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Por Daniela Reis 

Sexta é dia de trazer delícias aqui no Contramão! E hoje a nossa receita é de uma leitora muito especial, que nos agraciou com o Jambalaya, uma comida típica norte-americana, excelente sugestão para o Dia das Mães, que será celebrado no dia 09 de maio. 

Vamos conhecer mais sobre o prato e sobre a chef? 

Natália Ferreira nos contou que sua relação com a culinária teve início há vinte anos atrás. Fez cursos técnicos, se formou em Gastronomia e viveu um tempo em Barcelona onde cursou na renomada Escola Hofmann. Sua trajetória profissional foi marcada por grandes eventos, incluindo o tradicional Festival de Gastronomia de Tiradentes e passagens por restaurantes reconhecidos de Belo Horizonte. 

Chef Nathália Ferreira

Atualmente, em meio à pandemia, a chef encontrou na cozinha afetiva e também na culinária saudável uma maneira de se reinventar e estar próxima dos clientes, uma vez que as festas e eventos não podem acontecer. Na cozinha de sua casa ela faz a preparação das refeições de acordo com o pedido e também monta cardápios personalizados. Tudo desenvolvido com alimentos frescos e de primeira qualidade. Nathália, que também é mãe, escolheu o Jambalaya para trazer o passo a passo, pois acredita ser um prato saboroso para homenagear as mulheres mais importantes de nossas vidas! 

Vamos à receita? 

Jambalaya

Quantidade de porções: 4

Categoria: Prato Principal

Nível de dificuldade: Fácil

Ingredientes

– 2 xícaras  de arroz parboilizado 

– 200g de linguiça calabresa e rodelas

– 200g de queijo coalho em cubos

– 200g de pimentão variados em cubos 

– 200g de banana da terra em cubos e fritas

– 500g de camarão 

– 1 cebola 

– 4 dentes de alho 

– 4 tomates sem pele e picados

– 2 colheres de sopa de extrato de tomate

– Sal e pimenta do reino

– Páprica Picante

– Cheiro Verde

Modo de preparo

Refogue o arroz com páprica picante e reserve. Em outra panela, acrescente o alho, a cebola, os pimentões e a calabresa até dourarem. Em seguida, junte os outros ingredientes e cozinhe por cerca de 5 minutos. Adicione o arroz, o cheiro verde e tempere com sal e pimenta. Finalize com os camarões grelhados

E aí gostou? Que tal preparar essa receita e fazer um delivery surpresa para sua mãe? 

Para saber mais sobre o trabalho da chef Nathália Ferreira e também fazer encomendas, acessa o perfil dela no Instagram: nath.personalchef.

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Por Bianca Morais 

Há 21 anos atrás, a morte de um garoto de dez anos na cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, colocou em dúvida a credibilidade do sistema de transplantes do país. O Caso Pavesi, como ficou conhecido, teve repercussão nacional após a denúncia de que Paulo Veronesi Pavesi havia sido morto pelos médicos que o atenderam para venda de seus órgãos.

Conheça o caso

No dia 19 de abril de 2000, Paulinho Pavesi caiu acidentalmente de uma altura de 10 metros do prédio onde morava. O garoto sofreu traumatismo craniano e foi levado ao Hospital Pedro Sanches, onde recebeu os primeiros atendimentos. Após alguns problemas durante uma cirurgia, o menino foi transferido para a Santa Casa da cidade, local onde foi constatada a morte cerebral da vítima, que teve seus órgãos retirados para transplantes. 

Paulo Airton Pavesi, pai da criança, começou a desconfiar das circunstâncias da morte do filho, após receber uma conta de quase 12 mil reais do hospital, entre as informações que constavam nela, estava a cobrança de medicamentos para remoção de órgãos. Então, ele levou o caso ao Ministério da Saúde e à Associação de Transplantes de Órgãos. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a equipe médica responsável constatou morte encefálica, mas as investigações apontaram que o laudo teria sido forjado e o garoto ainda estaria vivo no momento da retirada dos órgãos.

Algumas testemunhas na época disseram que Paulinho teria chegado com um quadro estável, conversando, o que só aumentou as suspeitas de que os médicos prestaram o serviço de forma inadequada para prejudicar a recuperação do paciente para ele se tornar um doador de órgãos. 

