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Você piscou e já estamos em dezembro, e a Praça da Liberdade está toda paramentada com luzes de Natal

Por Gustavo Meira

A tradicional iluminação de Natal foi inaugurada no dia 02 deste mês, com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, dentre outras autoridades. 

 

Além das luzes da praça, as fachadas dos prédios que compõem o Circuito Cultural Praça da Liberdade também estão decoradas. O Palácio da Liberdade ganhou uma árvore de Natal e um presépio. 

 

Mineiros homenageados 

 

Estão em exibição um 14-bis, avião criado por Santos Dumont pilotado por um Papai Noel e as silhuetas iluminadas dos 12 profetas da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, criadas por Aleijadinho. A decoração é em comemoração ao aniversário de 303 anos de Minas Gerais, que estará exposta até o dia 06 de janeiro. 

foto para a parte “Mineiros homenageados” (O ‘’14 Bis’’ foi criado pelo mineiro Santos Dumont em 1906. Foto: Cristina Moreno de Castro/kikacastro)

Durante o período de exposição, o coreto abrigará a Casa do Papai Noel, um ambiente com iluminação cênica e um espetáculo de neve a cada 30 minutos. Um túnel iluminado em neon flex também proporciona uma experiência imersiva e instagramável no espaço.

 

A ação faz parte do Natal da Mineiridade que abrange cerca de 600 eventos oficiais em 450 municípios. Foram investidos cerca de R$ 18 milhões, que devem retornar para o Estado, aquecendo o comércio e o turismo. 

 

Operação especial de trânsito 

 

Devido à iluminação da Praça da Liberdade, a Prefeitura de Belo Horizonte promoverá uma operação especial de trânsito até 6 de janeiro, das 19h à meia-noite. Uma área especial será destinada para Food Trucks. Além disso, haverá interdição das alamedas da Educação, dos Despachos e da Segurança.

foto para parte “Operaçao transito” (Operação especial de trânsito na Praça da Liberdade. Foto: Divulgação PBH.)

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Foto: Ana Clara Souza.

Por Pedro Soares

Se você é mineiro, com certeza já ouviu o trecho da música do César Menotti e Fabiano “se Minas não tem mar, o mar não tem Minas Gerais”. O trecho que virou ditado – pra muita gente – até mesmo um mantra, tem um tanto quanto de verdade.

E hoje iremos mostrar pra vocês que não precisamos mesmo de praia, porque no verão a gente sempre dá um jeitinho. Até porque, não é só de cafezinho que vive o mineiro, então bora lá! 

1 – Cachoeiras 

Aqui não é nem um caso de “quem não tem cão mar caça vai com em cachoeira gato”, Minas Gerais é conhecida como a caixa d’água do Brasil não é à toa. O estado é um dos mais privilegiados do Brasil inteiro quando o assunto é  cachoeira! E, para você que é da região metropolitana de BH o que não vai faltar são opções para se refrescar neste verão.

Você conhece a Cachoeira do Índio? Em Rio Acima, na grande BH, está localizada uma das belezas do Parque Nacional Serra do Gandarela. A apenas 1h do centro da capital, você pode curtir uma trilha maneira com amigos ou sozinho mesmo, se refrescar e tomar aquele banho de cachoeira, que como dizem os cantores de reggae: lavam a alma. 

Essa é só uma das dezenas de cachoeiras e quedas d’água que fazem parte da região metropolitana de BH, então para de se lamentar que aqui não tem praia e vai tomar um banho de cachoeira para, e, como diz Planta e Raiz, sentir a sensação da sua alma sendo purificada por inteira. 

2 – Clubes / parques aquáticos

Se você é uma daquelas pessoas que não gostam de sujar o pézinho de terra, ou não curte muito fazer atividade física, pegar trilha e outras coisas afins – vai levantar dessa cama e fazer um exercício agora – calma, a gente tem um programa legal para você também. Em BH e na região metropolitana da capital temos inúmeros clubes com piscina que você pode estar colando pra mostrar o ombrinho, tomar aquele sol e aproveitar as delícias do verão. 

