Meio Ambiente

Com a chegada do verão e das férias, os parques, clubes e praias são os lugares mais visitados por todos. Mas, além de diversão, a estação mais quente do ano requer vários cuidados, pois, com elas vêm às conhecidas doenças de verão, entre as mais frequentes estão: a desidratação, doenças de pele, insolação, hepatite A, dengue e intoxicação alimentar.

Essas doenças podem ser evitadas com cuidados básicos como: Tomar pelo menos dois litros de água por dia, ingerir alimentos leves como frutas e verduras, evitar alimentos gordurosos, usar protetor solar com fator de proteção mínima de 30 inclusive no dia a dia e evitar exposição ao sol ente 10h e 16h.

Desidratação:

Ocorre quando o corpo perde mais líquido do que ingere. Os principais sintomas são: sonolência ou cansaço, diminuição na produção de urina, boca seca, pele seca, dor de cabeça, prisão de ventre e tonturas ou vertigens.  A desidratação pode ser prevenida com a ingestão de líquidos em doses extras em caso de eventos que ocorra uma maior perda de energia, deve-se evitar a exposição ao sol  por longos períodos, e nos dias de calor intenso evitar essa exposição.

Doenças de pele:

Uma das doenças mais comuns de pele nesse período são as micoses. Isso ocorre devido ao contato maior com água, através do suor ou ida a praias e piscinas. Como a pele fica úmida por muito mais tempo a doença aparece e é causada por fungos. Micoses podem aparecer na virilha, nos pés e nas unhas. Os sintomas são pequenas lesões vermelhas, escamação contínua da pela e coceira.

Insolação:

A insolação é provocada pelo excesso de exposição ao sol, e resulta em um aumento de temperatura do organismo acima dos limites fisiológicos. Os principais sintomas são: temperatura corporal excessivamente alta (acima de 39,5°C), pele vermelha, quente e seca, pulsação acelerada, falta de ar, vertigem, vômito e desidratação. A Insolação deve ser prevenida com a diminuição de exposição aos raios solares, principalmente entre 10h e 16h, evitando a prática de atividades físicas no sol e ingerir bastante líquido.

Hepatite A:

É causada pelo vírus da hepatite A, a transmissão ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados por material fecal. Os sintomas são: fadiga, náusea e vômitos, dor e desconforto abdominal, perda de apetite, febre alta, urina escura e amarelamento da pele e olhos. O método mais eficaz de prevenção da hepatite A é através da vacina, outras medidas devem ser tomadas como o cuidado com frutas que possam ter sido lavadas com água contaminada, evitar o consumo de carnes e peixes e não comprar frutas vendidas nas ruas.

Dengue:

É transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Os sintomas são: febre alta, dor de cabeça, dor nos olhos, perda de apetite e paladar, manchas na pele, náuseas e vômitos, tontura, cansaço, dor no corpo e dor abdominal. Em casos mais graves a doença pode avançar  para a dengue hemorrágica ocorrendo risco de morte da pessoa infectada. A melhor forma de prevenção é evitar água parada, colocando areia em vasos de planta, desinfetante nos ralos, limpando calhas e mantendo a caixa d’agua tampada.

Intoxicação alimentar:

É causada pela ingestão de alimentos que contém organismos como bactérias, parasitas e vírus, encontrados quase sempre em carne crua, peixe e ovos, e podem espalhar por outros tipos de alimentos. Os sintomas são: náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e febre. Para prevenir a doença é aconselhável lavar as mãos e utensílios e as superfícies de alimentos várias vezes, manter alimentos crus separados de alimentos prontos para o consumo, cozinhar os alimentos em uma temperatura segura e em caso de dúvidas jogar os alimentos fora.

                                                                                                                       Texto e foto: Felipe Chagas

Sentar na Praça da Liberdade "pra ver o movimento”.

Para homenagear a capital mineira pelos 117 anos, a equipe do Contramão tirou algumas fotos que falam da cidade – que vai muito além dos cartões postais:

Texto e Fotos por Camila Lopes Cordeiro

Belo Horizonte comemora na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, o feriado municipal da Imaculada Conceição, padroeira da capital. A abertura dos estabelecimentos comerciais da cidade será facultada, e o comércio poderá funcionar normalmente. Conforme publicação no site da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

Mercado:
De acordo com negociação Coletiva de Trabalho de 2014, assinada entre o Sindilojas-BH e as lojas de rua e shoppings, a abertura é uma opção para os logistas.