Em 2002, quatro médicos, José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez, foram denunciados pelo Ministério Público. Entre as acusações estavam a demora no atendimento neurocirúrgico e a inexistência de um tratamento efetivo e eficaz. Outros três médicos chegaram a ser acusados por participação, porém a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o processo retornou para Poços de Caldas.

Denominado Caso Zero, a morte da criança deu início a uma investigação que trouxe à tona denúncias de irregularidades no esquema de transplantes de órgãos em Poços de Caldas. O pai do menino chegou a pedir asilo à Itália, pois sofria ameaças pelos envolvidos na morte de seu filho e pela população local da cidade que o apontavam como alguém que queria destruir a Santa Casa.

Foram duas décadas à espera de um julgamento, o caso que começou em Poços de Caldas foi transferido para Belo Horizonte, em agosto de 2014, para evitar que a influência dos médicos recaísse sobre os jurados. O júri popular dos quatro médicos aconteceria no dia 6 de abril, mas acabou sendo suspenso.

Retomado em janeiro deste ano, apenas três deles foram julgados, o quarto acusado Álvaro Ianhez teve o caso desmembrado e ainda não existe previsão para seu julgamento. Quanto a José Luis Gomes e José Luis Bonfitto, foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado e pela retirada ilegal dos órgaos de Paulo Pavesi, ambos condenados a 25 anos de prisão e não poderão recorrer em liberdade. Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, foi absolvido pois chegaram a conclusão que a atitude do médico anestesista não teve influência na morte do garoto.

O que aconteceu em abril de 2000 foi uma irresponsabilidade médica, órgãos de uma criança foram retirados de forma irregular e sem consentimento dos pais, e ainda foram transferidos para receptores fora da lista oficial de espera. Não existem dúvidas que os médicos responsáveis, por isso, são criminosos e a justiça, mesmo que tardia, foi feita. 

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Crédito: Pixabay

Por Grégory Almeida

Essencial significa aquilo “que constitui o mais básico ou o mais importante em algo; fundamental”. Até aí, ok. Se pesquisarmos uma frase com a palavra, fique certo de que a famosa citação do aviador francês Antoine de Saint-Exupéry saltará aos olhos. No livro, O Pequeno Príncipe, há um diálogo, entre uma raposa e o principezinho, muito relevante sobre a nova palavra de nosso cotidiano. Conhecida por sua astúcia, a raposa se gaba por se deixar guiar pelos sentimentos. Ela acredita que a intuição – no caso dela, o instinto – deve guiar as decisões, e não a razão. E aí vem minha indagação: o que você julga essencial para você próprio deve servir como régua para “o meu essencial”? Pensemos nisso. Ah, leia o livro. O clássico não é só para misses.

Em dias de pandemia, vivemos uma dualidade de sentimentos sobre o certo e o errado. Um conceito cai em minutos, há erratas a todo momento, e, no fim, nos resta contar mortos.  Os dias estão difíceis. Claro que a gente vai ouvir, de alguns super-heróis, que a tal gripezinha não lhes afetou. A estrutura psicológica desses caras foge da realidade. A pandemia reforçou a ideia do ignorar, do desligar da realidade pra não pirar. Ignore esses caras e não pire.

Seguimos. Abre e fecha de comércios, abre e fecha de igrejas. Um abre e fecha disso e daquilo. Protocolos estabelecidos por “grandes nomes”, que regem nossas vidas. Podemos e devemos analisar as decisões pelo caminho da capacidade política de ponderar o cenário, por erro de gestão, por conjurações políticas, pelos tais favores que eles sempre devem, e até pelo seu voto (faça sua autoanálise), mas, talvez, não precisemos analisar seguindo o conselho da raposa do livro: “o essencial é invisível aos olhos”.

Qual o caminho? Talvez ninguém, saiba. A única certeza é que erramos como sociedade. Fecha comércio e empresários vão à falência. Abre comércio e o número de infectados e mortos aumentam. Eu já ouvi: “Se eu não trabalhar, como vou comer?”. Mas não seriam estes que estão levando o vírus para casa? Quem sabe? Já ouvi, também: “As pessoas que querem as igrejas fechadas, evangélicas e católicas, não sabem o poder da fé”.

Mas a bíblia é enfática em dizer: “É melhor ir a uma casa onde há luto
do que a uma casa em festa”. E os versículos seguem nos Eclesiastes. Pois te pergunto: Quem está certo? Pois é, não se sabe. E é claro que temos inúmeros outros serviços essenciais não citados por este que escreve. A intenção, aqui, não é sobre definir certezas, e, sim buscar alternativas para amenizar a dor de todos. Mesmo porque os questionamentos precisam de contexto. E lembre-se; amenizar a dor de todos. Isso mesmo; de todos.

