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Bianca Morais

Dia 25 de abril irá completar 53 anos do mais mais desastroso acidente nuclear do mundo. Em 1986, o reator 4 da Usina V.I Lenin, conhecida como Usina Nuclear de Chernobyl, explodiu e difundiu material radioativo na atmosfera. A tragédia matou muitas pessoas e contribuiu para apressar o fim da União Soviética.

Contexto histórico

Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética investiu intensamente em energia nuclear, em tempos de Guerra Fria, o governo sovietico acreditava que esse tipo de energia mostraria ao mundo uma União Soviética com ciência e tecnologia avançada. A Usina de Energia Vladimir Ilich Ulianov, popularmente chamada de Usina Nuclear de Chernobil, começou a ser construída em agosto de 1972 e comissionada no dia 26 de setembro de 1977.

A usina foi construída a 20 km a noroeste de Chernobyl, uma cidade foi criada para abrigar a Usina e seus funcionários. Nomeada Pripyat, a cidade foi fundada no dia 4 de fevereiro de 1970, e era habitada por aproximadamente 50 mil trabalhadores da usina e suas famílias, a infraestrutura do município era impecável, contava com escolas, hospital, parque, cinema, academia, entre outros. 

O acidente

No dia 25 de abril de 1968, um teste iria acontecer no quarto reator da central de Chernobyl. Os engenheiros responsáveis iriam testar se o reator funcionaria mesmo se a usina ficasse sem energia. Durante a avaliação, os operadores burlaram alguns protocolos de segurança sobrecarregando o reator, os técnicos tentaram desligá-lo completamente, porém invés disso acabam sobrecarregando-o, o que provocou uma série de explosões em seu interior e fez com que o núcleo ficasse exposto e lançasse material radioativo na atmosfera. 

Imediatamente bombeiros foram acionados para tentar apagar as chamas, porém como não trouxe resultado helicópteros passaram a despejar materiais, como areia, em uma tentativa de conter a contaminação. Duas pessoas morreram na explosão e diversos bombeiros e operários foram internados devido a exposição às partículas radioativas.

De início a União Soviética, negou o acidente nuclear, pois sua divulgação significava um grande risco político. Apenas no dia 28 de abril eles fizeram o anúncio oficial, nessa altura o vento já havia espalhado a radiação para o mundo. Foram identificados altos níveis de radiação em locais com Polonia, Austria, Suécia, Bielorrussia e até lugares mais distantes como Reino Unido, Estados Unidos e Canadá. A irresponsabilidade do governo sovietico foi enorme e acarretou consequências desastrosas. 

Um dos cenários que mais chama a atenção nesse desastre é que apesar da explosão e do iminente perigo, ninguém nas imediações foi evacuado nas primeiras 36 horas após a tragédia. Quando foi evacuada em 1200 ônibus enviados pelo governo, a população foi informada de que seria algo temporário, por isso, não levaram seus pertences. 

A União Soviética chegou a evacuar quase 335 mil habitantes e definiu uma zona de exclusão com um raio aproximado de 30 km do reator, mas a essa altura já era tarde demais e os problemas estavam apenas no começo

Na época, cerca de 800 mil pessoas participaram de uma comissão criada pelo governo sovietico para ajudar a conter a dispersão do material radioativo. Eram soldados, cientistas, bombeiros, mineiros, operários, enviados às pressas para a região, muitos deles não sabiam do risco que corriam ao trabalharem naquele local, porém o salário oferecido a eles, e até o patriotismo, os incentivaram a ficar. 

A explosão colocou aproximadamente 100 toneladas de material radioativo no teto da usina e era necessário conter sua dispersão, a construção de um sarcófago foi elaborada, porém a única forma possível de realizá-la era retirando os resíduos do telhado. No começo, robôs foram usados, porém em determinada parte do processo, chegou-se à conclusão de que os melhores robôs seriam os humanos, os chamados “biorobos”. Esses indivíduos vestiam roupas especiais e ficavam entre 40 e 60 segundos no telhado e utilizavam pás para retirar os destroços. No total passaram em torno de 5 mil trabalhadores por esse serviço e 90% dos escombros foram retirados por elas.

