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Por Bianca Morais

No dia 30 de outubro de 1938, marcianos invadiram os Estados Unidos. Essas criaturas escolheram a cidade de Grover’s Mill, no interior de Nova Jersey, para pousarem suas naves pela primeira vez no planeta Terra. Eles causaram um caos, máquinas gigantes mataram milhares de pessoas e destruíram cidades. 

O TBT de hoje, do Jornal Contramão, conta essa reportagem, que na verdade, é apenas uma pegadinha de 1 de Abril, uma fake news. A história real contamos agora.

O ano era 1938, a televisão não era acessível a grande parte da população que viam nos rádios os maiores veículos de comunicação e entretenimento. Nessa época os EUA viviam um cenário pós Grande Depressão, nome dado à crise financeira que levou milhares de americanos à falência, e o mundo todo acompanhava a ascensão de Adolf Hitler que comandava uma iminente 2°guerra mundial. Em uma realidade tão caótica, todas as notícias que se ouviam nas rádios eram de suma importância. 

Na véspera de halloween daquele ano, Orson Welles, era um jovem desconhecido, ator e diretor de cinema responsável pela produção e direção do programa Mercury Theare da Rádio CBS (Columbia Broadcasting System). O programa de rádio semanal, apresentava adaptações de obras literárias clássicas e o roteiro daquela noite seria inspirado no livro de ficção científica “Guerra dos Mundos” de Hebert George Wells. 

O programa

Naquele dia, Welles queria inovar. O espetáculo começou de uma forma bem comum, a programação tocava músicas, à medida que passava o tempo, boletins iam sendo soltados e noticiavam fenômenos estranhos. Inicialmente um meteoro havia atingido a cidade de Grover’s Mill e a emissora enviou um carro para o local. A produção foi tão astuta que dentro do estúdio colocaram um repórter para narrar o acontecimento como se estivesse realmente na cidade. 

O repórter, já no lugar, narrava que escutava barulhos estranhos e ao chegar mais perto de onde o meteoro caiu, “alguém se aproximava” deles. Dali para frente não existiam mais dúvidas, se tratava de uma invasão alienígena. A ideia foi genial, os efeitos sonoros tornaram tudo mais real, explosões, gritos, correria. 

No começo, havia sido informado que se tratava de um radioteatro, porém, a rádio em questão, não era muito conhecida, por isso, poucas pessoas acompanharam o início e entenderam que se tratava de uma trama. A CBS calculou que o programa foi ouvido por cerca de 6 milhões de pessoas, onde metade delas sincronizaram apenas no meio e perderam a introdução.

Pânico coletivo

A dramatização gerou uma histeria geral entre os espectadores do programa. Houve uma fuga em massa, aglomerações nas ruas, congestionamentos, linhas de telefones sobrecarregadas, todos queriam fugir daquele ataque que se aproximava. Nesse dia também foram registrados muitos suicídios. 

A transmissão de “A guerra dos Mundos”, popularizou  muito na época e é lembrada até hoje como um alerta de como os meios de comunicação podem exercer alto poder de influência sobre quem os acompanha.

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Por Bianca Morais

Há mais de um ano, o Coronavírus chegou ao Brasil e mudou completamente a rotina de milhões de pessoas. O isolamento social foi uma das primeiras medidas tomadas a fim de evitar a transmissão do vírus. Escolas e faculdades fecharam, empresas de serviços não essenciais passaram a adotar o home office como medida de manter os funcionários em casa e não os expor aos riscos. 

As relações passaram a ser online, a solidão tomou conta de muitos que moram sozinhos e o estresse daqueles que dividem a casa com seus familiares. As condições do trabalho remoto, a falta de limites entre profissional, vida pessoal e atividades domésticas somadas a uma maior carga horária e pressões diárias despertaram nos brasileiros, além de todos esses sentimentos, um quadro de ansiedade e depressão.