Ao pensar em “todos”, é emergencial implorar aos eleitos que não desprezem a ciência, nem barganhem com ela. Ela, sim, é essencial. Ao seguir as falas do que já ouvi, um engenheiro mecânico me indagou sobre minha decisão por tomar a vacina. Afirmei: “Acredito na ciência!”. Ele respondeu: “Que ciência?”. Ao pensar em todos, teremos de nos preocupar, também, com os “instruídos”. Eles também votam. Alguns deles gostam de contar números de recuperados, e não de óbitos. O que não me parece ser o cenário que mudará a situação. Afinal, os nomes nos obituários estão ficando entre os nossos conhecidos, nos próprios bairros e nas ruas de cima.

Hoje, não teremos respostas e acho que nem precisamos. A gente quer é passar por tudo isso e sobreviver. Quem será aplaudido, não sabemos, mas o alvo de todas as críticas, sim. É preciso pensar que nunca seremos um país sério enquanto estivermos polarizados. Minha barraca de água de coco não é menos importante que sua empresa. Mas, se seu direito de ir e vir me traz um vírus mortal, não é sobre essencialidade que estamos falamos; é sobre você não saber usar seus direitos. Quem pode fica em casa. Quem não pode sai, mas assumindo riscos. E assumir riscos torna a linha tênue sobre “o seu essencial” não ser “o meu essencial”.

Pra fechar: a raposa não é racional, mas o príncipe, sim. E ele decidiu repetir a frase, para guardar na memória.

– Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

– O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

Qual essencial? “O meu ou o seu”?

 

*Edição: Professor Mauricio Guilherme Silva Jr.

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*Por Daniela Reis 

A 93ª edição do Oscar aconteceu neste domingo com uma sistêmica bem diferente dos últimos anos, devido à pandemia da covid-19. Com uma platéia inferior a 200 pessoas, que se revezavam no local, o grande destaque foi para o drama americano “Nomadland” que levou três estatuetas. Sendo o prêmio principal, de melhor filme, além de  Direção, para Chloé Zhao, e Atriz, para Frances McDormand.

As atrações musicais, que sempre são aguardadas, foram gravadas e apresentadas antes da premiação que mais agraciou mulheres. Foram 17 estuetas para elas.

A noite  foi bastante dividida, seis filmes levaram duas estatuetas cada: “Meu pai”, “Mank”, “Soul”, “Judas e o Messias Negro”, “A voz suprema do blues” e “O som do silêncio”.  Anthony Hopkins superou o favoritismo de Chadwick Boseman e venceu como Melhor Ator por seu trabalho em “Meu pai”.

Confira a lista dos 23 vencedores:

Melhor filme – “Nomadland”
Melhor direção – Chloé Zhao: “Nomadland”
Melhor ator – Anthony Hopkins: “Meu pai”
Melhor atriz – Frances McDormand: “Nomadland”
Melhor filme internacional – “Druk – Mais uma rodada” (Dinamarca)
Melhor atriz coadjuvante – Youn Yuh-jung: “Minari”
Melhor ator coadjuvante – Daniel Kaluuya: “Judas e o messias negro”
Melhor roteiro adaptado – “Meu pai”
Melhor roteiro original – “Bela vingança”
Melhor figurino – “A voz suprema do blues”
Melhor trilha sonora – “Soul”
Melhor animação – “Soul”
Melhor curta de animação – Se algo acontecer… te amo
Melhor curta-metragem em live action – “Dois estranhos”
Melhor documentário -“Professor Polvo”
Melhor documentário de curta-metragem – “Collete”
Melhor som – “O som do silêncio”
Canção original – “Fight for you”: “Judas e o messias negro”
Maquiagem e cabelo -“A voz suprema do blues”
Efeitos visuais -“Tenet”
Melhor fotografia -“Mank”
Melhor edição -“O som do silêncio”
Melhor design de produção – “Mank”

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O evento terá três sedes: uma em Los Angeles e duas na Europa

*Por Daniela Reis 

Amanhã, dia 25, acontecerá a tão aguardada transmissão da cerimônia do Oscar. A 93ª edição do evento terá uma dinâmica diferenciada e contará com um público limitado de 170 pessoas devido às medidas sanitárias de segurança relacionadas à covid-19. A festa terá três sedes, uma em Los Angeles e as outras duas na Europa, em Londres e Paris, para que os indicados não tenham que se locomover até os Estados Unidos. A cerimônia principal, será realizada na Union Station em Los Angeles e de acordo com a Academia será tratada como uma produção de TV/filme, e não será necessário o uso de máscaras para as pessoas que estiverem em frente às câmeras. Além disso, o público reduzido fará revezamento dentro e fora do local da cerimônia para evitar aglomerações.

