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A rua da Bahia tem importância histórica para Belo Horizonte. Sendo a principal via de acesso para a Praça da Liberdade, a rua tem início na Avenida do Contorno, na Praça da Estação, e termina no bairro de Lourdes, um dos bairros nobres e tradicionais da capital mineira. Nesta rua existem edificações de importância como a igreja de Lourdes, Hotel Bahia e edifício Arcângelo Maleta que foi um empreendimento imobiliário na época de sua construção no final da década de 1950. E é nesse edifício que se encontra um dos mais tradicionais e históricos pontos da boêmia mineira: a Cantina do Lucas.

Um dos espaços que está presente desde os tempos de austeridade, a Cantina do Lucas, que em 1997 foi tombada pelo patrimônio histórico e cultural de Belo Horizonte, tem como clientes personalidades como Milton Nascimento e Paulinho da Viola, além de políticos e jornalistas, formadores de opinião e intelectuais. Gerente da Cantina do Lucas há sete anos e meio, Circéia Carvalho conta com sorriso na voz que “trabalhar na Cantina do Lucas foi um presente na minha vida”. A gerente trabalha no período da noite e conta que sua rotina é bem diferente dos funcionários da manhã pois o perfil de cliente muda.

“A gerência do dia e da noite são gerências distintas. De dia o gerente lida mais com fornecedores, já a noite a gerencia lida mais com clientes, a noite é mais tranquila”, explica. Circéia Carvalho preza por um tratamento cordial, acreditando que o cliente tem que sair do local satisfeito e com desejo de voltar. “Os clientes mais antigos comem determinados pratos e contam a história de quando comeram aquele prato”, explica Circéia. Mas nem tudo são flores, pois ela relata um problema com pessoas que entram na cantina apenas para utilizar o banheiro.

Quando está de folga, Circéia Carvalho gosta de se divertir e passar o tempo com sua família. “Como todo gerente de bar, eu gosto de tomar uma cervejinha, gosto de ir ao samba, gosto de cozinhar e também sou dona de casa”, conta Circéia. Além de gostar do seu trabalho a gerente tem prazer em viver bem. “A partir do momento que você faz aquilo que você gosta, você tem uma qualidade de vida legal. O mais importante é gostar de viver e eu  gosto”, ensina a gerente.

Por: Gabriel Amorim

Foto: João Alves

Wilma Henriques, a grande dama do teatro mineiro, fará a leitura de poemas eróticos no Memorial Minas Gerais Vale, integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade. Com direção de Carluty Ferreira, a apresentação acontece hoje, às 19h30, na Casa da Ópera do museu.

A intervenção passeia pelo que há de mais lascivo na obra de autores nacionais e estrangeiros, de Bocage ao funk brasileiro. Entre os autores escolhidos estão Adélia Prado, Carlos Drummond de Andrade e Chico Buarque de Holanda.

É a segunda vez que a atriz se apresenta no Memorial Minas Gerais Vale. Em maio deste ano, Wilma Henriques participou do evento Boa Noite Memorial. A pedido do grande público, a primeira-dama do teatro mineiro retorna ao museu para mais uma apresentação histórica e marcante.

Serviço

Leitura de Poemas Profanos com Wilma Henriques

Local: Casa da Ópera

Endereço: Praça da Liberdade, s/n, Funcionários

Data: 29/08

Horário: 19h30

Entrada franca. Sujeita à lotação.

 

Por: Fernanda Fonseca

Foto: Internet

Dois meses após a eclosão das manifestações populares que se pautaram principalmente pela questão do transporte público na capital, a Comissão de Orçamento e Finanças Públicas da Câmara Municipal de Belo Horizonte realizou, na tarde de hoje, uma Audiência Pública para discutir o plano de mobilidade urbana de Belo Horizonte.

A reunião extraordinária foi solicitada pelo vereador Gilson Reis (PCdoB) e contou com a participação de representantes do Executivo, entre eles o Presidente da BHTRANS, Ramon Victor. Segundo Reis, a audiência pública busca atender às reivindicações populares apresentadas nas manifestações dos últimos meses, contemplando a pauta apresentada por manifestantes que ocuparam a Casa no início de agosto. Entre os assuntos postos em discussão estão os contratos com as empresas concessionárias do serviço de transporte público municipal, incluindo o detalhamento das planilhas de custo para composição tarifária.

CPI dos transportes

Após ser levantada questão de ordem referente à falta de representatividade de movimentos sociais à Mesa, foi dada a palavra à Assembléria Popular Horizontal (APH). André Veloso, do GT de mobilidade urbana da APH, ressaltou a necessidade de instauração de uma CPI dos transportes. “É preciso chamar os donos das empresas de ônibus para explicar a formação de cartel e quebra de sigilo no processo licitatório”, declara. O vereador Adriano Ventura (PT) falou em nome dos vereadores signatários do pedido de instauração da CPI dos transportes: “Nós queremos uma CPI onde os vereadores possam questionar e ouvir as respostas do Executivo. Se conseguirmos alcançar mais signatários para a sua instauração já será um ganho.”

O advogado Joviano Mayer, integrante do Comitê dos Atingidos pela Copa (Copac), defende que uma audiência pública não é suficiente para atender as reivindicações, mas fortalece o debate em torno da mobilidade urbana e defende a instalação de uma CPI. “Em Belo Horizonte, há uma máfia do transporte comandada por poucos empresários. Todo esse esquema nefasto para a cidade tem que vir à tona e ser denunciado”, afirma.