Depois da retirada dos entulhos, a estrutura conhecida como “sarcófago de Chernobyl” foi colocada sobre o telhado. Em novembro de 2016 uma nova estrutura foi construída, custou mais de dois bilhões de euros e é capaz de suportar terremotos de baixa intensidade e promete funcionar até o final do século XXI.

Consequências do acidente

Foram 30% de 190 toneladas métricas de urânio emitidas na atmosfera. Uma das mais importantes e relevantes consequências do acidente de Chernobyl, sem dúvidas, foi o aumento da quantidade de câncer na população ucraniana e no país vizinho, a Bielorrússia. 

A demora na evacuação da população e a mão de obra utilizada para conter a radiação, levou milhares delas à exposição. Mais de 600 mil pessoas trabalharam nos meses seguintes à explosão para ajudar na descontaminação da área. O Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica, informou que mais de 6 mil crianças e adolescentes desenvolveram câncer na tireoide após a exposição à radiação.

Os indivíduos expostos à radiação foram favorecidos com uma compensação do governo, muitos ganharam uma pensão, alguns foram aposentados por invalidez e outros receberam tratamento médico especial. Até hoje não se sabe ao certo a quantidade de mortos por em razão da tragédia, uma vez que, a exposição a radiação levou muitos a morte nos anos seguintes.

Além de abalar diversas vidas humanas, a tragédia de Chernobyl causou uma destruição imperdoável nas florestas e na fauna silvestre. Logo após o acidente, uma área próxima de dez quilômetros quadrados recebeu o nome de “Floresta Vermelha”, pois muitas das árvores ficaram marrom-avermelhadas e morreram após receber radiação. O país mais afetado por Chernobyl foi a Bielorrussia, que teve 23% de seu território contaminado e perdeu aproximadamente 264 mil hectares de terras cultiváveis. 

Para além dos danos humanos e ambientais, a União Soviética também sofreu enormes prejuízos econômicos. Calcula-se que o desastre custou cerca de 235 bilhões de dólares em danos e ainda estimulou o movimento global contra o uso da energia nuclear.

Julgamento

A tragédia de Chernobyl poderia ter sido evitada, o que aconteceu naquela madrugada do dia 26 de abril de 1986 foi uma falha humana, um problema técnico. Seis pessoas foram julgadas pelo acidente e três condenadas a dez anos de prisão, contudo, cumpriram cinco anos e foram anistiados. 

Chernobyl hoje

Anos depois, algumas árvores voltaram a crescer na região e com a ausência de humanos cientistas percebem uma vida selvagem crescendo. Muitos animais silvestres como linces e alces, também lobos e javalis, tomaram conta daquele lugar. Ao redor da área da central nuclear existem muitas fontes de água, como lagos, rios e nascentes. 

A região de Chernobyl, no entanto, deve permanecer inabitada pelos próximos 20 mil anos até que se torne novamente segura para habitação humana, o local hoje é uma cidade fantasma e recebe turismo. 

A tragédia de Chernobyl aconteceu há 53 anos atrás, mas sua repercussão será eterna.

Créditos: Freepik

Por Arthur Paccelli

A pandemia da covid-19 trouxe consigo uma das maiores mudanças comportamentais da história. A maior e mais eficaz recomendação das autoridades de saúde é ficar em casa, o que resultou em reviravolta na rotina de trabalho de milhões de pessoas ao redor do mundo. Basicamente, todo serviço possível passa a ser feito em casa.

Home office antes da pandeia, para muitos, era uma realidade distante. Muitos acreditavam ser impossível fazer o trabalho fora do escritório. Diante de um cenário cujo ato de sair de casa se transformou em sinônimo de correr riscos, não houve outra escapatória a não ser aderir.

Historicamente, o ambiente do lar é associado a um refúgio de tudo aquilo que nos desgasta e nos estressa no mundo externo. Ouvimos, desde sempre, que não se deve levar trabalho para casa. A “cultura” de desmembrar, radicalmente, a casa do trabalho gerou resistência e delonga na adaptação ao novo modelo.