Funcionários que trabalharem no dia terão direito a hora-extra, folga e outros benefícios.
Segundo a Associação Mineira de Supermercados (AMIS), os supermercados da cidade irão funcionar normalmente. A abertura das lojas está prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Transporte: O transporte coletivo funcionará no quadro de horários de domingos e feriados.

Coleta de lixo: A limpeza urbana funcionará normalmente entre amanhã (sábado) e segunda-feira.

Lazer: O Mirante do Mangabeiras (Rua Pedro José Pardo, 1.000, Mangabeiras) funciona normalmente das 10h às 22h.

O Parque Municipal Américo Renné Giannetti (avenida Afonso Pena, 1.377, Centro), abre na segunda de 6h às 18hrs.

Texto: Victor Barboza

As bicicletas estão conquistando as ruas de Belo Horizonte. Apesar da pouca infra estrutura para garantir a segurança das pessoas que optam por pedalar, a bicicleta tem sido a alternativa escolhida por uma quantidade cada vez maior de belohorizontinos ao congestionamento das vias por automóveis.

Indícios desse sucesso são projetos de bicicletas compartilháveis como o Bike BH. Depois de apenas 6 meses de funcionamento, o sistema comemora com a criação de mais 10 estações na região central. Implantado e operado pela empresa Serttel, com apoio do Banco Itaú e da Prefeitura Municipal, o Bike BH vai inaugurar estações em frente à Praça da Savassi, do Fórum, Praça da Assembleia, Rua Marília de Dirceu, Rua Tomáz Gonzaga, Av. Francisco Sales, Praça Floriano Peixoto, Praça Boa Viagem, Conexão Aeroporto e Rua Bárbara Heliodora.

Pedro Henrique Rodrigues, estudante de 21 anos, mora em Contagem e trabalha na Savassi. Ele conta como a bicicleta mudou sua rotina: “faz um mês que eu me registrei para usar as bicicletas compartilhadas. Eu chego de metrô na Praça da Estação, pego uma bicicleta e subo pedalando. Deixo ela na estação que fica na frente do meu serviço. Eu gasto 13 minutos e não tem trânsito e é mais barato que ônibus!”

Mesmo com a implantação do MOVE, investimentos em transporte público ainda não supre a demanda da cidade. E apesar do número de carros zero vendidos ter diminuído desde 2013, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, ANFAVEA, as vias continuam entupidas pois não suportam o fluxo de veículos.

Engarrafamentos quilométricos e transporte público ineficiente são fatores que contribuem para o fortalecimento das bicicletas como opção de mobilidade na cidade – apesar do pouco investimento por parte do município em infra estrutura e segurança para os ciclistas.

Texto e Foto por Camila Lopes Cordeiro

Neste último sábado, o Jornal Contramão entrevistou o canadense Ryan Hreljac, 23, fundador da ONG Ryan’s Well Foundation. Aos seis anos de idade, o garoto descobriu na escola a dificuldade que pessoas do continente africano tinham para conseguir água. Indignado com a situação, mesmo ainda sendo uma criança, resolveu tomar uma atitude para ajudar a vida daquelas pessoas.

Com a ajuda de uma professora, Ryan descobriu que a quantia necessária para perfurar um poço de água era de 70 dólares canadenses. Juntou o dinheiro que a mãe lhe pagou pelas tarefas de casa e foi até a WaterCan, ONG canadense responsável por perfurar poços no continente africano. Lá descobriu que para conseguir o seu objetivo seria necessário muito mais do que já tinha conseguido, cerca de 2000 dólares canadenses. Com a ajuda dos irmãos e amigos conseguiu arrecadar parte da quantia que precisava 700 dólares canadenses, e a Water se prontificou a juntar a outra parte.

