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COMÉRCIO

O Centro de Comerciantes e Lojistas de BH (CDLBH) divulgou em seu site oficial o calendário de funcionamento do comércio durante o feriadão mais esperado do ano. Atente-se!

Neste sábado e domingo o comércio funcionará normalmente, porém na segunda-feira, 3, em acordo já previsto na Convenção Coletiva do Comércio 2013/2014 – Cláusula 43ª, as lojas estarão fechadas, assim como na terça, 4, não haverá expediente conforme com a Lei nº. 5.913. Já na quarta-feira, último dia de festividade, o comércio retorna ao seu funcionamento normal, após o meio dia.

Os Sacolões Abastecer irão abrir no sábado, das 7h às 19h, e no domingo, das 7h às 13h. Na segunda e na terça, os sacolões Serra Verde e Santa Terezinha estarão fechados e os demais têm funcionamento facultativo.

TRANSPORTE

As linhas de transporte coletivo gerenciadas pela BHTrans circulam normalmente no final de semana. Na segunda-feira, 3, os ônibus circularam com quadro de horário atípico, na terça, 4, os motoristas trabalham com o quadro de horários de domingos e feriados. E na quarta-feira, 5, os ônibus voltam a utilizar o quadro de horário atípico, com grande parte das linhas voltando a circular normalmente após ao meio dia.

LAZER

O Parque Municipal Américo Renné Giannetti (Avenida Afonso Pena, 1.377, Centro) abre no sábado, domingo e na terça, das 6h às 18h. Os demais parques funcionam, nos mesmos dias, das 8h às 18h. Na segunda e na quarta-feira eles não abrirão.

O Mirante do Mangabeiras (Rua Pedro José Pardo, 1.000, Mangabeiras) funciona normalmente de sábado a quarta-feira, das 10h às 22h.

COLETA DE LIXO

No sábado, dia 1, as coletas acontecerão normalmente. No domingo, dia 2, há plantões de varrição nas áreas central e hospitalar e na Savassi. Entre segunda e quarta os serviços de limpeza urbana serão realizados normalmente.

– O plantão da Defesa Civil funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive aos domingos e feriados. Os telefones são o: 199 e o 3277-8864.

Texto por: Juliana Costa

Foto: João Alves

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Começa agora ás 16h, mais uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de BH e Região (STTR-BH) com a categoria para decidir se os trabalhadores acatarão a proposta ou não. Caso seja recusada, a greve prosseguirá a partir das 0h desta quinta-feira, 27, até que uma nova proposta seja apresentada.

Proposta

O TRT propôs na noite de ontem, terça-feira, 25, um reajuste salarial de 7,26%, com uma jornada de 7h20, incluindo uma hora de intervalo que pode ser fracionada, além da retirada de cláusula contratual que diz que rodoviários punidos por algo perdem a participação nos lucros.

A decisão tomada pela juíza Wilmeia da Costa Benevides, não fere o direito da greve, uma vez que isso só acontece a partir do momento que é decretada a ilegalidade, afirma o assessor de imprensa do STTR, Luciano Gonçalves. “Houve um consenso para que ninguém seja prejudicado, principalmente os trabalhadores e os usuários do transporte coletivo”, finaliza.

Texto Juliana Costa e Luna Pontone

Nesta terça-feira, 25, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de BH e Região (STTR-BH) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) realizam uma reunião conciliatória mediada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A reunião teve início às 16h30 e é provável que se estenda até às 21h. Segundo o assessor de imprensa do STTR, Luciano Gonçalves, há expectativa de que o Setra apresente alguma proposta para solucionar os impasses. Se isso acontecer, a categoria irá realizar uma assembléia na quinta-feira, 27, para analisar a proposta. A greve foi anunciada na última quinta-feira, 20, e teve início na segunda-feira, 24.

Uma liminar expedida pela Justiça do Trabalho, em favor do Setra, garante que 70% da frota deve circular nos horários de pico e 50% deve rodar nos períodos de entre-pico, sendo que o não cumprimento da norma acarretaria uma multa no valor de R$ 50 mil por dia. Segundo Gonçalves o STTR não pretende cumprir a liminar, considerando-a inconstitucional. Ele assegura que o objetivo do sindicato é manter apenas 30% da frota ativa, como é exigido na lei das greves.