Isto é, nosso subconsciente percebe a casa como ambiente de descanso. Logo, o foco no trabalho é afetado, não somente pela mudança do ambiente, claro, mas, também, devido ao clima de incertezas de uma pandemia. Não se pode negar que um local tranquilo propicia uma experiência de trabalho melhor.

Pessoas que moram sozinhas, geralmente, não veem problemas, e até preferem o home office. Por sua vez, aqueles que moram com a família, ou têm crianças em casa, por exemplo, encontram dificuldade de adaptação e preferem ir ao escritório. Isso se reflete na situação daqueles que não detêm espaço silencioso e calmo, separado do restante da casa, para trabalhar.

Inúmeros trabalhadores não têm sequer uma estrutura de mesa e cadeira adequadas para o exercício da função. Assim também ocorre no contexto de regiões de periferia, onde não há rede de internet de boa qualidade.

A jornada de trabalho, talvez, tenha sido a que mais sofreu alterações. Como não é mais considerado o tempo de deslocamento de casa à empresa, o trabalhador “ganhou” horas a mais. Em diversos casos, o expediente começa um pouco mais cedo, e só termina quando as demandas acabam, pois não há mais aquela pressa para ir embora.

Uma vez que o motivo de não sair de casa – nem para trabalhar – seja prevenir-se de uma doença, não há o que questionar. A verdade, contudo, é que trabalhar em casa, como tudo da vida, tem dois lados. Os prós e os contras do home office são bem correlatos: ainda que dispensar o uniforme, o dress code, e poupar o tempo do transporte possam ser agradáveis, não ter interação direta com os colegas, ou com o chefe, pode ser estressante, principalmente, em trabalhos de equipe (situação, aliás, da maioria).

Em tese, o modelo de trabalho em home office exige, acima de tudo, paciência, organização e foco. Não podemos romantizar as atuais circunstâncias, pois os desafios são diários. Em meio à atual crise socioeconômica global, é de grande valia ter um emprego. Voltaremos aos escritórios sabendo valorizar e apreciar o melhor dos dois mundos.

 

*Edição: Professor Mauricio Guilherme Silva Jr.

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Por Bianca Morais

Desde o ano passado, o mundo enfrenta dias muito difíceis com a pandemia do coronavírus. Isolamento social, desemprego, dificuldades financeiras, são apenas alguns dos vários problemas que atingem a população. O fechamento de espaços de convívio público como parques, praças e shoppings, com o objetivo de evitar aglomerações, que é uma das principais formas de contágio do vírus, tem afetado e muito a saúde mental das pessoas. 

O Centro Universitário Una, além de ser uma instituição de ensino, carrega também certas responsabilidades sociais como a de promover ações para a cidade onde se localiza o campus. Levando em conta esse momento que passamos e como uma forma de levar um pouco de alegria e diversão a população, a Una Itumbiara criou o Cine Drive. Um evento gratuito para os moradores da cidade e arredores, que promoveu não apenas divertimento, como saúde e bem-estar, nesse período tão complicado.

O Cine Drive aconteceu no dia 26 de agosto de 2020 e exibiu duas sessões de filmes, uma infantil com o Rei Leão, e outra adulta com Minha Mãe é Uma Peça 3. A ideia do evento partiu da liderança comercial da Una Itumbiara, Mariella Alves, junto com o coordenador e professor do curso de engenharias, Gesmar Junior, que desenharam a ação e levaram até a gerente do campus Erika Costa e juntos criaram estratégias para fazer o Cine Drive.  

Segundo a gerente da unidade, Erika Costa, a Una chegou a cidade de Itumbiara com o propósito de transformar a vida pela educação, mas também com propostas de ações para a comunidade. “Seja de entretenimento, voltada para a área da saúde, para a parte de agrárias, e outras áreas as quais tem curso na cidade, a gente está sempre promovendo ações que favoreçam nossa comunidade de alguma forma.”, diz ela. 