Se você é ligado no futebol e é sócio torcedor dos times da capital mineira, Atlético e Cruzeiro, vale a pena dar uma olhada nos benefícios do seu sócio e quem sabe aproveitar o clube do seu time mesmo? O Clube Vila Olímpica, do Atlético, é localizado na Avenida D. Pedro I, no bairro Planalto. Já o Clube do Cruzeiro está mais pertinho do centro, na Rua dos Guajajaras, no Barro Preto. 

Mas enfim, nossas indicações não são de clubes de futebol, mas sim de lugares para curtir o verão em BH, então lá vai … O Hotel Gran Minas, em Vespasiano – agora calma! Não precisa brigar comigo, é bem do lado de BH, a cinco minutos da Cidade Administrativa – voltando aqui, o Gran Minas conta com duas piscinas, um ofurô, área de descanso, quadra, sauna, scoth bar, sala de jogos, playground, restaurante, salão de eventos e tudo isso por R$89,00 no day use!!

E se você não gostou de nenhuma das alternativas acima, paciência, mas vale a pena dar uma olhada em outros clubes que a grande BH tem com preços acessíveis para todes.

3 – Bares

E já que Minas não tem mar, eu vou pro bar! Essa frase é um clássico, também é um trecho do axé de Alexandre Peixe e uma das maiores verdades universais, ou melhor, minerais? Um fato é que Belo Horizonte é a capital brasileira dos bares, a cidade com a maior concentração de bares por KM² do país!! Pra você ter uma ideia, de acordo com o site Sou BH  a cada 100 mil habitantes, BH tem 178 bares. 

Já deu pra perceber que opção não vai faltar, né!? Mas hoje nós não só um, mas dois lugares para apresentar a vocês, todos no centro, uma na Augusto de Lima com Rua da Bahia e o outro na Rua dos Goitacazes, bem em frente ao Mercado Central.

No segundo andar do histórico Edifício Maletta, virando à esquerda (sempre à esquerda) logo após a escada rolante a gente encontra um barzinho que é a cara do verão: o Tropical Gastrobar. O Tropical é também conhecido por “prainha”, isso porque assim que chegamos encontramos diversas cadeiras e mesinhas de praia que dão ainda mais esse ar veraneio. 

Com drinques refrescantes de gin a tradicional caipirinha, com rodada dupla nas quintas-feiras e a tradicional gelada, sempre trincando, o Tropical Gastrobar é sempre uma excelente opção para o verão de Belori e se você for universitário, calma, o preço vai caber no seu bolso. 

Agora, se você gosta mesmo de um boteco raiz, ou se você ama andar pelas ruas do centro, com toda certeza vai amar o Bar do Fernando. Na Rua dos Goitacazes, bem em frente ao Mercado Central temos uma opção bem gostosa pra indicar aos boêmios de plantão. 

O Bar do Fernando é um daqueles lugares que se você for uma vez, com toda certeza vai querer voltar mais e mais vezes. Lá você vai ver todos os tipos de pessoas, todas entrosando umas com as outras, embaladas pelo som de voz estridente de alguém que com certeza já bebeu demais cantando Pink Floyd em plenos pulmões no karaokê do bar. 

Essas são apenas algumas opções que nós da Revista Oposta amamos e indicamos com conhecimento de causa!! Mas vale mesmo a pena você ir conferir e depois contar para a gente como foi.

4 – Banho de mangueira

Não sei qual dia do mês você está lendo essa revista, mas se já passou do dia 15 e você é universitário, provavelmente a grana já vai acabando, né!? E pensando nisso, a gente trouxe pra você uma indicação baratinha que vai te proporcionar muita refrescância e diversão. 

Pra começar, você só vai precisar de duas coisas: um espaço aberto e uma mangueira. Sabe aquele pedacinho de quintal da sua casa? Ou aquela laje que você, sedentário, nunca nem utiliza? Então, é lá mesmo que a diversão acontece. 

Junta a sua turma num dia de sol, que nesse verão não está faltando, né!? Abre a mangueira, todo mundo com um traje a ser seguido, o de banho. Se vocês gostarem, cada um leva uma bebida bem refrescante e tá pronta a diversão. 

