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Centro Universitário UNA

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Por Bianca Morais 

Todos que pretendem ingressar no mercado, idealizam trabalhar em um local onde encontrem um ambiente de trabalho justo, agradável e que valorize seu colaborador, com uma boa e humanizada gestão de pessoas e oportunidades de se desenvolver e crescer internamente. 

Em uma empresa que busca se destacar no mercado, ter o apoio de indicadores, como o de satisfação dos funcionários é essencial. Aquele que está feliz com o seu trabalho certamente indicará sua companhia para outras pessoas, falando bem de onde trabalha e, ainda por cima, prestando um serviço de qualidade.

O ENPS

Sendo assim, o Centro Universitário Una, conta hoje com o ENPS (Employee Net Promoter Score), uma ferramenta que classifica a empresa como um bom local de trabalho, além de avaliar a liderança do grupo e a visão de toda equipe.

A iniciativa de implementar o ENPS na Una foi tomada pela Vice-presidência de Gente, Cultura e Gestão da Anima Educação, aplicado em outubro de 2020, com seus primeiros resultados divulgados em março de 2021.

Segundo Sarah de Faria Pimenta, uma das responsáveis pela implantação, foi estabelecido um cronograma considerando de 3 a 4 ciclos de aplicação do ano, a continuidade do programa em 2021 ainda está sendo avaliada.

“O projeto está em revisão, porém o planejado inicialmente é que ocorram em 2 ciclos de aplicação em 2021”, completa.

A métrica do ENPS é baseada na do NPS (Net Promoter Score), aquela usada pelo Marketing para medir a satisfação dos clientes, dessa forma, adaptou-se com objetivo de descobrir a satisfação do interno, ajudando a identificar os acertos e erros que cometem e buscando sempre melhorias. 

Em geral, o ENPS é composto por duas perguntas, sendo:

 

1) Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você recomendar a empresa como uma boa empresa para se trabalhar? (Pergunta fechada de escala de 0 a 10)

2) Justifique a sua resposta anterior. (Pergunta aberta de texto)

 

Dentro da metodologia, os funcionários são divididos em três tipos: 

 

  •       Detratores (nota 0-6): Podem influenciar negativamente a satisfação de outros colaboradores, a marca empregadora e a experiência do clientes;
  •       Neutros (nota 7-8): Não estão investidos emocionalmente no trabalho, mas também não estão ativamente engajados;
  •       Promotores (nota 9-10): São leais à empresa, influenciando positivamente outros colaboradores e fortalecendo o Employer Branding.

 

O score do ENPS é calculado a partir da subtração entre a porcentagem de Promotores e a porcentagem de Detratores. 

ENPS= % Promotores – % Detratores 

Por serem considerados neutros, quem responde 7 e 8 não são incluídos no cálculo final. Um bom ENPS é aquele que classifica sua nota dentro das Zonas de Qualidade. No Brasil, de forma ampla, consideramos que:

Zona crítica: abaixo de +10

Zona positiva: entre +10 e +50

Zona excelente: acima de +50

“No ciclo de 2020 utilizamos o formulário de aplicação em sistema interno para acesso de todos os colaboradores, nesse primeiro ciclo, nosso resultado (seguindo score e zonas) foi de 83%, os aspectos melhores avaliados foram: Valores/Propósito;  Oportunidade de crescimento e Clima organizacional”, explica Sarah.

A pesquisa é sigilosa, por tanto as tratativas passam por planos de ação com cada escola e vice-presidência com intuito de reforçar as práticas e trazer alternativas de melhorias, dessa forma ninguém precisa se sentir inseguro, metodologias como essas funcionam exatamente para proporcionar um ambiente de qualidade.

Desde a implementação, o ENPS tem recebido um retorno positivo, foram realizadas divulgações e planos de ação por escolas da Anima, sendo assim, todos os gestores tiveram acesso aos resultados para proposta de plano de ação.

Os principais benefícios do ENPS são:

  •     Avaliar satisfação, lealdade e incômodos dos colaboradores;
  •     Rápido e simples (composto por apenas 2 perguntas), pode ser aplicado em maior frequência;
  •     Não gera expectativas em relação a planos de ação específicos;
  •     Abordagem quantitativa (score) e qualitativa (por meio de comentários abertos).

Proporciona:

  •     Agilidade das ações –  Avaliação curta e rápida que traz insights instantâneos, podendo rapidamente se transformarem em planos de ação. Essa praticidade e agilidade permitem a coleta frequente de feedback sobre a experiência para conseguir trabalhar melhorias contínuas.
  •     ‍Anonimato dos colaboradores –  Pode (e deve) acontecer de maneira anônima. Desse modo, além de preservar o colaborador, é criado condições para feedbacks sinceros e maior abertura por parte do colaborador.
  •     ‍Auxilia na tomada de decisão – Os resultados mostram rapidamente onde está o problema, criando senso de urgência nas iniciativas. ‍
  •     Empoderamento das pessoas –  Oferece ao RH um bom entendimento dos sentimentos e percepções dos colaboradores, além de canal de acolhimento e escuta dos colaboradores.

Antes já éramos avaliados pelo GPTW

É buscando sempre excelência de mercado, que o Centro Universitário Una, foi durante anos classificado pelo selo GPTW, como um dos melhores lugares para se trabalhar. Em 2012, o Centro Universitário Una foi a primeira instituição de ensino superior brasileira a ser eleita pelo GPTW, no último ano, ela ganhou em 3º lugar no ranking das Melhores Empresas para Trabalhar em Minas Gerais.

Mas o que é o GPTW?

O GPTW foi idealizado por um jornalista, Robert Levering, que sempre esteve muito ligado a questões de trabalho e conflitos trabalhistas. Na época, Levering, foi convidado para escrever um livro sobre as melhores empresas para se trabalhar nos Estados Unidos, convite ao qual recusou, pois segundo ele, era impossível encontrar uma boa empresa para se trabalhar no ponto de vista dos funcionários, o jornalista inclusive sugeriu escrever sobre as piores, mas essa ideia foi cancelada pela editora.

Por fim, Robert aceitou escrever o livro, mas como bom jornalista, foi entrevistar trabalhadores de forma confidencial. Durante sua trajetória, encontrou muitos que detestavam suas empresas, em contrapartida, para sua surpresa, descobriu muitos felizes dentro de seu ambiente de trabalho. 

A descoberta levou a criação do Great Place to Work, ele se aprofundou melhor no assunto, descobriu excelentes empresas para se trabalhar e passou a prestar consultorias para aquelas que não se encaixavam no perfil, mas poderiam se tornar com dedicação. A instituição do jornalista foi a primeira a conduzir essa pesquisa mundial sobre o tema.

Atualmente o GPTW, reconhece anualmente, as melhores empresas para se trabalhar no mundo, em âmbito nacional, a avaliação é feita através de seus funcionários, não existem pré requisitos para se inscrever no programa, apenas a vontade da empresa em se tornar cada dia melhor. O ranking, divulgado pela Época Negócios, apresenta as seguintes categorias:

  • Multinacional (Médio Porte);
  • Nacional (Grande, médio, pequeno porte);
  • Regional (Estadual);
  • Setorial (Setor de atuação da empresa);
  • Temático (LGBT+, Étnico Racial, Gênero);

Os diagnósticos são feitos online, de forma confidencial, e avaliam diversos aspectos como, clima organizacional, infraestrutura, transparência na gestão, entre outros, por isso, o clima empresarial influencia diretamente no resultado, funcionários motivados entregam melhores números, e é com muito orgulho que o Centro Universitário Una, com seus 60 anos de eficiência, estampa anos consecutivos sendo reconhecido. 