A instituição conseguiu movimentar a cidade de Itumbiara, a prefeitura local aceitou a parceria e concedeu o estacionamento onde foi feita a exibição dos filmes. O lugar foi todo demarcado com um propósito de distanciamento entre os veículos, ainda com o apoio da prefeitura, foi proibido ambulantes e vendas fora dos automóveis para evitar aglomeração fora dos veículos. 

Os ingressos foram adquiridos de forma online e retirados dias antes do evento, com horário marcado. Os patrocinadores do Cine Drive se uniram e criaram um kit cinema que continha um balde de pipoca e squeeze, para chegarem equipados ao evento, e o mais importante, sem precisar sair do carro. 

Os cidadãos de Itumbiara ficaram muito felizes com o evento que proporcionou uma experiência incrível, diversão e a quebra da rotina do isolamento. O Cine Drive, conseguiu reunir com todas as medidas de cuidado e segurança divulgadas pela OMS, 450 carros e cerca de 1500 pessoas em um único dia.

A prática do cine drive-in, muito famosa antigamente, principalmente na década de 70, e com a pandemia e a necessidade de distanciamento social retornou ao Brasil. Ao cinema muita gente já foi, agora a experiência de drive in para muitos ali presentes deu-se pela primeira vez. Dentro do carro o áudio dos filmes eram sintonizados pela rádio via FM, os espectadores viam o longa na tela gigante e vivenciava o som dentro do veículo, com certeza uma experiência única para quem esteve presente.

A iniciativa da faculdade Una cumpriu seu papel social como instituição de ensino e levou à comunidade uma oportunidade de lazer com segurança, em um período que muitos anseiam por isso de distrair a cabeça, bem-estar físico e mental. 

*Edição: Daniela Reis

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Por Bianca Morais 

O Lumiar, Festival Interamericano de Cinema Universitário, é uma atividade de extensão realizada pelos professores e alunos do curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário Una e recebe produções cinematográficas de todos os países da América. 

O evento começou em 2014, idealizado pela coordenação do curso e realizado pelos alunos. A primeira professora a produzir o Lumiar foi a Úrsula Rosele, que participou ativamente na curadoria de todas as sete edições do evento. 

O Lumiar sempre aconteceu de forma aberta ao público amante do cinema, no Cine Humberto Mauro (Palácio das Artes), sendo uma parceria do curso com o espaço. Em sua última edição, no entanto,  devido à pandemia do Covid-19, o evento aconteceu pela sua primeira vez de forma online. Apesar do festival ser produzido pela Una, ele não é focado apenas nos estudantes. Desde o seu início, em 2014, ele cresceu de maneira enriquecedora e hoje alcança o grande público.

O festival conta com uma premiação, sendo assim, estudantes de toda a América podem concorrer enviando seus filmes. O edital do evento, geralmente, permite o envio de um curta metragem com qualquer gênero, formato e temática, esses curtas são avaliados por uma comissão formada por professores e alunos que selecionam os finalistas que serão exibidos na mostra competitiva.

Antes da pandemia, quando o evento acontecia de forma presencial, os filmes finalistas eram analisados pelo Júri Oficial e pelo público presente que também recebia cédulas para votar, infelizmente com o formato online o voto popular acabou sendo extinguido. 

Além da mostra competitiva, o Lumiar também apresenta uma programação extensa que inclui palestras, oficinas, cursos, bate-papos, shows, entre outros. Conheça a seguir um pouco das edições anteriores do festival.

Lumiar 2014

Em sua primeira edição, o festival aconteceu entre os dias 3 a 8 de novembro e recebeu filmes de 6 países diferentes: Brasil, Cuba, Argentina, Colômbia, Uruguai e Estados Unidos.

Os filmes foram exibidos no Cine Humberto Mauro e a programação teve uma palestra sobre o Cinema Universitário brasileiro, ministrada pelo assessor internacional da Ancine, Eduardo Valente, debate sobre Os desafios do ensino de cinema e três oficinas.

 

Lumiar 2015

Na segunda edição, que aconteceu entre os dias 6 e 12 de novembro, o festival contou com um total de 148 inscrições de filmes universitários vindos de instituições da Argentina, Canadá, Colômbia, Equador e Estados Unidos. Do Brasil tiveram curtas de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Sergipe e do Distrito Federal. A programação mais uma vez incluiu palestras, debates e oficinas. 

