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Por Daniela Reis 

Em 2015, sonda New Horizons, da NASA,  chegou para explorar o gelado planeta-anão Plutão em uma missão histórica. Após nove anos e meio viajando no espaço, ela chegou ao ponto mais próximo de Plutão no dia 14 de julho daquele ano, atingindo 12.500 quilômetros do planeta anão. Para chegar a esse feito, a sonda percorreu 4,88 bilhões de quilômetros. 

Pela primeira vez, foi possível ver toda a complexidade da superfície deste pequeno mundo em imagens detalhadas e coloridas. Ainda, a missão permitiu descobrir um mundo congelado cheio de paisagens incríveis, com geleiras de nitrogênio, montanhas gelo, vales e outras formações jamais imaginadas por lá.

A sonda New Horizons recebeu a posição de quinta espaçonave mais distante no Sistema Solar. Antes dela tivemos as sondas Voyager 1 e 2 e suas antecessoras, Pioneer 10 e 11. Ela se posicionou tão distantes que seus sinais de rádio levam cerca de sete horas para alcançar a Terra, mesmo percorrendo o espaço na velocidade da luz. 

New Horizons em 2021

Já faz um tempo que a sonda New Horizons deixou Plutão para trás. Em abril de 2021, ela atingiu um marco histórico: uma distância até o Sol 50 vezes maior que a nossa daqui da Terra. Para comemorar, a espaçonave realizou uma tarefa nunca tentada antes na borda do sistema solar.

Às 19h42 do dia 17 de abril (horário de Brasília), a New Horizons estava a 50 unidades astronômicas (UA) do Sol. Uma unidade astronômica equivale à distância média da Terra ao Sol, que é de aproximadamente 150 milhões de km.

As expectativas dos responsáveis da missão passam por ter a New Horizons no espaço interestelar até a década de 2040 e espera-se também que continue a acumular feitos destes e a enviar mais imagens e descobertas épicas.

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Por Tales Ciel 

Todo grande cineasta tem que começar de algum lugar, e o audiovisual, como toda forma de arte, consegue aproveitar bastante a universidade para iniciar suas experimentações e produções. Guilherme Jardim é co-diretor e roteirista do curta-metragem “Dois”, junto com Vinícius Fockiss. Jardim também é aluno do Centro Universitário Una e integrante da agência Una 360.

O curta conta a história de Bernardo e Luix, que buscam aproximação afetiva durante o período de distanciamento social e, em meio ao caos, tentam descobrir outras formas de amar. Foi contemplado pela 6ª Edição do Prêmio BDMG Cultural, nomeado Melhor Filme pelo Júri do Festival Kinolab Tela Digital 2021, e mais. Guilherme Jardim conta um pouco sobre o seu processo de criação de um filme independente e as algumas das dificuldades de produção em meio ao isolamento social.

Em parceria com o Contramão, o Núcleo de Relações Públicas e Cultura traz o Palco 360: onde os estudantes que integram a equipe podem exibir suas produções e trabalhos. Guilherme concedeu uma entrevista sobre seu filme e nos contou sobre sua vida profissional e a produção de “Dois”.

Como é o processo de produção de um filme?

Esse processo de elaboração de filme, pra mim a princípio é um processo muito aberto. Porque, normalmente, pode ser uma frase que me motiva a escrever um roteiro, pode ser uma imagem que eu vi e que tive vontade de fazer uma história baseada nela, pode ser de alguma história que já escutei. Então depende do caso.

O filme “Dois”, por exemplo, que é o filme que eu faço roteiro e direção, surgiu a partir de uma frase que tinha anotado num tipo de bloco de notas do celular. E a partir dali, fui moldando essa história junto com o Vinicius Fox, que é meu amigo e fez esse filme junto comigo. E a gente chegou onde o “Dois” é hoje.

 

Quais as dificuldades que mais te testaram durante o projeto de “Dois”?

As maiores dificuldades que eu enfrentei durante o processo de criação do “Dois” foram, primeiro: o filme foi idealizado e desenvolvido durante a pandemia do coronavírus; o início da pandemia. Então a gente já tinha a primeira dificuldade de produção que seria fazer um filme em dupla à distância. Não podendo nos encontrar e tudo mais.

E aí, depois, também de direção à distância. Porque é um filme que envolve dois atores, o Bernardo Rocha e o Luis Gabriel, e que se fala muito sobre amor em meio ao caos. Então tinha também essa diferença entre a realidade que estávamos vivendo e o que queríamos propor junto ao filme.

