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Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Por Thiago Guimarães Valu

Não é difícil ao andar pelas ruas, vez ou outra, a gente se deparar com pessoas muito jovens, acima do peso. Eu mesmo, durante parte da minha infância, toda adolescência e grande parte da vida adulta, estive nessa situação. Hoje, não posso me declarar como uma pessoa de biótipo exemplar, mas sou alguém que pratica exercícios físicos e segue uma boa alimentação.

Vivemos em um tempo, onde a comida é de rápido preparo, farta e nada nutritiva. São inúmeras as opções dos chamados fast foods, onde o universo de gorduras trans e açúcares, são quase ilimitados. Mas vamos tentar ir um pouco mais além, do que a visão nos sugere. Onde realmente começam os problemas, para uma juventude obesa?

Um tempo de mudanças

A puberdade é um período de muitas mudanças, os hormônios estão agindo para a transformação de crianças em jovens adultos, e isso agrega uma série de processos no organismo. Agora muitas vezes, é proveniente de algo mesmo antes do período da adolescência, sendo assim ela é multi fatorial, desde questões genéticas e estresse na gestação, até questões de mudanças alimentares e do meio ambiente de uma forma geral. Tudo isso, acaba por propiciar o aumento de peso.

Reconhecendo o problema

Algo importante para se resolver qualquer situação, é de forma primária, entender e enxergar que é necessária uma ajuda. Muitos pais, infelizmente não estão prontos para conduzir um jovem com esse tipo de problema, então como podemos cobrar que ele encontre os meios para sair dessa realidade? É preciso que os hábitos alimentares saudáveis, além de serem ensinados desde “o berço”, tenham uma extensão ao longo da vida. Talvez uma criança que não teve acesso ou educação sobre a importância de alimentos saudáveis, pode vir a tomar ciência disso em seu aprendizado escolar ou em campanhas fortes do governo na televisão, coisas que são historicamente defasadas em nosso país.

Quebrando o ciclo

De acordo com a Dra. Maria Flávia Gatti, médica endocrinologista em Belo Horizonte, umas das formas de se mudar esse caminho, passa pelas mudanças mental e corporal.

“Este aumento da obesidade na adolescência, é decorrente da mudança dos hábitos aliados ao consumo de alimentos processados além do sedentarismo. Infelizmente além da pandemia atual do COVID-19, nos encontramos também em meio a uma situação de pandemia da obesidade. Situações que já seriam mais difíceis em tempos comuns de serem contornadas, se agravam ainda mais em meio a esse cenário” afirma a médica.

É importante ressaltar, que a tendência de um adolescente obeso se tornar um adulto obeso, é grande. E o com isso, na fase adulta, aumenta-se o risco de desenvolver doenças como, diabetes, hipertensão  e cardiovascular.

O que pode mudar esse quadro?

De fato é preciso que desde os primeiros anos de vida, os bons hábitos alimentares sejam incluídos na vida da criança. Como vimos acima também nessa mesma reportagem, na palavra da Dra. Maria Flávia Gatti, fatores emocionais desde a gestação de uma criança, podem comprometer o seu comportamento alimentar no futuro. Novamente ela fala conosco a respeito de um possível caminho melhor para o futuro.

“É preciso uma atenção especial para as classes sociais mais baixas, a escola pode exercer um papel muito importante nesse sentido de conscientização alimentar. Através de campanhas e da própria merenda sempre nutritiva e saudável oferecida para os alunos. O estímulo a atividade física, também é parte fundamental para a mudança, as crianças estão muito sedentárias ao passar dos anos. E é claro, é preciso que o acesso ao alimento saudável,  seja melhor para toda  população.” Afirma a Dra. Maria Flávia Gatti.

É neste caminho  e com várias ações ainda que isoladas, é que podemos nos próximos anos, mudar hoje a realidade preocupante com relação a obesidade entre os adolescentes. Se faz preciso, de uma vez por todas, que isso seja tratado como aquilo que verdadeiramente o é, uma doença.

 

Edição: Daniela Reis

Revisão: Bianca Morais e Keven Souza

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Por Bianca Morais 

Com a proposta de sempre buscar inserir o aluno no mercado de trabalho,o Una Trendsetters é um projeto do curso de Moda do Centro Universitário Una e é uma grande vitrine para estudantes apresentarem suas coleções como trabalho de conclusão de curso.

Criado em 2010, inspirado pelo formato de outras escolas de moda do país, o então professor Aldo Clécius e o coordenador Júlio Pessoa. O projeto nasceu com o principal objetivo de apresentar os formandos de Moda da Una para o mercado de trabalho. Os alunos, assistidos pelos professores em todo o processo de produção, escolhiam um tema, trabalhavam em cima dele e depois materializavam aquilo em produtos de moda, toda a coleção era desenvolvida, desde roupas até acessórios, e exibidos em um grande desfile para importantes nomes do meio, de influenciadores na área da moda, a empresários e jornalistas.