 

Lumiar 2016

A terceira edição do evento abordou o tema “Mulheres no Cinema”. Organizado pelas professoras Mariana Mól e Ursula Rosele, o evento discutiu questões importantes como os espaços, as preocupações e as perspectivas das mulheres no cinema. Ao todo, 248 curtas-metragens foram inscritos para a Mostra Competitiva Interamericana e 37 selecionados para a final. 

 

Lumiar 2017

O quarto Lumiar teve início com todos os ingressos para a primeira sessão esgotados. O filme exibido foi “Esfera Máxima”, de Marcos Assunção, vencedor do 3°edital Lumiar de Apoio à produção de curta-metragem, promovido pelo curso de Cinema e Audiovisual da Una. Após a exibição teve um bate-papo com a equipe de direção do filme. Neste ano, o festival homenageou o produtor executivo João Vieira Jr.

 

Lumiar 2018

Em 2018, a quinta edição do Lumiar teve o tema “Verbo Político”. O assunto abriu uma discussão sobre as diversas formas de atuação política que envolvem nosso cotidiano e discutiu como o cinema e audiovisual tem respondido à conjuntura política dos últimos anos e quais serão as possibilidades de atuação e efetividade dessas ações. A programação envolvendo conversas, mostras, debates e sessões de filmes aconteceu no Cine Humberto Mauro e no Campus Liberdade, a festa de encerramento aconteceu no Zona Last.

 

Lumiar 2019

A sexta edição do festival apresentou a temática “Cinema e Teatro: Diálogos Contemporaneos”. A ideia foi refletir sobre as relações contemporâneas entre o cinema e o teatro, tanto do ponto das obras, quanto em relação aos processos criativos. Durante toda a semana do Lumiar, houve convergências entre cinema e teatro, tanto nas exibições de filmes, como nos debates e bate papos.

 

Lumiar 2020

A última edição do Lumiar aconteceu pela primeira vez de forma online por conta da pandemia. O tema foi “Estado de contingência” relacionado a esse momento de incertezas. A Mostra Competitiva contou com 23 curtas vindos do Brasil, México, Peru, Colômbia, Cuba e Argentina. A programação foi bem diversificada com debates, mesas de bate papo e lançamento de livro. 

A sétima edição do Lumiar teve também uma sessão de Filmes no Isolamento, que foram produzidos exclusivamente pelos alunos do curso de Cinema e Audiovisual da Una. Inicialmente o evento aconteceria no mês de maio de 2020, porém a programação foi interrompida por conta da pandemia. Todos os filmes que participaram da Mostra Competitiva eram de 2019 e 2020 e foram recebidos pelo Júri até fevereiro, por isso, eles não retratam a situação de isolamento.

Quando a produção do Lumiar voltou em agosto, sentiu-se a necessidade de falar desse momento em que vivemos. Um edital especial foi aberto para os alunos enviarem suas produções feitas nesse tempo. Foram selecionados seis filmes para a exibição.

Desde que começou em 2014, o Lumiar vem sendo um grande incentivo aos alunos de Cinema e Audiovisual, não apenas do Centro Universitário Una, como de toda a América, a colocar a mão na massa e produzir seus filmes. A Una sempre motivou seus estudantes a produzirem, a estrutura do Campus Liberdade, onde é ministrado o curso, disponibiliza para eles todo o equipamento necessário para a criação, eles ainda contam com o apoio da produtora Dígito Zero, do estúdio e dos professores sempre dispostos a ajudar. Não é para menos que atualmente o Lumiar é um festival de cinema conhecido muito além do Brasil, tudo isso é graças ao esforço e bom trabalho de toda equipe docente e discente que levaram seu nome e popularidade para fora do país.

