Turismo

Por Júlia Garcia

O fim de semana em Belo Horizonte está repleto de eventos para todos os gostos. Confira hoje a agenda que o Contramão separou para você curtir o final de semana.

Sexta

E se prepare para virar a noite na Pré Virada Cultural. Hoje, sexta-feira, acontece uma experiência única, com shows de diversas bandas de diversos estilos para mostrar a potência dos artistas da cidade. Se prepare para aquecer seus olhos e ouvidos para a Virada Cultural de Belo Horizonte. A Pré virada acontece na Casa Matriz, a partir das 19h e os ingressos estão disponíveis no Sympla.

Mas, se você deseja curtir uma boa comédia, pode prestigiar o show Assim Caminha a Humanidade. Apresentado pelo comediante Renato Albani, o stand up relata os anos 1990/2000 e utiliza suas referências com programas de TV, desenhos animados, amigos/histórias da infância e relacionamento familiar entre pais e filhos. O show acontece nesta sexta-feira, no Minascentro, com três horários disponíveis: 19h, 21h30 e 23h30. Os ingressos podem ser adquiridos no Sympla.

Sábado

E no sábado começa a Virada Cultural de Belo Horizonte. Com mais de 260 atrações gratuitas, a expectativa da prefeitura é que pelo menos 300 mil pessoas curtam a programação. O evento conta com seis palcos espalhados pela cidade e mais de 24 horas de programação. E no sábado, os destaques são a dupla ClaraXSofia, que se apresenta no Palco Gramado, e Gaby Amarantos, no Palco Sesc, às 22h30.

Para os amantes do samba, neste sábado Nova Lima recebe o Raça Negra. Muita música, samba e pagode para você curtir. Além do Raça Negra, o evento conta com outras atrações também, como Deu Samba e Dj DH.  O show acontece na Star 415, a partir de 20h. Para garantir seu ingresso basta acessar o Ticket Work.

Domingo

E no domingo a Virada Cultural continua e o destaque deste dia é a banda Titãs, que se apresenta na Praça da Estação, a partir das 18h30. A banda vai apresentar o show do disco “Olho Furta-Cor”. Além deste show, você poderá conferir outras atrações no entorno da capital mineira.

Foto: Flávio Tavares.

Por Yasmin Mariana

Inaugurado em 1963, o Mercado Novo surgiu para funcionar como um complemento para o Mercado Central de Belo Horizonte, que era realizado a céu aberto. Como uma promessa de ser um dos mais modernos e maiores mercados do país, a construtora a frente do projeto veio a falir antes mesmo de finalizar a obra. 

O local, então, se tornou marginalizado e seu espaço em maioria desocupado por muitos anos. Mas, ali existiam gráficas, oficinas de conserto e algumas lanchonetes, que ocupam o espaço até hoje.

Foto/Divulgação: Cervejaria Viela/CNN.
Importância para a cultura local

Em 2010, com a inauguração do Mercado das Borboletas, no terceiro andar, como um evento cultural no qual eram realizados shows e festas que atraíam o público, e assim, chamando a atenção de investidores para o local. 

Com a chegada dos empreendedores da Cervejaria Viela, produtores artesanais de Minas, em 2018, e a inauguração da Cervejaria Viela e o Restaurante Tupis, que teve por objetivo engrandecer o espaço, e que funcionou: o sucesso de seus estabelecimentos impulsionou o Mercado e a sua revitalização, agregando novos produtores e negócios e ainda sim mantendo os comerciantes antigos e sua identidade.

Para Marcelo Albuquerque, pintor, desenhista e professor dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design Una, os pontos turísticos como o Mercado Novo, Mercado Central, Mercado Distrital do Cruzeiro, Feira Hippie e Expominas desempenham um papel crucial na preservação da cultura local. “Esses locais promovem a cultura local ao oferecer produtos artesanais e industriais, alimentos típicos, produtos da indústria e obras de arte regionais, valorizando as tradições culturais e impulsionando a economia local. Além disso, eles preservam práticas tradicionais, promovem o turismo cultural, fomentam a economia local e divulgam a identidade cultural da cidade, fortalecendo o vínculo entre moradores locais e visitantes e garantindo a continuidade da rica herança cultural de Belo Horizonte”, destaca.