Como a grande maioria dos eventos da instituição, o Una Trendsetters apresenta uma proposta multidisciplinar, que permite aos estudantes de outros cursos colaborarem com a sua participação. Cinema registrando as edições através de vídeos, a Estética ajuda no preparo dos modelos que irão desfilar no dia, a Gastronomia fica a cargo do coquetel de entrada,o Jornalismo faz a cobertura,  Publicidade e Propaganda e Relações Públicas ajudam na divulgação e a Arquitetura pensa no espaço, todos trabalham em união para conceber e realizar a parte executiva. 

O evento é destinado aos alunos concluintes do semestre de cada edição, na maioria das vezes todos eles eram agraciados com a participação, no entanto, quando a turma tinha um alto número de pessoas, eles eram submetidos a uma banca de avaliação e, em seguida, os melhores selecionados para participarem como forma de premiação.

Sempre de maneira muito profissional, o Una Trendsetters mostrava a qualidade dos trabalhos produzidos por aqueles estudantes, os apresentando a grandes nomes e marcas da moda mineira. Desde sua primeira edição, ele evoluiu tanto que passou a contar com apoio de voluntários, aprendizes de outras escolas de nível técnico, parcerias com o SENAC, entre outros, o que fez ele ser lembrado por todos.

“O Una Trendsetters ganhou essa vida própria, essa autonomia ao longo dos anos por ter se mostrado um evento do ponto de vista interno, capaz de trazer oportunidade para o aluno de experimentar algumas atividades profissionais, em suas respectivas áreas, um celeiro de chances e de aprendizados para eles”, comenta a professora e co-criadora Renata Canabrava.

A evolução do Una Trendsetters

Marca: Madô – A Estética de Erté – Por Amanda Barbosa

Sua primeira edição aconteceu na Casa Una, com clima de aconchego, o prédio histórico foi o palco daquele evento que ao longo dos anos se revelaria gigante. O Una Trendsetters já passou pelo Iate Tênis Clube, Ilustríssimo, CentoeQuatro e se tornou tão gigante que não tinha outro espaço para ocupar a não ser o Mineirão. Para aquela cerimônia que começou de forma tímida dentro do campus, migrar algumas de suas edições para o Salão Panorâmico do maior estádio de futebol da capital, foi uma grande conquista.

Marcante e grandioso, são as palavras usadas pela professora Renata, que viu o projeto crescer com os anos, para descrever aquele momento.

“Ele ganhou atenção institucional, reforço e recebeu aporte, desde a seleção de equipamentos, a gente conseguiu melhorar a qualidade da iluminação, do som, das locações onde ele vinha sendo realizado, ampliar o público presente no evento, e com isso,  envolver mais áreas do conhecimento na concepção e outras características ao longo de sua realização”, completa ela.

Dentro do mercado da moda, o Una Trendsetters passou a ganhar projeção e ser notado, se tornou algo esperado pelos jurados e as pessoas que o avaliavam. A cada ano eles eram surpreendidos por uma apresentação repleta de surpresas e performances pouco convencionais. 

“Tentamos trazer um olhar diferente para esse evento, fazer as coisas não apenas do modo tradicional, o desfile não era só como a gente tinha concebido em mente, mas ele sempre vinha meio performático, com elementos surpreendentes e isso chamava muito a atenção do público”, relembra Renata Canabrava.

“O Una Trendsetters é um marco na história do curso de Moda da Una, pessoas dentro e fora da área aguardam por ele, conseguimos nos colocar em um lugar, onde somos responsáveis por proporcionar a experiência e emoção de estar presente em um desfile com toda a pompa e estrutura que um grande desfile de marcas reconhecidas oferecem, mas agora acessível a toda a comunidade” acrescenta Letícia Dias.

O curso de Moda 

Fruto de muito trabalho, o curso de Moda da Una, foi o primeiro bacharelado a conquistar a nota 5 do MEC no estado, resultado construído de forma coletiva pelos alunos, professores, colaboradores, coordenação e direção. Essa nota teve um sentido muito além do mercadológico, mas foi o reconhecimento acadêmico da qualidade que todos os profissionais envolvidos investiram para que o curso formasse tantos talentos. 

Referência em Minas Gerais na qualidade de ensino, acolhimento, inclusão, diversidade e na estrutura oferecida para a realização das atividades práticas acadêmicas, extracurriculares e desenvolvimento pessoal, o curso tem três laboratórios com equipamentos novos, de alta qualidade e performance e abertos para utilização dos estudantes. 