Fazer esse direcionamento, tentar se aproximar dos atores e criar essa relação mais íntima mesmo à distância, acho que foi a maior dificuldade. Mas ao mesmo tempo, também, foi a maior alegria, assim, dentro do filme. Porque, eu acho que todo esse processo acabou fortalecendo a mensagem que a gente queria passar com o “Dois” e o queremos propor com essa história. Então, até no meio dessas dificuldades, a gente acabou conseguindo criar novos caminhos, para que as coisas fossem possíveis mesmo de acontecer.

E eu acho que se fazendo cinema universitário independente, precisa ter muita dessa força; de tipo, tem que querer um pouquinho mais do que o normal. Porque qualquer coisa desanima e, enfim, a gente precisa ter essa consistência e acreditar nas coisas que a gente faz.

 

Como é conseguir/ter o apoio da instituição?

É, ter a universidade como apoio no processo facilita alguns passos, principalmente quando a gente tá desenvolvendo a escrita do projeto. Nas aulas a gente tem as orientações dos professores, que têm experiências diversas. Então, isso acaba agregando muito nesse processo de criação e eu acho que é um facilitador também. Muitas vezes nós ficamos em dúvida, inseguros com o que estamos propondo e é bom ter esse apoio junto aos professores, de mostrar a sua ideia e compartilhar e ir construindo juntos.

Acho que um ótimo exemplo no processo do “Dois” foi a nossa relação com a Mariana Mól, que era professora na época da disciplina de P.I. de ficção, e a gente tinha um diálogo muito aberto, muito horizontal. Muitas vezes nós chegávamos com uma ideia e – uma ideia embrionária, que seja – e conversava, e acabavam surgindo novas ideias no meio disso.

Também tem muito haver com o se questionar, sabe? Acho que a universidade dá também essa oportunidade para sermos mais críticos com os trabalhos que fazemos. Colocam a gente pra pensar: ‘Que história é essa?’; ‘Onde que a gente quer chegar com essa história?’; ‘Por que que a gente tá contando ela?’. E ter argumentos plausíveis e profundos. Ao meu ver, acho que cada caso é um caso, e pro “Dois” foi muito importante se questionar várias coisas, acessar memórias afetivas e ter essa troca mesmo; essa relação coletiva e horizontal com todo mundo que estava, de alguma forma, desenvolvendo esse projeto.

Até teve um caso muito marcante, que eu amo, que foi quando estávamos tendo uma das orientações com a Mariana e ela lembrou de um livro da Ana Maria Martins – Como Se Fosse A Casa. Ela lembrou de um poema específico e falou: “Olha, pelo que vocês estão me falando, me lembrei disso aqui!”. E nós estávamos numa reunião ao vivo e ela meio que abriu o guarda roupa, pegou o livro na hora e leu pra gente. Depois mandou as fotos, para termos o acesso, também, digitalmente, caso fosse interessante usar. Enfim, [usar] como uma inspiração e acabou virando, sim, uma das coisas que usamos de referência. E acho que, também, essa construção afetiva, sabe? Do filme, junto aos professores; acaba criando um corpo que [vai] além do que a gente consegue imaginar e querer. É muito natural e muito bonito.

 

Se pudesse citar um dos seus projetos favoritos, qual seria?

O “Dois” foi um processo muito íntimo pra mim. Tanto pela troca com o Vinicius, de pensar nisso juntos, sabe? Tanto [quanto] fazer um filme para que eu acreditasse no meu potencial. Eu estava vindo, antes do Dois, de um processo que eu me desacreditava muito. Das coisas que eu poderia propor. Eu não me via muito nesse lugar, principalmente de roteiro; tinha muita dificuldade de me enxergar ali. Acho que o “Dois” veio como esse “clareamento das retinas”, “uma correção da miopia”, onde era tudo embaçado pra mim. Acabou ficando mais claro, mais amplo; consegui enxergar mais longe. Eu consegui criar possibilidades a partir do que eu tinha.

O “Dois” também vem muito junto com o meu entendimento com o cinema, que tipo de cinema eu quero fazer. E tem muito haver com um termo que eu gosto de usar, que se chama: auto-ficção. Que é o compartilhamento das coisas que eu vivi e que vivo, e ao mesmo tempo, das coisas que eu invento. Como eu consigo pegar da experiência e transformá-las, também, a partir das coisas que eu queria viver.

 

Qual dica você daria pra si mesmo e os outros?

A dica que eu daria, tanto pra mim e pra outras pessoas seria de ficar sempre atento. Eu acho que o cinema se dá muito ao olhar. Pra quem curte esse tipo de produção hereditária, uma produção que fala sobre nós (eu com um realizador, não-binário, lgbtqia+), é da minha vontade criar imagens pensado nesses corpos e como que eu posso representá-los. É mais sobre a representação do que a representatividade. E como que, a partir da minha vivência e das coisas que eu acredito, posso propor novos imaginários e fazer esse processo de abrir caminhos; abrir mentes.