Foto/Divulgação: Leonardo Lara/Flickr.
Reinauguração

Após um longo período de planejamento e restauração, o Mercado Novo foi reinaugurado em 2019. Sua revitalização preservou a arquitetura original, mas, incorporando elementos contemporâneos que tornaram o prédio um espaço único. Resultou-se, então, em uma mistura de características tradicionais com uma atmosfera moderna e vibrante. 

As melhorias incluíram revitalização da estrutura física, modernização das instalações elétricas e hidráulicas, além da criação de espaços dedicados a experiências gastronômicas diferenciadas.

Para a arquiteta e sócia-fundadora da Libelo.la Arquitetura, Laura Souza Campos, o prédio possui características modernistas. “Ele é um edifício que possui as linhas retas e longilíneas como forma principal. Esse grande caixote com a fachada em cobogós foi projetado pelos arquitetos Fernando Graça e Sandoval Azevedo Filho no ano de 1962. No seu interior, longas e robustas rampas e longos corredores, bem característico desse estilo arquitetônico. Os cobogós deixam o edifício super simpático, pois quando bate a luz do sol cria desenhos mágicos no interior da construção. O elemento cobogó foi criado por um grupo de engenheiros (o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernesto August Boeckmann e o brasileiro Antônio de Góis) aqui no Brasil, em 1920 em Recife, foi muito utilizado na arquitetura modernista brasileira”, comenta. 

Laura ressaltou ainda que a requalificação e a revitalização da maneira em que está sendo feita, preservando os comerciantes antigos, priorizando pequenas empresas e pequenos produtores locais, contribui para enriquecer a cultura da cidade. “Se a gestão mantiver esse princípio, a tendência é que o Mercado se torne referência nacional e até internacional como uma incubadora de pequenos negócios locais. E com a permanência dos comerciantes antigos, esse caso mostra que é possível o antigo e o novo coexistirem“, finaliza. 

Foto/Divulgação: Cervejaria Viela/CNN.
Diversidade gastronômica

Hoje, uma das principais atrações do Mercado é a gastronomia diversificada. Desde os tradicionais pães de queijo e cachaça a pratos sofisticados, de pratos típicos mineiros a pratos estrangeiros, é uma verdadeira experiência gastronômica. Além da gastronomia, destaca-se também, os produtos artesanais e locais. Você certamente irá encontrar lojas com artigos únicos e verdadeiras obras de arte, produzidas por mineiros. 

Para Laura a importância histórica e cultural do Mercado para BH é que ele se tornou um novo ponto turístico. “Virou um polo da gastronomia mineira raiz, essa gastronomia de boteco, de mercado como a Cozinha Tupis, Café Jetiboca, Copa Cozinha… um polo das bebidas locais como Herbário IVY, Runeria Mascate, Cachaçaria Lamparina e Carimbó Açaí; um polo da moda autoral, com a O Jambu, Rocus, Meu Lugar, Cutuca… de produtos sustentáveis como na Gira e seus vinhos orgânicos… de galerias de arte e de outros empreendimentos inovadores como o Inverso, hub de advocacia. Esse movimento consolida a participação da produção em pequena escala na economia da cidade. O Mercado Novo nos mostra que é possível gerar emprego, trazer mais dinheiro para a cidade, quando se dá espaço e oportunidade para que pequenos negócios floresçam”, deslumbra. 

Patrimônio cultural

O Mercado vai além do comércio. O espaço é hoje um importante cenário cultural da capital. Reúne exposições, shows e eventos, que atraem públicos diversos e tornando-se um local no qual profissionais de diversas áreas têm espaço para expor e compartilhar seus talentos.

Marcelo explica que patrimônios culturais como o Mercado podem trazer, também, benefícios econômicos significativos. “Estímulo econômico, criação de empregos e revitalização urbana, enquanto promovem a preservação cultural, o intercâmbio cultural e a compreensão mútua. Além disso, esses locais incentivam a conservação e a restauração, fortalecendo o senso de identidade e orgulho da comunidade local”, destaca. 