O número limitado de ônibus circulando na capital e região metropolitana tem gerado transtorno e medo para os usuários do transporte público. Eles temem que a greve provoque o aumento na tarifa do transporte público. Além disso, há o receio de conseguir ônibus de manhã – para ir ao trabalho ou escola – e o mesmo não voltar à tarde ou noite. O temor faz sentido, conforme declara Luciano Gonçalves: “é impossível estabelecer horários fixos, não dá pra dizer com certeza que, se você pegou ônibus às sete da manhã, que ele vai passar às sete da noite. O que vai determinar isso é a adesão dos trabalhadores à greve”.

Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 21,5%, redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, ticket de alimentação no valor de R$ 15,00, piso salarial 30% maior que o dos motoristas de transporte convencional para condutores do BRT/Move, além de exigir o fim da cobrança de multas administrativas, consideradas desonrosas. “Qualquer erro que o operador cometa é punido com multa. Enquanto outros profissionais recebem advertencias, os operadores do transporte coletivo são multados, alguns chegam a pagar R$ 500,00 em multas administrativas.”, protesta Gonçalves.

Tarifa Zero sinaliza que as tarifas podem ser reduzidas

Hoje, 25, o Tarifa Zero BH publicou uma nota sobre a primeira reunião do Conselho de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte, realizada ontem, 24. A nota reclama a falta de participação popular, o atraso na entrega dos resultados da auditoria e anuncia que as empresas de ônibus não estão no vermelho, lê-se: “As empresas de ônibus não estão no vermelho. Ao contrário do que noticia uma parte da mídia, nada do que foi apresentado pode levar à conclusão de que as empresas estão tendo prejuízo. Se em 2012, houve um prejuízo de 25 milhões, durante o período analisado, de 2008 a 2012, houve um lucro líquido acumulado de cerca de 55 milhões de reais.”.

Na tarde da última quinta-feira, 20, uma manifestação convocada pelo Tarifa Zero voltava a pedir a redução no valor das tarifas do transporte coletivo. Percorrendo um trajeto entre a Praça Sete e o BH Shopping, onde o grupo realizou uma performance pulando uma catraca em chamas. Durante todo o trajeto os manifestantes cantavam marchinhas de carnaval e outros gritos protestando contra o valor da tarifa do transporte público. A estratégia conquistava os passantes, que, por vezes, entravam no ritmo e arriscavam alguns passos. Em um panfleto, distribuído entre os presentes, o Tarifa Zero BH explica a razão do protesto, sinalizando que o valor da tarifa pode ser reduzido em R$ 0,05, já que as empresas de ônibus estão dispensadas do pagamento do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO), conforme decreto do prefeito Márcio Lacerda de 23 de janeiro. Isentas desta taxa, as empresas devem economizar até R$ 22 milhões, para o Tarifa Zero BH este montante poderia ser convertido no desconto no valor da tarifa.

Texto por Alex Bessas

Foto por João Alves

Vídeo por Heberth Zschaber

Na tarde desta segunda-feira, 24, foi realizado uma reunião no Ministério Público do Trabalho de Belo Horizonte para uma negociação com Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH).

Desde a meia noite desta segunda-feira, 24, os rodoviários de Belo Horizonte e região metropolitana fazem paralisação por tempo indeterminado. A decisão anunciada na quinta-feira, 20, diz que 100% da frota não circulariam a partir das 00h da segunda-feira, 24. Porém uma liminar expedida no domingo, 23, determina que 70% da frota deve circular durante o horário de pico e 50% dela em horário de pouca movimentação. Caso a determinação não seja cumprida o sindicato será multado em 50 mil reais por dia.

Reajuste salarial e banheiro feminino

As principais reivindicações da categoria são: diminuição da jornada de trabalho para seis horas, reajuste salarial de 21,5%, vale-refeição no valor de R$15,00, instalação de banheiros femininos no ponto final e participação nos lucros. Segundo Ronaldo Batista, presidente do STTRBH é necessário à organização da categoria para que os direitos sejam conquistados, “Estamos tomando todas as providências legais para garantir o direito de greve a nossa categoria. Agora, temos que nos manter unidos e organizados para que possamos realizar um grande movimento em prol dos nossos direitos”. A última greve ocorreu em março de 2012 e durou quatro dias e com as mesmas reivindicações.

Por:  Gabriel Amorim e Juliana Costa

Foto: Felipe Bueno (arquivo)

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Há 40 anos, artistas e produtores de Teatro do Rio de Janeiro criaram a “Campanha das Kombis”, que tinha o objetivo atrair mais público para as salas de teatro da cidade, uma vez que nos meses de dezembro e janeiro, a redução do público era grande. Organizadores da campanha abaixaram os preços das peças que ocorriam nos teatros e os ingressos eram vendidos em kombis espalhadas pela cidade. O sucesso foi tão grande que a ideia chegou a Minas Gerais e São Paulo, repercutindo logo depois, para os estados da Bahia, Paraná e outros espaços culturais do país. Na época, o projeto era patrocinado pelo Governo Federal, que foi se afastando e reduzindo sua participação. No Governo Collor, o governo saiu definitivamente da campanha.