Em 1999, o poço foi perfurado nas proximidades de uma escola primária, localizada no norte da Uganda. Já em 2001 foi criada a ONG que leva o nome do canadense (Ryan’ s Well Foundation), que já beneficiou mais de 800 mil pessoas. Atualmente Ryan viaja pelo mundo para arrecadar fundos e apoio para a instituição, além de conscientizar as pessoas sobre o uso da água subterrânea. E nessa semana o destino do canadense foi a capital mineira, onde está participando do XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas e conversou conosco sobre a iniciativa da infância, a ONG e a situação das águas em BH.

Contramão: O que te motivou a iniciar um projeto como esse?  

Ryan Hreljac: Bem, era um projeto simples que começou na escola. Fiquei sabendo que algumas pessoas não tinham água limpa e pensei que aquilo não era justo, pois eu tinha água potável na fonte da minha escola e outros meninos nem podiam ir para a escola porque não tinham água. Envolveu muito aprendizado e trabalho duro, mas chegou num ponto que consegui dinheiro suficiente para construir um poço. Depois disso a minha comunidade abraçou a ideia e mais tarde consegui fundar uma organização, que hoje tem mais de 800 poços diferentes, em 16 países pelo mundo, fornecendo água potável para cerca de 800.000 pessoas. Então, começou como algo pequeno e se tornou grande, graças a ajuda das pessoas no mundo todo.

Contramão: Quais foram as dificuldades enfrentadas ao longo do projeto?

R.H.: Foi difícil manter o projeto a todo vapor, porque quando tudo começou, eu tinha 6 anos e não tinha noção da dimensão do problema. Estava lidando com pessoas que não tem água e isso é uma questão complicada, mas ao mesmo tempo era de solução simples em alguns lugares como áreas portuárias, África, Canadá e algumas outras áreas, além de construir, era um trabalho de manter os poços limpos e a população informada sobre a sustentabilidade. Quando você tem os recursos para fazer isso, eu acho que o seu projeto tem grande impacto, ajudando crianças a irem a escola, pessoas a irem ao trabalho, como agricultores, por exemplo… ajudando a comunidade a crescer.

Contramão: Sabendo que você passou por vários países, algo mudou no propósito inicial da ONG?

R.H.: Meu primeiro objetivo era fornecer água potável para todo mundo, mas eu tinha 6 anos quando tive essa ideia e eu pensava que um poço seria capaz de fornecer água para o mundo inteiro, então eu não estava muito ciente, mas ao mesmo tempo, essa minha inocência ajudou a manter a ideia solida e o projeto acabou crescendo e se tornou algo muito bom.

Contramão: Como você fez para alimentar essa vontade de ajudar um povo que estava tão longe do Canadá?

R.H.: Bom quando eu tinha 6 anos, eu não tinha nada de especial, eu apenas tive essa ideia e sabia que ia precisava de dinheiro para executa-la. Meu professor ficou muito confuso porque eu não era o “aluno destacado” na sala, era um aluno normal que estava apenas… lá. Então eu acho que surpreendi os meus colegas quando eu comecei a campanha para angariação de fundos e comecei a fazer discursos noutras escolas próximas da minha. Eu apenas ia ate lá, com o sapato de cadarço solto e, sobretudo eu não era muito bem em discursos públicos, mas eu estava dando o meu melhor para conseguir algo. E eu penso que com isso, as pessoas pensaram “Bom, acho que esse rapaz pode fazer alguma coisa” e isso cresceu comigo. Essa é basicamente a história da Ryan’s Wells.

Contramão: A sua organização já beneficiou mais de 700 mil pessoas nos locais que visitou, número superior a população da Groenlândia e da Islândia, por exemplo. Como é saber que se, aos seis anos, não tivesse dado inicio a Ryan’s Well muita dessas pessoas poderiam não estar mais vivas?

R.H.: É mesmo? Eu não sabia que moravam pessoas nesses lugares…[risos]. Bom, eu acho que tudo acontece por algum motivo e primeiramente eu tive o privilegio de ter um professor que introduziu esse projeto e eu tive muito apoio nesse percurso, mas a maioria dessas coisas poderia acontecer de qualquer jeito.

Contramão: Em que momento, no seu projeto, você viu a necessidade de expandir a área que trabalhavam? Partir para outros países e intensificar o número de poços que faziam?

