e principalmente nesse momento de pandemia onde a saúde mental está muito fragilizada, a clínica tem sido muito procurada, todos os alunos estão atendendo, uma média de 300 consultas por mês.

Além de oferecer muitos serviços gratuitos ou de baixo custo de excelente qualidade, quem precisa de ajuda encontra filas de espera bem menores do que as do SUS ou clínicas particulares. Com a iniciativa da Clínica, a Una pensa não somente na boa formação de seus alunos como também na sociedade, ressaltando sempre seu lema de Transformar o país pela educação. 

A Clínica ajuda os alunos a colocarem em prática os ensinamentos obtidos em sala de aula, entender como funciona a dinâmica dos atendimentos e desenvolver habilidades essenciais do profissional do futuro, como por exemplo, saber negociar e tomar decisões, saber resolver problemas, ter inteligência emocional, ser criativo e o mais importante, saber liderar e gerir pessoas.

Para atendimentos em período de isolamento social entre em contato via WhatsApp nos números abaixo:

Nutrição: 9 9535-8711
Psicologia: 9 7137-1050

Os atendimentos das demais áreas estão condicionados ao retorno a presencialiadade.

 

*A matéria contou com a participação dos preceptores e coordenador das clínicas

Leticia Luiza, preceptora estética

Cintia Gomes, preceptora farmácia

Júnea Pires, preceptora nutrição

Alexandre Campos, coordenador da clínica de psicologia

 

Edição: Daniela Reis 

 

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Por Daniela Reis 

Em outubro, o Centro Universitário Una completa seus 60 anos e desde a sua fundação, em 1961, a instituição vem cumprindo o papel de levar aos seus alunos uma sólida formação profissional e humana. E para comemorar essa data tão importante a equipe do Contramão preparou uma série especial de 60 matérias que vão contar um pouco dessa história e muitos personagens (alunos, professores e funcionários) que fazem parte dessa trajetória. 

Atualmente, a Una possui 19 unidades divididas em Minas Gerais e Goiás, onde são oferecidos 85 cursos de graduação, e também dezenas de opções de pós-graduação, MBAs, cursos livres, idiomas e extensão. 

Além da missão de transformar o país pela educação, com competência e paixão, inspirando os alunos, professores e colaboradores a concretizarem seus sonhos e potencialidades como indivíduos, profissionais e agentes de transformação da sociedade, o centro universitário traz cinco princípios fundamentais que norteiam suas decisões administrativas e acadêmicas, são eles:  

  • Cooperação 

Cooperar é trabalhar junto em uma saudável relação de interdependência, em prol de objetivos comuns e benefícios mútuos. A Cooperação fortalece o espírito de equipe, de solidariedade, além de instigar nossa capacidade de compartilhar informações, conhecimentos e vivências.

 

  • Transparência 

É a prática responsável e de mão dupla da verdade e da integridade, que implica na coerência entre o que se pensa e o que se faz, considerando os pontos de vista dos outros.

 

  • Respeito 

É ter consciência de nossos direitos e obrigações, assim como do outro, compreendendo e aceitando as diferenças individuais e fazendo valer as nossas considerações pelos valores humanos.

 

  • Comprometimento 

 É enxergar além dos interesses pessoais, os interesses dos outros e da instituição, assumindo o compromisso com a construção de um mundo melhor.

 

  • Inovação 

 É fazer diferente. É desenvolver a capacidade de imaginar o que não existe. É questionar a rotina e os hábitos. É aprender a conviver com o desconhecido, o diferente, o surpreendente e o novo. É transformar o sonho em realidade.

 

Modelo de ensino 

Na Una o currículo é integrado, ou seja, foram rompidas as grades, disciplinas e isolamentos e adotadas as chamadas UCs – Unidades Curriculares, onde o aluno é incentivado a desenvolver competências que contribuem para uma visão global, sendo protagonista da sua formação. Ou seja, ele passa a escolher as áreas temáticas adequadas aos seus objetivos profissionais, como: línguas, artes, raciocínio lógico, cultura, mindfulness e muito mais. 

 

Una e a sociedade 

“Transformar o país pela educação”. Essa é a missão da Ânima Educação, organização educacional da qual a Una faz parte e é uma das maiores do Brasil. Exatamente com essa missão que a instituição atua em todas as suas unidades, dentro e fora da sala de aula. Ou seja, além de levar esse lema à comunidade acadêmica, a Una aponta soluções, oferece projetos e serviços para sociedade local, trabalhando de forma integrada. 

São através desses projetos que os alunos têm a oportunidade de ampliar o aprendizado teórico com a vivência prática da profissão desde os primeiros períodos da graduação. São diversos serviços gratuitos em áreas como odontologia, medicina veterinária, direito, psicologia, nutrição, farmácia, contabilidade, arquitetura e engenharias, estética e cosmética, entre outros.