Com a palavra, os funcionários

Jeferson Silva Chaves, líder Infraestrutura dos campus Aimores, Liberdade e João Pinheiro II

“Trabalhar na Una para mim é prazeroso, eu acordo e não tenho aquele medo da segunda-feira como todo mundo tem, ‘ah eu tenho que trabalhar’, eu não tenho isso, eu tenho prazer de ver as pessoas que trabalham aqui.

Entrar na Una para mim foi um divisor de águas muito grande, como eu vim do interior, uma cidadezinha de 4 mil habitantes, muito pequena do interior da Bahia, a questão da mudança foi muito importante, porque quando eu comecei a trabalhar na Una eu vi as mudanças acontecendo na minha vida.

Eu vim da limpeza, depois portaria, biblioteca, estou em uma liderança hoje, e essas inovações essas mudanças, para um cara que saiu com 16 anos de sua terra, me trouxe muito.

E assim trabalhar na Una para mim é demais, entender como funciona cada processo, e mudança que ela proporciona no nosso dia-dia. Ver a instituição, o tamanho que ela é agora é uma coisa absurda, e fazer parte disso é incrível, eu costumo dizer que eu não visto a camisa da empresa, eu participo dos negócios da empresa, eu me sinto assim”.

 

Maria Isabel Bernardes Câmara, líder de relacionamento da Central de Atendimento ao Candidato

Na Una eu cresci como pessoa e profissional, tive de aprender com todes que passaram pelo meu caminho, me apaixonei pela área de atendimento e tive muitas oportunidades de crescer dentro da empresa. 

Aqui eu descobri minha vocação para Relações Públicas, cuidei de eventos, me tornei Analista Júnior e hoje estou líder de relacionamento na CAC da Cidade Universitária. A responsabilidade é grande e o amor pelo que faço, maior ainda.

Na posição que estou hoje, tenho a chance de participar desde o começo da trajetória de nossos calouros e sei que eu e meu time contribuímos para a realização de sonhos desde a porta de entrada da nossa Instituição. Poder contribuir no desenvolvimento e potencialização das habilidades humanas e técnicas de cada um, me faz ter a certeza de que estou na empresa certa: afinal, aqui a gente se prepara para a vida e para o trabalho.

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Por Bianca Morais 

Todos os semestres, o Centro Universitário Una, promove o Conecta, um evento destinado às áreas de Arquitetura e Urbanismo, Design de Interiores, Design Gráfico e Moda, especialistas e profissionais do meio são convidados para palestrar aos alunos sobre assuntos relevantes relacionados ao mercado de trabalho, tendências e muito mais.

A primeira edição do Conecta aconteceu em 2018, e desde então, acontece com o apoio dos coordenadores, líderes de laboratórios, professores e também alunos e estagiários dos núcleos. 

Dando continuidade a série de reportagens dos 60 anos da instituição, o Jornal Contramão, apresenta hoje esse grande evento, confira.

 

O Conecta 

Assim como o próprio nome diz, Conecta é a conexão de cursos. Durante muito tempo, cada curso mantinha seus próprios eventos, cada um com sua semana, título, temática, movimentando individualmente o nicho em que estavam inseridos e muitas vezes não ofereciam a possibilidade da interdisciplinaridade. O Conecta surgiu então como a junção dos eventos da Economia Criativa concentrados em uma única semana. Com o principal objetivo de conectar pessoas, trazer o mercado de trabalho para sala de aula e aproximar estudantes da prática, através de conteúdos inovadores e inéditos. A cada edição o projeto traz para palestrar profissionais de cada área, atendendo muitas vezes a sugestões e pedidos dos próprios alunos por temáticas que achem interessantes de serem abordadas. Os professores também palpitam na hora de indicar especialistas. 

Desde o seu surgimento, o evento acontecia de forma presencial, no entanto, com a pandemia, ele passou a para versão online. Para Karolina Oliveira, líder do Núcleo de Arquitetura e Urbanismo da Fábrica Una e coordenadora do Conecta, dois pontos marcaram esse novo formato. 

“Sinto falta do prédio cheio, do calor humano e da correria que era produzi-lo presencialmente. Sempre cheio de surpresas, perrengues, o que não falta é perrengue, palestrantes que não aparecem, alguns iam em salas erradas, correria total, porém valia a pena cada segundo, cada lembrança. Mas, em contrapartida, no online alcançamos um número inédito de participantes, antes contávamos com salas para 50 alunos, com o ZOOM já lotamos uma sala virtual com 300 pessoas. O evento chegou em muitas cidades e ficou conhecido nacionalmente”, conta Karolina.

Em sua última edição, ele teve mais de 2,5 mil participações, com mais de 30 cidades presentes virtualmente, isso é a representação de como o evento tem crescido e se desenvolvido de forma assertiva durante os anos. 

“A cada edição uma palestra vira o centro das atenções, em uma das edições online, uma palestra chegou a 300 participantes e pessoas pediam o tempo todo para poder participar também, o que já não era possível devido ao limite de participantes em uma sala, o tema era neuroarquitetura. Na última edição, com apenas 3 dias de evento, a Palestra de Prática da Iluminação já não possuía ingressos disponíveis”, relata a líder do Nau.

 

A evolução

O Conecta amadureceu, a princípio como uma iniciativa entre alunos e coordenação, com pouco planejamento mas muita vontade e atualmente tem uma linha programática complexa, com planilhas e datas, relatórios de resultado e principalmente pilares bem definidos. 

Antes de estar a frente do Conecta como atual líder do Nau, Karolina participou ativamente enquanto estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo. A arquiteta já participou como aluna, palestrou e hoje coordena toda a logística do evento. 

 “Ali como discente do curso de arquitetura, tive a oportunidade de fazer parte de algo grande e inovador. Nem de longe eu poderia imaginar que hoje, como profissional, estaria à frente do evento que nasceu enquanto eu ainda estava aprendendo”, comenta ela.

O Conecta é isso, um evento que possibilita o contato com diversas áreas de cada profissão, é uma oportunidade dos docentes experimentarem e tirarem dúvidas, entenderem como o mercado está e até mesmo começar a sua rede de contatos.

“Networking é muito importante, e com certeza, o Conecta traz essa possibilidade para todos que participam. Também é um momento de respirar da sala de aula convencional, a cada palestra uma didática diferente é vivenciada, com temas tão diversos, sinto que é uma oportunidade de recarregar as baterias para continuar o período letivo com tudo”, completa a coordenadora.

Conecta é um evento de grande proporção e que transforma a Una, especialmente, a Cidade Universitária em um ambiente de inclusão, acesso e empregabilidade. Independente de ser uma iniciativa da Una, ele é aberto ao público geral de forma gratuita, levando conhecimento e informação sobre diferentes temas, sobretudo,  os relacionados a qualquer prática profissional e as novas tecnologias, a todos que tiverem interesse em crescer. 