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Por Ludmila Merçon

A comunicação é um aliado de relevância das empresas para o alcance de metas e objetivos. Um plano de comunicação integrado, como parte do planejamento estratégico, gera melhor coesão entre setores e sinergia com o ambiente externo. A partir de um estudo detalhado de segmentação de mercado, cliente no foco, abrangência de atendimento e diretrizes de alcance, nasce o plano de comunicação de uma empresa. Não se fala num modelo único e pronto, mas sim de um instrumento baseado em metodologias, conceitos da comunicação integrada, áreas do marketing, vendas, relações públicas, jornalismo empresarial e pesquisas internas.

O mix de comunicação em empresas tende a ser composto pelos pilares de relações públicas nos temas da comunicação institucional, marketing social e cultural, jornalismo empresarial e assessoria de imprensa, editoração multimídia e publicidade institucional; e pela comunicação interna administrativa em processos de comunicação, fluxos informativos, redes formais, informais e mídias internas. As ações de comunicação institucional visam divulgar objetivos, rotinas, políticas internas, formatos de trabalho, materiais, sistemas e tecnologia a fim de agregar solidez à imagem da marca perante o mercado, transmitindo de forma integrada como é feita a organização

Como forma de se relacionar com os públicos, chamemos a atenção para os meios digitais como websites, blogs, redes sociais, aplicativos etc. Os autores convergem na opinião de que quem navega pelo ambiente virtual tem basicamente desejo de obter informação, diversão e relacionamento. Essas vontades podem ser utilizadas como fonte de projeção pelas empresas. Como um boca-a-boca da era digital, o Google, a mais famosa ferramenta de buscas da atualidade, classifica as melhores empresas no topo de indicações, e estas são respeitadas, tidas como confiáveis, e recebem mais abordagens de venda. A esse respeito, Torres (2009, p. 36) afirma: “Você deve sempre ter em mente que o boca-a-boca é uma das maiores forças da Internet, e deve ser considerado em todas as ações.”

Pelo desejo de se manterem vivas no mercado é importantíssimo que as empresas voltem também a atenção ao contexto interno. A gestão empresarial moderna está ancorada no conhecimento e no compartilhamento de informação. Formular um processo de comunicação corporativa tracionado por objetivos claros e desenvolver gestores com visão ampla em atividades interpessoais traz performance para equipes, inovação, e talentos que não se destacam somente pelas técnicas, mas também pela capacidade em comunicação e automotivação. As boas práticas internas objetivam integrar e motivar colaboradores, considerando também as famílias, por influenciarem no processo decisório; e melhorar a imagem da marca perante esses públicos, pois é primordial que as pessoas que fazem parte da organização estejam cientes do que nela ocorre e sintam-se participantes.

Para desenvolver uma boa estratégia de comunicação empresarial é importante considerar os elementos que permitem monitorar, medir os resultados das ações e realimentar todo o processo, dando oportunidade para tomadas de decisão e ajustes durante a execução do plano. Muitas empresas deixam essa parte da estratégia de lado, porém o único meio de saber qual o retorno sobre o investimento em comunicação é a prática do monitoramento e medição, daí a necessidade de uma estratégia bem definida. Os autores posicionam o monitoramento no centro do plano de comunicação.

Os indicadores precisam ser encarados não somente como números, mas dados que dão base para relacionar cenários, projetar futuro, apontar erros e estabelecer metas. Para obter indicadores, nesse caso, é olhar para a estrutura e os procedimentos da empresa. O endomarketing tem o objetivo de informar o colaborador, medir a motivação, o nível de conhecimento técnico, a satisfação e promover o equilíbrio de remuneração com o mercado, nascem as práticas de gestão do conhecimento que vem para fomentar a cultura de obtenção de valor à organização, preza por treinar e desenvolver pessoas. E cabe medir as ações para acompanhar o sucesso do projeto. Importante etapa para evitar desperdícios de esforços é a definição quantitativa dos alvos que se dá por critérios demográfico, geográfico, social e/ou econômico. E a definição qualitativa parte da análise de personalidade, comportamento e atitude psicológica relativa aos produtos.