Os atendimentos são prestados pelos próprios estudantes, sob orientação e supervisão de professores experientes, nas clínicas-escola, escritórios profissionais e núcleos de atendimento que funcionam nas próprias unidades acadêmicas ou em espaços parceiros da instituição. Muitos desses projetos você também vai conhecer na nossa série de reportagens, fique ligado! 

 

Conheça nossas unidades

No site de cada unidade você consegue fazer o tour virtual e ter mais informações sobre endereços, cursos, contato, bolsas e muito mais!

 

*Edição: Bianca Moarais e Italo Charles

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*Por Bianca Morais

O projeto Jovens Jornalistas foi criado pela Assprom, Associação Profissionalizante do Menor de Belo Horizonte. No segundo semestre de 2020 o programa contou com a parceria do Centro Universitário Una, através de oficinas e atividades desenvolvidas pela Fábrica (coletivo dos laboratórios de Economia de Criativa).  O projeto Jovens Jornalistas tem o objetivo de ensinar técnicas de produção de texto, desenvolvimento de material para redes sociais e fotografia. 

O objetivo da parceria com a Fábrica é auxiliar através de conteúdo teórico e prático, ensinando a desenvolver a escrita, gravar vídeos e tirar fotos através do celular, além de técnicas de produção de conteúdo e monitoramento de redes sociais. Essa edição do 

projeto aconteceu 100% on-line, devido à pandemia do coronavírus. 

A Associação e o projeto 

A Assprom é uma associação que desde 1975 que orienta a vida profissional de jovens e adolescentes de famílias em situação de vulnerabilidade social por meio de programas socioassistenciais. O programa tem como objetivo a inclusão social do jovem e projetos dentro dele como o Jovens Jornalistas contribuem para isso.

O projeto foi idealizado pela pedagoga Flávia Fontelene com a colaboração da letróloga Alenir Maria,  tem como a proposta de estimular o protagonismo dos aprendizes, oferecendo aprendizado na elaboração de pautas jornalísticas na produção de uma página do Jornal da Assprom e de textos para as redes sociais. As oficinas apoiam os jovens na construção dos textos jornalísticos, realização de entrevistas, gravação de vídeos e fotos. Ações como essas ampliam o conhecimento dos adolescentes na área de comunicação, ajudando inclusive a enriquecer seus currículos.O projeto é tão bem visto que em 2019 ficou em 3º lugar no concurso “1º Prêmio Educador Social do Fectipa/MG”.

A cada semestre é selecionada uma turma do Programa de Aprendizagem para participar do Projeto Jovens Jornalistas. Flávia Fontenele, vê em todo o projeto uma grande responsabilidade social e acredita muito em sua importância na vida dos jovens.

“É muito importante ensinar provocando o protagonismo juvenil, pois assim o adolescente desenvolve habilidades necessárias para o mundo do trabalho, como: tomada de decisão, criatividade, desenvolvimento da escrita e leitura, senso questionador, além de sensibilizá -los sobre a importância das notícias para a sociedade” conta a pedagoga.

A Assprom trabalha desde 2019 em parceria com a Faculdade Una, no ano anterior chegou a levar uma turma para conhecer os laboratórios de comunicação do curso. Esse ano por conta da pandemia as oficinas foram oferecidas de forma online. A Líder do laboratório de jornalismo, Daniela Reis, ficou responsável pelas oficinas de texto, de ensinar a postura de um repórter, a Técnica do laboratório Fábrica Audiovisual,Isabela Fonseca Novaes, deu orientações de gravações de vídeo, e a Líder Larissa Santiago, do laboratório de publicidade e propaganda entrou orientando os jovens com dicas para o instagram. 

Larissa Santiago acredita que a capacitação transforma o ser individual, pessoal e profissional. “É nisso que acredito. Poder dividir  o conhecimento que adquiri ao longo da minha trajetória profissional com jovens interessados em se comunicar com a sociedade e comunicar a ela é gratificante. Aprender é transformar seu próprio futuro e espero ter contribuído com a trajetória deles”, completa a líder.

Os jovens participantes do projeto se empenharam muito durante todas as oficinas e o conhecimento adquirido será útil tanto para eles quanto para o jornal da Assprom que é produzido por eles. Larissa Alves da Rocha, 17 anos, foi uma das participantes do projeto, a adolescente no começo teve uma insegurança em participar por conta da sua dificuldade em escrever, porém conta que logo na primeira aula já se apaixonou.

“Foi uma oportunidade única para todos nós que participamos, com muito aprendizado com todas as oficinas que tivemos, como a de fotografia, instagram, responsabilidade e outras. Esse projeto não contribuiu apenas na minha trajetória na Assprom, mas também no meu dia a dia, me ajudando a descobrir um pouco mais de mim sem contar o quanto nos ajuda no âmbito profissional” relata.

O projeto Jovens Jornalistas é enriquecedor para ambas as partes, de quem ensina e quem aprende, a faculdade Una pretende levar a parceria em frente e no próximo ano receber novos jovens.

 

**Edição: Daniela Reis