Com o tempo o Conecta evoluiu e avançou um degrau, na próxima edição ele irá contar com mais um curso, a participação é inédita das Engenharias e promete temáticas inovadoras que vão vir como principal atração. 

Conecta, berço de grandes profissionais

O curso de Arquitetura e Urbanismo é sempre o mais presente. Mais de 50% das participações são compostas por ele, logo em seguida o Design Gráfico e a Moda. É importante ressaltar que a presença dos estudantes é importante não apenas para o evento, mas para si próprio. Todo conteúdo apresentado nas palestras só tem a somar em seus currículos, além claro, do certificado de horas complementares. O Conecta ajuda a abrir portas para o universo do trabalho.

O Conecta me ajudou para que eu estivesse aqui e tenho certeza que vai fazer o mesmo por muitos outros estudantes. Ele tem um poder transformador, quem participa e vive o evento sabe que nunca vamos sair da mesma forma que entramos. 

Novas conexões, vontades, rumos e olhares, isso são sentimentos que o Conecta desperta. Um evento empoderado, onde um dos princípios é a inclusão de todos. Acredito que o Conecta é reflexo dos alunos, afinal eles são co-construtores ativos, e nossos alunos são incríveis, inovadores e criativos. 

Como resultado da combinação de tantos fatores, entregamos para a comunidade, um evento rico em diversidade, profundidade e dinamismo. A instituição ganha espaço e a cada Conecta mais pessoas conhecem o jeito Una de ser”, conclui Karolina.

 

Com a palavra, o coordenador 

Antônio Terra, coordena os cursos de Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Jornalismo, Cinema e Audiovisual, Gastronomia, Moda, Design Gráfico e Design de Interiores

“A universidade é por natureza um ambiente para troca e conexão. A universidade não acontece em uma sala fechada, ela acontece quando a gente consegue congregar todas as energias que compõem uma cadeia de valor de uma área de conhecimento. E o Conecta nos possibilita isso. 

É aquele momento que de olho nas transformações do mundo, do homem, das questões tecnológicas que vão surgindo em cada área, convidamos especialistas, referências de mercado, pessoas que estão vivendo histórias, construindo legados em suas competências e especialidades, para estarem conosco e abrir diálogo com nossos alunos e professores.

Tem sido também um espaço para que o aluno ganhe mais protagonismo, nas últimas edições tivemos algumas oficinas e cursos, oferecidos por nossos alunos que são especialistas em outras áreas, algumas vezes complementares à própria formação deles.

Então o Conecta é para a gente um espaço de crescimento e de engrandecimento desta jornada acadêmica”.

 

Esse semestre o Conecta acontece nos dias 05, 06 e 07 de outubro. Fique ligado na programação!

 

 

Por Bianca Morais 

A série de reportagens sobre os 60 anos já trouxe boas histórias a esse Jornal, conhecemos projetos, laboratórios, personagens. E hoje é dia de contar a história de Lélio Fabiano.

Lélio foi um dos diretores que passaram e deixaram uma marca importante na instituição. Sua trajetória foi de junho de 2012 até novembro de 2016, sem dúvida, marcada para sempre na história do Centro Universitário Una. 

Quem é Lélio Fabiano

Jornalista Lélio Gustavo

Lélio Fabiano dos Santos é jornalista, escritor, ex-seminarista e professor. Com 82 anos de idade, ele pode ser considerado um verdadeiro ícone do jornalismo, em sua bagagem inclui passagens pelos mais antigos jornais mineiros. Deu seus primeiros passos profissionais no Jornal Binômio, entrou em setembro de 1961. Em dezembro desse mesmo ano, testemunhou o veículo de comunicação ser depredado por militares. Passou pelo Correio de Minas, Diário de Minas, entre outros. Esteve presente nas ruas acompanhando e cobrindo o pré-golpe de 64, as primeiras passeatas de operários e estudantes, as comissões na Secretaria de Saúde e as Marchas com Deus pela família e liberdade. 

Repórter multifacetado, fazia coberturas esportivas, econômicas, políticas e policiais. Em um tempo no qual não se exigia diploma para ingressar na profissão, Lélio desfrutou dos mais diversos benefícios de ser um jornalista profissional (sem frequentar a universidade) na década de 60, como descontos em impostos e passagens aéreas. 

Usufruindo desse desconto, em 1967, Lélio comprou uma passagem só de ida com destino à Paris, onde foi procurar preencher o vazio que sentia após concluir um curso de Direito na Universidade Federal de Minas Gerais, o qual fez simplesmente para ter o diploma. 

“Fiz direito porque era o curso mais fácil para mim, para estudar você tinha que saber português, latim e francês. Latim eu era craque, dez anos de seminário, português desde o primário gostava de fazer composição, e francês o idioma que escolhi”, explica.

Quando estava em seu primeiro ano no curso de Direito, a UFMG criou o curso de Jornalismo, porém, Lélio já jornalista profissional, não queria estudar em um curso que acabara de abrir. Em razão disso, depois de se formar como advogado,  quando embarcou para Paris, grande centro cultural, iniciou um mestrado no Instituto Francês de Imprensa, na Universidade de Paris, e fez sua dissertação com o tema: “O Alcance Social e Político da informação esportiva no Brasil”. 

Na França, Lélio teve muito mais que a oportunidade de estudar, esteve presente em mais um dos momentos importantes da história do mundo, o Maio de 68, movimento político marcado por greves e ocupações de estudantes. Mais uma vez o jornalista registrava memórias que nenhum governo ditador poderia arrancar dele.

Manifestações em Paris – Arquivo Pessoal

“Eu morava ali no coração da revolução, no Quartier Latin, eu corri da polícia, cheirei gás, ajudei a ocupar as instalações do Instituto Francês de Imprensa”, relembra.

 

Entrada no cenário acadêmico

Por longos anos, Lélio foi seminarista e manteve uma relação próxima com a Igreja Católica, devido à esse motivo, quando voltou da França, foi convidado por Dom Serafim Fernandes de Araújo, antigo reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), para que ajudasse na criação do curso de comunicação da instituição. Em meio a ditadura, o jornalista ajudou a erguer aquela faculdade, sendo o primeiro diretor, em 1971.

Lélio e o Padre Geraldo Magela se conheceram nesse período. “Quando era diretor na PUC, o Dom Serafim me pediu para chamar a dar aula na comunicação o tal padre que tinha chegado de Roma e estudado jornalismo, esse era o Padre Magela e ali nos conhecemos”. 

Lélio em seu escritório

A chegada de Lélio na Una

Lélio ficou durante cinco anos e meio na PUC e quando saiu criou sua própria companhia, Lélio Fabiano Comunicação, que prestava assessoria para diversas empresas de diferentes segmentos em Minas Gerais, um dos clientes, inclusive, era o Centro Universitário Una.