A covid-19 não contamina apenas os pulmões, mas também a saúde mental. No ano passado, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizou uma pesquisa que mostrou que 80% da população brasileira se tornou mais ansiosa durante a pandemia. A ansiedade é algo comum entre todas as pessoas, ela funciona como um aviso de perigo e faz com que o corpo do sujeito se prepare para enfrentá-lo, no entanto, ela passa a ser um problema quando atrapalha o dia-a-dia de alguém e cria um sofrimento daí a necessidade de procurar ajuda de especialistas.

O Brasil sempre ocupou um lugar de destaque em relação ao número de indivíduos com ansiedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 9,3% dos brasileiros apresentam algum transtorno de ansiedade, e com a pandemia esses números só crescem. O momento de incertezas e a constante angústia afeta diretamente o psicológico aumentando as crises.

Um dos mais relevantes sintomas de uma crise de ansiedade é também um dos mais conhecidos da covid, a falta de ar, por isso, principalmente no começo, a população se assustou muito. Além disso, essa inquietação também é responsável por dores de cabeça, tensão muscular, palpitações, suor excessivo, tontura, ondas de frio e calor, vontade de urinar constante, entre outras. 

A verdade é que esses sintomas são parecidos com os de várias outras doenças, desta forma ela se torna um tormento diário, afinal as pessoas evitam ao máximo ir a consultas médicas e hospitais, por medo de pegar a covid, preferem ficar em casa e sentir essa angústia que poderia ser facilmente resolvida de outras formas. 

A ansiedade está diretamente ligada a problemas da vida do indivíduo e muitos desses foram criados pela pandemia, as incertezas sobre o futuro, o medo de contrair a doença e passar a algum familiar, a falta de contato físico, tudo isso provoca diversas reações, como tristeza, cansaço, insônia, irritabilidade, aumento de peso, sistema imunológico fraco, alteração do sistema gastrointestinal, enfim, a doença é desencadeadora de muitas situações ruins.

Um fator relevante que espalhou o afligimento pelo país durante a pandemia foi a atual situação socioeconômica. Muitos empresários foram à falência por não poderem abrir seus estabelecimentos, milhares de trabalhadores perderam seus empregos. A população em geral passa por dificuldades financeiras e esse é um importante ponto que se torna gatilho a favor desse tormento. A incerteza do cidadão se terá ou não dinheiro para arcar com as contas do mês cria nele não apenas a ansiedade como até a depressão.

Nesse mês de março, o Brasil bateu recorde em mortes por conta da covid-19 e está no pico da doença. Minas está na fase roxa, ninguém pode sair de casa, temos toque de recolher e a aflição só aumenta. O mais indicado nessa situação é manter a calma, procurar ajuda com psicólogos, psiquiatras, terapeutas, profissionais da saúde mental. Outras maneiras, também, podem ajudar a enganar essa agonia e uma delas é a alimentação. 

A nutrição e a saúde mental

Uma boa alimentação em si já ajuda e muito na melhora da qualidade de vida. Entretanto, pesquisas recentes mostram que determinados alimentos podem ajudar a combater os indícios da ansiedade. Nutrientes ricos em vitaminas e aminoácidos têm a capacidade de melhorar o humor, tranquilizar e trazer mais disposição.

Quem tem uma alimentação que inclui muitas comidas calóricas, consequentemente, tem uma deficiência de nutrientes considerados bons ao funcionamento do corpo e principalmente do cérebro, como vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos essenciais. Para um bom funcionamento do cérebro do ser humano, é preciso a energia que os alimentos nos proporcionam, estes últimos, são muito significativos porque têm efeitos antioxidantes, antinflamatórios e neuroprotetores que ajudam a combater sintomas do estresse.

Em 2015, um trabalho publicado na BMC Medicine, apresentou uma pesquisa feita por alguns cientistas que observaram que uma ingestão menor de alimentos com poucos nutrientes e uma maior quantidade de comidas pouco saudáveis se associa a um menor volume do hipocampo esquerdo. 