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  Por Bianca Morais 

Hoje a série especial do sexagenário do Centro Universitário apresenta a Clínica Integrada de Atenção à Saúde, que é um projeto da instituição que oferece ao aluno a oportunidade de ampliar o aprendizado através de serviços importantes à comunidade, dando assistência estética, farmacêutica, nutricional e psicológica.Os estudantes dos cursos, sob orientação e acompanhamento dos professores, prestam em forma de estágio, atendimentos gratuitos para a população carente e aos alunos e colaboradores da Una e do Grupo Ânima. 

Projetos como esse são de suma importância para o aprendizado dos alunos, pois contribuem para a formação, além de oferecer gratuitamente serviços à comunidade local, exercendo prática na assistência aos indivíduos e em contato direto com o  mercado de trabalho. 

 Devido à pandemia, atualmente alguns desses atendimentos têm sido de modo remoto, e pela primeira vez, está recebendo pacientes de outros estados e países. Para a comunidade essa experiência tem sido uma oportunidade ímpar de manter os cuidados com a saúde e tratar de certas enfermidades sem precisar correr o risco de quebrar o isolamento social e se contaminar com o COVID-19. Para os acadêmicos, uma vantagem para a prática do atendimento ao paciente de forma individual e coletiva.

Atendimento Estético

A Clínica de Estética oferece atendimentos faciais, como limpeza de pele, revitalização, tratamentos específicos de manchas, acne e cicatrizes, rejuvenescimento e drenagem facial. Já a carta de atendimentos corporais, inclui: massagem modeladora e relaxante, drenagem linfática, tratamentos específicos para gordura localizada, celulite, flacidez e estria. Todos esses tratamentos são realizados mediante uma anamnese (entrevista ao paciente) e adequação de procedimentos para cada disfunção estética de forma individualizada em cada paciente.

Os atendimentos são oferecidos pelos alunos do curso de Estética, com alunos a partir do 2° período, a todos aqueles que queiram cuidar mais da sua saúde, realçar sua beleza e aumentar sua autoestima. Os tratamentos oferecidos tem um custo simbólico de R$10,00 por atendimento e em média, quando funcionando, são realizados 450 atendimentos a cada 50 pacientes ao longo de um semestre.

Com os atendimentos realizados na clínica de estética, o aluno entende como é feito a avaliação e o plano de tratamento para cada disfunção, podendo ser facial e/ou corporal, ele aprende a habilidade de trabalhar em equipe, a realizar a gestão do seu tempo e se capacitar para ser um profissional de excelência.

Durante a pandemia os atendimentos da área de estética foram suspensos, porém em breve, com segurança, irão retornar. 

Atendimento Farmácia

A Clínica Escola de Farmácia possui como base o cuidado farmacêutico centrado no paciente de forma humanizada, e apresenta-se como uma importante prática clínica, capaz de atender às necessidades do indivíduo com relação à terapia farmacológica e não farmacológica.

Alunos, a partir do sétimo período, já podem colocar em prática o que foi trabalhado em sala de aula. A clínica também abre vagas para alunos ouvintes, o que possibilita ao acadêmico experimentar a rotina desta área desde o primeiro período do curso.

Na clínica os alunos acompanham a preceptora em atendimentos reais a pacientes, discutindo conjuntamente quais as melhores condutas a serem tomadas. Entre os conteúdos abordados estão: a comunicação na condução de entrevistas e na interação com os demais profissionais de saúde; o desenvolvimento de empatia e atendimento humanizado, as estratégias para interpretação de dados clínicos, fundamentais para a tomada de decisão; intervenção e contribuição na prescrição médica para a obtenção de resultados clínicos positivos, melhorando a qualidade de vida dos pacientes; a prescrição farmacêutica e a construção de registros. Durante o estágio, o foco é buscar a utilização correta e segura dos medicamentos, sempre atentos aos aspectos éticos e legais pertinentes à prática. 

Durante a pandemia, os atendimentos funcionaram por teleatendimento por meio do Programa Núcleo de Atenção à Saúde do Idoso em conjunto com os acadêmicos do curso de medicina até 2020/2. Entretanto, no momento estão suspensos. 