Enfim, para quem gosta desse tipo de cinema, a dica é estar atento às suas memórias, as coisas que você está vivendo no agora. Eu acho que tem muita coisa que a vida acaba trazendo e a partir [disso], talvez, igual o “Dois”, uma frase que se escreve num bloco de notas, acabe virando filme.

 

Edição: Daniela Reis

Revisão: Keven Souza

 

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Devise é uma banda de rock independente de Belo Horizonte, formada por Luís Couto (vocal), Bruno Vieira (guitarra), Daniel Mascarenhas (bateria) e Bruno Bontempo (baixo), que há nove anos vem encarando o mercado da cena autoral mineira, trazendo composições originais com influências desde o Britpop até o Rock Mineiro.

Com dois discos lançados ao longo da carreira, a banda deu início em junho deste ano a gravação do terceiro, que promete ao público uma Devise mais madura, sem medo de arriscar novos elementos, porém sem perder a identidade.

Em comemoração ao dia do Rock, o Jornal Contramão, traz hoje uma entrevista exclusiva com o vocalista Luís Couto, contando o que podemos esperar do terceiro álbum de trabalho da Devise, que já teve três músicas lançadas, entre elas “Além do Próprio Espelho”, “Tempo Aberto” e “De Quanto em Quanto Tempo”, mostrando que o novo disco promete muitos sucessos. 

1) Como surgiu a ideia do lançamento desse novo álbum?

A ideia desse disco vem desde do final de 2018, já vínhamos trabalhando em algumas músicas e começamos a estruturar o álbum a partir dali. Lançamos uma música no final daquele ano, que foi “Além do Próprio Espelho”, e lançaríamos mais alguns singles até vir o álbum cheio em 2020. Ficaríamos um ano trabalhando as músicas e o álbum no ano passado. Porém veio a pandemia e achamos que o clima do disco não tinha nada a ver com aquele momento que vivíamos, também não iríamos poder sair para tocar essas músicas, por isso, resolvemos adiar o lançamento. 

Tudo isso acabou sendo algo que fez bem para o álbum e para a banda, essa espera, porque em 2020 acabamos lançando um single novo, “Espera”, que ficou essa temática de pandemia, lockdown, também lançamos várias versões acústicas e isso movimentou bastante a banda e trouxe novas pessoas para escutarem o nosso som. 

Nesse meio tempo novas composições surgiram, entraram músicas novas, saíram algumas, mas a base do disco em si é muito forte, assim em termo de identidade esse novo disco marca um novo momento da banda e tudo mais. 

2) Quando começaram as gravações do novo disco e onde ele está sendo gravado?

Começamos a gravar mesmo no começo de junho de 2021, mas a gente já estava trabalhando forte nele desde março, pois ficamos um ano sem se encontrar, por questão de proteção, trabalhando à distância, tanto que as versões que lançamos durante a pandemia foram gravadas com cada um em sua casa. Retornamos no primeiro trimestre, passamos a nos encontrar para fechar as músicas, as composições, alguns arranjos, e em junho fomos para o estúdio, o Pacific Studio, do Cris Simoes, que é quem está produzindo o disco.

3) Como tem sido o processo de produção desse novo disco em um cenário de pandemia?

O processo é um pouco diferente do normal, é estranho gravar um disco com máscara, mas entendemos como isso tudo é necessário. Nós quatro estamos respeitando as medidas de isolamento e muito preocupados com a situação, então optamos por só tirar a máscara em momentos específicos, por exemplo, na hora de gravar voz. Achamos que seria pior, mais chato com todas essas questões, nem pelo uso da máscara, mas a situação em si, porém acabou sendo um alívio, ficamos preocupados com a tensão disso atrapalhar mas está tudo fluindo muito bem.

Como estamos respeitando ao máximo essas medidas de isolamento, nos sentimos de certo modo, seguros. O Cris, produtor, fica em uma sala diferente, nós conversamos pelos fones, tem tv e câmera, nos comunicamos dessa forma e só vamos na sala dele para escutar. É um processo diferente do que a gente sempre fez, mas é um retrato do momento que vivemos.

Por incrível que pareça, apesar de tudo, é o disco que a gente está gravando em condições mais difíceis, mas que está fluindo mais legal, estamos mais tranquilos, seguros, respeitando o espaço de cada um, com muita alegria. Quando eu vejo o Mike, o D2 ou o Bontempo gravando eu fico muito feliz de ver o que eles estão fazendo lá e acho que é assim com todo mundo, está sendo um escape super importante e também e um momento bacana para a banda.