Além disso, Marcelo ressalta as características arquitetônicas distintas do Mercado Novo que o tornam um patrimônio importante. “O Mercado Novo de Belo Horizonte é um patrimônio importante devido à sua localização tradicional e distinta. Seu estilo arquitetônico é controverso, ao incorporar influências modernistas, visando o aspecto funcional em seu interior, porém sua fachada se apresenta como um grande caixa maciça de alvenaria aparente com cobogós tornando o diálogo entre o interno e o externo praticamente nulo, assim como no Mercado Central. Por outro lado, seu interior promove a caminhabilidade e a interação social”

Marcelo ressaltou, ainda, que o mercado abriga uma diversidade funcional, com uma variedade de lojas, restaurantes e espaços artísticos e de entretenimento, incentivando uma comunidade autossuficiente e que sua localização central favorece a conectividade com o entorno urbano e a utilização de meios de transporte. “Os espaços públicos vibrantes, como praças e áreas de convivência, promovem encontros sociais e fortalecem o senso de comunidade. Essas características arquitetônicas tornam o Mercado Novo um patrimônio valioso, que preserva a cultura local e o potencial de incorporar princípios do novo urbanismo, criando um ambiente urbano mais humano, inclusivo e sustentável.” 

Foto/Divulgação: Felipe Khoury/HZ.
Referência de Minas

O Mercado nesses 60 anos se consolidou como um importante patrimônio cultural e gastronômico de BH. Com sua revitalização, o espaço se tornou referência para quem busca experiências com a cara dos mineiros. O Mercado cada vez mais agrega públicos diversificados e valoriza a cultura e os produtores locais, seu grande diferencial. 

É como um símbolo da tradição e renovação da cidade. O Mercado se reinventou para se adequar aos tempos atuais, mas mantendo sua identidade mas com um espaço vibrante e repleto de experiências para os visitantes e novas oportunidades para produtores e comerciantes locais.

 

Por Gustavo Meira

Festejo junino é o mais representativo da Região Sul e Sudeste do Brasil, pela valorização e respeito à cultura e às tradições.

Estamos quase no fim do período junino, mas pra quem não curtiu ainda, não tem problema, o Arraial de Belo Horizonte está pra começar. A 44ª edição contará com shows, quadrilhas e nossa culinária mineira. O evento acontece nos dias 21, 22, 23, 29 e 30 de julho e 5 e 6 de agosto, com entrada gratuita.

Concurso e premiação

Durante esses dias, mais de 40 grupos de quadrilhas irão se apresentar na Praça da Estação, no tradicional Concurso Municipal de Quadrilhas Juninas, que valem  prêmios e reconhecimento. Além dos troféus, os vencedores poderão receber entre R$5.500,00 a R$16.500,00, variando por grupo e colocação. Para avaliar as apresentações, a comissão julgadora levará em conta os seguintes quesitos: conjunto, coreografia, caracterização, marcador e casal de noivos. 

Apresentação das quadrilhas vencedoras na edição de 2022. Imagens: Belotur.

Foi assim, de forma repentina, que Sebastian fará sua estreia este no Arraial de Belo Horizonte, pelo grupo ‘Paixão Junina’. Os ensaios estão a todo o vapor desde o ano passado. São 25 minutos de dança e muitos passos para ensaiar. ‘’Ensaiamos de domingo a segunda. Estamos levando um tema incrível e a coreografia está linda. Essa reta final é de muita ansiedade e frio na barriga, mas estou bem confiante e vou dar o meu melhor. Essa época do ano é minha preferida. Sempre dancei na escola, porém nunca imaginei que um dia dançaria para milhares de pessoas e profissionalmente. Está sendo uma honra fazer parte da cultura do nosso país e deste evento’’, disse.

Apresentação das quadrilhas vencedoras na edição de 2022. Imagens: Belotur.
Atrações nacionais e locais

Além do tablado para as apresentações de quadrilha, um grande palco será montado na Praça da Estação, que receberá, nos dias 5 e 6 de agosto, as atrações nacionais Gustavo Mioto e Barões da Pisadinha. Haverá também apresentações de artistas locais. A cantora Bianca Cobbo e a dupla Bruno & Lucas se apresentarão no sábado (05/08). Já os sertanejos Pedro Netto & Matheus e Alan & Alex sobem ao palco no domingo (06/08), fechando a programação do evento, valorizando também a cena musical regional.

