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A diversidade é um dos pontos mais sensíveis na história da humanidade. A aceitação do outro sempre gerou muita polêmica. Por diversas vezes, alguns seres humanos sempre se acharam no direito de se sobrepor a uma minoria e o meio mais utilizado sempre foi a força física. Na madrugada de sexta para sábado, houve mais uma prova dessa intolerância. Dois amigos foram atacados na região da Savassi, por estarem se abraçando em despedida, após terem assistido ao show da banda Kid Abelha.
A reportagem do Contramão procurou a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) para falar sobre o monitoramento e incidência desses crimes.

A assessoria da comunicação da secretaria de estado informou em nota que não há no Código Penal a definição de “crime de ódio” nem registro em boletim policial do ódio como causa para crimes.Em relação aos procedimentos de quem é agredida, a pessoa deve procurar a Polícia Militar para registrar o boletim de ocorrência. Em caso de dúvida sobre a efetividade da denúncia, a pessoa pode procurar o serviço de Ouvidoria de Polícia no telefone 0800-283-9191 (Disque-Ouvidoria). Para outras informações consulte o site

A  polícia busca uma atuação sem definição de padrões estéticos, mas sim de conduta. “Nossa atuação é indistinta a qualquer discriminação. Nós não atuamos focados em skinheads ou em qualquer pessoa que tenha o tipo físico parecido com pessoas desses grupos. Nós atuamos com relação à desordem”, afirma o Tenente Coronel da Polícia Militar Alberto Luis.

Skinhead
O movimento Skinhead se iniciou por volta de 1969, e ao contrário do que muitos pensam não tem nenhuma origem racista. Iniciado na Inglaterra com jovens trabalhadores ingleses e jamaicanos que se reuniam para ouvir música negra norte americana e jamaicana (ska) era um movimento totalmente apolítico com uma característica cultural bem definida.

Existem dissidências no movimento, que ao longo dos anos veio tendo a formação de novos subgrupos, segundo algumas pessoas pertencentes ao movimento, o verdadeiro skinhead é uma pessoa como outra qualquer e não possui em sua essência preconceito contra qualquer tipo de pessoa.

 

Por: Hemerson Morais e Paloma Sena

Foto: Divulgação

A mostra TODOXS DIVERSXS irá abrir as suas exibições com o filme Tomboy, que conta a história de Laure, uma garota de dez anos que vive com os pais e a irmã caçula. Ela gosta de usar cabelos curtos e vestir  roupas masculinas. Um dia Laure foi confundida com um garoto e a partir daí começou a se apresentar como Mickaël, sem que seus pais soubessem.

O filme retrata bem como surge o interesse ainda na infância por pessoas do mesmo sexo, além de mostrar como nasce o desrespeito e a intolerância. A mostra que é um espaço para discussão de assunto com a homofobia que vem ser ilustra neste filme.

Tomboy é ganhador de vários prêmios como 19º Festival MixBrasil da diversidade Sexual foi agraciado com o melhor longa da competição, melhor filme LGBT do festival de Berlim/11, prêmio do público no Frameline Gay & Lesbian Film Festival, de San Francisco/EUA, melhor longa do Philadelphia QFestivalde Cinema Gay e Lésbido e novamente o prêmio máximo no Torino Lesbian and Gay Film Festival/2011.

 

Por: Ana Carolina Nazareno
Foto: Imagens Google


O caso de agressão sofrido por dois homens na Savassi, no fim de semana, protagonizado por rapazes identificados como brancos, carecas e tatuados, gerou repercussão entre outras vítimas de violência. O episódio tem se tornado comum em diversas áreas da cidade.

Na madrugada de sábado, um jornalista que, hoje, prefere não se identificar, postou em seu blog uma denuncia de violência sofrida por ele e um amigo quando saiam de um show. “Eu estava na Savassi, ponto de encontro de emos, neogóticos, patys, playboys, fashionistas, gays, jovens, velhos, estudantes uniformizados, economistas e skinheads. Dois deles [skinheads] me atacaram. Não me esqueço da careca, das tatuagens, dos olhos endemoninhados, do ódio”, relata o jornalista em seu blog.

Ainda no relato em seu blog, ele afirma que: “O motivo aparente: abracei um amigo dizendo boa noite, após nos divertirmos no show do Kid Abelha. Estávamos felizes, brincando, falando amenidades”, conclui.

Outro caso de violência

O designer de produtos, Manuel Batista, conta que foi agredido nas proximidades da Praça Raul Soares quando fazia a divulgação para uma festa de uma boate LGBT. Bandeira estava acompanhado de outros dois amigos, um deles caracterizado como Drag Queen. Perto da 1h da manhã os rapazes foram abordados por um grupo de ‘playboyzinhos’. “Eles estavam com pedaços de pau na mão gritando ‘vamos pegar, vamos pegar’. Eu fui pra cima também, o que nos deu uma válvula de escape”, explica Bandeira.

Segundo o designer, a tentativa de agressão não foi cometida por skinheads. “Não tinha ninguém com cabeça raspada, estavam todos com vestimenta normal, de gente ‘riquinha’, que sai para poder fazer bagunça na rua”, declara Batista.

Por Ana Carolina Vitorino e João Vitor Fernandes

Ilustração: Diego Gurgel

Amanhã, 30, de outubro, a partir das 19h, entra em cartaz  a 1º Mostra TODXS DIVERSXS, no Cine Humberto Mauro no Palácio das Artes. O objetivo da mostra é promover discursões relacionadas a experiências LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na atualidade. A mostra é pioneira na discursão deste assunto por meio do cinema.

A mostra é uma parceria do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Universidade Federal de Minas Gerais (NUH/UFMG) e o curso de Cinema Audiovisual do Centro Universitário UNA. O filme Tomboy2011, da cineasta francesa Céline Sciamma, abrirá o evento que contará  ainda com uma mesa-redonda com pesquisadores e estudiosos que irão debater o preconceito. “A Mostra quer chamar atenção da comunidade, para pautar a sociedade a necessidade de tratar a questão da homofobia”, declara o professor de Cinema Audiovisual do Centro Universitário UNA e palestrante na Mostra, Sanzio Canfora.

As sessões serão gratuitas e abertas ao público, a programação está neste site.

Ouça o podcast com Curadora do evento e diretora de um dos filmes que integram a mostra, o curta Transhomemtrans,  Tatiana Alves de Carvalho Costa.

Por: Ana Carolina Nazareno e Rute de Santa

Foto: Divulgação do evento

A MPB está em festa hoje. Milton Nascimento, dono de uma voz inconfundível e de um falsete sutil, faz aniversário hoje e o público celebra esse ícone da música mundial. Compositor de sucessos como Maria, Maria, Canção da América e Coração de Estudante,  a última se tornou hino da campanha Diretas Já.

Nada melhor que uma boa homenagem dos fãs, para lembrar mais um ano de vida, de um dos maiores representantes da mineiridade, tão bem apreendida por ele.

Por: Hemerson Morais

Foto: Divulgação

 

Assista ao vídeo.