A psiquiatria nutricional é um novo plano de estudo relacionado a transtornos mentais, anormalidades metabólicas e doenças crônicas. As pesquisas são atuais e, tudo é muito novo, existe uma base sólida de evidências que afirmam que a qualidade da dieta dos indivíduos está relacionada ao risco de transtorno mentais comuns, e ainda há muito o que descobrir. A área vem crescendo e em alguns anos  poderemos identificar descobertas muito importantes nesse campo da ciência.

Estudos iniciais mostram uma relação entre a ansiedade e o consumo excessivo de alimentos com cafeína, açúcar e bebidas alcoólicas, a má hidratação e o hábito de fumar também estão relacionados. Em contrapartida, comidas que estimulam a produção de neurotransmissores tais quais a serotonina e melatonina, substâncias que ajudam no bom humor e qualidade de sono, são sempre super bem vindos. 

Boa alimentação contra a ansiedade

Alimentos não são remédios, mas muitos deles podem ajudar a controlar o início dessa aflição que tanto tem tomado conta da rotina das pessoas. 

Denise Alves Perez é nutricionista e professora do Centro Universitário Una. A especialista ajudou a elaborar algumas dicas de alimentos que podem diminuir os níveis de ansiedade em um momento tão delicado. Confira abaixo.

Dica 1 – Coma alimentos fonte de triptofano. O triptofano é um aminoácido que participa da formação da serotonina, um neurotransmissor que está associado a sensação de bem estar, e podendo assim, reduzir sua ansiedade. Aqui vão alguns desses alimentos: Ovos, leite, carne, soja, cereais, brócolis, couve-flor, berinjela, tomate, kiwi, ameixa, banana, nozes, peixes, frutos do mar e cacau.

Dica 2- Alimentos ricos em gorduras boas, vitamina C e Vitamina E, têm demonstrado serem excelentes aliados para combater os males da ansiedade em excesso. Alguns estudos mostram que o estresse causado por essa angústia resulta em uma maior liberação de radicais livres que podem prejudicar o funcionamento do nosso corpo! Então abuse dos alimentos a seguir: peixes, linhaça, chia, castanhas, nozes, laranja, goiaba, limão, acerola, vegetais verdes escuros.

Dica 3- Alimentos ricos em vitamina do complexo B também são excelentes para auxiliar e combater a ansiedade! As vitaminas B6, B9 (folato) e B12 auxiliam na formação da serotonina, que nem dito acima, um neurotransmissor que está associado a sensação de bem estar. Podemos encontrar essas vitaminas nos seguintes alimentos: feijão, vegetais de folhas verdes (espinafre, aspargo, brócolis, couve), abóbora, batata inglesa, cenoura, carne vermelha, carne de porco, abacate, laranja, maçã, milho, ovo, queijo e leite.

Além da alimentação, a prática de atividades físicas também são muito importantes, afinal para uma boa qualidade de vida é necessário corpo e mente saudáveis. 

E lembre-se, essa é uma fase passageira, mesmo distantes um do outro, ninguém está sozinho, é momento de empatia e acolhimento. A qualquer aparecimento de indícios de depressão ou ansiedade procure ajuda de um profissional da saúde. Ocupe sua mente, alimente-se bem e hidrate-se.

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“O Transtorno Afetivo Bipolar não é uma simples mudança de humor”

Por Italo Charles

O termo “bipolar” se tornou muito comum nos últimos tempos. Quem nunca ouviu, ou até mesmo disse que alguém é bipolar e muda de humor a todo momento? Mas, para além disso, é importante entender que todo ser humano passa por variações de humor em alguns momentos.

De toda forma, o que não pode se tornar banal é o uso do termo bipolaridade, uma vez que se trata de uma doença séria. Hoje, 30 de março, é lembrado o Dia Mundial do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), a data marca o aniversário do pintor, pós-impressionista, Vincent Van Gogh, diagnosticado postumamente como provável portador do distúrbio.