4) O que o público pode esperar do novo disco? Quais foram as principais influências?

É um trabalho muito especial e diferente dos outros dois, nós temos um pouco disso, mantemos nossa identidade, mas buscamos sempre trazer novos elementos a cada álbum. Acho que o público pode esperar algo mais ousado. Ele tem momentos mais para cima e outros mais introspectivos, penso que é um álbum bem coeso, e apesar de momentos diferentes, as músicas conversam muito bem entre si. 

É um disco que a gente está curtindo fazer, e isso vai para o som, estamos felizes fazendo aquilo que amamos, tocando, estando juntos. 

Em relação às referências, temos uma muito forte ali da galera de Manchester, do início dos anos 90, Primal Scream, Stone Roses, Charlatans, Happy Mondays, Madchester, Oasis, todas essas bandas que são uma referência para nós. Muito rock mineiro também, nesse sentido somos muito bairristas, então dá para sentir um Skank, naquela fase do Cosmotron, Carrossel, algumas referências de música brasileira, como Lô Borges, rock nacional presente de certa forma com Charlie Brown e Legião. Inclusive tem referências de reggae, dub, uns elementos bem diferentes que nunca usamos e tem nos influenciado bastante.

5) Quem está por trás das composições das novas faixas e como foi esse processo de composição?

Geralmente eu escrevo, levo a música para a banda e trabalhamos juntos os arranjos, a maioria das músicas saem dessa maneira, mas tem também outros momentos que os meninos chegam com alguma ideia, um riff de guitarra, de baixo e aí eu acho que dá para transformar aquilo em uma música e trabalho em cima. 

Nesse disco, especialmente, tem parceiros de fora, tem dois amigos, Pedro Dias e o Fernando Pádua, que escreveram comigo, De Quanto em Quanto Tempo, o João Ferreira, da Daparte, tem uma letra que escrevemos em parceria. Outra coisa legal é que pela primeira vez, tem uma letra do Mike (guitarrista), foi feita em parceria, mas grande parte é dele, até então ninguém da banda tinha escrito uma letra além de mim, e foi bem legal.

6) Como você define a evolução da Devise do começo até hoje?

Esses dias eu estava lembrando da gente entrando no estúdio para gravar o primeiro disco, e o quanto nós éramos mais inseguros e ingênuos em algumas questões, que para um primeiro disco são até importante, ter essa ingenuidade, e acredito que a grande evolução da Devise está aí, hoje em dia nós somos extremamente seguros do que queremos ser, do que queremos fazer, não temos mais medo de experimentar novas coisas, de trazer novos elementos e colocar no som, se não ficar bom a gente tira. Nos permitimos mais, mas sempre mantendo uma identidade muito clara, isso é muito importante, evoluir mas ter algo forte que as pessoas lembrem do nosso som, por mais que elas vejam que é diferente de certa forma, elas sabem que é a Devise.

7) Quais são as expectativas para o lançamento do novo álbum?

A expectativa é enorme, mas como a gente ainda está nas gravações, estamos focados nisso, queremos aproveitar ao máximo esse momento, curtindo muito o processo. Nós já temos uma programação de datas e tudo mais, é provável que as pessoas comecem a conhecer o disco no início de agosto, que a gente solte ali algumas músicas inéditas e até o fim do ano todo ele lançado.

8) Como tem sido a distância dos palcos?

A distância do palco é algo muito difícil, porque nós somos uma banda muito de show, de tocar, e a gente até entende a importância de estar ali presente na internet, mas o nosso rolê sempre foi estar junto tocando, e quando você não está fazendo show, obviamente, isso diminui, por mais que a gente esteja no estúdio, é diferente, então tem sido bem difícil, mas entendemos como necessário para o momento. 

Não dá para fazer show, eu acho que nem conseguiria fazer, se alguém falasse “ah pode tocar”, eu não tocaria, não me sentiria bem, não é o momento, isso é muito maior que a nossa saudade dos palcos. É difícil, é ruim, é uma das coisas que mais amamos fazer nessa vida, mas é necessário para proteger todo mundo.

9) Uma boa lembrança dos palcos depois de tantos anos de estrada?

Os shows na Obra são o que nós mais lembramos, por mais que já tenhamos passado por palcos, festivais grandes, ali na Obra é quando estamos em casa, é quando as pessoas mais próximas de nós gostam de ir nos ver tocar, a galera da Obra nos recebe muito bem, essa lembrança é muito forte e é algo que sempre está rondando a gente. Mas também tem muitos outros momentos legais, encontro com ídolos, bandas amigas, a gente na estrada, sempre dávamos um jeito na logística de ir juntos, porque apreciávamos muito esse momento, 8, 9 horas na estrada trocando ideia, são grandes lembranças.

