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O tatu-bola, mascote oficial da Copa do Mundo de 2014 pode ser visto na Praça da Estação pelos belo-horizontinos. O animal é característico do cerrado brasileiro e está “vulnerável” de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), organização internacional dedicada à conservação de recursos naturais. “É uma forma simples e atrativa de transmitir a vibração do torneio. Além disso, destaca uma causa importante de preservação da fauna nativa do Brasil”, comenta a coordenadora do Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo da Prefeitura de Belo Horizonte, Flávia Rohlfs.

A mascote está em exibição nas principais cidades do país, como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, e ainda ficará exposta em outras praças da capital mineira. O próximo local a receber o boneco inflável de 7 metros de altura será a Praça da Savassi, localizada na região centro-sul da cidade.

Amijubi, Fuleco ou Zuzeco?

O nome oficial do tatu que representará a Copa de 2014 será escolhido através da internet. As opções são Amijubi (união entre as palavras amizade e júbilo), Fuleco (mistura entre futebol e ecologia), e Zuzeco (junção de azul e ecologia). A votação está no site da Federação Internacional de Futebol (FIFA).

Por Marcelo Fraga e Rute de Santa

Foto: João Vitor Fernandes

Em 2014, será inaugurado o Museu do Clube da esquina, uma parceria da escola de Música da UFMG com a Associação de Amigos do Clube da Esquina, o espaço vai integrar o Circuito Cultural Praça da Liberdade e será o primeiro voltado para a música. “Desde novembro de 2011, começou essa parceria e o projeto é uma espécie de museu científico, um centro de referência de música”, explica o professor da Escola de Música da UFMG Mauro Rodrigues.

 O espaço contará com uma exposição permanente sobre a vida dos integrantes do Clube da Esquina, além da participação da Escola de Música da UFMG que irá desenvolver atividades em um espaço destinado a ela. “A ideia é ter um espaço de teatro e um café Concerto, nesses ambientes haverá eventos de natureza musical”, declara Rodrigues.

Por: Ana Carolina Nazareno e Paloma Sena

Foto: Ana Carolina Nazareno

A “contribuiçãozinha” solicitada ao CONTRAMÃO para fotografar no Parque Municipal Américo Renné Gianetti, denunciada em matéria publicada na última segunda-feira, não é um caso isolado. Fotógrafos que costumam realizar books no parque já enfrentaram a mesma situação, como é o caso de Juliana Queiroz e Marie Camargos, sendo constrangidos com a solicitação.  “O argumento que eles usam é que a verba para o parque não é suficiente, então eles pedem o que precisam de imediato”, relata Juliana Queiroz.

Não existe uma padronização nos itens, são pedidos desde rolos de papel higiênico, sacos de lixo entre outros. “Liguei no parque e eles me informaram que para fotografar eu teria que pegar uma autorização na secretaria de parques e fazer uma doação. Eles pediram cem sacos de 100 litros”, relata Marie Camargos. Ainda segundo a fotógrafa, outros parques municipais também pedem contrapartidas.

Segundo dados obtidos no Portal da PBH, o orçamento da prefeitura destinado à administração dos parques é de aproximadamente 36 milhões de reais. Porém, a coordenadoria financeira de parques não consegue definir o montante que é gasto específico do Parque Municipal Renné Gianetti. “Recentemente a administração foi divida em duas regiões (norte e sul). A verba é destinada a estas duas regiões e não há números específicos de cada parque”, informa o coordenador financeiro da fundação de parques Carlos Nery Machado.

Em uma conta simples, dividindo a verba anual destinado as fundações de parques pelos setenta parques da rede seria destinado, aproximadamente 38 mil reais mensais para cada parque vinculado a prefeitura.

Por Hemerson Morais e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

Um híbrido entre ficção e documentário, o longa “A cidade é uma só?” traz a história e as consequências do passado sobre a cidade satélite de Ceilândia e seus moradores. O filme retrata a cidade nos dias atuais e como seus habitantes se relacionam com sua história e seu estado atual. Em 1971, por excesso de pessoas morando em barracos e em condições deploráveis de habitação, foi criada a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI). Dai o nome da cidade Ceilândia. O conflito que o título do filme traz é intensificado pelo olhar dos personagens sobre a realidade. A todo momento, o espectador é questionado se Ceilândia e seus moradores pertencem a Brasília ou não.

Sob as sombras das eleições, o filme é de total relevância para  a memória dos cidadãos, abordando o que aconteceu, o que acontece e o que poderá ser feito com as pessoas que vivem sob o jugo do poder eleito. Com muito humor, é mostrada a candidatura do personagem Dildu a deputado distrital pelo fictício PCN (Partido da Correria Nacional). O passado de Nancy e suas consequências também é ponto de destaque no documentário, assim como Zé Antônio, que protagoniza uma das maneiras que os moradores encontraram para ganhar o pão de cada dia.

Não há porque acreditar que o acontece em Ceilândia fica em Ceilândia. “O todo está no pouco”, já dizia o filósofo Anaxágoras e, através da pequena Ceilândia, vemos a história do descaso de um país.

Por William Gomes

Imagem: Divulgação do filme

Em comemoração aos 110 anos de Carlos Drummond de Andrade, O Museu das Minas e do Metal (MMM), irá promover uma programação para homenagear o escritor todas as quintas-feiras do mês de outubro. No encontro de amanhã, a secretária-executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e professora da UFMG, Maria Antonieta Cunha fará uma palestra com o tema Drummond hoje e sempre, às 19h30, no auditório do MMM, a entrada é franca.

As homenagens fazem parte do projeto “Toda Quinta e muito mmmais…” que está completando um ano que a cada mês trata uma temática diferente que esteja ligada a acontecimentos atuais. “O projeto já nasceu com o objetivo de estar harmonizado com a cidade, com os temas não só nacionais, mas planetários também, a gente sempre procura criar esse diálogo com a cena”, declara a Consultora e Gestora dos projetos culturais do museu Mônica Cerqueira.

O Dia “D” será em 30 outubro, data do aniversário de nascimento do poeta mineiro, e marca no Brasil o início de uma iniciativa inspirada no Blooms Day que comemora a obra de James Joyce.  “Existe o dia de James Joyce, autor de “Ulisses”, que é comemorado no mundo inteiro, no Brasil querem fazer uma coisa mais ou menos parecida com Drummond”, comenta Cerqueira.

 

Por: Ana Carolina Nazareno e Paloma Sena

foto: Ana Carolina Nazareno

O Cine Cento e Quatro abrirá suas portas para a imprensa pela primeira vez amanhã, com a pré-estreia do documentário A cidade é uma só?, do diretor Adirley Queirós. A abertura oficial da sala ocorrerá somente na próxima sexta-feira, 5.

O longa é uma reflexão sobre os 50 anos de Brasília e a situação social de parte da população do Distrito Federal. “Meus pais foram expulsos da cidade de Brasília, sou da primeira geração pós-aborto territorial. Moro em Ceilândia, periferia de Brasília, há mais de 30 anos. Eu me tornei cineasta e grande parte do meu trabalho está relacionada com este tema”, comenta o diretor.

A cidade é uma só? foi vencedor do Prêmio da Crítica na Mostra de Tiradentes (2012), uma das mais importantes mostras de cinema do país, e recebeu  Menção Honrosa na Semana dos Realizadores (2011), festival nacional voltado à exibição e discussão do cinema brasileiro contemporâneo.

O Cine Cento e Quatro comportará 80 pessoas e funcionará de terça à domingo, com três sessões diárias e ingressos a preço popular.

Por Marcelo Fraga e Rute de Santa

Com informações do site www.400filmes.com