Desde 2004 o curso de Moda tem o seu próprio Laboratório de Moda, Têxtil e Fotografia. Ele começou dentro do Núcleo Laboratorial da Una, situado no Campus Liberdade, com a necessidade de mais espaço foi remanejado para o ICBEU, e em 2018 transferido para o Campus João Pinheiro 2, onde está até hoje.

Atualmente nomeado Numo, Núcleo de Moda, faz parte da Fábrica, coletivo dos laboratórioa de Economia Criativa.

“A missão do Numo é acolher os nossos alunos e complementar o processo de formação acadêmica com práticas relacionadas a todo o universo que envolve a Moda. O objetivo é oferecer um espaço colaborativo para práticas, brainstorm, conexões, network e que os nossos estudantes sintam-se à vontade para pertencer e compartilhar”, explica Letícia, líder do laboratório.

O Numo trabalha ativamente nas edições do Una Trendsetters, e enquanto nas passarelas apenas podem subir os formandos, o laboratório dá a oportunidade a todos os aprendizes do curso de moda, independente da experiência, a emergirem no processo de produção do evento, como na criação e confecção de bolsas para o PressKit , destinado a Imprensa Brasileira, influencers e empresários, e nos backstage, envolvendo-os nas etapas necessárias para que o desfile da marca aconteça. 

Abrindo portas para o mercado

Marca: OSZ Eduardo Oldzelweski

Todos os alunos que já passaram pelas passarelas do Una Trendsetters se mostraram profissionais de grande excelência para o mercado, é ali que eles dão seus primeiros passos, que idealizam, concebem e executam todo o desfile, é onde o mercado vai enxergá-los pela primeira vez, o projeto gera conexões e é uma verdadeira vitrine de talentos. Muitos são os formandos que saíram do desfile com convites para trabalhar em empresas, desfilar em semanas de Moda renomadas no exterior.

Trabalhos de vários estudantes saíram do papel e se tornaram profissionais, um exemplo deles é o da aluna Maria Cepellos. A garota apaixonada pela moda, costurava e sempre teve a vontade de se envolver mais em todo o processo, da criação até a produção, por isso, ingressou na faculdade de moda da Una. 

Modelo desfila look da Maria Cepellos

No segundo semestre de 2019, a jovem participou do UnaTrend, com sua coleção de tema “Grafitte”, o desfile foi um sucesso, mas o que ela jamais poderia imaginar era o que estava por vir. Primeira ela recebeu um convite para se apresentar no Vancouver Fashion Week, a maior semana de moda do Canadá e segunda maior da América do Norte. 

No ano passado, veio o convite para se apresentar em Nova Iorque, na Curate, e fazer parte do showroom como a primeira brasileira no evento. Em 2021, o convite para participar do New York Fashion Week em 09/2021 ou 02/22.

“Una Trendsetters está em meu currículo, participar dele foi sensacional, me abriu portas e possibilidades que eu jamais imaginei que aconteceria, embora desejasse. A quem está começando o curso agora eu digo, se dediquem, aproveitem ao máximo o conhecimento desses grandes mestres que aí estão porque as oportunidades virão”, diz a designer de moda.

Vitrine de talentos

Rene Benjamin sempre sonhou com o Una Trendsetters. Antes de desfilar com sua coleção, o rapaz foi voluntário durante três anos consecutivos como camareiro e para ele aquele dia marcou sua vida.

Rene comemora o sucesso da sua coleção nas passarela

“ O Una Trendsetters representa muito pra mim, foi como o dia do meu casamento , eu lembro que eu vivi para aquele momento, meu pai conseguiu ir, minha prima-irmã, algumas das minhas melhores amigas, todas as professoras e colegas estavam ali, formei do lado de pessoas maravilhosas, e com aquele gosto de dever cumprido, foi emocionante”, compartilha Rene. 

ANUM foi a marca de roupas criada por ele, voltada para o público masculino NightWear/Urbano.“Criei o conceito de urbano rural e fui construindo as bases para a minha marca em cima da minha história. Nasci no interior de Minas e depois fui para grandes centros urbanos, a minha marca é urban/streetwear, mas com temas de folclore regional. O símbolo da minha logo é o Anú, um pássaro muito comum no interior onde cresci admirando-o ele. Na minha coleção e na minha marca eu abordei temas como o Folclore e o Cyberpunk”, explica o designer que é apenas um dos exemplos de como o UnaTrend permite ao estudante explorar toda sua criatividade.

“O Una Trendsetters me deu muita bagagem como criador, também como camareiro, fotógrafo e etc. O Network de pessoas é muito bom, e gostaria que depois que essa pandemia acabasse pudessemos nos reunir em BH e dar continuidade a isso”, completa o jovem. 

