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Cultura

Lasar Segall - Vilna, Lituânia 1891 - São Paulo, Brasil, 1957 (Foto por Henrique Faria)

Por: Henrique Faria

A exposição “Entre nós”, que aborda, em linhas gerais, o retrato da figura humana, passando por várias culturas diferentes e assim também por diversos tipos de artes, está fazendo sucesso dentro do Circuito Cultural de Belo Horizonte. Nos finais de semana a fila de espera está ultrapassando as portas de entrada do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB. A mostra que já supera os visitantes da mesma exposição feita no estado do Rio de Janeiro (realizada pelo mesmo Centro Cultural), sendo assim, analisa-se que a cidade continua interessada em diversos modos da cultura, fugindo do padrão de bares e do clube da esquina.

A Educadora Agnes Antunes (23), do CCBB, explica esta diversificação entre artes e artefatos. No início da exposição, pode-se encontrar os Ibejis, que são artefatos criados na religião do Candomblé, a definição das estátuas está ligado ao nascimento de gêmeos que, normalmente são pares ou trios, significando os filhos desta mãe, porém só são feitas quando um dos dois morrem.

Nas próximas salas, é visto diferentes tipos de pinturas e fotografias, que retratam, em sua maioria, europeus – Duques e membros da burguesia. Também é encontrado obras que referem a negros e índios, assim como materiais utilizados para criação das obras.

O Engenheiro Civil, Antônio Costa Filho, de 60 anos, veio do Mato Grosso, onde reside, para ver a exposição e afirma que nesta mostra de arte, teve a oportunidade de ver obras que só imaginava ver pela nos livros de história e pela Televisão, abaixo ele aprecia uma das obras expostas.

(Foto por Henrique Faria)

Os coordenadores da exposição, parecem não ter se preocupado com o peso dos artistas e colocou as obras em ordem de sua preferência, pois não é visto as pinturas de Van Gogh e Édouard Manet com salas separadas ou em evidência, mas sim, sendo bem distribuídas entre as outras obras menos conhecidas.

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Informações da Exposição:

Disponível entre os dias 26/04 E 26/06.
Horário de Funcionamento: de 09h às 21h
Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte
Entrada Franca.

Nascido no município de Prados, há 127, 27 km de Belo Horizonte, o músico, Marcelo Dias Muniz desde a juventude já se interessava pela música. Começou tocando violão para os amigos, entrou para a Escola Pública de Música da cidade e deu o primeiro passo para a sua formação na Escola Líra Ceciliana, também no município.foto marcelo dias

Em 2005 passou pelo Conservatório Padre José Maria Xavier em São João Del Rei onde se especializou em performance, teoria, harmonia e técnica de saxofone. Foi para Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e concluiu seus estudos em música em 2010. Hoje, performer, compositor, arranjador, produtor cultural e educador, Dias mora na Capital mineira e dedica-se ao trabalho na banda mineira “Cromossomo Africano”, além de cantar, ele toca sax, flauta e transversal na banda que é inspirada nas vertentes da música negra com a mistura do soul music mundial e dos ritmos regionais brasileiros.

A banda formada por A banda, formada por Michelle Oliveira (vocal), Ricardo Cunha (guitarra e voz), Leonardo Brasilino (trombone e voz), Alexandre Arnoni (bateria), Glaucio de Deus (contrabaixo) e Flávio Machado (toca-discos), é destaque em eventos da capital.

Durante o bate papo com o Jornal Contramão, Marcelo relatou as questões voltadas para a formação de músico, os incentivo a produção e todo o universo que envolve harmonia e dedicação.  

Diferentes dos músicos anteriormente entrevistados, Rogério Moreira e Flávio Perez, Marcelo conta que nunca sofreu preconceito por ter escolhido ser músico e ressalta que há sim investimento cultural para o setor.

“Não chega de forma homogênea nas regiões periféricas, no interior do Estado, ou nas manifestações culturais menos populares. A arte é vista pelo investimento público como uma forma de popularizar a administração aos olhos de parcerias com grandes empresas.”, explica.