Quando os três fundadores da Ânima, Daniel Faccini Castanho, Mauricio Nogueira Escobar e Marcelo Battistela Bueno chamaram o Padre Geraldo Magela para a reitoria da Una, Magela e Átila Simões, que estava na direção, conheciam bem o trabalho de Lélio, e dessa relação surgiu o convite para que ele assumisse como diretor do Instituto de Comunicação e Arte, ICA, o atual campus liberdade.

“Topei o convite com coragem e temor, 40 anos depois de sair da Católica, depois da minha vida ter passado por vários lugares, esse convite, tive a honra de participar do nascimento desse grupo, inicialmente como consultor e em seguida diretor de uma unidade na área a qual era a minha vocação, a minha paixão”.

 

O Lélio e a Una

São 60 anos de Una, e para se marcar um local que em tantos anos se passaram milhares de alunos, professores, coordenadores, diretores e reitores, é preciso ser um sujeito muito extraordinário. 

“Entrei em uma hora muito interessante, no início de uma grande aventura, o curso já existia muito bem, mas cheguei para consolidar mais e propor um ambiente relaxante. Até hoje eu trabalho muito movido assim, pela liberdade, franqueza, não aquele autoritarismo. Meu principal trabalho foi reunir os professores, funcionários, coordenadores de cursos e laboratórios e acho que cumpri minha missão”.

Lélio revolucionou o ICA, a começar pelo nome, antes de sua entrada a pronúncia dessas três letras era separada: I – C – A e isso incomodava o novo diretor, o campus não tinha uma marca.

“Uma das maiores escolas de comunicação do país era o ECA, da USP, Escola de Comunicação e Artes da faculdade de São Paulo, ali foi celeiro de importantes teóricos e profissionais. Eu queria uma marca dessas para o nosso, falei que I-C-A era foneticamente feio, usei o ICA, e aí virou ICA para tudo, todo mundo sabia do ICA, internamente pelos alunos e quem vinha de fora”.

O ex-diretor participou de diversas mudanças estruturais no ICA, para que aquele lugar se tornasse um ambiente de conforto. Segundo ele, fez uma revolução arquitetural, com sua ajuda os arquitetos da Una assimilaram o espírito do campus, uma faculdade de portas abertas.

“Eu falava que dirigia das masmorras, porque era embaixo, perto ali onde é a biblioteca. Chegava para os reitores e falava que não era possível esconder os professores lá, estou escondido, eu queria aparecer. Você não vai fazer comunicação subterrânea”.

Como diretor, Lélio não tinha muita proximidade dos alunos igual na época em que era professor, por isso, sempre que tinha oportunidade de discursar para eles, seja nas cerimônias de formatura ou nas semanas de palestras de cursos, ele procurava levar para os jovens a importância da liberdade, de ser livre dentro do espaço que estuda, ele buscava abrir as portas dos cursos e fazer eles trocarem ideias entre si.

Enquanto com os estudantes os encontros eram poucos, com os professores Lélio tinha uma grande proximidade. “O grupo de professores que encontrei, diria eu, que fui privilegiado de dirigir, se eu fosse técnico de futebol seria aquela famosa seleção brasileira da década de 70, Pelé e Tostão. Foi um tempo muito rico, e eu era estimado por eles da mesma forma como eles eram por mim”. 

Lélio Fabiano e seu time de professores, em ordem da esquerda para direita: Lélio Fabiano, Sávio Leite, Roberto Reis, Tatiana Carvalho, Pedro Coutinho, Júlio Pessoa, Piedra Magnani, Daniela Viegas
Piedra Magnani, Cândida Borges Lemos e Lélio Fabiano dos Santos na 5ª ExpoUna

Lélio e o Núcleo de Conteúdo (NUC)

Lélio era diretor do Instituto de Comunicação, logo, liderava os cursos do campus liberdade, sendo eles cinema, jornalismo, relações públicas, publicidade e propaganda e moda, mas não podia negar seu lado jornalista, que passou por tantos momentos históricos.

O diretor instigava os alunos a irem atrás das notícias, na fase em que dirigiu o campus, acontecia no Brasil as manifestações de junho de 2013, o comunicador estimulou não apenas os estudantes como o próprio Jornal Contramão a vivenciar aquilo.

“Lembro que houve confusões com a polícia, eu falava para eles irem, enfrentarem, complicarem tudo. Jogaram uma bomba em cima de um dos meninos e o NUC tinha a foto, falei, pública, não tem frescura não. Busquei dar forças e me juntei a quem queria gritar”.

O jornalista viveu o maio de 68 na França. “O francês é assim, um cara cuspiu na rua, no dia seguinte sai notícia sobre aquele cuspe”, e era aquilo que ele queria levar a Una, portanto, logo no dia seguinte ao início das manifestações ele já organizava debates com o objetivo de discutir sobre o assunto na faculdade, Lélio queria movimentar tudo. 

Na época em que era diretor, o campus ainda tinha a extensão do ICA, o ICBEU, lá era onde encontravam-se os laboratórios, entre eles o NUC. Lélio abriu o NUC para o mundo ver, retirou as cortinas pois tampava a visão da calçada.

“O NUC precisava disso, ele estava meio isolado, eu ia muito lá, fiz uma transformação, eles trabalhavam de frente a rua da Bahia, uma das principais de Belo Horizonte, estava se criando o circuito cultural de Bh, então vamos participar disso, vamos deixar as pessoas passarem e nos verem”. 

Um local físico precisa irradiar, e Lélio fez não somente o NUC, como todos os outros laboratórios e a instituição irradiaram. 

“A única coisa que me deixou danado foram aquelas escadas de incêndio. Precisa? Então faça, mas vamos fazer ela da forma mais bonita. É lei, a gente não vai lutar contra a lei, isso é bobagem”.

 

O último diretor romântico

Lélio se identifica como o último diretor romântico do campus, romântico porque manifestava a paixão, se entregou por completo a cada um dos cursos que dirigiu.

“Os projetos tão aí, o curso de cinema na fase em que tinha o Júlio e o Cicarini, conquistaram tanto espaço. O curso de moda, eu tinha uma paixão por aqueles desfiles, aquilo para mim era um São Paulo Fashion Week, queria que chamasse São Paulo Fashion ICA, era um negócio tão bonito. A agência de publicidade, tantos projetos bacanas”.

O diretor impulsionava seu time de estrelas, durante sua gestão muitos projetos foram realizados, a Una se tornou um dos maiores centros acadêmicos universitários social na área de inclusão, programas de luta anti racista, contra a homofobia, realizados pelos professores Roberto Reis e Tatiana Carvalho Costa com seu apoio.

 

Homenagem a Lélio Fabiano

Lélio Fabiano é uma pessoa que merece ser aplaudida de pé, e qualquer homenagem a ele ainda não é o suficiente para tudo que ele ofereceu, e é com todo o respeito e gratidão a esse esplêndido profissional, que o campus liberdade deu seu nome à sala dos professores. 

“Eu levei assim, o respeito sem medo, me senti respeitado e jamais temido. Esse simbólico mexeu muito comigo, fotografei e mandei para toda a família, porque se eu tivesse sido um babaca, autoritário, mal humorado e chato eles não teriam me homenageado”. 

A Sala Professor Lélio Fabiano dos Santos é o pedaço do ex- diretor que sempre estará presente na faculdade. 