Vanessa Araújo passou pelo Una Trendsetters e deixou seu estilo romântico registrado no evento. Voltada para noivas da classe C, com o nome de Afetiva Dress, a designer desenvolveu uma marca onde as noivas pudessem contar sua história através da roupa com um preço acessível e boa qualidade no acabamento.  

Modelo desfila com vestido criado por Vanessa

Com o tema “Deusa nos contos”, faz um paralelo entre as deusas da Grécia Antiga e as princesas dos contos clássicos, sua coleção veio com bordados artesanais em flores, silhuetas em A, tecidos fluidos e com releituras do véu clássico da noiva. 

“No desfile foi um turbilhão de emoções. Quem vê todo o glamour não imagina como nos bastidores tem todo um trabalho árduo mas prazeroso. O UnaTrend é muito bem organizado, cada um na sua função ajudando uns aos outros. O desfile foi muito importante para nós alunos formandos, tivemos a oportunidade de mostrar nosso trabalho para pessoas importantes e influencers locais”. 

Segundo Vanessa, a chance que teve de realizar um desfile logo no início de sua carreira foi incrível, afinal, os novos designers geralmente demoram um tempo para serem vistos no mercado da moda, e para se fazer um desfile, deve haver um investimento que quem está começando no mercado, ainda não tem condições.

“Com o UnaTrend, tivemos essa oportunidade oferecida pela Una, hoje seguimos na luta de realizar nossos sonhos e colocar nossa criatividade para agregar na moda mineira”, diz ela.

Samile Fernandes é dona da marca que recebe seu nome, e teve a coleção inspirada em suas memórias afetivas. O tema escolhido pela designer foi “De Açucena para o mundo: Memórias Afetivas do Café”, onde falou sobre as memórias que carrega consigo de seu pai Nelito e seu avô Sebastião.

“O elemento que os dois tinham em comum era o cultivo do café para consumo próprio e o gosto que ambos carregaram por toda a vida pelo produto, o que virou matéria prima para a coleção. Além dos dois serem de Açucena, uma cidade no leste de Minas , outro símbolo que usei foi a flor de Açucena, que além de linda, retrata nobreza e simboliza a dor da perda de um grande amor, no meu caso os dois falecidos”, conta Samile.

Sua coleção retrata a casa de pau a pique, local onde o avô morou por toda a vida e criou os filhos, as memórias que eles deixaram, as raízes que simbolizavam seu sentimento foram retratadas em bordados e pedrarias. Pai e avô usavam muito blazer, por isso, ela decidiu usar a alfaiataria como norte, e no dia do desfile usou o blazer do casamento de seu pai. 

“Abrir o desfile foi desafiador, emocionante e uma grande responsabilidade. Marcou a minha vida, porque ali eu tive a oportunidade de falar de dois heróis, de mostrar a importância deles na minha formação como pessoa e profissional. Eu tinha propriedade para citar o quanto tem pessoas que nos inspiram, nos dão força de seguir, nos dão o ar e na coleção, eu quis que ficasse claro o quão precioso foi trazer a memória deles para todos, o meu sentimento foi passado para cada peça”, conclui.

O UnaTrend traz ao Centro Universitário Una um reforço de imagem e reputação muito grande, é mais uma vez a instituição colocando a cara no mercado, mostrando ao mundo o que os alunos da faculdade são capazes, de produzir, criar, educando da maneira certa os estudantes e os transformando em profissionais de excelência que levam o nome Una ao redor do mundo.

 

Edição: Daniela Reis

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Por Daniela Reis 

Há 11 anos o nome do goleiro Bruno Fernandes e da modelo Eliza Samúdio estamparam as manchetes dos jornais em todo o país. O desaparecimento da jovem julgou e condenou culpados, porém mesmo após tanto tempo ainda paira no ar a pergunta: Onde está o corpo de Eliza Samúdio? 

As investigações e os depoimentos de testemunhas e envolvidos levaram à prisão o goleiro e os cúmplices Macarrão e Bola além da emissão de uma certidão de óbito, mesmo sem a principal prova do crime, o cadáver da mulher. Esse documento atesta que ela foi morta por esganadura no município de Vespasiano, localizado na região metropolitana de BH. 

Relembre

A modelo Eliza Samudio tinha 25 anos quando desapareceu misteriosamente em junho de 2010. A jovem passava por uma fase turbulenta devido a uma disputa por pensão alimentícia do filho com o goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo. De acordo com a Justiça, ela foi levada à força do Rio de Janeiro por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado junto com o filho bebê. 

Na noite de 10 de junho de 2010, Eliza foi levada para a casa do ex-PM Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola. A investigação policial concluiu que a modelo foi espancada e asfixiada até a morte.

Bruno ainda nega participação na morte da ex-amante. “Não mandei matar ninguém”. 