O TAB é compreendido como um distúrbio de humor grave. Suas características mais notáveis são as oscilações de ciclos de depressão e euforia (mania e hipomania) entre momentos assintomáticos. As crises podem alterar a periodicidade e grau de intensidade (leve, médio ou alto).

As transições de humor possuem reações negativas em relação a conduta e desempenho dos pacientes. Para a Dra. Olivia Duarte de Oliveira, Médica da Família e Psiquiatra na Rede Consultar, “o humor pode ser caracterizado como o elemento que dá “cor” às vivências do indivíduo, aumentando ou diminuindo o peso das experiências reais, modificando assim o sentido do que foi vivido”. 

Na maioria dos casos o distúrbio se inicia precocemente, tanto em homens quanto mulheres por volta da adolescência e predomina um dos pólos da doença. De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) existem 300 milhões de pessoas ao redor do mundo com Transtorno Afetivo Bipolar.

Segundo os manuais internacionais de classificação diagnóstica (CID-10 e DSM.IV), existem diversos tipos de TAB alternando em níveis de mudanças comportamentais, são eles:

TIPO 1

A pessoa portadora do distúrbio Tipo 1 geralmente manifesta de forma acentuada ciclos de mania, que duram em média 7 dias, e uma fase depressiva que pode se estender por um longo período. Em ambos períodos sintomáticos as mudanças comportamentais se tornam bem visíveis e podem afetar o comportamento familiar, social e desempenho profissional do portador.

TIPO 2

Nesta definição existe a oscilação de sintomas parecidos com o Tipo 1, entretanto ocorre de forma mais leve definido como “Hipomania”, dessa forma o dano comportamental é menor.

Transtorno Bipolar Não Especificado 

O TAB Não Especificado demonstra alguns sintomas, o que sugere o diagnóstico, mas não são definidos como suficientes nem em duração (tempo) e grau de intensidade para ser caracterizado como Tipo 1 e Tipo 2.

Transtorno Ciclotímico

Essa classificação apresenta os sintomas leves do TAB, manifestando oscilações crônicas da doença, que podem ocorrer no mesmo dia. Neste caso o indivíduo varia entre os sintomas de mania e hipomania (de forma leve), mas que em muitos casos podem ser considerados como personalidade forte ou irresponsabilidade.

Causa

Dra, Olívia Duarte de Oliveira – Psiquiatra

 

Ainda não existe a causa exata do transtorno bipolar, mas considera-se que um conjunto de fatores possam influenciar no desenvolvimento do distúrbio, tais como estrutura do cérebro e ambiente. De acordo com a Dra. Olivia Duarte de Oliveira: “A herança genética tem grande importância na gênese do transtorno”.

Em alguns casos já foram comprovados a predisposição na manifestação de sintomas de alteração de humor advindas de pessoas com histórico genético, essas manifestações se estabelecem como: ciclos periódicos de depressão, estresse prolongado, entre outros.

Diagnóstico

Para a Dra. Olívia Duarte o diagnóstico não é simples e pode demorar, uma vez que se baseia na história do sujeito, em geral cíclica, envolvendo melhoras e recaídas. 

“O diagnóstico é inteiramente clínico, exige-se ao menos um episódio de mania ou hipomania (semelhante, porém menos grave que a mania). Devem também ser excluídas doenças da tireoide, outras doenças que alteram hormônios e o uso de medicamentos ou drogas estimulantes. Nestes casos os exames bioquímicos podem ajudar”, explica.

Sintomas

Os sintomas variam conforme a fase em que o doente se encontra. 

Em depressão pode ter tristeza:

  • Falta de prazer nas coisas;
  • Cansaço fácil; 
  • Alterações do sono ou apetite; 
  • Sentimento de culpa; 
  • Dificuldade de tomar decisões e pensamentos de morte.

Já na fase de mania o paciente pode experimentar:

  • Elevação da auto-estima; 
  • Sentimento de grandiosidade; 
  • Irritabilidade, aumento da energia; 
  • Pouca necessidade de sono; 
  • Falar mais que o normal; 
  • Facilidade em se distrair;
  • Pensamento acelerado e envolvimento em atividades com potencial para riscos (jogos, direção imprudente, gastos excessivos , comportamento sexual de risco,  investimentos insensatos, etc).