Placa em homenagem ao jornalista

“A Una e o Grupo Ânima foram muito importantes para mim, cheguei com dignidade e sai com mais dignidade ainda. Sai em um momento de maturidade e até um pouco de idade, tenho juízo suficiente para saber quando a gente é mais produtivo, e foi assim, eu entrei na Una e a Una entrou em mim, e nenhum sai do outro”.

 

Recado de Lélio aos futuros jornalistas da Una

Lélio nasceu na segunda guerra mundial, esteve presente durante a ditadura militar e em maio de 68, pegou os piores e melhores papas da igreja católica, hoje enfrenta a pandemia da Covid-19 e com tudo isso o jornalista deixa uma palavra aos futuros ocupantes de seu lugar: Resistência. 

Para quem assistiu de perto momentos absurdos de autoritarismo do governo, falta de liberdade da imprensa, ver atualmente, depois de tanta luta, a regressão, muitos pedindo retorno do governo militar, voto impresso, é absurdo. 

“Depois do regime militar veio uma nova constituição e eu jamais imaginaria que isso poderia voltar, o que é a memória do brasileiro, onde foi que nós erramos”.

Na opinião de Lélio é imprescindível que um bom profissional esteja sempre bem informado, é preciso aprender a ler jornal, conhecer, comparar, saber criticar. 

“Como é uma aula de jornalismo que ninguém sabe ler jornal. Nas minhas aulas eu ensinava a ler jornal. Um jornal impresso bem feito te dá notícias de tudo: política regional, nacional e internacional, futebol, cultura, tem que ler O Globo, a Folha de S. Paulo e Estadão”.

E não somente a mídia impressa, é necessário ver a mídia da internet e televisão.

“Não é assim, detesto a globo, globo lixo, espere aí, minha paixão não é o Bonner, se for paixão eu assisto a Monalisa Perroni, essa sim tem entusiasmo e movimento o jornal, mas é preciso ser crítico, saber criticar, então no meu ponto de vista jornalista que fala Globo Lixo, não deveria nem passar”.

Ser jornalista é amar a profissão, estar sempre se profissionalizando e procurando aprendizado. Desta maneira que Lélio conquistou tanto, desde pequeno lá na cidade de Guaçuí no Espírito Santo, ainda garoto ele ia até a agência de banco onde o pai trabalhava para ler O Jornal, líder do Diário dos Associados. O impresso chegava de trem, uns cinco dias depois de ser publicado, notícias antigas que ele já havia escutado no rádio, mas mesmo assim sentia o prazer imenso de ir a fundo e ler. 

Lélio dá notícia de tudo, quando professor, chegava em sala de aula e escrevia no quadro de giz tópicos como: 3 regiões do mundo em conflito, 4 cemitérios de Belo Horizonte, 7 jogadores da seleção brasileira de vôlei, 4 ministros do governo federal, na sequência falava aos estudantes que escrevessem em uma folha de papel e entregassem no fim da aula.

“Os alunos apavoravam, ‘não sei 4 cemitérios’, e eu falava, pois é, o jornalismo vai dar notícias sobre cemitérios. ‘Ai não gosto de vôlei’, mas vai precisar falar de vôlei. É a nossa profissão, sinto muito, temos que saber, ler jornal todo dia, passar o olho na mídia impressa”. 

 

Recado de Lélio para os 60 anos da Una

“Sendo diretor da Una senti o mesmo ardor, a mesma paixão de quando criei o curso de comunicação da católica, com meus 32 anos em plena ditadura militar. Voltar ao acadêmico nos meus 70 anos para mim foi uma boa oportunidade, liderei uma equipe excelente, voltei a uma praia que eu estava acostumado a frequentar.

E digo a vocês, um sozinho gritando é pouco, dois é bom e três faz uma gritaria, acho que o dia que essa Una não gritar mais, esqueça, está acabando. É muito importante que o grupo não enfraqueça, não deixe o fogo apagar, soprem as brasas e deixe a cinza entrar nos olhos dos outros, não no nosso, e vamos continuar”.

 

Edição: Daniela Reis

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Por Daniela Reis 

Você que acompanha as redes sociais do Centro Universitário Una, com certeza já viu nossos conteúdos falando sobre futuro, tecnologia e inovação. No Instagram (@unaoficial) publicamos diversos conteúdos, incluindo vídeos sobre esses assuntos e também sobre o que o mercado espera dos profissionais do futuro. Tudo isso faz parte de uma série de ações que a instituição vem promovendo junto aos alunos, para que cada vez mais ele possa estar inserido em um ambiente que o permita explorar, criar, experimentar e compartilhar.

A gente tem visto que os profissionais do futuro serão exigidos, cada vez mais, nas suas competências. Aquele que tem senso de liderança, que é criativo, que possui inteligência emocional e que desenvolve constantemente suas habilidades através do aperfeiçoamento, é quem vai se destacar. O mundo está em constante evolução e o profissional deve estar também.

E é exatamente esse o diferencial da Una, ter uma formação baseada nos quesitos exigidos pelo mercado. Em entrevista ao Contramão no final do mês de julho a diretora da Cidade Universitária, Ana Carolina Sarmento, salientou sobre essa formação dos alunos Una:

“Temos um currículo baseado em competências, ele desenvolve e traz os conteúdos técnicos de uma forma que possibilita o desenvolvimento dessas competências socioemocionais, que vão para além do conteúdo técnico. Ele é integrado, como a vida é integrada, não estamos divididos em caixinhas de disciplinas separadas, a gente trata de problemas de forma interdisciplinar”.

Uma outra capacidade é a de resolução de problemas e o nosso currículo nos possibilita tudo isso, também temos componentes curriculares que nos impulsionam nesse sentido, como as próprias práticas dos projetos e cursos de extensão, os trabalhos interdisciplinares voltados e baseados para a resolução de problemas, são técnicas que contribuem para o desenvolvimento e para que nossos alunos saiam mais preparados para esse mundo do trabalho”.

E partindo dessa premissa, a instituição está elaborando o seu próprio centro de inovação, um projeto grandioso em toda sua essência. Por enquanto,  chamado internamente de “Alma Una” tem envolvido diversos profissionais de diferentes áreas (diretoria, marketing, estratégica, gestão, arquitetura, etc.) em sua condução. A ideia é trazer algo extremamente novo e diferenciado para que nossos alunos tenham a oportunidade de desenvolver suas habilidades e estar em contato direto com a tecnologia e a inovação.

Para conduzir todo esse processo, uma equipe visitou os principais Centros de Inovação país, como: Ágora Tech Park, Acate, Leaning Village, Campus Park e Órbi.

Essas visitas tiveram o objetivo de conectar nosso time com o que há de melhor e mais moderno no conceito de inovação, para construir em BH o “Alma Una” com foco no desenvolvimento de ideias, pessoas, e principalmente, no empreendedorismo focado em tecnologia, desenvolvimento e educação.

Para quem não está por dentro do que são os centros de inovação, são espaços multidisciplinares e multifuncionais para promoção eventos, reuniões e treinamentos, além de promover a ligação entre incubadoras, startups, investidores e mercado. Enfim, um local voltado para unir pessoas e ideias na promoção de ações em prol do desenvolvimento profissional.