Após uma intensa investigação policial, além de buscas fracassadas pelo corpo de Eliza e a fase processual, os réus foram levados a júri popular no Fórum de Contagem, na Grande Belo Horizonte. 

Desfechos 

Bruno foi condenado, em 2013, por sequestro, ocultação de cadáver e por ser o mandante da morte de Eliza. A pena inicial era de 22 anos e três meses de prisão. Anos depois, o jogador de futebol teve a pena reduzida pela Justiça para 20 anos e nove meses. 

Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno, foi julgada ao lado do goleiro, mas absolvida por quatro votos a três pelo júri popular pela acusação de participação no sequestro e cárcere privado de Eliza. 

Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão por envolvimento no crime, mas já cumpre a pena em regime semiaberto

Bola foi condenado a 22 anos de prisão no caso da morte da ex-namorada do goleiro Bruno. Atualmente, ele trabalha durante o dia e volta para a Casa de Custódia de Polícia Civil, em Belo Horizonte, para dormir. Em março de 2020, o detento foi autorizado a ir para o regime domiciliar devido ao risco de contaminação pelo novo coronavírus no sistema prisional. A medida vale por 90 dias. Em 2016, o ex-PM foi condenado a 12 anos de prisão pela morte do carcereiro Rogério Martins Novelo, ocorrida em 2000, na cidade de Contagem

Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, também foi condenada por participação no sequestro e cárcere privado da modelo. Ela foi sentenciada a cinco anos de prisão em regime aberto. Em 2013, Fernanda foi aprovada em vestibular para o curso de Direito, mudou o visual e começou a trabalhar em um escritório.

Hoje, o goleiro Bruno mantém os treinamentos para voltar ao futebol, seu grande objetivo. Em 2020, Bruno esteve perto de assinar contrato com o Fluminense de Feira (BA) e o Operário (MT). No entanto, ambos os clubes desistiram da contratação. Bruno não se abala com a opinião popular sobre a participação dele na morte da modelo. Atualmente, ele cumpre pena em regime semiaberto e tenta voltar ao futebol.

Bruninho, filho do relacionamento do goleiro com Eliza Samudio, está com 11 anos. Atualmente, o garoto vive com a avó materna, em Campo Grande (MS). A mãe da modelo, Sônia, ainda luta para saber o que houve com a filha e descobrir o paradeiro do corpo. O menino não tem contato com o pai. 

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Por Bianca Morais 

O curso de Gastronomia do Centro Universitário Una é referência não apenas em Minas Gerais, como em todo o Brasil e muito se deve à postura que a faculdade e seu corpo docente assumem em buscar maneiras diferenciadas de conectar o aluno com o mercado. 

Dentro dessa proposta de empregabilidade ao aluno, nasceu o GastroUna, o principal evento de Gastronomia da instituição. Com dez edições bem-sucedidas, o projeto propõe aos estudantes do último período do curso a elaborar um projeto técnico científico, que consiste na criação de um negócio, que envolve desde nome, logomarca, plano de negócio, planejamento estratégico, ações de marketing, construção de cardápio, definição do público-alvo e execução. A mostra acadêmica é uma proposta com visão empreendedora que tem a função apresentar e inserir os participantes no mercado de trabalho, sua realização acontece sobre três eixos temáticos, sendo eles: visão empreendedora, sustentabilidade e a inovação.

Todo semestre, os estudantes se reúnem em grupos e trabalham em seus projetos, no dia do evento, eles se apresentam à bancada de jurados, que é sempre composta por grandes nomes da Gastronomia, o que proporciona a eles além da experiência, a possibilidade de estabelecer uma rede de contatos, uma verdadeira vitrine para quem está ingressando na área.

O GastroUna sempre foi um trabalho interdisciplinar, que permite aos alunos fazerem essa ligação com os vários campos que a academia oferece, e para isso, eles contam com o auxílio não só dos professores, mas com toda uma rede de colaboradores da Una. O curso de Cinema, por exemplo, é muito ativo no evento, sempre produz vídeos que são divulgados antes, durante e após o evento. Já no dia, o Cinema une-se ao Jornalismo para realizar a cobertura, entrevistando alunos, júri e convidados. Atendendo as demandas dos alunos eles também recorrem a cursos como Publicidade e Propaganda e Design Gráfico para construção dos negócios e o que for necessário para o sucesso de suas apresentações.

O início de tudo

Rosilene Campolina é chef de cozinha e professora do curso de Gastronomia, além disso é idealizadora do projeto GastroUna. Em 2016, ela ministrava a matéria de Projeto Interdisciplinar e foi quando teve a ideia de renovar aquela disciplina que trazia em sua ementa a inovação. “Já que trabalhávamos nesses projetos com foco no empreendedorismo, nada mais interessante do que fazer essa conexão, estabelecer essa ponte entre o aluno e o mercado de trabalho, com profissionais da área todos envolvidos”,  explica Rosilene.