10) Sabendo que hoje é o dia do rock, para você, vocalista da Devise, o que o rock representa em sua vida? 

Rock dá sentido para muita coisa da minha vida, eu não seria essa pessoa que eu sou hoje se não fosse o rock, e eu acho que significa, principalmente, liberdade de ser o que você quiser ser, de poder ser o que você quiser ser, de olhar para o outro e também deixar ele ser o que ele quiser ser sabe, penso que tem a ver com transgressão. Vemos os caretas dentro do rock e para mim não faz o menor sentido, porque o rock não tem nada a ver com caretice, preconceito, o rock não é isso. Resumindo, o rock me formou pessoalmente entendendo isso dessa forma, e é uma coisa muito importante para mim. 

 

 

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Por Daniela Reis 

Amanhã, dia 10, é comemorado o Dia Mundial da Pizza. E para comemorar a data, o Contramão convidou a professora do curso de Gastronomia da Una, Carol Haddad, para compartilhar conosco uma receita especial de massa e três opções de recheios deliciosos.

Vale a pena fazer em casa e agradar os familiares! Ahhh tem receita de recheio vegetariana também, viu?

RECEITA:

MASSA DE PIZZA

Rendimento: 04 unidades grandes (06 pedaços cada)

Ingredientes:

  • 01 kg de farinha de trigo (preferencialmente 00)
  • 90 g de fermento biológico fresco
  • 400 ml de água morna
  • 24 g de açúcar
  • 10 g de sal
  • Quanto baste de farinha de trigo ou fubá para abrir a massa

Modo de preparo:

Misture água morna (NÃO pode ser quente!), fermento, açúcar e óleo.

Junte, aos poucos, todos os ingredientes líquidos à farinha e ao sal. Sove bem a massa até que fique lisa.  Deixe descansar por 01 hora coberta com um pano limpo e úmido. Sove novamente e deixe descansar por mais 01 hora.

Abra os pedaços de massa em uma bancada levemente coberta por farinha de trigo ou fubá. Espalhe o molho (tradicionalmente, de tomates) e disponha o recheio. Asse em forno pré aquecido a 250 Cº por cerca de 05 minutos e sirva imediatamente.

 

MOLHO DE TOMATES (SUGO)

Rendimento: cerca de 01 litro

Ingredientes:

  • 06 tomates (Italiano, Andrea ou San Manzano) bem maduros e em cubos grandes – com pele e sementes
  • 01 lata de tomates pelados ou ½ “garrafa” de passata de tomates
  • 04 dentes de alho picados grosseiramente
  • 01 cebola picada grosseiramente
  • Folhas de manjericão fresco a gosto
  • 01 colher (sopa) de manteiga
  • Quanto baste de água (se necessário)
  • Sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo:

Refogue a cebola e o alho em manteiga. Bata-os no liquidificador junto com os tomates, folhas de manjericão e o tomate pelado ou passata.  Se necessário, coloque um pouco de água para ajudar a bater. Coloque a mistura na panela e leve ao fogo baixo para que os tomates cozinhem e os sabores apurem. Tempere com sal e pimenta do reino.

 

PIZZA DE RAGU DE LINGUIÇA ARTESANAL COM VINHO TINTO, BURRATA, MUÇARELA E MANJERICÃO

Rendimento: 01 pizza grande (06 pedaços)

Ingredientes:

Ragu:

  • 250 g de linguiça toscana sem tripa
  • 100 g de linguiça calabresa em cubos pequenos
  • 01 colher (sopa) de manteiga com sal
  • 50 ml de vinho tinto seco
  • 50 ml de conhaque
  • 04 dentes de alho picados em cubos pequenos
  • 500 ml de molho de tomates
  • ½ colher (sopa)de açúcar
  • 01 cebola picada em cubos pequenos
  • Água (se necessário)
  • Sal a gosto
  • Pimenta do reino a gosto

Montagem:

  • 01 disco de massa de pizza
  • Ragu de linguiça
  • 01 burrata de búfala
  • 250 g de muçarela ralada em ralo grosso
  • Folhas de manjericão a gosto

Modo de preparo:

Ragu: coloque a manteiga em uma panela média e de fundo grosso. Leve ao fogo. Quando derreter, coloque a linguiça calabresa e mexa para que refogue sem queimar. Acrescente o alho e mexa para que ele também refogue. Junte a cebola e a linguiça toscana. Coloque o vinho e o conhaque. Deixe que ferva para evaporar o álcool.  Acrescente o molho de tomates e mexa. Deixe cozinhar para que o ragu fique cremoso e os sabores apurem. Se necessário, coloque um pouco de água. Tempere com sal, pimenta do reino e açúcar. Reserve.