Dias tem uma visão otimista sobre o mercado de trabalho, segundo ele, o músico é um profissional muito criativo. “Hoje com o crescimento do conceito da economia criativa, a versatilidade do artista é um mundo de portas abertas.” ressalta.

Músico X Empresários

Existe uma diferença entre a função do músico e de um empresário, quando o assunto é investimento na carreira. “Montar um estúdio com a intenção de tornar uma grande gravadora é função do empresário e não necessariamente do músico, mas é possível montar home studio, que é relativamente fácil, barato e não requer atenção integral”, explica Dias que completa, “A música e a arte são um fator iminente na vida das pessoas, ainda que elas diretamente não paguem para apreciar alguma arte, indiretamente precisam ser cercadas de manifestações artísticas. E estar presente, ser visto é uma forma sustentável de vida artística quando bem planejada com organização e metas”.

Conheça mais o trabalho do músico e de sua banda, dê o play e curta uma das músicas de Cromossomo Africano:

Reportagem: Gabriella Germana.
Fotografia: Marco Aurélio Prates.

 

Cada dia mais saturado, o mercado musical conta com profissionais de coragem para fazerem o que amam

Preconceito, falta de verba governamental e saturação no mercado. Estas são algumas dificuldades que os músicos enfrentam, muitos precisam trabalhar em outras áreas para se sustentarem, mas mesmo assim, isso não interfere no amor pela música.

Na história, entre as décadas de 1940 e 1950, os músicos eram vistos como marginais pela sociedade, pessoas que viviam para festejar. Nos dias atuais a realidade não foge dos padrões da década de 50, hoje, alguns profissionais ainda relatam situações preconceituosas sobre a atividade escolhida. “Os profissionais não são reconhecidos como tais, sempre que dizia trabalhar com música, as pessoas insistiam na pergunta sobre qual profissão tinha”, conta o músico Rogério Moreira, 43.

Com o vídeomaker e o músico Flávio Perez Dias, 63, a história não foi diferente, sendo expulso várias vezes de um local pelo tipo de música que tocava e estilo de roupa que usava, “Já fomos agredidos de todas as formas até com cadeiradas no palco por não tocar músicas que eram pedidas”, desabafa.

A profissão de músico só foi instituída em 1960, pelo Presidente Juscelino Kubitscheck através da Lei nº 3857 que definiu a Ordem dos Músicos do Brasil, responsável por registrar e fiscalizar a profissão dos músicos brasileiros.

Atualmente, a Ordem dos Músicos – CRMG registra cerca de 36.000 mil músicos em Minas Gerais. Os filiados pagam uma taxa que se converte em manutenção da Instituição e preservação dos direitos dos músicos como emissão das carteiras profissionais e fiscalização sobre a integridade moral, física e financeira dos profissionais.  

Formação de músico

Engana-se quem pensa que estudar música é acessível, a mensalidade de um curso de música custa em torno de R$ 1.200,00, além disso, em algumas instituições de ensino é necessário que os alunos tenham os próprios instrumentos musicais, como conta Flávio Perez, “Os músicos investem em instrumentos caríssimos para ganhar muito pouco em bares noturnos…cachês mínimos, todos tocam por amor a música , tem outros trabalhos paralelos para sobreviverem!”

Em Belo Horizonte, parte das escolas particulares de referência são: Escola de Música Cavallieri , Pro Music, Minueto Centro Musical, Som Maior e Melody Maker

Públicas são apenas duas: Escola de músico da UFMG e Esmu Escola de Música, além disso, músicos concordam que o Governo de Minas investe pouco em produções musicais de cunho social, como musicais, orquestras e shows, para Flávio Perez, o governo investe pouco e quando investe não dão chance aos novos, sempre são os mesmos do mercado.

Na Graduação, entre os conteúdos estão: Composição, Regência, Canto e Instrumentos: Oboé, Clarinete, Flauta, Fagote, Saxofone, Trompa, Trompete, Trombone, Harpa, Piano, Percussão, Violino, Viola, Violoncelo, Contrabaixo e Violão.