Atendimento nutrição: 

Os acadêmicos de nutrição atuam no campo de Nutrição Social e Clínica, os futuros nutricionistas ganham vasta experiência prática na assistência e educação nutricional a indivíduos sadios ou enfermos. 

Na área da nutrição a Clínica oferece dois tipos de suporte:

  • Grupos operativos: acontecem uma vez por semana de 11h às 12h, com duração de 40 minutos. Os acadêmicos de Nutrição trazem uma informação a respeito do assunto do grupo e os presentes têm a oportunidade de tirar dúvidas, compartilhar experiências do tratamento e pegar orientações gerais.
  • Atendimentos individuais: acontecem quatro vezes por semana: Quarta e sexta-feira de 9h até 11h. Quarta e Quinta-feira de 19h30 às 21h30. Atendimentos individuais dos acadêmicos com supervisão posterior ao atendimento. Duração de cerca de 50 minutos cada consulta. O paciente recebe no prazo de uma semana o plano alimentar individualizado na consulta de retorno.

Para entrar como aluno ouvinte durante os grupos operativos, os estudantes podem se inscrever a partir do primeiro período, já para o estágio área 1 e clínico são aceitos a partir do sétimo. Todo o atendimento realizado pelos estagiários é regulamentado pelo CFN (Conselho Federal de Nutrição).

Atendimento Psicologia:

Em todos os cursos de psicologia é obrigatório que se tenha uma clínica onde os alunos possam exercitar a prática do atendimento. A partir da metade do curso, eles começam a ter essa experiência na Clínica Integrada de Atenção à Saúde. 

A clínica oferece atendimento gratuito em várias modalidades da psicologia e vai crescendo em complexidade de acordo com o período em que o aluno está. 

 

  • Estágio inicial: Nele o aluno acolhe a pessoa que chega, faz a primeira entrevista, consulta o professor, e juntos eles discutem o caso e depois o aluno retorna ao paciente para dar algumas diretrizes e indicações.

 

  • Estágio avaliação psicológica: Nesse caso, alunos entrem o 9° e 10° período fazem psicoterapia individual, pegam um paciente e ficam com ele por um tempo, aproximadamente um ano e fazem uma análise aprofundada do seu problema. Por exemplo, uma criança que chega com dificuldade escolar e é necessário entender o que está causando este problema, um fator cognitivo, um fator pedagógico, um fator familiar, entre outros.

A clínica de psicologia atende crianças, adolescentes, adultos e idosos. Eles contam com muitas parcerias com hospitais, ministério público e empresas. A demanda sempre foi alta, e principalmente nesse momento de pandemia onde a saúde mental está muito fragilizada, a clínica tem sido muito procurada, todos os alunos estão atendendo, uma média de 300 consultas por mês.

Além de oferecer muitos serviços gratuitos ou de baixo custo de excelente qualidade, quem precisa de ajuda encontra filas de espera bem menores do que as do SUS ou clínicas particulares. Com a iniciativa da Clínica, a Una pensa não somente na boa formação de seus alunos como também na sociedade, ressaltando sempre seu lema de Transformar o país pela educação. 

A Clínica ajuda os alunos a colocarem em prática os ensinamentos obtidos em sala de aula, entender como funciona a dinâmica dos atendimentos e desenvolver habilidades essenciais do profissional do futuro, como por exemplo, saber negociar e tomar decisões, saber resolver problemas, ter inteligência emocional, ser criativo e o mais importante, saber liderar e gerir pessoas.

Para atendimentos em período de isolamento social entre em contato via WhatsApp nos números abaixo:

Nutrição: 9 9535-8711
Psicologia: 9 7137-1050

Os atendimentos das demais áreas estão condicionados ao retorno a presencialiadade.

 

*A matéria contou com a participação dos preceptores e coordenador das clínicas

Leticia Luiza, preceptora estética

Cintia Gomes, preceptora farmácia

Júnea Pires, preceptora nutrição

Alexandre Campos, coordenador da clínica de psicologia

 

Edição: Daniela Reis 

 

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Por Bianca Morais 

O dia do beijo é comemorado hoje, 13 de abril. O beijo é um gesto mundialmente conhecido como forma de demonstrar afeto a alguém que amamos. Tem beijo no rosto, na testa, na mão, na boca! Beijo entre casados e namorados, entre parentes e amigos. 