No começo, o GastroUna era um evento apenas com barraquinhas distribuídas no pátio da instituição, onde cada grupo preparava sua receita e vendia para o público. Rosilene guarda boas lembranças da época e da “Gastrourna”, uma urna onde o público depositava seu voto de melhor prato. “Os alunos vendiam, as pessoas compravam e existia uma disputa entre os grupos, era uma adrenalina danada, porque todo mundo queria vender muito para ganhar”, conta a idealizadora.

O projeto cresceu, saiu daquele modelo mais tímido e tomou conta do auditório da unidade João Pinheiro, ganhando ali um caráter mais objetivo e focado. “Mudamos o formato de feira para a mostra acadêmica, até porque às vezes o aluno focava muito em vender, queria ser o melhor e esquecia um pouco da gestão, da parte administrativa do negócio”, completa a professora.

O GastroUna é um trabalho científico, com apresentação e conceitos bem definidos, além da prática que acontece no dia do evento, por trás os alunos realizam um denso trabalho de pesquisa e fichas técnicas de todos os produtos, obedecendo as ordens da ABNT, com o principal objetivo de tornar aquele estudante um profissional capaz e proativo. 

Segundo Rosilene em dez edições, somando-se a participação de forma direta ou indireta, seja de pessoas assistindo, de empresas patrocinadoras, de professores, alunos de gastronomia e até de outros cursos que atuam de outras formas no evento, como os de arquitetura, comunicação, gestão de negócios, marketing, se tem cerca de 9 mil pessoas que passaram por ele. 

Os parceiros

O GastroUna se consagra como uma vitrine de empreendedorismo para o mercado e envolve o cenário gastronômico, hoteleiro e turístico de BH. Desde a sua primeira edição, o júri técnico, responsável por julgar os trabalhos junto com o popular, conta com parceiros renomados e bem eclético. O evento busca trazer o melhor do mercado, dos setores público e privado, com a intenção de dar aos alunos a abertura para diversas áreas. 

Um deles é o chef Eduardo Maya, idealizador do Comida di Buteco e da Feirinha Aproxima, parceiro consagrado do GastroUna, presente desde a primeira edição do projeto, está sempre proporcionando grandes oportunidades, não apenas aos vencedores, mas a todos os alunos que participam.

Em uma das edições, o grupo “Bom Caldin”, foi convidado por ele para participar do “Uaini Night”, na Casa Fiat de Cultura, festa que Eduardo estava planejando para um público de cerca de 500 pessoas. “Ele tinha montado muitos stands no jardim da Casa Fiat para vender os pratos que fossem acompanhar os vinhos, gostou tanto dos caldos que esse grupo fez, que me perguntou se eles dariam conta de participar do evento, todos ficaram muito empolgados de atuarem em um evento grande, fizeram muito bonito e venderam tudo”, relembra Rosilene.

Eduardo Maya também já convidou os vencedores do evento para participarem da feira gastronômica Aproxima, e do festival Django Beer, em todos eles os alunos têm a oportunidade de vender os pratos que fizeram e o lucro fica com a equipe

“É um projeto inovador, muito bem executado e elaborado, ele procura transportar os alunos para o universo real, a vida real, o emprego real, o trabalho real e a empresa real, gosto muito desse projeto”, comenta Eduardo Maya.

Márcia Nunes, do restaurante Dona Lucinha, é outra jurada de peso que sempre marca presença no GastroUna. Marcia seguiu o legado da mãe que dá nome ao estabelecimento, administra o restaurante, é escritora e historiadora. Desde a primeira edição, o conceituado restaurante de Belo Horizonte, proporciona aos vencedores um almoço ou jantar para toda a equipe.

“É surpreendente o envolvimento dos estudantes dentro desse projeto, porque o que traz de experiência para eles do ponto de vista de maturidade, de conhecimento para empreender logo quando estão se formando, é um preparo, um pé no terreno daquilo que será a realidade prática deles. A academia fornece todo suporte teórico, mas eles precisam compreender o mercado, então a Rosilene teve uma sacada muito genial de trazer o mercado para dentro da academia”, reforça Marcia Nunes.

Além dos jurados que sempre apoiam o projeto, ele ainda tem parcerias muito importantes, como da Prefeitura de Belo Horizonte, Belotur, Abrasel, Capim Cheiroso, Sabará e Sabor, Sabarabuçu, Emater-MG, entre outros.

Alunos de sucesso

O Gastrouna já cumpriu seu dever na vida de muitos dos estudantes que passaram por ele, além de terem tido a oportunidade de trabalhar em diversos festivais gastronômicos, como o Festival de Sabará, de Congonhas, Caxambu, e criar um imenso network, muitos alunos conseguiram também se emplacar no mercado.