Montagem: espalhe o ragu sobre a massa de pizza deixando as bordas livres. Polvilhe a muçarela e leve ao forno pré aquecido a 250 Cº. Depois que a pizza estiver assada, coloque a burrata no centro e maçarique-a. Finalize com as folhas de manjericão espalhadas ao redor.

 

PIZZA DE ABOBRINHA GRELHADA, PALMITO E TOMATE SECO

Rendimento: 01 pizza grande (06 pedaços)

Ingredientes:

  • 01 disco de massa de pizza
  • 01 abobrinha italiana média em rodelas bem finas
  • Quanto baste de azeite
  • Suco e raspas de 01 limão
  • Sal a gosto
  • Pimenta do reino a gosto
  • 150 g de palmito em rodelas com aproximadamente 02 cm de espessura
  • 100 g de tomates secos em fatias com cerca de 01 cm cada
  • 500 ml de molho de tomates
  • 100 g de muçarela ralada (ralo grosso)
  • 100 g de parmesão ralado (ralo fino)

Modo de preparo:

Tempere as rodelas de abobrinha com suco de limão, sal e pimenta do reino. Reserve. Em uma frigideira pequena e de fundo grosso, disponha azeite suficiente para cobrir levemente o fundo dela. Leve ao fogo baixo e disponha as rodelas de abobrinha aos poucos, para que dourem levemente dos dois lados. Retire, escorra e reserve.

Espalhe o molho de tomates no disco de pizza deixando as bordas livres. Espalhe a muçarela e, sobre ela, as rodelas de abobrinha. Coloque o palmito e o tomate seco e, por cima de tudo, polvilhe o parmesão. Leve ao forno pré aquecido a 250 Cº. Quando o parmesão derreter e começar a dourar, retire a pizza do forno e finalize com as raspas de limão.

PIZZA DE DOCE DE LEITE COM PAÇOCA

Rendimento: 01 pizza grande (06 pedaços)

Ingredientes:

  • 01 disco de massa de pizza
  • 400-500 g de doce de leite
  • 06 paçoquinhas esfareladas grosseiramente

Modo de preparo:

Espalhe o doce de leite sobre a massa e leve ao forno pré aquecido a 250 Cº até que a massa doure e cozinhe. Retire e finalize com a paçoquinha esfarelada.

OBS.: para amolecer um pouco o doce de leite (e deixa-lo mais fácil de espalhar sobre a massa), retire-o da lata e leve ao micro-ondas por cerca de 01 minuto.

E aí gostou? Quando fizer a receita em casa, tire fotos, compartilhe e marque o @jornalcontramao

 

 

 

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Glee (FOX) Season 2, 2010-2011 Shown: Naya Rivera

Por Daniela Reis

A atriz e cantora Naya Rivera foi encontrada morta no dia 13 de julho de 2020. Ela estava desaparecida desde o dia 08 daquele mês, após pular de um barco no lago Piru, na Califórnia. O filho dela, a época com 4 anos, foi encontrado sozinho na embarcação com boas condições de saúde. Na época, o menino disse as autoridades que viu quando a mãe afundou na água.

As autoridades criaram uma força tarefa para as buscas de Naya, foram cinco dias de trabalhos incessantes acompanhados pela família da atriz. De acordo com as investigações, ela teria ajudado o filho a subir no barco antes de desaparecer. Durante as investigações, a polícia local já acreditava que Naya teria sido vítima de afogamento acidental, fato confirmado após a autópsia do corpo.

A trajetória de Naya Rivera 

A atriz americana nasceu em janeiro de 1987 na Califórnia e começou a atuar ainda bebê. Seu primeiro trabalho de destaque foi aos 4 anos na comédia da CBS “The Royal Family”.

Ela também fez participações especiais em vários programas, incluindo “Um Maluco no Pedaço”, “Baywatch” e “CSI: Miami”.

O auge da carreira foi na série “Glee”, quando Naya interpretou Santana Lopez, uma líder de torcida, e apareceu em mais de cem episódios. O musical de sucesso foi transmitido de 2009 a 2015, mas Naya saiu da produção em 2014.

Ela também era modelo e tinha uma carreira como cantora. Naya lançou o single “Sorry” com participação de Big Sean em 2013.

Outras tragédia que marcaram o elenco de Glee

No dia 30 de janeiro de 2018, Mark Salling, que deu vida ao personagem Noah Puckermann, foi encontrado morto. O ator cometeu suicídio aos 35 anos, após se declarar culpado pela posse de imagens de pornografia infantil. Mark foi preso em 2015 e em 2017 ele conseguiu um acordo de até sete anos de prisão, mas poderia ficar sob a supervisão da justiça durante toda a vida. O corpo foi encontrado em um rio e a causa foi enforcamento.