Gustavo Mioto se apresenta no dia 05/08. Barões da Pisadinha se apresentam no dia 06/08.

Este ano o Arraiá de Belo Horizonte, terá a participação especial do coletivo ‘Fórum Forró de Raiz de Minas Gerais’. Em todos os domingos do evento, haverá aulas de forró para os presentes. Com a presença de trios musicais, coletivos, dj’s e dançarinos. O tradicional ritmo nordestino será destaque todos os dias.  

Em coletiva de imprensa realizada na última semana (10/07), o prefeito Fuad Noman destacou que a edição deste ano será histórica, “Se depender da Prefeitura vamos ter o melhor festejo junino da história de Belo Horizonte. São 44 anos, mas este vai ficar marcado, porque é o de 2023, o ano que nós já nos libertamos, já estamos nas ruas e queremos cantar e dançar”, afirmou. 

Culinária mineira

Nem só de música e dança vive o homem, sendo assim, o evento contará com a uma Vila Gastronômica, espaço com mesas e cadeiras, iluminação e decoração para o público presente. Pratos vencedores do Concurso Prato Junino serão comercializados a preços populares no local, no intuito de promover a gastronomia mineira, reconhecida em todo o país. Como bolinho de galinhada acompanhado de creme de quiabo, sanduíche de linguiça tropeira com couve, ragu suíno com ora-pro-nóbis e polenta cremosa, dentre outras delícias. 

Para a edição de 2023, a temática da disputa será ‘O Resgate da Memória Afetiva’. Imagem: PBH.

O Arraial de Belo Horizonte é um evento que cresceu e ganhou visibilidade ao longo dos anos, fazendo com que a capital mineira fosse considerada, pelo Ministério do Turismo e pela Embratur, um dos cinco maiores destinos turísticos do período junino do país, ao lado de Bragança (PA), Campina Grande (PB), Corumbá (MS) e São Luís (MA).

Por Júlia Garcia

Nesta sexta acontece a 24º edição da feira Mercado Negro. De 17h às 22h, o evento será no Teatro Espanca, na Rua Aarão Reis, 542 – Centro. A feira é um espaço colaborativo, de força econômica, tradicional e ancestral de diversos itens. Com conversas e reflexões, o repertório musical será repleto de poesia e rap, com a artista Ohana. 

E para os amantes da madrugada, hoje, às 22h no Mineirão, acontece o Klandestine. O evento promete uma lineup de tirar o fôlego, com quatro artistas internacionais do techno e tech house. O evento vai até as 06h de sábado.

Sábado

No sábado, você pode aproveitar para comprar seus looks na Mostra de Brechós Quase Tudo Bazzar – Feira de Brechós do Dia Internacional da Mulher. A Mostra acontece das 10h às 17h, na Rua Professor Raimundo Nonato, 390, Santa Teresa. A entrada é gratuita e além de encontrar diversas roupas, você poderá colaborar  com o desenvolvimento econômico das mulheres empreendedoras.

Depois de garantir seus looks na Mostra de Brechós, você poderá usá-los na Festa I HATE REMIX, especial MILEY E LANA. O evento, que acontece na Casa Sapucaí, será às 20h e contará com a presença da absurda + convidados. A festa é para maiores de 18 anos e aniversariantes de março poderão enviar uma mensagem no insta da @bsurda.

Domingo

Para os amantes de anime, no domingo acontece o Anime Festival. De 13h às 18h, o festival será no ginásio do Colégio Nossa Senhora do Monte Calvário, na Rua dos Aimorés, 3507 – BARRO PRETO. O evento terá diversas atrações e uma programação super divertida.

E para finalizar o final de semana, teremos show da Letrux. A cantora se apresenta a partir das 19h na Autêntica, que fica na Rua Álvares Maciel, 312 – Santa Efigênia. 