Além das mudanças temporárias, a Academia também fez outras alterações no roteiro desta edição. As duas categorias de som – mixagem e edição – serão reunidas em uma, reduzindo o número de categorias para 23. A categoria de trilha sonora original também passou por reformulação, estabelecendo o mínimo de trilha original. Para ser elegível, um filme terá que ter 60% de sua composição como inédita – e para sequências e filmes de franquia a trilha precisará ser 80% nova. Também foi anunciado que todos os membros da Academia agora podem votar na pré-seleção das produções a serem indicadas na categoria de melhor filme internacional, um processo anteriormente feito por um comitê seleto. 

Confira a lista completa dos indicados

Com “Mank”, de David Fincher, liderando o número de indicações e com a permissão para que filmes exibidos diretamente em streaming, sem passagem pelo parque exibidor, pudessem concorrer. A lista traz a Netflix no topo com 35 indicações, 11 a mais do que em 2020, com destaque para “Mank” (dez), “Os 7 de Chicago” (seis) e “A voz suprema do blues” (cinco). 

A Amazon Prime Video levou 12 indicações, sendo metade delas por “O som do silêncio”. Outras três vieram de “Uma noite em Miami”, duas por “Borat: Fita de cinema seguinte” e uma pelo documentário “Time”.

Já o Disney+ estreou em grande estilo, com três indicações por “Soul”, duas por “Mulan”, uma por “O grande Ivan” e outra por “Dois irmãos: Uma jornada fantástica”.

E a Apple TV+ foi indicada em duas ocasiões: “Greyhound” (melhor som) e “Wolfwalker” (melhor animação). Por fim, a Hulu também foi lembrada com a indicação de melhor atriz para Andra Day em “Estados Unidos Vs. Billie Holiday”. 

Indicados a Melhor Filme

  1. “Meu pai”
  2. “Minari”
  3. “O som do silêncio”
  4. “Nomadland”
  5. “Mank”
  6. “Bela vingança”
  7. “Os 7 de Chicago”
  8. “Judas e o messias negro”

Indicados a Direção

  1. Thomas Vinterberg (“Druk — Mais uma rodada”)
  2. David Fincher (“Mank”)
  3. Lee Isaac Chung (“Minari”)
  4. Chloé Zhao (“Nomadland”)
  5. Emerald Fennell (“Bela vingança”)

Indicados a Atriz

  1. Viola Davis (“A voz suprema do blues”)
  2. Andra Day (“Estados Unidos Vs. Billie Holiday”)
  3. Vanessa Kirby (“Pieces of a woman”)
  4. Frances McDormand (“Nomadland”)
  5. Carey Mulligan (“Bela vingança”)

Indicados a Ator

  1. Riz Ahmed (“O som do silêncio”)
  2. Chadwick Boseman (“A voz suprema do blues”)
  3. Anthony Hopkins (“Meu pai”)
  4. Gary Oldman (“Mank”)
  5. Steve Yeun (“Minari”)

Indicados a Roteiro Adaptado

  1. “Borat: Fita de cinema seguinte”
  2. “Meu pai”
  3. “Nomadland”
  4. “Uma noite em Miami”
  5. “O tigre branco”

Indicados a Roteiro Original

  1. “Judas e o messias negro”
  2. “Minari”
  3. “Bela vingança”
  4. “O som do silêncio”
  5. “Os 7 de Chicago”

Indicados a Atriz Coadjuvante

  1. Maria Bakalova (“Borat: Fita de cinema seguinte”)
  2. Glenn Close (“Era uma vez um sonho”)
  3. Olivia Colman (“Meu pai”)
  4. Amanda Seyfried (“Mank”)
  5. YounYuh-jung (“Minari”)