Grande parte dos negócios tende a esquecer da atualização básica em marketing e relações públicas, confiando em outros meios de promoção já existentes e depositando expectativas de que elas ainda possam resolver todos os novos problemas. Quando na realidade podem adequar e inovar, pensando estrategicamente a longo prazo e então permanecer viva e atuante no ambiente concorrencial.

Por Júlia Garcia

O fim de semana em Belo Horizonte está repleto de eventos para todos os gostos. Confira hoje a agenda que o Contramão separou para você curtir o final de semana.

Sexta

E nessa sexta-feira você poderá celebrar o último AfroDay do ano em grande estilo. Prepare-se para uma noite incrível, repleta de música, cultura e muita energia positiva. As apresentações ficam por conta de Lelê Cirino, Adriana Araújo, Dj Henderson e a Dj Kingdom. O evento acontece na A Autêntica, a partir das 20h. Os ingressos estão disponíveis no autentica.byinti.com.

Sábado

Para você que é fã de samba e pagode, pode se preparar para o Último Samba do Ano. O evento conta com um line-up de tirar o fôlego, com alguns dos maiores nomes do samba e do pagode. Shows com Sorriso Maroto, Ludmilla, Belo, Menos é Mais, Ferrugem, Pixote, Kamisa 10 e Akatu. Serão várias horas de música! O Último Samba do Ano acontece no Mineirão, a partir das 13h. Para garantir seu ingresso, basta acessar a Central dos Eventos.

Domingo

E no domingo acontece a The Choice – White Party, a festa do branco! Separe sua roupa branca e aproveite para se divertir em uma tarde cheia de glamour e elegância, com muita música, dança e diversão. Shows com DJ WS DA IGREJINHA, Saci, Dj Viana, Rick e Dj Wesley Gonzaga. A The Choice acontece no Clube Labareda, a partir das 15h. Os ingressos estão disponíveis no Sympla.

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Por Eduarda Boaventura

Uma das minhas melhores lembranças na praia foi quando tinha 13 anos e juntou minha família inteira para ir para Cabo Frio no Rio de Janeiro, eram 15 pessoas em um apartamento que era para 8 no máximo. Tinha somente três quartos, e claro, colocou meus primos e meus tios mais novos para dormir na sala. Ficamos o dia inteiro para comprar colchão inflável -o que tínhamos levado furou quando inventamos de ficar pulando nele.

Não tem como esquecer dessa viagem, ainda mais que vó cismou de nos acordar todo dia batendo as tampas das panelas, ficava com um ódio quando fazia isso. Posso não gostar dos seus métodos, mas não tem como reclamar dos seus resultados, era ela acordar e todo mundo levantava para ela não precisar dar uma de despertador.  

Juntavam todos os primos e tiravam na sorte quem ia na padaria comprar os pães dos dias. Os mais velhos faziam complô e roubavam para que os mais novos fossem, acho que eu mesmo fui enganada umas duas vezes, era só preguiça porque a padaria ficava do outro lado da nossa rua, nem precisava andar um quarteirão.

Outra coisa que achava uma comédia, após tomar café, começavam a arrumar para ir na praia, criança chorando por ter que passar protetor, alguém gritando se viu a canga, outra separando os sanduíches naturais para levar. Uma confusão de pessoas e vozes, passos e barulho. Quando todos já estavam prontos, na porta, ansiosos para ir para a praia, começava: quem vai carregar o quê? Íamos a pé para a praia, uma caminhadinha de 15 minutos acho. Nós tínhamos cadeiras de praias e os guarda sóis, a luta da vez era quem ia levar, porque usamos do princípio, quem não estava de mochila tinha que levar algumas coisas, mas não precisamente queria dizer que quem está levando a cadeira vai sentar nela, era muita gente e, como de costume, eu e os mais novos éramos colocados em cima das cangas. Mas para mim, aos 13 anos não fazia muita diferença, desde sempre fui apaixonada por mar, se pudesse ficar do nascer do sol ao escurecer com a lua dentro da água. Então sentar na cadeira ou na canga não me importava tanto. 