 

rock in rio

Por Keven Souza 

Aconteceu no último domingo (11) o encerramento do Rock In Rio 2022, na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. O evento que reuniu ​aproximadamente 100 mil pessoas no sétimo dia e contou a presença de mais de 36 artistas dos mais variados gêneros musicais, trouxe vida a Cidade Rock em 12 horas de música constante divididos em oito palcos. 

rock in rio
Dua Lipa, esbanjando talendo e brilho no palco mundo ( Foto: Keven Souza )

A atração mais aguardada da noite foi a cantora britânica de 27 anos, Dua Lipa. A artista era headliner do dia, onde, ao som de “Physical“, subiu ao Palco Mundo com todo um espetáculo de cores, luzes e hits. Esbanjando talento, apresentou o setlist com os sucessos de Future Nostalgia, seu segundo álbum de estúdio. Tudo muito bem pensado para quem estava presente no Parque Olímpico e também acompanhava de casa, pela transmissão do Multishow. 

Das músicas aos figurinos – quatro, ao todo – Dua Lipa brincou com cores e não dispensou brilho. Trouxe seu balé que performou garantindo um show à parte com coreografias. A cantora interagiu ainda com a plateia e finalizou, em português, dizendo: ‘obrigado gatinhos e gatinhas’.  

Megan Thee Stallion, Rita Ora e Ivete também foram outras cantoras que abrilhantaram o último dia de Rock In Rio, se apresentando no Palco Mundo. No Sunset, Liniker mostrou toda força da mulher trans preta juntamente com Luedji Luna. Logo após, Majur,  Agnes Nunes, Mart’nália, Gaby Amarantos e Larissa Luz uniram o samba, soul, blues, brega e jazz em um só espetáculo para homenagear Elza Soares.

Cidade do Rock é baile de favela

rock in rio
Toda a estrutura gigantesca do palco mundo. ( Foto: Keven Souza )

Já a cantora Ludmilla, de 27 anos, que também se apresentou no Palco Sunset, foi uma das artistas mais comentadas do mundo na internet após seu show. Isso porque, ela prometeu que faria algo grandioso e cumpriu. A dona do hit ‘Rainha de Favela” investiu em estrutura de palco, luzes e figurinos luxuosos. Além disso, não deixou de lado o funk!

Ludmilla construiu um setlist único, que privilegiava o gênero musical, fazendo com que a Cidade do Rock por um momento virasse baile de favela. Levou ainda a dupla Tasha e Tracie, MC Soffia, Tati Quebra Barraco e Majur para o palco. Como resultado, fez um show certamente histórico que trouxe questionamentos aos produtores do Rock In Rio sobre a participação de artistas brasileiros no Palco Mundo, que é o principal palco do festival. 

O Rock in Rio promoveu inclusão em seus shows deste ano, como intérpretes de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) e mais artistas negros e LGBTQIA+. Mas a principal crítica do público com os produtores foi colocar artistas femininas de grande público, que é o caso de Ludmilla e Avril Lavigne, em palcos menores, como o Sunset. 

A volta do Rock In Rio no Brasil 

Após dois anos desde a última edição do evento do Brasil, que aconteceu em 2019, a Cidade do Rock recebeu um público de 700 mil pessoas com o forte desejo de se reencontrar. Foram sete dias, 1.255 artistas, 300 shows e mais de 507 horas de experiência. 

As parcerias? Muitas! Stands do Globo Play, Tim, Itaú, TikTok, Coca-Cola, Doritos, Latam, Kit Kat, iFood, entre outros, decoraram o Parque Olímpico com cores e vida. E para mostrar que o Rock In Rio é um festival de números, esta edição foi recorde de turistas no Rio. Foram mais de 420 mil pessoas de outros estados do Brasil e uma estimativa de 10 mil de fora do país. 

O Rock In Rio é um festival que impacta diretamente na economia da cidade. É, ainda, patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro que expande toda nossa brasilidade para o mundo. Que as próximas edições continue com ​​toda a energia e alto astral, pois o evento além de trazer grandes espetáculos para o Brasil, dá um show como festival de experiências!  