Em casos mais graves pode haver delírios e alucinações. “Frequentemente há a incapacidade de perceber a própria doença, achando que estão na melhor fase de suas vidas. Além disso, os sintomas são tão graves que os impedem de exercer suas atividades no trabalho, escola e vida familiar”, conta a Dra Olívia Duarte. 

Tratamento

O Transtorno Afetivo Bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento é realizado através de uso de medicamentos, acompanhamento psíquico e psicoterapia a fim de minimizar as manifestações sintomáticas. 

De acordo com a Dra. Olivia, o acompanhamento e conhecimento da família acerca da doença é imprescindível para o progresso durante o tratamento. “Como o paciente não tem noção que está doente é a família que leva ao médico, isso faz com que o paciente tome a medicação ao longo do tempo e forneça ao médico  informações essenciais para diagnóstico e acompanhamento do caso”.

Nos casos em que o portador ainda não foi diagnosticado, muitas vezes por desconhecimento dos familiares, os prejuízos podem ser grandes. “A vida do paciente com TAB não controlado pode ser devastada. Através de acidentes, perda de emprego e relacionamentos, dilapidação de patrimônio, internações hospitalares e suicídio, dentre outras”, finaliza a Dra. Olívia Duarte.

 

*A matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis

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A semana se inicia com um dos textos do e-book “Escrita Criativa: O avesso das palavras”, produto final do projeto de extensão conduzido pela escritora e  professora do Centro Universitário Una, Geanneti Tavares Salomon. 

A produção de hoje é de Gabriel Lucas Monteiro Ezequiel, acadêmico do curso de Nutrição do Centro Universitário Una

 

Liberdade

Por Gabriel Lucas Monteiro Ezequiel

Queria ter a liberdade

A liberdade de um amor tranquilo

Regado de calor que aquece os ossos

Queria ter a liberdade

De andar tranquilo pela rua

Sem preocupar que alguém de farda leve minha vida

Ou que alguém armado leve algo que tive que batalhar pra ter

Queria ver a liberdade

De quem pode ser o que é

Sem se preocupar como os outros vão falar ou fazer

Talvez a liberdade

Esteja em uma cabana afastada

no meio do nada

Ouvindo os sons que vêm da natureza

Quero a liberdade

De ter o que eu quero

E receber por aquilo que faço

Quero uma casa que não desabe quando a tempestade vier

Uma comida que não me adoeça a cada mordida

Quero a liberdade de ir e vir sem medo.

 

Para acessar o e-book completo clique no link.

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Por Daniela Reis 

Hoje, 26 de março, é comemorado o Dia do Cacau. Essa data foi instituída como uma maneira de difundir o consumo do fruto além do uso na fabricação do chocolate e discutir a importância política e econômica que esse alimento tem para nosso país.

E é claro que aqui no Contramão a gente comemora essa data de maneira deliciosa, trazendo para você uma receita especial de FUDGE DE CHOCOLATE, que tem uma textura macia e o sabor marcante do cacau. Quem nos agraciou com essa gostosura é a aluna do curso de Gastronomia da Una, Olívia Junqueira.

Ela começou a fazer doces e bolos para família, quando percebeu na gastronomia uma paixão. Há 10 anos atua na área da confeitaria e dá aulas para crianças e adultos no projeto Chefinhos Escola, juntamente com a nutricionista Cristina Marques.

Vamos ao passo a passo?

FUDGE DE CHOCOLATE

Quantidade de porções: Aproximadamente 20 unidades
Tempo de preparo: 30 min de preparo e 2h de geladeira
Categoria: Sobremesa
Nível de dificuldade: Fácil

Ingredientes:


– 400 g de chocolate meio amargo
– 395 g de leite condensado (1 lata)
– 20 g de manteiga
– 25 g de cacau em pó
– 1 pacote de biscoito (Oreo) sem o recheio

Passo a passo para a preparação:
1) Adicionar em uma tigela o chocolate meio amargo, o leite condensado, o cacau em pó e a manteiga.

