Desvendando BH
Lugares pouco conhecidos da capital mineira

Toda quinta é dia de feira na Savassi. Durante o dia, barracas de frutas, comidas típicas, queijos, doces e biscoitos tomam conta da Rua Tomé de Souza, entre as ruas Pernambuco e Avenida Cristóvão Colombo, como o Contramão já conferiu (veja aqui a matéria).

O que muita gente não sabe é que, depois das 18hs, quando as pessoas saem do trabalho, a feira se torna um grande ponto de encontro de amigos. São os amigos de feira.

Demétrio Araújo, Renato S. e Omar Vieira, 72, se encontram há quatro anos para um happy hour depois do trabalho. Eles escolheram a feira pelos mesmos motivos “por causa dos amigos, o bom atendimento que recebemos na barraca que sempre freqüentamos e pela comida.” explica Araújo, que mora bem longe, mas faz questão de encontrar os amigos toda quinta na feirinha. Eles são fregueses da barraca de churrasquinhos e bebidas de Sandro Santos, que trabalha na feira há mais de 10 anos.

Em frente à barraca de Sandro, fica a de bebidas de Agda Maria Lourenço, que trabalha há 10 anos na feira. Ela conta que a partir das 16hs já tem clientes, mas que a noite fica difícil andar na rua por causa da grande movimentação. “Este cliente aqui, freqüenta minha barraquinha desde quando eu abri” conta Lourenço cumprimentando um freguês que acabara de chegar.

Edney Alves freqüenta com os amigos a barraca de Agda desde 2000. “Você convive a muitos anos no mesmo lugar e acaba conhecendo as pessoas. Somos uma turma que se encontra a 10 anos no mesmo lugar. Não é do trabalho nem da rua, somos amigos de feira” relata Alves.

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Por Daniella Lages

Fotos João Marcelo Siqueira

Começa hoje a mostra individual de esculturas da artista plástica Lu Abreu. A exposição será no Hotel Mercure, na Avenida do Contorno 7315, esquina com Fernandes Tourinho. A artista expõe a série “Ferro e Fendas” com esculturas feitas a partir de ferro e madeira. “Como sempre fazemos exposições de telas, esta será a primeira grande exposição de esculturas do Mercure”, relata Raquel A. gerente do Hotel.

Mineira de Montes Claros, Abreu já mostrou sua arte em exposições coletivas internacionais em diversos países da Europa e individualmente em Firenze, na Itália. Ela também trabalha com pintura de ambientes e diante de materiais como aço inox, cobre, ferro oxidado, madeira e tecidos, explora diferentes formas no estilo moderno e contemporâneo.

Serão 14 esculturas de grande formato, utilizando técnicas de arte comprometidas com o meio ambiente. A exposição vai até o dia 12 de agosto e a entrada é franca.

foto-2Por Daniella Lages

Fotos Divulgação

Cada cidade tem um marco que atrai turistas, olhares e clicks de câmeras fotográficas. No momento, os Ipês são a atenção da vez na Praça da Liberdade, colorindo e embelezando os arredores da região.

Mas “Como é que o ipê sabe a época que vai florir?”. É a pergunta da dona de casa Lilian Lima que ama os Ipês e todos os anos vai a Praça fotografá- los. Muitas pessoas acham estranho o Ipê florir fora da primavera e o jardineiro Aristeu Antônio Mariota, 50, diz que a época de florescência dos Ipês varia de acordo com cada espécie. “O Ipê Amarelo floresce entre julho e agosto e permanece em flor durante um mês. Já o Rosa, floresce no período de inverno, entre 25 de maio e 30 de julho e permanece em flor por dois meses.” explica o jardineiro, que está nessa profissão há 14 anos.

Para florescer, os Ipês perdem todas as folhas, ficando apenas os galhos. Só então as flores começam a aparecer. “Todo mundo chama o Ipê de Roxo, mas se você olhar bem, vai ver que é rosa”, diz Mariota. Maria Du Carmo Santos, 60, trabalha na região da praça. Maravilhada, diz que tudo fica mais bonito com os Ipês: “Toda vez que o Ipê flora eu venho ver”, conta sorrindo.

