Cultura

A Praça da Savassi recebe, neste final de semana, os festejos para reinauguração. Vários palcos foram espalhados pela Savassi para a apresentação de artistas da música mineira se apresentam durante todo o final de semana. Além dos shows estão programados, intervenções circenses e outras atividades culturais.

“Hoje terá duas bandas, uma às 18hs e outra às 20hs, paralelamente,o quarteirão da Pernambuco tem uma feira de flores e uma feira de livros para troca. No quarteirão da Melissa,terá oficina para crianças: oficina de Jardinagem, espaço de leitura, piscina de bolinhas, cama elástica. Hoje e amanhã, as apresentações de circo”, informa uma das produtoras do evento, Barbara Galuco.

Enquanto as bandas passavam o som para os shows, de hoje à noite, os palhaços animavam o público com sua irreverência. “É bem bacana. Uma iniciativa interessante, uma forma de valorizar a região. Nada mais interessante do que devolver a praça para a população com música e arte”, declara Randolpho Land vocalista da banda Ultrasoul que toca no evento.

Banda Ultrasoul

Os shows, que são realizados pela Belotur em parceira com a Nó de Rosa produções, começam nesta sexta feira e a ideia é seguir com o evento até o dia 12 de junho, quando se comemora o dia dos namorados.

Escola de Circo Spasso

Por Raquel Ribas e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

Começa hoje a 12º edição festival Conexão Vivo. O evento, que privilegia a música independente de todo o país, traz a Belo Horizonte 51 atrações que irão animar as noites da capital até o dia 27 de maio.

A abertura do evento será no Grande Teatro do Palácio das Artes, com shows de Lise + Barulhista (MG) e Gabi Amarantos (PA), que irá lançar seu primeiro CD intitulado Treme. Outros nomes da música independente como Bnegão e os Seletores de Frequência (RJ), o rapper Crioulo (SP), Thiago Petih (SP) e Tulipa Ruiz (SP) se juntam a nomes já consagrados como Toninho Horta (MG) e Marku Ribas (MG) no line up do evento.

Os shows serão realizados no Palácio das Artes, Parque Municipal (com venda de ingresso) e Praça do Papa. Os organizadores esperam um público de 40.000 pessoas durante os dias de programação.

Programação completa e outras informações: clique aqui.

por João Vitor Fernandes

Foto: Divulgação do Festival

O psicólogo e escritor, João W. Nery, 62, lançou na Casa UNA de Cultura o livro Viagem solitária, uma autobiografia que narra os preconceitos e problemas enfrentado pelo primeiro transhomem do Brasil. O lançamento reuniu aproximadamente 60 pessoas, na noite de ontem, e foi seguido de um debate, cujo tema foi “Diversidades”. “Meu livro é uma autobiografia, é todo em primeira pessoa. Eu sou considerado o primeiro transhomem. Eu gosto dessa palavra, transhomem”, informa João Nery.

O termo transhomem, quando uma mulher se torna homem, ainda, hoje, é pouco conhecido no país. “Eu sempre me senti um menino”, esclarece o autor que se submeteu ao procedimento cirúrgico em 1977, aos 27 anos, em plena ditadura militar no Brasil. “Eu nasci na década de 50 e não se falava na palavra transexualismo. Ninguém no Brasil sabia o que era isso, só no exterior”, informa.

Bate Papo com João Nery

De acordo com Nery, mestre em psicologia, todo o processo de reconhecimento do sujeito ocorre por meio do reconhecimento do outro. “Eu acredito que a partir dos 3 anos mais ou menos, quando a gente começa a pronunciar o pronome “eu” é que a gente começa a se tornar uma pessoa, a se diferenciar do outro. E a partir do outro que a gente se reconhece. A gente sabe que é moreno porque tem o loiro, a gente sabe que é magro porque tem o gordo”, explica João Nery.

João W. Nery está em Belo Horizonte para divulgar o livro e participar do 7º Encontro de Travestis e Transexuais da Região Sudeste e 1º Encontro Nacional da Rede Trans Educ, na UFMG. Militante da causa LGBT, Nery se diz defensor das minorias. “Eu também sou muito feminista. Eu luto contra qualquer tipo de discriminação. Eu sou pelas minorias”, enfatiza.

Bate papo com João Nery

Confira o video:

Por: Raquel Ribas e João Vitor Fernandes

Foto: João Vitor Fernandes

Os estudantes da Maison Escola de Arte montaram uma exposição para homenagear a artista plástica mexicana, Frida Kahlo, considerada um dos maiores ícones da pintura contemporânea. A exposição conta com 22 obras inspiradas na vida e obra da artista que, apesar de todas as dificuldades, mostrava em sua arte cores vivas e otimismo pela vida.

“As obras da Frida continuam causando impacto por serem viscerais. Ela retratou suas angústias e problemas como ninguém”, explica o curador da mostra Matheus Gontijo.

A exposição está no restaurante Casa dos Contos até o dia 04 de junho com entrada franca. Todas as obras foram feitas para a exposição e encontram-se a venda.