Em meio a maior pandemia mundial vivida nos últimos tempos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou claro que beijos não são aconselháveis. Mas, engana quem pensa que apenas nesse momento de covid-19 que podemos ser contaminados pelo beijo. Pelo contrário,  um beijo é capaz de transmitir várias doenças.

Uma curiosidade que vale a pena ser contada nesse dia, é que em 1439, o rei Henrique VI proibiu o beijo para evitar proliferação de bactérias. E não é para menos, em um beijo são transmitidas cerca de 250 mil delas, através boca e da saliva, sendo a maioria infecções por vírus, bactérias e fungos.

Confira algumas delas:

Mononucleose: A mais conhecida das doenças, que inclusive recebeu o nome de “doença do beijo”, é transmitida por um vírus, através da saliva. Ela apresenta sintomas como fadiga, febre, irritação na pele e glândulas inchadas. O tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos, repouso e muito líquido. 

Herpes: Infecção direta através do beijo, causa pequenas lesões com líquidos, feridas ou bolhas na região dos lábios, que podem causar coceiras e ardor. Alguns medicamentos podem acelerar a cicatrização e diminuir sua recorrência.

Candidíase: Também conhecida como sapinho, é transmitida por um fungo. Provoca o aparecimento de lesões brancas na língua e bochecha. O uso de anti fúngico é usado no tratamento e o consumo de iogurte sem açúcar ajuda a restaurar a flora natural de bactérias da boca inibindo a proliferação.

Sífilis: É uma doença sexualmente transmissível, de origem bacteriana, que também pode ser transmitida pelo beijo através de um machucado na boca. Inicialmente é uma ferida incolor que pode evoluir para uma doença crônica que se dissemina por todo corpo. O tratamento é feito através de antibiótico, a penicilina injetável.

Gripe e resfriado: Causada pelo vírus do tipo Influenza, alguns dos sintomas são febre alta, dores no corpo, cabeça, garganta, tosse, espirro e congestão nasal. O tratamento consiste no uso de analgésicos e antitérmicos, além de repouso e hidratação. 

Catapora: Infecção viral e muito contagiosa. Os principais sintomas são o surgimento de pequenas bolhas na pele que se espalham pelo corpo e se tornam feridas, também ocasiona fadiga, febre e mal estar. A vacina para a catapora está disponível nos postos de saúde e o tratamento pode ser feito limpando as feridas e remédios para dor e febre. 

Caxumba: Transmitida por um vírus, a doença afeta as glândulas salivares e pode causar febre, dor de cabeça e no corpo, e inchaço na região da mandíbula. O tratamento é feito com medicamentos para a dor e por meio de vacinação. 

Para ocorrer de fato a transmissão dessas doenças, deve existir uma carga infectante em uma pessoa e uma baixa imunidade na outra. Não existe beijo 100% seguro, porém é possível evitar certas chateações tomando alguns cuidados. E atente-se: quem beija muitas bocas diferentes ainda está mais aberto a contraí-las! 

É sempre importante ressaltar que uma boa higiene bucal e visitas periódicas ao dentista podem evitar essas situações, uma vez que a porta de entradas para essas enfermidades são principalmente inflamações na boca. Uma boa alimentação também é significativa para fortalecer o sistema imunológico.

Apesar de muitos malefícios, está na hora de registrar que o beijo, do mesmo modo, traz muitos benefícios. Ele ajuda a liberar o hormônio ocitocina, responsável por combater sintomas de estresse, ansiedade e angústia. Ainda por cima libera a endorfina, que diminui a tristeza, melhora o bom humor e aumenta a autoestima.

Em tempos de pandemia a orientação é sem beijos, a não ser naquela pessoa que está em isolamento social junto com você. Agora se isso de fato não for possível, não deixe de demonstrar seu carinho mesmo que virtual para aquela pessoa querida, em tempos difíceis é essencial nos acolhermos. 

 

*Edição: Daniela Reis