Ator da série Glee Mark Salling

No dia 13 de julho de 2013, Cory Monteith, de 31 anos, foi encontrado morto em um quarto do hotel Pacific Rim, em Vancouver, no Canadá. Alguns dias depois, a polícia confirmou que a causa da morte foi uma overdose, após o ator misturar álcool e heroína. Em Glee, Cory Monteith interpretou Finn Hudson. Na série, o personagem também morreu e ganhou um episódio em sua homenagem.

Ator de Glee Cory Monteith

 

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Por Keven Souza 

O mercado de trabalho vive uma constante evolução em relação a qualificação dos profissionais, e tem exigido indivíduos cada vez mais comprometidos e capazes de operar em diferentes âmbitos ocupacionais. No Centro Universitário Una, as agências, os projetos de extensão e a Fábrica, que é o coletivo dos laboratórios de Economia Criativa, fazem parte dos núcleos que  desenvolvem habilidades consistentes aos alunos e proporcionam experiências profissionais reais e diversificadas.

E o Contramão traz hoje uma agência que faz parte da Fábrica e que se configurou como o núcleo do curso de Relações Públicas, mas que abrange diversos cursos acadêmicos com o objetivo de conceder aos alunos destaque no mercado de trabalho, mediante a participação na produção de eventos, para capacitá-los profissionais de diversas formações e habilidades.

A Una 360 é uma agência multidisciplinar, situada na Cidade Universitária Una, no campus Liberdade e atua no mercado desde 2014. Os serviços fornecidos no setor de produção, aprimoram a experiência dos estudantes ao conhecerem a estrutura dos grandes eventos em etapas de organização, logística, cobertura fotográfica e jornalística e até mesmo o resultado final.

Alunos em cobertura jornalística

Atualmente, a 360 é gerida pela líder interina Larissa Santiago, que está cobrindo provisoriamente a licença maternidade de Débora Lisboa Quirino (líder efetiva), com o suporte de treze extensionistas de diferentes cursos da área de comunicação e de outros como Arquitetura, Design Gráfico, Cinema e Direito. 

Segundo Larissa Santiago, líder interina e coordenadora da agência LUNA, a Una 360 desenvolve profissionais para o futuro, que além das habilidades técnicas, possuem uma visão humanística nas relações e produções, e entendem a importância de suas ações nas reflexões culturais. Em que, os extensionistas são uma equipe unilateral que trabalha em conjunto nos projetos, e a diversidade de contextos sociais, fortalecem a equipe que é vibrante, múltipla, expansiva e colaborativa. 

Na Una 360 o foco é treinar e revelar novos talentos mediante as produções realizadas, sendo um meio de exposição no que diz a respeito aos extensionistas saírem da agência, na maioria dos casos contratados, em que ambos têm a oportunidade de crescerem profissionalmente e serem reconhecidos no mercado de trabalho em virtude de sua participação no núcleo.

Para o estudante Patrick Bryan Ferreira do Nascimento, que foi um dos extensionistas de jornalismo no ano de 2019, sua participação foi inesquecível e trouxe muitas propostas de trabalho. “Trabalhei para a Rede Minas, por indicação de um colega que trabalhava com a gente nos eventos, e hoje estou indo para uma nova proposta, já formado, pela experiência que tive na Una”, afirma. 

Segundo ele, suas funções eram deliberadas a partir de sua formação, e desenvolveu habilidades fundamentais como profissional e que sua atuação como assessor de imprensa e social media na Una 360, trouxe a oportunidade de cobrir eventos e entrevistar famosos como a Ivete Sangalo, Fernanda Gentil, Iza, Seu Jorge, Melim e outros, nos mais de duzentos eventos produzidos ao longo de sua participação. 

“Sempre fui interessado no entretenimento desde criança e de repente, tão cedo, você estar na produção de um mega show, na sala de imprensa com artistas que você sempre ouviu e admirou é muito emocionante”, explica Patrick. 

À frente de tantos outros projetos focados na produção de eventos, a Una 360 viabiliza contribuir com a experiência e o network dos alunos, e amparar na prática os conhecimentos aprendidos em sala de aula com assertividade. 

As oportunidades são únicas, capazes de ofertar o contato com o mundo exterior, que ao convergir com o amadurecimento profissional, acarreta no estímulo dos sonhos dos alunos de prestarem serviços à grandes festivais. Por essa razão, promover eventos corporativos ou de entretenimento na agência, é construir experiências enriquecedoras, inesquecíveis e divertidas, que auxiliam os estudantes a iniciarem as carreiras. 