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Texto: Danielle Pinheiro e Débora Gomes

Imagens e edição: Marcus Ramos

Os freqüentadores da Praça da Liberdade já podem acompanhar a revitalização de dois importantes ícones da Praça: a “Fonte das Três Graças” e a “Moça mirando espelho d’água”. As duas são esculpidas em mármore carrara e a maior delas, a Fonte das Três Graças, comporta duas imagens femininas de mãos dadas, duas sereias logo abaixo e duas cabeças de carneiro na extremidade.

Com o passar do tempo, as fontes foram acumulando muita sujeira e o trabalho de limpeza e conservação é minucioso. No caso da “Moça mirando espelho d’água”, ainda será feito um trabalho de reintegração de elementos, uma vez que um dos braços da escultura se soltou há algum tempo.

O restauro terá duração de 90 dias e será feito ao ar livre. Serão utilizadas telas no lugar de alguns tapumes, para que a população possa assistir o trabalho.

Por Daniella Lages

O maior festival de diversidade cultural de Minas começa amanhã na Praça da Liberdade. Cerca de 38 tendas estão sendo montada nos arredores da Praça. Ao lado do coreto a maior delas “Espaço AR”, com 10×20 metros. Durante todo o evento acontecerá: shows workshops, palestras, discussões científicas, aplicações de massagens e outras técnicas para o seu bem estar e conexão com o planeta.

Para o professor e médico oriental Ulisses Martins Filho, o evento é muito importante, toda a população poderá participar,. Acontecerão diálogos científicos sobre a vida, o meio ambiente, de como envelhecer bem tendo hábitos de vida saudáveis. “Todos nós temos que envelhecer, mas, envelhecer com saúde e não com doença”, explica o professor que, ainda defende a ideia de que devemos repensar nosso estilo de vida perante o mundo e ao planeta.

A abertura do evento está programada para amanhã às 19h, o evento se estenderá até domingo, dia 27, de 7h às 20h. O evento conta com shows de Marcos Viana e os integrantes do Sagrado Coração da Terra, Udiyana Banda e outros. O festival é uma realização do Instituto Ayurveda e a entrada é gratuita.

Para mais informações acesse: https://festivalandandodebemcomavida.blogspot.com/

Por: Daniella Lages

Uma combinação a princípio bem incomum revela a que ponto pode chegar a criatividade das pessoas em época de copa do mundo e principalmente a dos empreendedores e proprietários de estabelecimentos comerciais. Percebe-se isso nas decorações utilizadas para integrar a torcida pela seleção brasileira no campeonato. Além daqueles que se aventuram pelos sinais vendendo os mais diversos adereços de torcida, as mais impossíveis combinações aparecem nesse momento, despertando a curiosidade, por exemplo, de quem passa pela Avenida Cristovão Colombo, na região da Savassi.

Entre os livros e seus renomados autores, uma livraria e cafeteria que, na ocasião, é também loja de enfeites da copa do mundo, reservaram um espaço para as bandeirolas, vuvuzelas, apitos, camisas, pandeiros, pulseiras, bonés, chapelões, bichos de pelúcia, guarda-chuvas, bolas, perucas, fantasias, sprays coloridos, entre outras variedades surpreendentes, todas em verde-amarelo-azul, para todos os gostos e olhares.

Na fachada da Livraria que antes se lia: Literatura, café e arte, agora se vê: Status na copa. Os autores dos livros que disputam o espaço com os adereços nas estantes – e alguns que nem brasileiros são – parecem observá-los, contrastando a visão do leitor que já não tem certeza, diante de tanta variedade de “fantasias”, do fim que dará ao seu dinheiro naquele momento: se lê ou torce.

O Livreiro Roberto Alcântara, 45, que trabalha no local, disse que a idéia de reservar um “cantinho” para os adereços foi do proprietário da loja que “é um empreendedor nato e reconhece a chance da ganhar dinheiro nessa época em que as pessoas se entusiasmam com sua seleção de futebol” explica Alcântara. Diz ainda que: “uma pessoa foi contratada exclusivamente para as vendas dos adereços”.dsc_0462dsc_0468

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Por: Danielle Pinheiro