Indicados a Ator Coadjuvante

  1. Sacha Baron Cohen (“Os 7 de Chicago”)
  2. Daniel Kaluuya (“Judas e o messias negro”)
  3. Leslie Odom Jr. (“Uma noite em Miami”)
  4. Paul Raci (“O som do silêncio”)
  5. LaKeith Stanfield (“Judas e o messias negro”)

Indicados a Desing de Produção

  1. “Meu pai”
  2. “A voz suprema do blues”
  3. “Mank”
  4. “Relatos do mundo”
  5. “Tenet”

Indicados a Fotografia

  1. “Judas e o messias negro”
  2. “Mank”
  3. “Relatos do mundo”
  4. “Nomadland”
  5. “Os 7 de Chicago”

Indicados a Filme Internacional

  1. “Druk — Mais uma rodada” (Dinamarca)
  2. “Better days” (Hong Kong)
  3. “Collective” (Romênia)
  4. “The man who sold his skin” (Tunísia)
  5. “Quo Vadis, Aida?” (Bósnia e Herzegovina)

Indicados a Longa De Animação

  1. “Dois irmãos”
  2. “A caminho da Lua”
  3. ‘Shaun, o carneiro, o Filme: A fazenda contra-ataca”
  4. “Soul”
  5. “Wolfwalkers”

Indicados a Figurino

  1. “Emma”
  2. “Mank”
  3. “A voz suprema do blues”
  4. “Mulan”
  5. “Pinóquio”

Indicados a Edição/Mixagem De Som

  1. “Greyhound”
  2. “Mank”
  3. “Relatos do Mundo”
  4. “Soul”
  5. “O Som do Silêncio”

Indicados a Curta De Animação

  1. “Burrow”
  2. “Genius Loci”
  3. “If anything happens I love you”
  4. “Opera”
  5. “Yes-People”

Indicados a Curta-metragem

  1. “Feeling through”
  2. “The letter room”
  3. “The present”
  4. “Two distant strangers”
  5. “White eye”

Indicados a Trilha Sonora

  1. “Destacamento Blood”
  2. “Mank”
  3. “Minari”
  4. “Relatos do mundo”
  5. “Soul”

Indicados a Efeitos Visuais

  1. “Love and monsters”
  2. “O céu da meia-noite”
  3. “Mulan”
  4. “Tenet”
  5. “O grande Ivan”

Indicados a Edição

  1. “Meu pai”
  2. “Nomadland”
  3. “Bela vingança”
  4. “Os 7 de Chicago”
  5. “O som do silêncio”

Indicados a Cabelo e Maquiagem

  1. “Emma”
  2. “Era uma vez um sonho”
  3. “A voz suprema do blues”
  4. “Mank”
  5. “Pinóquio”

Indicados a Canção Original

  1. “Fight for you” (“Judas e o messias negro”)
  2. “Hear my voice” (“Os 7 de Chicago”)
  3. “Husavik” (“Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars”)
  4. “Io Sì” (“Rosa e Momo”)
  5. “Speak now” (“Uma noite em Miami”)

Indicados a Longa Documentário

  1. “Collective”
  2. “Crip Camp”
  3. “The Mole Agent”
  4. “My Octopus Teacher”
  5. “Time”

Indicados a Curta Documentário

  1. “Colette”
  2. “A concerto is a conversation”
  3. “Do not split”
  4. “Hunger Ward”
  5. “A love song for Latasha”

Onde assistir?

ABC

A transmissão oficial será realizada pelo canal americano ABC, não está liberado no Brasil mas você poderá acessar através de sistemas de VPN.

A Academia do Oscar

Os canais das redes sociais oficiais do Oscar 2021 farão a transmissão. Veja pelo

Facebook, Twitter ou Youtube.

TNT e TNT GO

No Brasil você pode assistir pelo canal TNT através de sua operadora de TV por assinatura ou na plataforma streaming TNT GO, com as opções:

  • TNT Séries
  • TNT
  • Space

Você também poderá aproveitar o conteúdo com dicas, comentários e todas demais informações pelo canal oficial no Youtube da TNT.

Rede Globo e Globo Play

A responsável pela transmissão do Oscar 2021 para a TV aberta ficará a cargo da Rede Globo e acontece após o Big Brother Brasil 2021. Já a Globo Play terá transmissão aberta ao público através de sua plataforma de streaming. O Aplicativo Globo Play está disponível para baixar na Google Play ou na App Store, da Apple.