Em Minas Gerais, desde 1983, a campanha é patrocinada pela SINPARC/MG (Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais) e sofreu algumas modificações. O nome foi a primeira mudança, passando para Campanha de Popularização do Teatro, uma vez que os ingressos são vendidos nos postos de vendas fixos. Posteriormente, a época do ano em que a campanha acontece também mudou e agora é de janeiro a março. Em 1999, a dança também foi integrada no projeto que hoje é realizado em mais cidades de Minas Gerais, além da capital, a campanha se estende em cidades como Araxá, Ipatinga e Juiz de Fora.

No decorrer dos últimos 15 anos, a campanha já alcançou mais de 4,5 milhões de espectadores e conta com o apoio das empresas: Globo Minas, Vallourec, Usiminas, Magnesita, Gurpo Contax e Copasa.

40 anos

Segundo o presidente do SINPARC, Rômulo Duque, a 40ª edição da campanha traz novidades. “Este ano acontece o lançamento da Mostra Caminhos das Artes, que tem como objetivo promover e deixar visível aos moradores de Nova Lima, os espaços de arte, riqueza e diversidade artística da região Noroeste enquanto patrimônio e polo cultural.”

Para este lançamento, diversos grupos nacionais importantes como Primeiro Ato, Quik, Armatrux e Atrás do Pano se reuniram para apresentar espetáculos de teatro adulto, infantil e dança. Além das peças, a Galeria Lemos de Sá fará parte da programação, com obras de Amílcar de Castro e de renomados artistas que fazem parte do acervo da galeria.

Para que os belo-horizontinos possam participar da programação, ônibus sairão do Palácio das Artes e fará um roteiro pelos espaços de acordo com o horário dos espetáculos.

Mais Informações no site: https://www.sinparc.com.br/40campanha/index.php 
Texto por: Luna Pontone

Foto: Divulgação

Desde de 1978 Marcelo Amâncio dos Santos é projecionista em casas de cinemas da capital mineira. Hoje, é o responsável pelas projeções do Cine Belas Artes, localizado na rua Gonçalves Dias, próximo ao Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Conhecido pela exibição de filmes que raramente entram em cartaz em outras casas de cinema, Amâncio dos Santos considera o público do Belas Artes como mais maduro.

Desde adolescente Marcelo Amâncio já se interessava por sombras e projeções. Descoberto por seu vizinho, que na época era técnico do Cine Brasil, se viu lançar nesta profissão aos 18 anos. O profissional considera ter aptidão nata para a tarefa, precisando de apenas dois meses de curso, na época oferecidos pelo Cine Akaiaka, para se estabelecer como um dos mais respeitados operadores de cinema de BH.

Questionado sobre a modernização das salas de cinema e a experiência do espectador em ir ao mesmo, Marcelo Amâncio é enfático, lamentando que em algumas salas as películas venham sendo substituídas por projetores digitais: “o espectador está perdendo sim, porque o cinema é feito com 35”. É uma película tipo fotograma, cinema é o projetor, e tudo digital não é projetor. As pessoas perguntam qual a diferença do 35” para o digital: a cor no 35” é de um vermelho forte e bonito, diferente do digital, que é uma cor braquicela (sic). Isso para mim não tem graça nenhuma”, reclama.

Com tanto tempo dentro de um cinema, o operador tem gosto bem polido, tendo predileção para musicais como Embalos de Sábado a Noite e Greace: Nos Tempos da Brilhantina, ambos com destaque para a performance de John Travolta. Os filmes marcaram tanto que Marcelo Amâncio puxa na memória: “projetei eles no Cine Metrópolis, hoje fechado”. Com quase três décadas de carrreira, rememora sua história mais marcante enquanto projecionista: a sala estava cheia e o filme já havia começado quando o motor da máquina que roda a película queimou, deixando o profissional com poucas chances para continuar a projeção: “eu só sei que troquei o prato todinho e rodei o filme todo na mão. Mais de 40 minutos. Isso ficou na minha cabeça”, se orgulha deixando ver um sorriso satisfeito.

Foto por João Alves

Texto por Alex Bessas e João Alves