R.H.: Bom, quando eu tinha 7 anos, me falaram que um poço não seria suficiente para abastecer todo o mundo, então eu pensei que dois seriam suficientes. Depois disso eu apenas dei continuidade. Durante o processo de perfuração dos poços, nós vimos que era preciso construir mais poços, então chegou num ponto que ficou mais complexo. A gente trabalhava em 5 países, no momento e em cada um deles, a gente tentava fazer o melhor que podíamos, mas essencialmente eu estava tentando passar uma mensagem simples, que as pessoas e crianças poderiam ter água limpa, porque é importante, então a gente tentou focar nisso.

Contramão: O Brasil está passando por um período de estiagem enorme, algumas cidades já estão sem o fornecimento de água e estão em estado de calamidade pública. No que você aprendeu, viveu e conheceu, quais são os pontos que você levanta para um uso consciente e correto da água, não só no Brasil e na África, mas no mundo todo?

R.H.: Bom, eu acho que o mais importante relacionado ao problema da água, que não está acontecendo só no Brasil, mas na situação do problema em si, eu não acho que o mundo se deu conta da importância da água e acho que a coisa mais importante a fazer é lidar com esse problema politicamente, fazendo perguntas importantes aos políticos e conservar a água, você mesmo. Você pode descobrir muito rápido o quão importante a água é e fazer essas coisas antes da situação chegar nesse ponto. Então é uma questão a cuidados a ter com à água, garantir que as pessoas tomem decisões corretas e implementar regras e cuidados com os as reservas de água existentes.

Claro que é uma questão que envolve o mundo todo e não só o Brasil, mas especialmente em países em que você tem democracia, que você tem condições de falar e promover algo assim.

Contramão: Percebendo que as pessoas tem dificuldade em se conscientizar quanto ao uso da água, como você acredita que estará a situação da água no mundo daqui a cerca de dez anos?

R.H.: [Risos] Eu acho que é um processo lento. A mentalidade das pessoas não muda do dia para noite, mas eu acho que isso vai fazer parte das preocupações diárias de todo mundo, muito em breve, pois haverá regiões precisando de água, se não levarmos esse assunto a sério. Se as pessoas continuarem gastando mais água do que deveriam e não cuidarem dela, se tornará rapidamente. Então, daqui a 10 anos, acho que será quase uma obrigação cuidar da água.

Contramão: Além de perfurar poços para adquirir agua, a Fundação tem em mente criar outros projetos para prestar assistência a esses países? Quais outras necessidades básicas para a vida deveriam fazer parte de ONGs como a sua?

R.H.: Nós fazemos projetos envolvendo a água, abrimos poços, fazemos projetos sanitários em escolas, lavagem de estações e tanques conservatórios. Diferentes projetos envolvendo água e também projetos educacionais em escolas e fazemos o possível para incorporar essa questão da água nos mundo acadêmico e curricular. Nós temos um programa em nosso site, que auxilia os professores, como por exemplo, se um educador dá aulas de matemática ou ciências sociais, através desse programa, ele saberá como incorporar a questão da água durante as suas aulas. Então abrange também a parte educacional.

Existem muitos problemas nesse mundo, acho que nem preciso falar de todos eles [risos]. Até mesmo localmente, nacionalmente, internacionalmente, enfim… Não interessa onde você mora, tem sempre algo errado acontecendo. A questão da água me comoveu e cativou quando eu era criança, então eu resolvi me focar nele e tenho trabalhado como voluntário há 16 anos porque eu realmente me apaixonei por essa iniciativa. Eu acho que a coisa mais importante é que, quando você se sente apaixonado por alguma coisa, e não precisa ser necessariamente água, pode ser no meio ambiente, na sua comunidade, pode ser internacional, quando você faz algo pequeno é sempre bom, pois você nunca sabe o quão grande aquilo pode se tornar.

Contramão: No Brasil, não sei se em outros países também, as pessoas tem o hábito de lavar calçadas com água potável. Depois de ter conhecido locais onde as pessoas passam sede por não ter uma fonte de água, qual sentimento dá ao ver casos assim?