 

 

 

 

 

 

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Por Bianca Morais 

Hoje, 23 de abril, é Dia Nacional da Educação de Surdos. A data especial foi criada para celebrar as lutas e conquistas da comunidade surda na área da educação. No Brasil, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) é referência na área da surdez, desde o ensino a surdos até a sua atuação com ações de inclusão social. 

Conhecida como Libras, a Língua Brasileira de Sinais, é a forma utilizada por pessoas surdas e ouvintes, e está diretamente ligada a movimentos e expressões faciais para ser entendida. 

A Libras foi reconhecida como língua em 2002. Ela possui suas regras, é um conjunto organizado de sons e gestos que um grupo usa para se comunicar, um sistema que tem estruturas, sintaxe, semântica e pragmática próprias e bem definidas. Os sinais substituem as palavras de uma língua de modalidade oral auditiva.

Cada país possui sua própria língua de sinais, em todo o mundo existem mais de 200 línguas de sinais e cada uma tem suas específicas normas.

A história da educação para surdos

A comunicação com as mãos é uma realidade bem antiga, desde o tempo da pré-história, nossos ancestrais utilizavam-se delas para se comunicar. Com a evolução, as mãos passaram a ficar ocupadas com o manuseio de ferramentas para produção de ofícios, e por isso, a conversação passou a ser feita de forma oral, o que acabou por excluir aqueles que não conseguiam escutar.  

Por não conseguirem ouvir também não aprenderam a falar, dessa forma os surdos foram excluídos em vários momentos da história. Na Grécia Antiga, Roma Antiga e na Idade Média, eles perdiam seus direitos, eram considerados seres humanos incompetentes e sem conhecimento. Para a Igreja Católica a alma deles não era imortal, pois não podiam falar os sacramentos. 

Foi apenas na Idade Moderna que apareceu o primeiro professor de surdos, Pedro Ponce de León, um monge beneditino, nascido na Espanha, foi um dos pioneiros na educação dos surdos e mostrou ao mundo que eles eram capazes sim de aprender. 

Anos mais tarde aparece Charles Michel de l’Epée, conhecido como o pai dos surdos, mostrou que os deficientes auditivos eram cidadãos com pleno direitos na sociedade. O francês se dedicou à educação deles com o principal objetivo de poder ensiná-los princípios do cristianismo. Especialistas no assunto, afirmam que ele foi o primeiro a criar um alfabeto de sinais para alfabetizar os surdos e o utilizou para ensinar seus alunos em uma escola criada por ele em 1755.

A língua de sinais francesa, desenvolvida por l’Epée, teve grande influência na criação da brasileira, a libra foi criada por outro francês com base no método de Charles. Ernest Huet, nasceu em uma família nobre na França e teve acesso a uma excelente educação. Aos 12 anos teve sarampo e como consequência da doença perdeu sua audição e entrou para o Instituto Nacional de Surdos de Paris, após anos de envolvimento com os estudos, Huet se tornou professor.

Por seu admirável trabalho na educação de surdos, em 1855, a convite de Dom Pedro II, Ernest Huet veio para o Brasil e trouxe consigo o sistema francês de educação que ajudou a criar a primeira escola para surdos do país. O nomeado Imperial Instituto Nacional de Surdos Mudos, foi fundado no Rio de Janeiro em 1857, e com Huet a frente, educou milhares de surdos. Atualmente a escola criada por Huet, é o conhecido Instituto Nacional de Educação dos Surdos. 

A língua de sinais, desde sua criação, sofreu muitas retaliações, uma vez que antigamente se acreditava na cura da surdez. Para muitos a educação dos surdos deveria ser por meio da oralização, por isso, em 1880, uma conferência internacional de educadores, o Congresso de Milão, determinou a proibição do uso de sinais na educação de surdos na Europa. Em 1911, a escola criada por Huet, decidiu adotar a determinação do Congresso e estabeleceu que o “oralismo puro” deveria ser a única forma de educação dos surdos no país.  

O Congresso de Milão foi considerado uma grande opressão sofrida mundialmente pela comunidade surda, ali eles perderam o direito de se comunicar da forma que desejavam com o uso das línguas gestuais. Aquele congresso foi organizado por um grupo de pessoas que eram contra o uso da língua de sinais e todos ali presentes foram selecionados para garantir que o oralismo vencesse. Esse episódio foi apenas mais um na incansável luta dos surdos contra os preconceitos e a opressão. 