Imagina ter tudo isso dentro da sua instituição  de ensino? Realizar projetos, conhecer pessoas, ampliar seus conhecimentos e estar conectado diariamente com o futuro. A Una mais uma vez sai na frente para trazer para os seus alunos uma experiência de prática muito além das salas de aulas. O planejamento é que em outubro, mês que a Una completará seus 60 anos, seja entregue um espaço para início das obras de estruturação do centro de inovação.

Quer acompanhar tudo sobre o “Alma Una”? Então fique ligado nas nossas redes sociais, que constantemente vamos soltar mais conteúdos e novidades! Inclusive, amanhã, dia 20, saí o Papo com a Fábrica que fizemos com Daniel Lopes, um dos fundarores da startup 3DLopes que trabalha com impressões 3D. Ele fala sobre sua trajetória, inovação e profissionais do futuro.

O programa será lançado no canal TV Una Fábrica.

Por Keven Souza

Tatiane Franco Puiati que é mestra em Gestão Estratégica de Organizações, trabalhou por muito tempo à frente das operações do Centro Universitário Una, onde assumiu o cargo de Diretora dos campi do Barreiro, Betim e Contagem na região metropolitana de Belo Horizonte. A institução obteve crescimento exponencial de alunos, durante sua liderança, e através do empenho corporativo conquistou nota máxima nos indicadores de qualidade acadêmica do MEC.  

Após uma administração de muito aprendizado e crescimento profissional, Tatiane finaliza seu ciclo junto à Una, sendo solícita ao aceitar o convite de trabalhar como diretora nacional da operação EBRADI (Escola Brasileira de Direito) e da Vertical da área de Ciências Jurídicas, que também compõem o Grupo Ânima. Em entrevista para o Jornal Contramão, Puiati compartilha sobre sua trajetória como diretora regional e traz experiências de vida e mercado, enquanto mulher, além de nos contar sobre quais são as expectativas para atuar nessa nova fase em sua carreira.

Tatiane Puiati

O que te motivou a querer ser líder regional, e como surgiu o convite? 

Sou uma mulher apaixonada pelo poder transformador da educação, onde desde os sete anos descobri minha vocação para ensinar. Em 2013, movida por esse propósito, aceitei o convite do reitor Átila Simões para implantar a primeira unidade de ensino técnico na Ânima Educação, pelo Pronatec e concomitante fui contratada também, pelo diretor Rodrigo Neiva, no Unibh, para assumir a coordenação do curso de Administração nos campi Estoril e Antônio Carlos. 

Implantamos o curso técnico em todas as marcas do Grupo Ânima tanto em Minas Gerais quanto em São Paulo. Foram mais de dez mil jovens impactados pelo programa e que tiveram seu projeto de vida realizado. Com o término do Pronatec, em âmbito nacional, auxiliei no processo de descentralização da pós-graduação na Ânima com Ricardo Cançado e Inês Barreto e, em 2016, Átila Simões e Carolina Marra me convidaram para assumir a gestão no Centro Universitário Una do campus Contagem. Um campus que tinha 1.800 alunos e com um potencial de crescimento muito grande. Inspirada pela gestão de Átila Simões e Carolina Marra, aceitei o convite. 

 

Durante sua trajetória, quais as principais ações e projetos que realizou na Una?

A Una para mim representa uma história de superação e crescimento pessoal e profissional. Não realizei nada sozinha, o resultado de qualquer líder é reflexo e consequência do trabalho de um time. No meu caso, formamos juntos um time de alta performance, do qual me orgulho. 

No campus de Contagem, estou há cinco anos, conseguimos transformar a Faculdade Una em Centro Universitário com nota máxima pelo MEC em 2019, atuando hoje com mais de cinquenta cursos superiores e pós-graduação, com alguns em destaques nacionais e regionais, posicionados como os melhores da cidade pelo INEP. Além disso, passamos de 1.800 alunos em 2016, para mais de 5.000 alunos em 2021, e neste ano inauguramos o primeiro Centro Médico Veterinário de Contagem e a primeira Clínica de Odontologia.

Em Betim, estou há três anos, saímos do Índice Geral de Cursos (IGC) nota 3, para nota 4, tendo esse ano alcançado o destaque histórico na Una de maior IGC Contínuo entre todas as instituições de ensino superior privadas de Minas Gerais. No mesmo ano e período do campus Contagem recebemos a visita do MEC para transformação da Faculdade em Centro Universitário, alcançado o resultado sensacional de nota máxima pela Comissão do MEC. Atualmente estamos trabalhando na expansão do campus no município e também no crescimento do portfólio, principalmente na área de Saúde e Ciências Agrárias, e já passamos de 1.700 alunos em 2018 para mais de 3.000 em 2021. 

O presente mais recente foi aceitar a gestão do campus Barreiro, desde setembro de 2019 estou na liderança desse campus encantador que comemora 15 anos na região, fazendo um trabalho louvável de transformação de toda comunidade e entorno. Atuamos no crescimento e expansão do campus Barreiro, principalmente na área de Saúde, Ciências Jurídicas e Ciências Agrárias. Inauguramos esse ano clínica integrada de saúde para atendimento à comunidade nas áreas de psicologia, estética, nutrição e fisioterapia. Neste feito, estivemos no crescimento exponencial da marca de mais de 3.000 graduandos. 

Todos esses indicadores de qualidade acadêmica alcançados durante esses cinco anos na gestão dessas operações da região metropolitana de Belo Horizonte, são frutos da dedicação incondicional e qualidade do nosso time de docentes, coordenação acadêmica, time administrativo e do comprometimento dos nossos alunos.

Tatiane Puiati e Átila Simões, ex-reitor da Una

Como era sua relação com os docentes, professores e alunos? 

Meu estilo de gestão sempre foi estar próxima da sala de aula de alguma forma. Minha primeira ação, sempre que assumi as operações, foi pedir para afixar um cartaz com todos os meus contatos, incluindo o meu celular com WhatsApp para todos os alunos, ou seja, inúmeros alunos possuem meu contato. Acredito que em uma instituição de ensino tudo acontece dentro de uma sala de aula e nessa trajetória tive que enfrentar vários desafios, ideias divergentes da minha e foi através do diálogo e escuta dos nossos alunos, professores e  coletivos que percebi inclusive minhas próprias falhas enquanto profissional. Todos os diálogos só me fizeram crescer como pessoa e como profissional. Os alunos e professores que mais contribuíram para o meu crescimento não foram os que me elogiavam sempre ou concordavam com todas as minhas falas e sim aqueles que traziam o ponto de vista divergente, críticas construtivas que me fizeram entender o que é realmente ter “empatia”.

 

Quais lembranças irá levar da sua jornada nesses anos como Diretora da Una? 

Vou levar inúmeros ensinamentos que aprendi nessa jornada com todos reitores que tive o privilégio de conviver na Una: a liderança inspiradora do Átila Simões; a habilidade e a abertura para o diálogo com a Carol Marra; a garra e coragem empreendedora da Débora Guerra; a sabedoria  do Ricardo Cançado e Marcelo Henrique; e o discernimento e assertividade na gestão de times do Rafael Ciccarini.