Entre as disciplinas optativas da UFMG estão: estruturação da linguagem musical, análise, contraponto, arranjo, música de conjunto, oficina de performance, música e tecnologia, técnicas de gravação, teorias da música, história da arte, folclore musical, história da música brasileira, entre outros.

Depois de formados, os músicos podem se especializar em alguma área ou tentar montar o próprio estúdio e terem um trabalho independente, mas isso não é tarefa fácil e alguns até desistem da carreira, “A saturação do mercado, a dificuldade em se adquirir equipamentos de boa qualidade, que em geral são importados e outros motivos, faz com que a maioria desista da carreira.”, conta Moreira.

Douglas Leal, 31, baterista de duas bandas autorais, a Sociedade Crua que é  uma banda de pop rock e a Colateral que é  mais voltada para o metal e reforça que no Brasil tudo relacionado  a música  acaba se tornando difícil para os músicos independentes “Se tratando de compra de equipamentos  e instrumentos  de qualidade, sobre o lance de gravar, isto ficou um pouco mais acessível devido a tecnologia dos recursos atuais, mas na hora da divulgação, o músico  independente esbarra em outro obstáculo que torna o trabalho muito árduo para levar sua música para um público  maior.” finaliza Leal..

Mesmo diante de todas as adversidades, os músicos continuam exercendo sua profissão, Dias é um exemplo disso: “Tenho uma banda, faço 50 anos de rock and Roll e tocamos somente para instituições de caridades e encontros de motociclistas, carros antigos amigos etc… Exclusivamente por amor a música, toda despesa por nossa conta!’’

Assista aos vídeos de nossos entrevistados:

“Ministério Dono de Mim” – Rogério Moreira ( cantor e compositor) 

https://https://youtu.be/TlC–Vbo_mk

“Pit Bulls” – Flávio Perez Dias (guitarrista)

https://https://youtu.be/E_uiYPqCDs4

“Sociedade Crua” – Douglas Leal (baterista)

https://https://youtu.be/F67sYYYbPFs

Reportagem: Gabriella Germana.

Foto: Jovania Araújo.

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A data foi escolhida como forma de homenagem ao jornalista Osvaldo da Silva Almeida, que nasceu dia 14 de Setembro de 1882, ele teria sido o inventor da palavra Frevo lançada em sua coluna no “Jornal Pequeno”, no dia 12 de Fevereiro, do Carnaval de 1908, em Recife .

Porém, o pesquisador Evandro Rabelo afirmou em um artigo que em 09 de Fevereiro de 1907, O Clube dos Espalhadores do Feitosa, noticiou no “Jornal Pequeno” o repertório de marchas carnavalescas com os seguintes títulos: Amorosa, O Sol, O Frevo, entre outras. Comprovando que o vocábulo já estava presente nos clubes carnavalescos.

Desde então 09 de Fevereiro, também é considerado o dia oficial do Frevo em Pernambuco, local de origem da dança.

Origem do Frevo – Uma história de amor, luta e arte.

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As últimas décadas do século XIX, e as três primeiras do século XX podem se considerar o período de estruturação do carnaval brasileiro. Nessa época, o jogo carnavalesco do entrudo foi proibido várias vezes pelos governantes do Brasil Colônia alegando que tinha espírito pertubador da ordem. Em 1857, foi decidido pelo Congresso das Sumidades Carnavalescas, que o carnaval brasileiro teria as características do carnaval europeu.

Todas as regiões do Brasil aceitaram a mudança, exceto Pernambuco, que na ocasião, iniciava um movimento contra a proibição do Governo quanto á saída dos capoeiras, chamados de desordeiros. Por conta disso Recife se transformou foco da agitação política, pregando o nacionalismo e expulsão dos portugueses, vários pernambucanos foram presos e fuzilados e quase metade do território de Pernambuco foi entregue a Bahia como castigo aos levantes contra o Império.

A medida do Governo gerou uma reação de mais confronto, os capoeiras andavam pelas ruas a procura de brigas, mas era através da dança que chamavam mais atenção. Segundo o historiador Pereira da Costa “O desfile desse pessoal era feito em moldes de verdadeiro delírio, pulando, gingando, jogando capoeira, armados de cacetes e aos gritos, desafiando adversários para a luta.”