A educação hoje é um direito de todos, porém isso apenas ficou estabelecido na Constituição de 1988. Foi através de muita batalha e ao longo de anos usando a língua de sinais de forma clandestina, que a comunidade surda alcançou essa primeira conquista de inclusão por parte do governo. Posteriormente outros avanços aconteceram por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e de 2000. A Libra, no entanto, só foi reconhecida como língua em 2002 pela Lei n°10.436 que determinou que:

Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

A lei também coloca como dever do governo e órgãos públicos apoiar e difundir a libra.

A regulamentação ocorreu em 2005, quando um decreto presidencial incluiu a inserção de Libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício dos magistérios médio e superior. 

Segundo o IBGE, no Brasil, existem cerca de 10 milhões de pessoas com surdez. Vale lembrar que a surdez tem graus diferentes sendo eles: leve, moderado, severo e profundo. 

Pensando sempre no lema de transformar o país pela educação, que o Centro Universitário Una, instituição reconhecida por seus projetos de inserção social, conta com Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Inclusão – NAPI, entre os suportes que ele oferece está a inclusão de deficientes auditivos. Conheça o projeto

O NAPI

Em funcionamento desde 2011, o NAPI (Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Inclusão) tem como base o compromisso da Una com a formação integral e humanista de seus estudantes, pautada na visão institucional de acolhimento das pessoas.

O núcleo é um espaço que oferece suporte psicopedagógico de intervenção e prevenção nos processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais e pedagógicos do aluno, e atuam sobre os múltiplos fatores que possam intervir em seu desenvolvimento integral e nas questões ligadas à aprendizagem. O NAPI também é o apoio às pessoas com deficiência e/ou com transtornos que afetam o conhecimento, nestes casos, são realizados acompanhamentos periódicos, articulações com setores, professores e coordenadores, que promovem de forma individual de acordo com as necessidades de cada sujeito.

Através de estudos, os membros do NAPI entendem as demandas e necessidades por parte dos alunos e oferecem suporte para a superação dessas dificuldades para que o estudante possa ter um melhor aproveitamento acadêmico e equidade no quesito ensino-aprendizagem, tudo isso leva em consideração o histórico do estudante e as variáveis pessoais, curriculares e organizacionais. 

Em busca de uma inclusão para os alunos com deficiência auditiva, o núcleo fornece o AEE – Atendimento Educacional Especializado, com acompanhamento de intérpretes diretamente aos alunos em sala de aula. Como vimos até aqui, durante toda sua trajetória dentro do sistema de educação, os surdos sempre sofreram um abandono, a Una então cumpre seu papel como instituição de ensino ao inserir esse público, disponibilizando o profissional tradutor intérprete nas aulas, palestras, vídeos institucionais e em qualquer outro espaço que o aluno demandar dentro da instituição, como biblioteca, coordenação de cursos e áreas de atendimento ao aluno.

Além disso, a Una oferece a disciplina de LIBRAS em cursos de licenciatura e de forma optativa nos cursos de bacharelado e tecnólogos, e o NAPI oferta cursos de extensão de LIBRAS para colaboradores, estudantes e comunidade em geral.

Welder Rodrigo, é líder do Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Inclusão e acredita muito no compromisso que o lugar promove. “O NAPI já proporcionou a inúmeros alunos a alcançar seus projetos de vida, o grande sonho de uma graduação ou uma nova profissão, por meio dos acolhimentos, oficinas e os atendimentos educacionais especializados a estudantes com ou não deficiência”, diz ele. 

Fora o núcleo, o NAPI possui um projeto mensal chamado “NAPI Olhares Múltiplos” que tem como objetivo discutir, em forma de seminário, assuntos tanto relacionados à UNA como presentes na sociedade. Normalmente esses eventos são amplamente divulgados dentro da universidade e abertos à comunidade. Nos últimos dois seminários foram discutidos os temas “O protagonismo do estudante Autista, Down e Surdo no ensino superior” e “Discriminação Racial”, ambos com bastante engajamento.

Recentemente o núcleo também passou a oferecer oficinas com o objetivo de aprimorar os conhecimentos dos alunos. Essas oficinas são discussões abertas sobre métodos de estudos, como gerenciar o tempo, oratória e estilos de aprendizagem, é uma troca de conhecimentos e técnicas entre os próprios alunos e o NAPI. 