Carol Silva, é uma dos exemplos de sucesso, hoje a campeã de 2018 do GastroUna administra um buffet, um delivery, além de ser distribuidora de uma marca de utensílios de cozinha, a Royal Prestige, multinacional americana, que conheceu através do evento.

No ano em que venceu, ela e seu grupo foram convidados para participar do Arraial de Belo Horizonte. Na época, estavam selecionando os melhores grupos de cada faculdade de Gastronomia, a seleção da Una foi através do GastroUna, assim eles foram escolhidos para venderem seus pratos juninos na festa, participaram dois finais de semana consecutivos, ganharam ingressos, foram entrevistados pela imprensa, uma grande visibilidade.

“Meu prato foi um dos premiados, através dessa premiação eu tive visibilidade em vários jornais e isso foi muito importante para o meu crescimento como profissional, isso me fez crescer muito”, conta Carol.

A chefe de cozinha garante que o GastroUna foi um divisor de águas em sua vida, é muito grata com tudo, já que para ela foi uma experiência muito importante e que trouxe grandes ensinamentos

“Ele me ajudou muito no quesito de gestão de negócios, me preparou para ser a empreendedora que eu sou hoje, então foi muito importante para mim, abriu muito meus olhos para o negócio, abriu várias portas, me ensinou muito a como me comportar, buscar parcerias. Cresci muito como empresária, como mulher, como chefe de cozinha, e tudo através do GastroUna”, completa ela.

Carol Silva é apenas um dos vários talentos revelados pelo GastroUna.

O formato online

O evento sempre aconteceu de forma presencial, que dava ao júri e plateia a experiência gastronômica de provar todos aqueles pratos incríveis produzidos pelos grupos. No entanto, com o início da pandemia, ele precisou se adequar, e suas últimas duas edições virtuais foram de muito sucesso.

O formato remoto proporcionou novas propostas ao evento, como a participação, por exemplo, do chef Paulo Rodrigues, chefe da embaixada brasileira no México e diretor da federação latina americana de gastronomia, que apenas pode ser pelo padrão online, o evento também foi transmitido pelo youtube com intérprete de libras, e por isso teve um alcance muito grande sendo assistido por pessoas de todo o mundo. 

Nessa última edição online, ainda teve o lançamento do primeiro e-book do GastroUna em comemoração a décima edição, onde foram divulgados as receitas dos grupos e seus empreendimentos.

“Essas iniciativas são muito importantes, porque os alunos já aproveitam seu repertório, aquilo já faz parte do seu sonho, e a gente tá aqui, como mediador, para ajudá-los a realizá-lo, o ajudando a criar portfólio e contatos” acrescenta Rosilene.

O reconhecimento

Em 2017, o GastroUna foi tema do terceiro Congresso Nacional de Metodologias Inovadoras no ensino superior, o GIZ, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Rosilene foi representar a Una, com o projeto que nasceu pequeno com a feira e hoje é uma mostra acadêmica que a cada ano se supera em números e participações.

Em sua última edição, o evento recebeu uma honraria concedida pela Prefeitura de Belo Horizonte, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, Alimentar e Cidadania, a professora Rosilene Campolina, foi agraciada com o certificado de mérito por colaborar com o desenvolvimento da gastronomia no município, entendendo que o GastroUna contribui para a cadeia produtiva da gastronomia, com formação que potencializa inovação, empreendedorismo, responsabilidade social e o uso sustentável dos alimentos, unindo tradição e modernidade. Com essa trajetória o GastroUna contribui e fortalece o título de cidade criativa da gastronomia de Belo Horizonte. 

“Eu fico com um sentimento de mãe, de realização e satisfação, de um projeto que deu certo, que acreditei nele, começou pequeno mas com as buscas por parcerias de pessoas que eu conhecia de dentro do mercado foi crescendo, motivando alunos. É um evento trabalhoso, mas que é muito gratificante e eu espero que ele possa continuar colhendo bons frutos”, complementa a idealizadora.

O GastroUna é o encerramento do ciclo da aprendizagem do aluno na faculdade e a sua entrada no mercado de trabalho. Dentro de suas principais contribuições, inclui-se destaque dado ao planejamento dessas aulas com tecnologias inovadoras, utilizando visita técnica, conexão com o mercado, promovendo a interlocução entre a produção acadêmica e a prática da gastronomia sustentável, com visão empreendedora, o diálogo interdisciplinar, para atender essa complexidade da formação do aluno, aprofundamento dos conhecimentos acadêmicos e a interface de culturas locais e globais, contemplando a dimensão científica a ética, estética e produtiva no contexto da gastronomia.