Seriam esses capoeiras que teriam dado origem ao frevo, enquanto os passos teriam influência da quadrilha, maxixe, a polca e o dobrado, de acordo relatos dos descendentes do frevo escritos em  Marcha nº 1 do Clube Lenhadores,1903 por Juvenal Brasil.

Patrimônio

Em 2007, o frevo foi declarado como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No dia 05 de Dezembro de 2012, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou o frevo, expressão artística do carnaval do Recife, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O reconhecimento ocorreu durante a 7ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, na sede da Unesco, em Paris, na França.

Grupo de Dança em BH

Em Belo Horizonte o grupo Sandeiros, fundado em 1 de janeiro de 1980, é uma Companhia de danças folclóricas brasileiras considerada uma das melhores do país. O grupo disponibiliza cursos de dança gratuitos para mais de 500 pessoas por semestre. Clique aqui e saiba mais.

Texto: Gabriella Pimentel

 

Lucas D'Ambrosio
  • 70º Exposição de Miniaturas – Miniatura Esporte Clube

Data: 13.08.2016

Local: Xico da Carne – Cidade Nova

Encontro de colecionadores que acontece mensalmente, com a participação de vários colecionadores com miniaturas de diversos temas e escalas. Além da exposição também tem um “mercadinho” de trocas e vendas já famoso entre os colecionadores e o público em geral. A partir das 13:30h até as 18:00h, aberto ao público.

E-mail: [email protected]

  • Ainda te pego

Data: de 13.08.2016 até 14.08.2016

Local: Teatro Santo Agostinho

No espetáculo, a atriz Nilmara Gomes interpreta a personagem Maria Lúcia, uma mulher solitária que está prestes a conhecer pessoalmente Fernando, seu namorado virtual. O momento que antecede este encontro é contornado por momentos de ansiedade, loucura e romantismo, além de “algumas” doses de calmantes, que rende muito humor ao público.

Informações Adicionais:

Sábado às 21h, dom. às 19h.

https://www.teatrosantoagostinhobh.com.br/home

Telefone: 31 2125-6810

  • Cine Sesc – Precisamos conversar (+) sobre o Brasil

Data: de 13.08.2016 até 03.09.2016

Local: Sesc Venda Nova

Este ciclo de filmes nacionais nos oferece a possibilidade de conversar mais sobre nossa história do ponto de vista de uma cinematografia contemporânea, que tem algo importante a dizer sobre nosso passado, presente e o que almejamos para o futuro.

Informações Adicionais:

Sessões os sábados às 15h.

https://www.sescmg.com.br/

Telefone: 31 3270-8100

Entrada Franca

  • Mercado Minas Áfricas Aki – Exposição temática

Data: de 13.08.2016 até 31.08.2016

Local: Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira (CCLAO )

Aqui o público terá chance de conhecer a história, o rol de produções atuais e as novas tendências da moda e da arte afro-brasileiras. Artistas expositores: Bruna França (MG): trajes, João Sales (BH): fotos, Wander Marcilio (MG): biojoias em cerâmica. Curadora de Vanicléia Santos (UFMG). O Mercado contará também com cerca de vinte marcas de produção em moda afro-brasileira.

Informações Adicionais:

2ª a 6ª das 8h às 17h.

https://www.bhfazcultura.pbh.gov.br/

Telefone: 31 3277-6077

Entrada Franca

  • Dia dos Pais

Data: 13.08.2016 – 10:30

Local: Mercado Central

Em homenagem ao Dia dos Pais, o Mercado Central irá oferecer um curso de preparação de churrasco e harmonização de cervejas com Chef Penninha.