Isabella Rosa Tavares, que está no décimo período do curso de Direito, afirma que, o que a levou ser extensionista da Una 360, e possuir jornada a mais de três anos na equipe, foi a possibilidade de trabalhar com eventos dentro de sua área, focada em otimizar seu tempo aos estudos e agregar conhecimento acadêmico.

Para ela, a agência motivou o seu sonho de produzir eventos, porque durante as festividades lidava com pessoas e grupos distintos, e se permitiu descobrir que é ótima em trabalhar com o público. E, que hoje ama participar dos eventos e o sentimento que permanece a cada produção é o de dever cumprido.

“Me sinto realizada e preparada para encarar o que vier pela frente, porque foi exatamente essa junção de teoria e prática que abriu não só o leque do conhecimento, mas também me tornei uma pessoa muito melhor do que a Isabella que ingressou no início da graduação”, desabafa Isabella.

Parceria e serviços 

Devido ao cenário imposto pela pandemia de Coronavírus, o setor de eventos é um dos mais afetados e as produções externas permanecem estagnadas para a realização de festividades. Entretanto, os principais serviços prestados pela Una 360 dão oportunidades aos extensionistas de participarem ativamente de ações como planejamento de espaços e plantas arquitetônicas, atendimento em postos médicos, assessoramento digital, cobertura fotográfica e produção de filmagem, coletivas de imprensa, acompanhamento e interface com fornecedores contratados, processos de marketing, apoio logístico, gestão de contratos e uma infinidade de outras tarefas que fazem parte da realização de um grande evento. 

Neste momento, a agência tem se adaptado para executar exclusivamente projetos de caráter online, que viabilizam a prestação de serviços seguindo as normas de segurança contra a Covid-19, e atividades como a gestão de redes sociais, cenografia, websérie, produção de conteúdo, cobertura fotográfica e audiovisual, têm sido as principais tarefas realizadas atualmente. 

Em Belo Horizonte, a Una 360 cresceu no mercado diante da sua trajetória, e reúne em média mais de duzentos eventos anuais com parcerias entre produtores de pequeno a grande porte, como o Planeta Brasil, Sarará, Prazeres da Mesa, Bloco Pirraça, Tardezinha e tantos outros renomados do setor de produção. Além de realizar eventos institucionais do Centro Universitário, como o GastroUna (gastronomia) e o UnaTrends (moda). 

Para a estudante Thalia Aparecida da Costa, que está no sexto período do curso de Relações Públicas, é através dos serviços realizados ao longo de sua participação na 360, que alcançou uma maior agilidade na resolução dos problemas que surgem durante os eventos, sua postura firme foi trabalhada diante das situações que lidava com o público diretamente. E afirma que atualmente a habilidade que mais tem desenvolvido é a sua criatividade na criação de conteúdos.

Segundo ela, ter a possibilidade de se conectar com a profissão, ainda na faculdade, é uma maneira de abranger o seu conhecimento e entendimento da área, além de auxiliar no networking para o mercado de trabalho.

Um dos eventos realizados pela agência foi o Festival internacional de jazz, que antes da pandemia de Covid-19, trazia para Belo Horizonte artistas nacionais e internacionais, privilegiando o jazz clássico de New Orleans, anualmente na Praça do Papa com apresentações gratuitas. 

Na época, a atuação da Una 360 ocorreu desde os anos de 2016 a 2020 (última edição realizada por causa da pandemia), sendo contratados para enviar convites, confirmar presenças, apoiar no desenvolvimento da planta arquitetônica e montagem do evento, identificar os convidados na portaria do evento, apoiar na logística do traslado dos convidados, fiscalizar e apoiar durante o coquetel, quick massage, fotografia e filmagem do evento. 

I Love Jazz – Foto: Marcos Vieira
I Love Jazz – Foto: Marcos Vieira

Vércia Oliveira, que é Gerente de Eventos do Grupo Diários Associados de Minas Gerais e a responsável pela contratação da Una 360 neste festival, afirma que a parceira é uma mão de via dupla, que além se ter o custo-benefício em relação a mão-de-obra para o organizador, é ofertado diretamente a oportunidade ávida dos alunos vivenciarem momentos reais com ação proveitosa para proporcionar o crescimento imprescindível para torná-los profissionais mais completos. 

Para ela, as inúmeras parcerias com a agência são sempre muito enriquecedoras e ao longo dos anos muitas produções aconteceram e em todas elas o comprometimento da equipe foi excepcional para serem reconhecidos no setor de eventos.

“Eu espero, em todas as produções, ter passado um pouco de nós pra eles, pois sempre deixaram muito deles conosco.  Somos muito gratos às parcerias realizadas com a Una 360!” diz Vércia.