Os atendimentos do NAPI são realizados com hora marcada individualmente ou em grupos. Durante a  pandemia, porém, esses encontros presenciais foram suspensos, o recurso das aulas online fez com que o núcleo precisasse se adaptar e desenvolver novos métodos de atendimentos para que mesmo de longe pudessem oferecer uma assistência de qualidade. Durante as aulas, os acompanhamentos continuam, mesmo que através de mensagens para a compreensão do aluno. Os demais auxílios, como organização de cronograma, é marcado um horário na semana para uma conversa e fazer o acompanhamento psicopedagógico. O núcleo entra em contato com alguns desses alunos após algum tempo de ajuda para acompanhar como foi para eles essa experiência.

O NAPI oferece ao estudante da Una um espaço de escuta e acolhimento, ele ajuda a promover a elevação da autoestima, da autoconfiança e maturidade do aluno, necessárias ao seu desenvolvimento acadêmico, buscando despertar o potencial motivacional, criativo e cooperativo dos mesmos.

Os intérpretes 

 

maria Evaristo – interprete de libras

Marina Evaristo dos Santos, 30 anos, é intérprete no NAPI – Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Inclusão, em entrevista ao Jornal Contramão compartilhou um pouco de sua experiência e vivência na área. 

  • Qual o papel de um intérprete na educação dos surdos?

O papel do intérprete na educação dos estudantes surdos é mediar a informação entre o professor e o aluno. Auxiliar na tradução dos textos na língua portuguesa para LIBRAS. A primeira língua dos surdos é a língua de sinais e a segunda língua é o português em sua modalidade escrita.

  •  Quais as principais dificuldades da inclusão de pessoas surdas nas universidades? 

 – A ausência de materiais adaptados para os estudantes surdos,

 – Escrita acadêmica ( a primeira língua do sujeito surdo é a Libras e o português em sua modalidade escrita como segunda língua. O letramento acadêmico que envolve os gêneros secundários (trabalhos de conclusão de curso, relatórios, provas, livros didáticos) são mais difíceis para os surdos por não possuir uma adaptação em Libras,pensando o intérprete como tecnologia assistiva.

 – Normalmente os TILS ( Tradutor/intérprete de Língua de Sinais) não são formados na área em que o estudante surdo estuda.

  • Qual o maior desafio para a educação de surdos?

 O maior desafio na educação dos estudantes surdos é a inclusão linguística dentro da sala de aula, na maioria das vezes os estudante surdo necessita do intérprete para ser incluído. É preciso que as instituições de ensino promovam cursos de Libras para os funcionários ouvintes, para que os estudantes surdos sejam incluídos linguísticamente.

  •  Qual a importância que você como intérprete enxerga na educação de surdos?

O profissional intérprete de Libras é importante para a inclusão linguística dos estudantes surdos, ele é o mediador entre o estudante surdo, os professores e também os colegas de sala.  

  • Quais medidas você acha que poderiam ser tomadas para uma maior inclusão dos surdos no meio acadêmico?

– Poderiam ampliar a acessibilidade em Libras dos materiais didáticos

– Promover cursos de Libras para o público interno e externo da faculdade

– Aulas com recursos visuais para facilitar a compreensão dos conteúdos

  • Sobre o NAPI – Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Inclusão, qual a importância de um núcleo como esse em uma faculdade para o público com deficiência auditiva?

O NAPI é muito importante na inclusão dos estudantes surdos, porque  o NAPI oferece o intérprete de Libras para estudantes surdos que são usuários da língua de sinais e também o intérprete repetidor para estudantes surdos que são usuários da leitura labial.O NAPI oferece cursos de Libras para alunos, professores e os demais funcionários, promovendo assim a inclusão linguística para estudantes e funcionários surdos.     

Nesse dia tão importante de reconhecimento pelos surdos que ao longo da história correram atrás de reconhecimento e aceitação pelo direito de ensinar e aprender, é relevante ressaltar que muitos surdos ainda não têm acesso à educação, muitos até pelo medo do desconhecido. Muitos pais deixam de levar seus filhos com deficiência auditiva à escola, por se sentirem inseguros sobre a inserção dos seus filhos nelas, e muitas vezes até porque essas escolas não oferecem a estrutura adequada para os receberem. 

São muitos anos de luta que ainda não acabaram, é necessário mudança e é indispensável que seja para agora, a inclusão educacional de pessoas com surdez pede pressa, pois essas pessoas não podem mais esperar. Educação para todos, e para agora.

 

*Edição: Daniela Reis