https://mercadocentral.com.br/

Telefone: 31 3274-9434

Entrada Franca

  • Gaby Winehouse – Tributo a Amy

Data: 13.08.2016 – 19:00

Local: Teatro Marília

O Teatro Marília receberá um show em tributo a Amy Winehouse, com Gaby Winehouse.
Criada em 2015, a banda interpreta as músicas da cantora inglesa Amy Winehouse na voz de Gaby Winehouse (personagem criado por Gabriel Freitas: idealizador do projeto)

https://www.sympla.com.br/

Telefone: 31 3277-4697

  • Gigantes pela Própria Natureza

Data: 14.08.2016

Local: Praça Floriano Peixoto

O espetáculo recria artisticamente o sincretismo das encanteiras, cerimônias semelhantes à pajelança nas quais seres espirituais denominados moços encarnam em médiuns, os ditos aparelhos.
Trata-se de uma orquestra de rua sobre pernas de paus, formada por artistas e integrantes da Companhia. No repertório, música popular, danças dramáticas e teatro musicado. Inspirado nas músicas tradicionais indígenas, africanas e europeias, referência a obra do modernista Mário de Andrade, transbordando para realidade urbana e fazendo um paralelo entre a tradição e contemporaneidade. O roteiro propõe explorar coisas, pessoas, plantas, bichos e invenções
tomando Albert Einstein e Mário de Andrade por faróis.

Informações Adicionais:

Às 11h e às 16h.

https://www.facebook.com/events/159801517759437/

Entrada Franca

  • Manhãs Musicais

Data: 14.08.2016 – 11:00

Local: Fundação de Educação Artística

Especialista em Ernesto Nazareth (1863-1934), Maria Teresa Madeira dedica-se à obra do compositor desde a década de 1980. Em 2013, foi agraciada com o Prêmio da Música Brasileira da FUNARTE para gravar toda a sua obra para piano. São 215 obras divididas em 12 CD’s, registrando composições famosas como Odeon, brejeiro, apanhei-te cavaquinho, Batuque, e obras raras e inéditas como Encantador, Capricho, Polca para mão esquerda, entre outras. O concerto tem como finalidade apresentar esse trabalho feito com grande dedicação e homenagear o compositor que fez tanto à musica Brasileira.

https://www.fundacaoeducacaoartistica.org.br/

Telefone: 31 3226-6866

Foto: Leo Lara/Universo Producao

Há 18 anos, o mês de janeiro marca um momento de efervescência cultural na pequena Tiradentes, em Minas Gerais, é quando ocorre a Mostra de Cinema, considerada o maior evento do cinema brasileiro contemporâneo. Esse ano a mostra chega a sua 19ª edição com realização entre os dias 22 e 30 de janeiro, apresentando uma programação diversa, com mais de 100 produções entre curtas e longas de 12 estados brasileiros.

A edição deste ano traz como tema “Espaços em Conflito”, que casa com a obra do grande homenageado da mostra, o cineasta Andrea Tonacci. Seu filme “Serras da Desordem” será exibido na abertura do evento, às 21h, no Cine-Tenda e marcará uma década desde sua primeira exibição em Tiradentes, em 2006. O longa que mistura ficção e documentário aborda as questões indígenas no Brasil e é descrito como “a maior referência de uma mudança de paradigmas no olhar estético e na maneira de se fazer cinema brasileiro independente e de autor”.

A Mostra Tiradentes apresenta o que terá de novo no cinema nacional, inaugurando o cenário de produções independentes em pré-estreias mundiais e nacionais em 2016. Cléber Eduardo, Francis Vogner e Pedro Maciel Guimarães, a equipe de curadores do evento, foram os responsáveis por analisar as centenas de obras inscritas e preparar a lista final. Os filmes serão exibidos em três espaços: Cine-Tenda, Cine BNDES na Praça e Cine-Teatro Sesi e distribuídos em diversas mostras conceituais. A curiosidade das escolhas de exibições para 2016 é a forte presença de cineastas veteranos que são aguardados com suas novas obras, Walter Lima Jr., Ruy Guerra, Julio Bressane e Helena Ignez são alguns nomes.

Durante os nove dias de programação, além das exibições cinematográficas a mostra reunirá diversas manifestações artísticas, homenagens, oficinas, seminários, debates, performances, lançamentos de livros, teatro de rua e shows musicais, a programação completa é gratuita. O evento se encerra com a pré-estreia do longa de ficção de Aly Muritiba, “Para Minha Amada Morta” (2014).

Texto: Gael Benitez