Por: Fernanda Fonseca

Foto: Fernanda Fonseca

A segunda edição do evento The Nerd Street se realiza no final da próxima semana, 24 e 25 de agosto. Desta vez o evento vai ocupar a Praça de Estação e uma área do Parque Municipal. Ser taxado como nerd na década de 1990 era motivo de humilhação, piadas e até agressões, atualmente, “ser nerd ganhou status de cool (legal)”, conforme define Suzana Nunes, uma das organizadoras do evento The Nerd Street.

Fãs e admiradores das produções, popularmente, conhecidas como gosto nerd, estarão envolvidos em uma campanha de doações de livros para a bibliotecas. “É uma política nossa de sempre utilizar o Nerd Power para disseminar a cultura e criar formas de acesso e democratização da literatura. Nossos eventos sempre tem uma contrapartida social. Separamos parte do material doado para a biblioteca pública Luis de Bessa, mas sempre escolhemos bibliotecas de ONGs e associações para receber doações. Nesta edição, também recolheremos material escolar, roupas e brinquedos, que serão revertidos a ONGs de Belo Horizonte e região”.

Para o quadrinista mineiro, Ricardo Tokumoto, ser nerd é enxergar além do superficial, além do que os produtos midiáticos oferecem. “Quando alguém assiste um filme e gosta, ela vai atrás do livro que gerou o filme, do seriado que foi feito antes, dos atores. Dos outros filmes do diretor. Outro exemplo, uma pessoa apaixonada por filmes de kung fu, ela não se contenta apenas a isso. Ela vai praticar a arte marcial, e assim vai se aprofundando, aprendendo sobre a China, sobre a filosofia oriental, sobre o budismo. Isso é ser nerd pra mim”, explica.

Por Juliana Costa

As barbearias no centro da capital funcionam como ponto de encontro de amigos e mantém a tradição de aparar a barba de forma menos penosa para muitos homens. Por ser algo muito pessoal, o ato de fazer a barba exige uma relação de confiança entre profissional e cliente.

José Antônio de Souza, o Toninho, 44, atua como cabeleireiro desde 1982. Atualmente, seu estabelecimento, o Confraria – barba, cabelo e prosa, também recebe amigos que se reúnem no local para o happy hour. “Reunimos aqui uma turma que gosta de tomar cerveja, comer tira-gosto e trocar ideia. Por isso o nome Confraria”, explica. Há 10 anos, além dos serviços de cabeleireiro, Toninho oferece às terças e quintas bebidas e petiscos aos clientes, transformado o salão em uma espécie de bar familiar. O resultado da inovação foi positivo. “Depois que o Toninho Cabeleireiros se transformou em Confraria o movimento aumentou bastante”, comemora o proprietário.

Toninho acredita que hoje em dia não há mais aquele glamour no ato de se barbear em razão da correria do dia-a-dia. Segundo ele, “para manter uma barba bem feita e limpa, a ajuda de um profissional é essencial, mas a conversa entre amigos é o que mais atrai os homens às barbearias”, observa. Mauri Crema é cliente de Toninho e conta que se tornou amigo do cabeleireiro nos 12 anos que frequenta o estabelecimento. “Sou do Paraná e quando cheguei à Belo Horizonte fui apresentado ao Toninho por um amigo que já era seu cliente. Desde então eu corto o cabelo e faço a barba com ele. Mas tem dia que eu venho só para tomar cerveja. Na verdade a gente vem aqui para encontrar os amigos”, confessa.

Tradição

Os movimentos precisos e hábeis que, de tão repetidos, tornam-se quase automáticos marcam a rotina do barbeiro Marcos Antônio de Jesus, 45, sócio do salão de cabeleireiros que funciona no Edifício Maletta há 30 anos. O barbeiro utiliza lâminas descartáveis para trabalhar e informa que o uso da navalha é proibido em Belo Horizonte. Ressalta que mantém a tradição na hora de barbear seus clientes: “Eu uso toalhas quentes antes do início do procedimento para amaciar o pelo do rosto”, revela. Segundo o profissional, poucos estabelecimentos na cidade utilizam essa técnica. “No Maletta, o uso de toalhas aquecidas é exclusividade do nosso salão”, diz. Marcos Antônio afirma que a relação com os clientes é de amizade. E brinca: “Se trair, a gente corta o pescoço”.

O cheiro da essência de eucalipto utilizado no processo de aquecimento das toalhas agrada os frequentadores. Caso de Francisco de Assis, 56, que faz a barba no mesmo local há mais de 20 anos. O funcionário público conta que gosta de usar cavanhaque e ressalta a necessidade de se confiar no barbeiro para que o resultado saia como o esperado.

Por: Fernanda Fonseca
Foto: Fernanda Fonseca

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No próximo domingo (11) comemora-se o Dia dos Pais. De acordo com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL), espera-se um aumento de até 2% com a intenção de gasto com presentes em relação a 2012 neste mesmo período. A CDL aponta que há uma tendência maior para que os consumidores optem pelo pagamento à vista e que a maior procura deva ser por itens de vestuário.

A pesquisa realizada no mês de julho indica que 34,35% dos consumidores optaram pelo pagamento em dinheiro com gasto médio entre R$ 30,00 e R$ 100,00. Uma pequena parte optou por compras acima de R$ 400,00, indicando 1,53% da pesquisa. O atendimento de baixa qualidade foi apontado como uma dificuldade na hora de efetuar as compras, precedido pelo preço dos produtos.

Mas 0,77% consumidores pretendem utilizar o cheque especial para pagar às compras. Uma outra pesquisa feita pela CDL, no período de 17 a 31 de julho. indicou que 49,59% dos entrevistados tem até 20% da renda comprometida com dívidas, isso ocorre porque comprar por impulso, somente 19,57% dos entrevistados afirmam que fazem planos antes de realizar uma compra.

Por  Gabriel Amorim e Juliana Costa

Foto: internet