O GastroUna é mais um dos projetos Una, que há 60 anos busca envolver o aluno a experimentar sua área de atuação, a inclusão social e o desenvolvimento local transformando o seu redor.

 

Edição: Daniela Reis 

Hoje o Contramão traz o artigo opinativo da nossa ex-estagiária de jornalismo, Joyce Oliveira. Ela que conclui sua graduação ainda esse semestre e atua como social média e produtora de conteúdo.

A mudança das redes sociais

Por Joyce Oliveira

Em 2020, o mundo se deparou com uma realidade completamente atípica. A chegada da Covid-19 forçou a sociedade a mudar sua rotina e as formas de relacionamento. Isso, obviamente, influenciou na maneira como as pessoas utilizam as redes sociais. A distância física fez com que os indivíduos procurassem se conectar ainda mais virtualmente, a ponto de comerciantes, empreendedores e empresários buscarem, no ambiente on-line, uma maneira de se reinventar. Todo esse ciclo tem transformado os padrões de consumo na internet e a presença das pessoas nas redes sociais.

Essa necessidade de conexão tem explicação na psicologia. De acordo com tal campo de estudo, as pessoas precisam se conectar umas às outras para manter qualidade de vida e boa saúde mental. Portanto, estar presente nas redes, em um momento de distanciamento físico, tornou-se a forma mais fácil de manter as relações e, também, de aliviar um pouco da saudade e da solidão.

Esse movimento acelerou ou adiantou mudanças nos padrões de uso e consumo da sociedade. O marketing digital e as estratégias de mídia mostraram, às pessoas, que a enorme necessidade de conexão com o outro acabou se tornando algo rentável– e até as empresas começaram a buscar humanização.

Por falar em negócios, até as próprias redes sociais iniciaram uma corrida sobre quem alcançaria mais pessoas e quais atualizações poderiam fazer para que o público ficasse cada vez mais “preso”. Só no último ano, o TikTok ganhou mais de 600 milhões de novos usuários, o Instagram aderiu a mudanças na plataforma– incluindo “Reel” e “Instagram Shop” – e muitas outras alterações no algoritmo. O que nos leva a pensar que são estratégias para tornar o público cada dia mais dependente das plataformas, além de mostrar que elas podem ser extremamente versáteis, tanto para posts pessoais, quanto para compra e venda de produtos e serviços, criando a sensação de uma realidade paralela, na qual é possível encontrar tudo em um só lugar.

A cada dia, está mais claro que toda essa transformação causada pela pandemia, mundo afora, não é uma coisa temporária. Na verdade, há novos padrões que, provavelmente, sofrerão mudanças e avanços, mas farão parte de nossa rotina, ou, como costumamos chamar, nosso “novo normal”. Cabe a nós aprender e nos adaptar a esse turbilhão de informações, que, agora, mais do que nunca, circula por todas as redes sociais. Precisamos, também, entender se estamos preparados para acompanhar tudo. Mas, isso é assunto para outra conversa.

 

 

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Hoje é dia de escrita criativa aqui no Contramão! A Produção é de uma aluna de Publicidade e Propaganda, se liga no textão!

Ela não vai mais voltar

Por Larissa Medeiros 

Fala pro seu coração desistir de disparar toda vez que o celular vibrar

Ela não vai mais voltar

Provavelmente é só um colega da faculdade, chamando pra tomar uma cerveja

Jurando que essa noite você vai esquecê-la

Mas você prefere ficar em casa

Lendo o livro de poesias que ela gostava

Pra ver se assim consegue encontrar algum código, decifrar algum enigma

E entender o porquê de ela ter partido.

Você pode parar de ensaiar suas falas no espelho

Ela não vai mais voltar

Você não vai precisar fazer esse discurso

Sobre como as últimas noites foram tão mais frias sem os batimentos cardíacos dela sobre seu peito

Sem os cabelos dela no travesseiro ao lado

Ou a gargalhada dela que enchia o quarto, o apartamento e a sua vida.

Pode parar de deixar a porta do quarto destrancada

Ela não vai mais voltar

Ela não vai entrar na ponta dos pés e se aninhar a você

Tranca a porta, dorme com a solidão por hoje

E amanhã, quando acordar

Não precisa comprar a geleia que ela gostava de comer no café

Afinal, só vai servir pra vencer na geladeira, porque você sabe

Ela não vai mais voltar.

Pode jogar todos os discos dos Beatles dela fora

Vender os livros num sebo

Dar as roupas dela pra caridade

E até adotar um gato, já que ela não vai estar lá pra reclamar da alergia

Eu sei que ela jurou amor eterno

E que garotas podem ser más às vezes

Mas também sei de outra coisa

Ela não vai mais voltar

Então toca sua vida como todo mundo faz

Com um lado da cama vazio

Um coração cicatrizando

Mas com uma boa história de amor pra contar.