 

Homenagem a Frida Kahlo
Homenagem a Frida Kahlo

A Artista

Frida Kahlo nasceu no México no ano de 1907, porém gostava de dizer que era filha da revolução que aconteceu no país em 1910. A artista teve a vida marcada por várias tragédias pessoas, como uma poliomielite aos seis anos e um grave acidente de bonde que a deixou acamada por muito tempo

Durante a convalescença, Frida Kahlo começou a pintar e, em 1944, após ser obrigada a usar um colete de aço, ela lança o quadro “A coluna quebrada”, inspirado em suas próprias dificuldades.

“Estou só, sentada à borda de um precipício – com o colete nas mãos. Estou em uma ambulância – com cara de paisagem – uma parte da espátula descoberta, onde se vê a cicatriz das facadas que me ‘meteram’ os cirurgiões”, comentaria ela a um amigo, se referindo ao quadro (Mol-Tagge Arte e Cultura).

Frida Kahlo sempre se retratou por achar que o melhor assunto que conhecia era ela mesma. “Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”.

A artista mexicana morreu, em 1954, vítima de uma embolia pulmonar.

Homenagem a Frida Kahlo
Homenagem a Frida Kahlo

por João Vitor Fernandes

Foto: Hebert Zschaber

O diretor da websérie ApocalipZe, Guto Aeraphe, que teve uma primeira experiência em webséries quando dirigiu Heróis, revela que sempre quis trabalhar com ficção cientifica. “É algo que me fascina”. Se pegarmos ficções cientificas antigas, percebemos que muito daquilo que não se imaginava, que era considerada viagem do autor, hoje já é realidade. “Eu fico vendo o seriado Star Trek, as pessoas se comunicando com vídeo, com os comunicadores e tudo mais, e hoje a gente tem toda essa tecnologia que está ai”, destaca o cineasta.

Segundo Aeraphe‏, Heróis foi baseado em fatos reais, narra a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, e  ApocalipZe em fatores possíveis. “Várias coisas que a gente colocou no ApocalipZe, podem acontecer. Para mim foi fascinante, foi uma realização de um sonho de criança trabalhar com isso”, conta.

A websérie tem como premissa um ataque terrorista desconhecido, que deixa poucos sobreviventes. E esta ideia é muito presente nos dias de hoje, tanto na mídia como na cabeça das pessoas. O fim do mundo “marcado para dezembro de 2012” é um assunto polêmico, que vem ganhando proporção e novas teorias. “É engraçado, se for pensar bem nisso, desde que a humanidade começou a registrar nossas histórias, seja das formas mais rudimentares até as mais famosas (bíblicas), que na cultura existe esta ideia de fim do mundo, da catástrofe, isso chama atenção e de certa forma une as pessoas”, declara GutoAeraphe‏.

Feedback

De acordo com o cineasta, além de receber constantes comentários do “público comum”, ele ainda é procurado por  pessoas com vontade de realizar projetos como esse e que acabam se espelhando neles. “Eu recebi nestes últimos dois dias, cinco ou seis propostas de webséries, completamente diferentes, são bacanas, até algumas com grande potencial, outras nem tanto, mas as pessoas estão com vontade de fazer, estão com vontade de experimentar”, conta Aeraphe.

Ainda de acordo com Aeraphe, a maior dificuldade enfrentada foi fazer uma série com um total de quase 50 minutos com uma verba que era destinada a 15. “Mas, talvez trabalhar com os efeitos tenha sido um grande desafio, porque é muito diferente, tanto para equipe técnica como para os atores, lidar com objetos que não estão em cena e que vão ser inseridos depois, interagir com isso é muito complicado”, relata.

Por: Bárbara de Andrade

Ilustração: Diego Gurgel (4° período – Publicidade e Propaganda)

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O cineasta que já teve uma experiência anterior com webséries quando lançou Hérois, há quase um ano, explica que há um entrave muito grande para a “popularização” de produtos como esse, que é a distribuição. “Quando a gente faz um filme, a gente tem que pensar, ‘onde vou passar este filme’. Ao menos no meu conceito o filme só existe quando há um telespectador. Eu não posso fazer um filme para ficar guardado no armário ou estocado em algum lugar. Então, preciso fazer com que este produto chegue em algum lugar”, destaca o diretor.

 Ainda segundo o Guto Aeraphe, a Internet é um meio extremamente eficaz para ajudar a contornar esse problema e isto está mais que provado. “A gente tem hoje, algo em torno de 16 milhões de internautas conectados em banda larga, então são pessoas que tem conexão que dá possibilidade de assistir vídeos e se tiver um pouco mais de paciência, vídeos em alta definição”,

O cineasta acredita que a tendência é que este tempo fique cada vez maior até atingir os padrões da TV, que são 40, 50 minutos por episódio. “Por que isso? Primeiro a tecnologia: cada vez a banda está ficando mais larga. A gente tem cada vez mais tecnologia, mais acesso a esta tecnologia, as pessoas estão substituindo seus telefones por smartphones”. “Hoje, para se ter uma ideia, o mercado de smart tvs, que são as TVs conectadas a Internet, já representam 20% de todas as TVs vendidas no país, e elas vão ficam cada vez mais inteligentes”, diz .

Por: Bárbara de Andrade

Ilustração: Diego Gurgel (4° período – Publicidade e Propaganda)