De cada liderado dos campi Contagem, Betim e Barreiro levarei o sentimento de gratidão por tamanha dedicação e entrega acima do esperado, superando todos os desafios. Por maior que fosse uma grande incitação, meu time, nunca achou que seria impossível. Fomos juntos e superamos sem saber que era praticamente impossível.

Dos professores(as) levarei a certeza de que a qualidade de qualquer instituição de ensino superior depende da qualidade e paixão dos seus professores. Tive a oportunidade de trabalhar ao lado desses grandes mestres, consequência disso é termos alcançado os melhores indicadores de qualidade acadêmica que se espera de uma instituição de ensino superior no Brasil.

E aos alunos, levarei com lágrimas nos olhos, o que realmente me move na  Ânima, pois é para eles e por eles que tentei sempre fazer o meu melhor na gestão. Não há nada no mundo mais gratificante do que ver a felicidade no olhar de cada aluno(a) que subiu ao palco da colação de grau para pegar o seu diploma. Aquele momento em que os pais se emocionam com a história e conquista de seus filhos é onde se concretiza o meu propósito de vida, o meu propósito de trabalhar na educação e o legado que quero deixar da minha história. 

 

Em sua trajetória profissional, você é graduada em Administração, e especialista em Gestão Educacional e Financeira, durante esse período enfrentou dificuldades para se reerguer profissionalmente?

Há algo curioso em minha trajetória profissional, apesar de muitos anos na mesma empresa, sempre estou assumindo novos desafios, geralmente no prazo máximo de dois anos. A Ânima Educação é meu segundo vínculo empregatício, tive a sorte de trabalhar em grandes instituições de ensino do Brasil, no Senac  por dezessete anos e na Ânima desde 2013. Tanto no Senac como na Ânima, ainda não fiquei mais de dois anos na mesma função ou escopo de atuação.

Minha ascensão sempre foi algo natural, fruto do reconhecimento do trabalho dos times que estiveram comigo. Para mim reconhecimento não se exige, se conquista. Precisa ser simplesmente consequência de um trabalho e na Ânima nunca deixei de ser reconhecida pelos meus líderes.

 

Em relação ao cargo de Diretora regional, como foi a experiência de administrar os campi sendo uma mulher? 

A Ânima Educação é uma instituição diferenciada em que mulheres assumem o cargo de direção. Em Contagem fui sucessora do professor Janones, em Betim, sucessora de duas grandes mulheres: Elaine Benfica e Daniela Tessele, no Barreiro de Maurília e Vinícius Costa. Não tive resistência em nenhuma dessas sucessões, pelo contrário, fui muito bem recebida por toda comunidade acadêmica e pelos parceiros de cada município.

 

As mulheres estão cada vez mais a entrarem em espaços que antes eram dominados majoritariamente por homens, podemos dizer que na Ânima Educação, prezam pela equidade de gênero? 

A equidade de gênero está na essência da Ânima Educação, respeito e transparência são valores que sempre foram percebidos por mim na instituição. Começando pelo nosso Comitê Executivo que hoje possui 40% dos vice-presidentes ocupados por grandes mulheres. Para mim, a Anima sempre foi o lugar da diversidade e da inclusão. Basta observar o resultado das nossas pesquisas, seja com educadoras e educadores ou com nossas alunas e alunos. Algo que me deixou muito feliz foi acompanhar a criação do Ânima Plurais, sendo esse o primeiro passo para criação de fóruns de discussão, alocação de educadoras e educadores, entre outras ações.  

 

Na sua visão, enquanto mulher e líder, qual conselho daria para outras mulheres que estão em ambientes corporativos, mas tem medo de ocupar grandes cargos?

Eu diria que a primeira pessoa que precisa acreditar na mulher é ela mesma. Tudo começa dentro de nós quando nos permitimos acreditar. Sei e estudo muito sobre os desafios para nós mulheres em cargos de comando, em algumas empresas e áreas, onde cargos de comando são ocupados geralmente por homens, podemos dizer que ainda há muito que se avançar para o alcance da  equidade de gênero. 

Para exemplificar, no campus Contagem, fiz um processo seletivo para vaga de coordenação do curso de Direito. Neste processo participaram mais de oito candidatos, dentre eles mulheres e homens. A aprovada foi uma professora e no momento em que ligamos para a mesma para dar o resultado ela ficou incrédula de que realmente tinha sido aprovada para a vaga,pois estava grávida. Eu fiquei surpresa, pois em nenhum momento pensei em reprová-la por estar grávida, muito pelo contrário, só o fato de ser mãe já era um grande diferencial competitivo. Para mim, as mulheres já são grandes guerreiras. Sendo então, mulher e mãe, merecem nosso reconhecimento duplicado e estão prontas para qualquer tipo de desafio.

 

Quais são as expectativas para atuar na nova instituição? 

Fiquei feliz pela oportunidade de poder operar a implantação da Primeira Vertical de Direito do Brasil. Esse desafio é enorme e num momento muito importante para nosso Brasil que tem vivido retrocessos enormes no Direito e na Justiça. Pode essa ser uma enorme oportunidade para resgatarmos o orgulho e a Justiça no nosso País, ao lado do Dr. João Batista e Guilherme Soarez, executivos de grande referência e também grandes líderes na Ânima Educação, me deixaram muito animada, desafiada e feliz!

 

O que você diria para a Tatiane que iniciou a graduação, pós e mestrado, há muitos anos atrás, para a Tatiane de agora que atuou como diretora regional de diversos campi universitários? 

É simples, digo que envelhecemos quando deixamos de aprender e que morremos quando deixamos de acreditar em nós mesmos! 

 

 

 

Edição: Daniela Reis 

 

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Por Bianca Morais

Marlon Junior da Silva, formou-se no curso de arquitetura no ano de 2019, e seu trabalho de Conclusão de Curso, intitulado T.R.E.M, Tratamento e Requalificação de espaços minimizados, foi selecionado para ser apresentado no maior evento mundial de Arquitetura e Urbanismo. Promovido pela União Internacional de Arquitetos, o Congresso Mundial de Arquitetos que aconteceu no mês de julho, pela primeira vez no Brasil.

“Tive a oportunidade de auxiliá-lo no seu TCC. Marlon sempre foi um aluno dedicado e que se destacava, seja nas matérias teóricas, com uma escrita coerente e madura, seja nas matérias práticas, com uma representação eficiente e bons repertórios projetuais”, conta o orientador e professor da Una, Tarcísio Gontijo.

Projeto do TCC do aluno Marlon

Para o professor Tarcísio, que acompanhou a trajetória de Marlon desde seu primeiro período até a conclusão do curso, não faltam elogios ao ex-aluno.

“O TCC do Marlon foi o coroamento de uma trajetória acadêmica levada com muita seriedade. A escolha do tema e do local de seu projeto mostram seu compromisso em contribuir com a sociedade onde se insere, propondo uma intervenção com chances reais de ganho coletivo em uma área de grande valor histórico e cultural. A oportunidade de exposição de seu trabalho em um congresso de arquitetura de repercussão mundial abre a ele novas possibilidades e o coloca em contato com novos e experientes profissionais que compartilham dos mesmos anseios por melhoria dos contextos onde inserem seus projetos. Certamente, é um ganho pessoal e coletivo”, completa o professor.