 

A 9ª edição do evento foi realizada na Esplanada do Mineirão e fechou mais um ano sendo sucesso. 

Por Gustavo Meira 

Aconteceu no último sábado (27) na capital, o Festival Sarará 2022, evento que reuniu mais de 60 artistas de diversos segmentos e contou com a presença de mais de 35 mil pessoas na Esplanada do Mineirão, na Região da Pampulha. Foram quase 12 horas de música constante divididos em seis palcos. Os ingressos giravam em torno de R$ 150,00 a R$ 540,00.

Palco principal do Sarará 2022, na Esplanda do Mineirão. Imagem: Leo Caetano.

As atrações mais esperadas para esta edição eram Glória Groove, que trouxe o penúltimo show da ”Lady Leste Tour”, e contou com vários sucessos de seu último álbum e famoso medley de pagode com Ludmilla, no qual foi ovacionada. O show de Pabllo Vittar contou com a participação da cantora Urias e um corpo de ballet impecável. Um dia antes, PV esteve no Mercado Novo, onde gerou alvoroço e atendeu os fãs. Zeca Pagodinho, que sempre está com sua cerveja na mão, cantou seus maiores sucessos e de surpresa recebeu o rapper e fã Emicida no palco, levando o público ao delírio. 

Pabllo Vitar e Urias no palco principal do Sarará. Imagem: Alison Jones.
Gloria Groove em seu show no palco principal do Sarará.  Imagem: Leo Caetano.

A mineira de Taiobeiras Marina Sena, que em 2019 estava na plateia, fez sua estreia no Sarará e contou com a presença de Marcelo Tofani da banda mineira Rosa Neon. Ambos cantaram o hit ”Ombrim”. Já Gilsons fez a plateia cantar ”Várias Queixas” em um lindo couro. 

Marina Sena em seu show no palco principal do Sarará. Imagem: Alison Jones.

Homenagens e manifestações na Esplanada 

O line-up do festival contava com a presença de Elza Soares, porém a cantora faleceu em janeiro deste ano. Teresa Cristina, Nath Rodrigues, Paula Lima, Julia Tizumba e Luedji Luna fizeram um show em homenagem à Elza, contando com sucessos de sua carreira. 

“Elza é um nome muito importante da arte no Brasil e no mundo, uma mulher que sempre cantou tudo que tinha algum significado para ela e para todes no qual ela sempre defendeu com toda força e amor. Foram 91 anos de vida, bem vividos, 70 anos de carreira fantásticos, com reconhecimento no mundo todo e muito depois no país que ela tanto amava e defendia, mas Elza nunca fraquejou e agora tenho o orgulho de continuar trabalhando o nome da nossa eterna Rainha, para mim, Elzão. Ela ainda deixou muita coisa pronta para sair”. É o que disse Vanessa Soares, neta, produtora executiva e pessoal da cantora.

Cantoras em homenagem a Elza Soares no palco principal do festival. Imagem: Instagram Sarará/internet.

Houve manifestações políticas por parte dos artistas e do público em vários momentos do festival. O couro mais ouvido era a favor do ex-presidente Lula, candidato à Presidência das eleições deste ano.

Outras edições do festival 

As duas primeiras edições do Sarará aconteceram em 2014 e 2015, no Parque das Mangabeiras, em BH. Seu marco aconteceu quando o evento foi palco da Virada Cultural em 2016, com público de mais de 50 mil pessoas no Parque Municipal. Desde então, o festival cresceu e se transformou em um dos maiores do estado.

A 9ª edição do Sarará estava sendo preparada desde 2019. ”Tivemos momentos de sonhos, dúvidas, planejamentos constantemente alterados, nó na garganta, esperança… Nesse tempo todo, quisemos e queremos tanto viver”, diz a organização do evento. 

O Sarará é um #FestivalDeSentir, este ano foi possível sentir toda a energia dos artistas e do público, que estavam sedentos pela volta presencial do evento, que não aconteceu durante dois anos por conta do isolamento social. 

Anote na agenda, a próxima edição do Sarará já tem data marcada, 26 de agosto de 2023. Borá mais uma vez?!

 

Edição: Keven Souza.