R.H.: Bem, é algo que eu diria que não é bom, mas a realidade é que o mundo todo usa a água de maneira irracional. No Canada, nós usamos água potável para varias tarefas e o mesmo acontece em outros países pelo mundo a fora. Acho que é uma questão de tempo até todos estarem cientes e acordarem para a realidade… E eu espero que todos acordem!

Contramão: Na sua opinião, qual a posição o governo do país deveria tomar numa situação como a que o Brasil tem vivido?

R.H.: Em nossos projetos, nós trabalhamos em várias regiões diferentes onde “o governo” são apenas pessoas que moram lá. É trabalhoso tentar envolver eles nessas questões, é realmente um processo complicado tentar explicar e convencê-los em relação a prioridades a ter com o problema da água, pois as pessoas se esquecem rapidamente, mas no final das contas é algo que realmente importa e faz falta para qualquer comunidade

Contramão : Algo mais que queria comentar?

R.H.: Para as pessoas interessadas em conhecer o projeto podem acessar o nosso site https://www.ryanswell.ca/ e enfim, nós estamos tentando arrecadar o máximo possível para continuar expandindo os nossos projetos.

Entrevista: Yuran Khan
Texto: Ítalo Lopes, Umberto Nunes
Foto: Umberto Nunes

Contextualizando com o atual cenário da cidade de Belo Horizonte, começou no dia 11 de outubro a exposição  “Venha conhecer o fundo do poço – De onde vem a água que você bebe”, na Praça da Liberdade. Além da exposição, será realizado o XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, que conta com a participação do canadense Ryan Hreljac, fundador da ONG Ryan’s Well Foundation.

A exposição da praça mostra para os visitantes como funciona o ciclo hidrológico, além de curiosidades sobre o consumo de água para produção de alguns materiais, como cerca de 200 litros para fabricação de 1 jeans. Junto ao ponto de exposição está também o Cleanit-LC, um equipamento de purificação de água de poços artesianos, que procura tirar da água o cromo hexavalente, um agente cancerígeno que pode estar na água desses poços.

O engenheiro mecânico e expositor Anthony Gladek, 52, falou sobre o produto e explicou que o período de estiagem que algumas cidades vem passando tem pouco a ver com os lençóis freáticos e mais com o modo como nós usamos á agua. O modo impensado como a população usa e o crescimento populacional são fatores agravantes, mas ainda há mais elementos causadores da atual situação. Segundo ele, a cidade cresce e ninguém faz nada. “Se a agricultura continuar a pensar só em produtividade a agua vai acabar”, afirmou Gladek.

Como funciona o Cleanit-LC?

A água provinda dos poços artesianos, em alguns casos, pode estar contaminada com cromo hexavalente, sendo essa a forma mais oxidada que existe do elemento. O equipamento funciona como um filtro inicial que remove esse agente cancerígeno. O processo, de forma mais simplificada, funciona passando a água por um tubo com ferro não-valente.

Quando o ferro é adicionado à água e então misturado, atrai o cromo. Ao entrarem em contato, o cromo adere à superfície do ferro e os dois elementos viram uma substância maior que não consegue passar pelo filtro. Assim, quando a água sai do tubo, estará livre do cromo. O ferro não-valente também é uma substância de superfície porosa. Assim, ao se misturar a água com o ferro, as outras substâncias que entram em contato também aderem a sua superfície graças aos poros. Então, no resultado final, a água estará mais limpa. Entretanto, isso não isenta o produto final da necessidade de passar por todo o processo de filtração do saneamento básico.

Dos eventos

A exposição “Venha Conhecer o Fundo do Poço – De Onde Vem a Água Que Você Bebe?” ficará na Praça da Liberdade, região centro-sul de BH, até dia 19. O 18º Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas terá incio nessa terça-feira,

14, indo até essa sexta-feira, 17. O canadense Ryan Hreljac, fundador da Ryan’s Well Fundation, estará no congresso dando palestra sobre o uso da água e em uma coletiva de impressa na quarta-feira, 15, com tradutor simultâneo para auxiliar na comunicação com o jovem.

Texto: Ítalo Lopes e Umberto Nunes

Fotos: Umberto Nunes