Os pais tentavam controlar os filhos para não saírem comendo tudo o que vendia na frente, tadinhos, meu ‘vô’ sempre dava dinheiro escondido para comprar um picolé aqui, um açaí ali, chegava o carinha com um espetinho, depois achávamos uma barraca de mini pizza… E por aí íamos, comendo de tudo. 

Nós só íamos embora por volta das 17h quando as crianças já estavam mortas de tanto correr e os adultos já tinham nadador, tomando sol e bebido algumas, muitas, cervejas. Juntava tudo, inclusive o lixo que meu pai sempre frisou em recolher para deixar a praia que tanto amávamos limpa. Quando chegava em casa era mais confusão.

Corrida para quem ia tomar banho primeiro, minhas tias e minha mãe iam para a cozinha fazer a janta, e nesse meio tempo quem podia dar uma cochilada. 

A noite saiamos para a feira da cidade, eu e meus primos íamos na frente enquanto o restante dos adultos acordava e arrumava, como era relativamente perto de onde era o nosso apartamento e temos o costume de ir lá, eles nunca ligaram muito em deixar a gente solto, desde que tivesse algum responsável, que era minha prima Carolina, que na época tinha 16 ano e nos levava tranquilamente – o mais tranquilo que crianças poderiam ser.

Não lembro de outra viagem que foi a família toda, acho que meus primos cresceram, tiveram outros amigos para poder viajar, meus avós ficaram bem velhinhos e debilitados. Mas eu, meu irmão e meus pais continuamos a tradição e sempre que podemos ir na praia, nos programamos de ficar nesse mesmo apartamento. Que inclusive a dona brigou muito na época por ir aquela galera, mas a mãe prometeu que não aconteceria de novo. Infelizmente, ela estava certa.

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Por Maria Cecília Nepomuceno

Quando sai de casa para vir estudar na capital já imaginava que a nova vida seria difícil e que eu ia passar por muitas coisas, muitos perrengues. Nestes quase 3 anos que estou por aqui nada foi tão louco como entrar em um ônibus e não saber onde fui parar.

No segundo semestre consegui um estágio, sabe tudo como sou, logo pensei, vai ser muito fácil, vou pegar o ônibus e chegar onde quero, simples assim! Mas não foi nada simples. 

Minha prima me orientou direitinho, onde que era o ponto, o horário, tudo que eu devia fazer e lá fui eu…

Ao chegar no ponto me deparei com dois ônibus praticamente iguais e pensei, os dois devem chegar no mesmo lugar, e chegaram, só que não da forma que pensei.
Entrei no ônibus, dei sorte de arrumar um lugar para sentar, peguei o livro e comecei a ler, tranquila, calma, mas sempre de olho para ver se já estava perto de onde ia descer.

Por alguns instantes me distraí com a leitura e percebi que já havia lido bastante, que algo estava errado, olhei para a janela, percebi que não conhecia nada, mas o que eu conhecia na cidade, não é mesmo?! Muito pouca coisa, mas o tanto de volta que o motorista dava me deixou encucada, até que o ônibus parou.

Quando o ônibus parou, olhei para trás e ele estava completamente vazio, o motorista saiu de seu banco e falou comigo:
-Moça, chegamos na estação final, você não vai descer?!

Na minha cabeça, como assim, estação final? Não cheguei ao meu ponto ainda. O que vou fazer agora? Conversei com o motorista e descobri, por fim, que peguei o ônibus errado, um direta em vez do parador.

Logo eu que só pegava ônibus ocasionalmente, pois vivia em uma cidade no qual tem uma rua que liga tudo, como ia saber?

No fim das contas, ele me orientou do que deveria fazer, e deu tudo certo e foi assim que um trajeto que demoraria menos de uma hora, demorou uma manhã inteira, me custando um grande atraso no meu primeiro dia.

Maria Cecília. Foto: arquivo pessoal.