Contando e encantando.

Contando e encantando.

Vivemos a era digital, tudo está na rede mundial de computadores. Contudo práticas milenares como contar histórias, continuam vivas e encantando crianças, jovens e adultos. A Biblioteca Publica e a Editora Miguilim promovem durante 10 dias narrações de histórias com Beatriz Myrrha. O evento é realizado em virtude do aniversário de 30 anos da editora, que desde sua fundação trabalha com literatura infanto-juvenil.

Contadora de histórias a 21 anos, Beatriz fala de sua prática e da importância das histórias, para quem escuta e para quem conta. “Tem um dito africano que fala: O contador deve ter uma voz tão boa que todos possam ouvi-lo, uma postura tão ereta que todos possam vê-lo e uma história tão boa que todos possam amá-lo. Acho que é bem mais que isso,  são precisos principalmente entrega e amor pela história e pelo outro. É como se fosse uma troca de presentes”, declara a contadora.

A contadora revela a arte contida, por trás de quem conta as e interpreta as histórias. “Narrar histórias é uma arte e a arte pressupõe a surpresa o inusitado. Aquilo que tira o tapete debaixo do pé do outro, você tem que fazer aquilo que vai deixar o outro boquiaberto”. afirma Beatriz.

As histórias são também uma forma de falar de grandes autores para todas as idades. Beatriz nos conta que em uma de suas apresentações, se deparou com uma situação inusitada. Ela preparou um poema de Drummond para crianças entre 7 e 9 anos, mas, ao chegar no lugar onde se apresentaria, viu crianças de 2 anos sentadas aguardando. Ela mudou a voz, pediu acompanhamento da trilha sonora e encantou as crianças citando um poema de Drummond.

 A narração das histórias por Beatriz Myrrha ocorre na Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães até o dia 24 sempre às 14:00hs. Com visita guiada destinada aos alunos de escolas da região metropolitana de Belo Horizonte.

 Texto Ana Carolina Nazareno e Hemerson Morais

Foto Hemerson Morais

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