2) Levar ao banho maria, até derreter bem o chocolate e incorporar todos ingredientes.

3) Retirar do fogo e adicionar os biscoitos quebrados grosseiramente. Misturar bem, colocar em uma forma ou aro revestida com papel manteiga e levar à geladeira por duas horas. Quando estiver firme, cortar em quadrados e passar no cacau em pó.

Agora é só preparar! Aproveite para fazer em comemoração ao Dia do Cacau ou como opção de uma deliciosa sobremesa de Páscoa!

 

 

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Crédito: Arquivo Nacional

Por Italo Charles

O TBT de hoje recorda que em 25 de março de 1824 foi outorgada, por Dom Pedro I, a “Constituição Política do Império Brazil”. A carta, com base na “Graça de Deus” e “Unânime aclamação dos povos”  viria a ser a primeira Constituição brasileira.

Um ano antes, no dia 3 de maio de 1823, foi instalada a Assembleia Constituinte com a finalidade de elaborar a constituição. Entretanto, durante a madrugada de 12 de novembro do mesmo ano, diante das oposições políticas, D. Pedro exigiu que o Exército invadisse o plenário da assembleia constituinte, o acontecimento ficou marcado como “noite da agonia”.

O episódio ficou marcado pela prisão e deportação de vários deputados. Na ocasião o imperador assinou um documento que além do desterro dos ex-deputados, ocasionaria em outras medidas repressivas, tais quais como a vigilância policial em espaços de reuniões e prisão de quem tentasse intervir.

Dissolvida a Constituinte, D. Pedro reuniu dez pessoas de sua confiança, que juntos, redigiram a primeira constituição que viria ser outorgada em 1824 e se estabeleceria até 1889, totalizando 65 anos de regimento. 

A constituição instaurada foi uma das mais liberais existentes na época, mesmo com o poder  centralizado ao monarca. À época o mandato dos senadores era vitalício  e o voto censitário era exercido apenas por homens ricos.

Constituições

Dado o fim da primeira Constituição brasileira e com a Proclamação da República em 1889, o sistema político e econômico do país passou por mudanças significativas. Marechal Deodoro, proclamador da República e chefe do governo provisório, junto a Rui Barbosa declararam uma comissão para elaboração de um projeto a ser avaliado pela futura Assembleia Constituinte. O projeto foi aceito e vigorou até 1933.

A terceira Constituição foi comandada por Getúlio Vargas e foi instaurada em 16 de julho de 1934 e trazia como principais mudanças: maior poder ao governo federal, voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos ampliado às mulheres, mas, ainda com exceção de analfabetos e mendigos e a criação da Justiça Eleitoral e do Trabalho.

Em 1937, Vargas anulou a Constituição de 1934, dissolveu o Congresso e declarou ao Brasil a Carta Constitucional do Estado Novo que daria o poder central para o chefe de estado Executivo.

Devido às determinações impostas pelo Congresso recém eleito, em 1946 foi retomada a linha política estabelecida em 1934, a qual trouxe alterações e vigoraria até o Regime Militar.

Durante o Regime Militar o autoritarismo e política da segurança vigoravam. Em 1967 o poder Executivo enviou ao Congresso a proposta de Constituição que foi aprovada e promulgada no dia 24 de janeiro de 1967.

Em virtude de todo contexto social, político e econômico durante a Ditadura Militar, em 1985 foi realizada a Assembléia Nacional Constituinte a fim de desenvolver um novo texto constitucional levando em conta a realidade estabelecida na época. Já em 1988 foi instituída a “Constituição Cidadã”, a carta estabeleceu cláusulas revolucionárias que propunha a alteração e melhoria de todo o sistema social, político e econômico do país. Desde então a Constituição Cidadã vigora.

 

*Edição: Daniela Reis