Como parte das comemorações dos 60 anos da Una , o Jornal Contramão, traz hoje uma entrevista especial com Marlon, contando sua trajetória como arquiteto e a sensação de ter sido escolhido para um evento tão importante dentro da sua área.

Marlon Junior da Silva, arquiteto e ex-aluno da Una

1. Marlon, o que gerou em você a vontade de cursar arquitetura?

Alguns amigos já me disseram que nasci arquiteto. Pode ser que sim, porém, ao meu ver, isso não ocorreu. Conheci mais sobre a arquitetura naquela fase da escolha do ofício para ingresso na graduação e foi uma ótima descoberta. Me vi na arquitetura como possibilidade de realização numa profissão tão rica e diversa, podendo praticar meu lado criativo, que sempre foi aguçado, para melhorar a vida das pessoas através da melhoria da qualidade dos espaços à sua volta. 

 

2. Atualmente você trabalha em que área da arquitetura?

No momento, dedico o maior tempo de trabalho na arquitetura residencial, dentro de um escritório do ramo, mas desenvolvendo também projetos autorais na área comercial e residencial, além de continuar estudando, finalizando em agosto de 2021 um MBA em Gestão Estratégica de Projetos, também pela Una.

 

3. Você acredita que os projetos desenvolvidos durante o curso contribuíram para o seu desenvolvimento profissional?

Todos os projetos acadêmicos contribuíram muito para o profissional que sou hoje, cada um de uma forma, alguns me identificando mais, outros menos. Acredito que o importante durante o curso é estar aberto e disposto a receber o conhecimento em sua total diversidade. Uma vez apreendido, esse aprendizado é levado para vida, podendo ser aplicado em diferentes cenários. E principalmente nas disciplinas de projeto, foi uma ótima oportunidade de desenvolver propostas com problemas e possibilidades reais, que acontecem no mercado.

Parte do projeto do TCC de Marlon

 

4. Como você define sua trajetória da Una?

A graduação foi um caminho muito prazeroso! Prazeroso, pois apesar da grande carga de trabalho que o curso exige, era notável o ganho progressivo de conhecimento durante os 5 anos do curso. É gratificante ver quando os esforços rendem resultados, e pude perceber que sou um arquiteto grato por tudo que vivenciei na Una.

 

5. Qual sua opinião sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo da Una? 

Percebi que o curso da Una tem uma formação bastante humanizada e diversa, sem deixar de lado o conhecimento técnico necessário na formação. Sem falar no corpo docente, com professores excelentes e reconhecidos no mercado. O curso prepara bem para o que vamos lidar no ingresso ao mercado de trabalho.

 

6. Como começou a sua carreira na arquitetura?

Através do bom e infalível network. Por meio de uma amiga que já estagiava num bom e reconhecido escritório, consegui uma vaga como estagiário dentro de uma mostra de arquitetura. Tendo um bom desempenho, fui efetivado neste próprio escritório, inclusive de propriedade de uma professora da Una, que se tornou uma amiga. Lá tive a oportunidade de aprender muito atuando em projetos de vários segmentos.

 

7. Depois de se formar você teve dificuldades para ingressar no mercado?

Desde quando me formei, há quase dois anos, até o momento, sempre estive empregado ou com projetos pessoais. Ainda estava no mesmo estágio quando me formei, e não havendo possibilidade de continuar no mesmo escritório, saí de lá na sexta, e comecei na segunda seguinte, em outro escritório, já como arquiteto, um mês antes da colação de grau. Como arquiteto, já empregado, recebi também outras oportunidades de trabalho na área, então nunca tive dificuldades, as oportunidades sempre apareceram e ainda aparecem.

Acho que no início, o que vale é estar disposto a aprender e crescer em uma vaga, mesmo que ela não traga um retorno financeiro satisfatório.

 

8. De onde partiu a ideia do seu projeto de tratamento e requalificação de espaços do Baixo Centro de Belo Horizonte e o que ele propõe?

A ideia deste projeto veio da minha própria vivência e trânsito por esta área do Baixo Centro. Não sou de BH, me tornei um morador daqui quando me mudei para estudar Arquitetura e Urbanismo. Como estudava no centro, utilizava o transporte público e caminhava pela região para chegar a Una. Foi uma oportunidade para conhecer a cidade e sentir a qualidade dos seus espaços. Veio daí essa percepção de locais degradados, mas amplamente utilizados, que poderiam justificar a proposta de um projeto de requalificação urbana.

 

9. Quando realizou o projeto você tinha noção da dimensão que ele teria?

Tinha a dimensão de que era um grande desafio, pelo tamanho e complexidade do projeto. Mas me propus a fazê-lo partindo do autoconhecimento de que toda bagagem que acumulei durante o curso seria suficiente para concluir com êxito o projeto. É evidente que o princípio básico em um TCC seja a conclusão e aprovação final no curso, mas me dediquei em entregar um resultado melhor, algo que poderia ser também a minha porta de entrada no mercado, e a dimensão que ele tomou foi surpreendente e muito satisfatória.

 

10. Como recebeu o convite para participar do UIA?

Recebendo nota máxima, a banca avaliadora, juntamente com o colegiado do curso e corpo docente da Una, indicaram o projeto para alguns concursos desta categoria acadêmica. Um deles, a Mostra Nacional dentro do Congresso Mundial de Arquitetos, promovido pela União Internacional dos Arquitetos (UIA) que aconteceria em 2020, mas foi prorrogado para 2021 devido à pandemia da Covid-19.

 

11. Qual a sensação de ter seu projeto apresentado pela União Internacional de Arquitetos?

A sensação é de muita felicidade e realização profissional. Ter a oportunidade de participar de um congresso desta importância, com menos de 2 anos de formado, foi excelente. Acredito que foi uma ótima vitrine, em poder publicar e divulgar um projeto de grande impacto social e relevância para o cenário do pensamento urbanístico de Belo Horizonte.

 

12. Além do UIA você foi indicado para outros concursos? Se sim, quais?

Sim, com este mesmo projeto, fui indicado ao Prêmio TCC CAU/MG e ao Ópera Prima, concurso nacional de TCC’s de Arquitetura e Urbanismo promovido por revista especializada.

 

13. Qual a principal evolução do Marlon que estudou Arquitetura na Una para o Marlon já formado de hoje?

A principal diferença daquele Marlon de 5 anos atrás é ser um arquiteto cada vez melhor, aprendendo com os erros e acertos diários da profissão, e de criar olhares para conhecimentos e culturas que orbitam a profissão de arquiteto e urbanista, buscando enriquecer soft e hardskills para me diferenciar no mercado.

 

14. Qual conselho você daria para os estudantes de Arquitetura que em breve irão ingressar no mercado?

Aproveitem a época da graduação o máximo possível, no sentido de extrair o quanto puderem de seus professores para o seu conhecimento. Faça estágios, cursos extras, vá a palestras, workshops, enfim, faça tudo que possa agregar ao currículo. Isso fará toda diferença quando formado, assim como fez para mim.

 

Edição: Daniela Reis