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Um dos grandes nomes da Nouvelle Vague, Eric Rohmer é homenageado com uma mostra no Cine Humberto Mauro que abrange as diversas vertentes do artista, mostrando seu lado ator, diretor e crítico do cinema francês. Durante a mostra serão exibidos 16 filmes produzidos por Rohmer e dois relacionados à sua obra.

Um dos destaques em cartaz é o “O Raio Verde”, de 1986, vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza. O filme conta a história de Delphine, uma mulher solitária que, além de ter que lidar com seus sentimentos, precisa resolver diversas situações inesperadas. Outros destaques são “A Inglesa e o Duque”, “O Homem e as Imagens” e “As contemplações de Victor Hugo”.

Sobre Eric Rohmer

Eric Rohmer (1920-2010) se destacou como um cineasta, crítico de cinema, roteirista, professor e ator. Foi um dos principais idealizadores da Nouvelle Vague Francesa. Seu primeiro filme de sucesso foi “A Minha Noite em Casa de Maud”, de 1969 e em 2001, ganhou um Leão de Ouro no Festival de Veneza, em homenagem à sua carreira.

A mostra será exibida no Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes, a partir de hoje (24/10) até o dia quatro de novembro. A entrada é gratuita.

Veja a programação.

 

Por João Vitor Fernandes e Rafaela Acar

Foto: divulgação

O Mercado Central, em parceria com a multinacional Nestlé oferece, através do Projeto Cozinha Escola, aulas gratuitas de culinária. As aulas são abertas ao público, mediante inscrição prévia, e disponibilidade de vagas. “Através da programação, os alunos podem se inscrever nas receitas em que têm interesse. As aulas duram cerca de 1h30m e terminam com uma degustação”, explica a auxiliar administrativa do projeto, Vanessa Teixeira.

As aulas têm a participação do Cheff Eduardo Maya acompanhado de sua equipe. Os alunos aprendem a preparar os pratos desde o início, inclusive recebendo instruções de como fazer a limpeza dos alimentos e a higienização do local. “A maioria das pessoas que fazem o curso tem certa dificuldade com relação à culinária, e muitos acabam utilizando o que aprendem como uma fonte de renda”, comenta a assistente do Cheff, Ana Carolina Araújo.

A Cozinha Escola fica no segundo piso (estacionamento) do Mercado Central e as inscrições podem ser feitas gratuitamente no local. As aulas acontecem as terças e quintas em dois horários, 10h e 15h, e aos sábados às 11h.

Por Marcelo Fraga e Paloma Sena

Foto: Marcelo Fraga

O Grupo de Teatro de Bonecos Giramundo apresentará neste sábado, 20, a peça Pedro e o Lobo, no Circuito Cultural Praça da Liberdade. O espetáculo, que é voltado para crianças, segundo a diretora do grupo, Beatriz Apocalypse, atrai todas as idades. “É interessante porque as pessoas que assistiram ao espetáculo em 1991, hoje levam seus filhos para apreciar também”, conta Beatriz.

Baseado no conto musical do russo Sergei Prokofiev, a peça conta a história de Pedro, um menino valente que enfrenta um lobo feroz. “Cada boneco é um instrumento musical, então as crianças aprendem a associar o som ao personagem”, explica a diretora. Ainda segundo Beatriz este é o espetáculo que o Giramundo mais vezes apresentou.

O público poderá conferir Pedro e o Lobo em duas sessões, às 11h e às 15h. A exibição do espetáculo na Praça faz parte do projeto No Palco, que tem como objetivo levar apresentações por todo Brasil em palcos alternativos e sempre com entrada gratuita.

Por Ana Carolina Vitorino e Marcelo Fraga

Foto: Divulgação/No Palco/Giramundo

Ciência, tradições rurais e sustentabilidade são as temáticas abordadas na Semana da Ciência e Tecnologia promovida pelo Espaço TIM UFMG do Conhecimento. Entre os dias 16 e 19 de outubro serão exibidos vídeos que mostram como a ciência pode ajudar na produção rural. “Os vídeos abordam muito bem os temas sustentabilidade, economia verde e erradicação da pobreza, com animações e narrações que tratam da ciência em cada caso”, explica o professor de química e um dos organizadores da mostra, Alfredo Luís.

Produzidos pelo Pontociência, projeto desenvolvido por alunos e professores da UFMG, o material está sendo apresentado na mostra Ciência na Roça, que, ainda de acordo com o professor “ tem como objetivo abordar a questão da sustentabilidade pensando nos modos de produção tradicionais e locais, que preservam a cultura e as tradições da região”.

Além das exibições haverá sessões comentadas e mesa redonda com a presença de especialistas nos assuntos-tema da Semana. Os filmes são exibidos até o dia 19 das 14h às 17h no segundo andar do Espaço TIM UFMG do Conhecimento localizado no Circuito Cultural Praça da Liberdade. Entrada gratuita.

Por Ana Carolina Vitorino e Marcelo Fraga

Foto: Marcelo Fraga

A cidade recebe neste mês a edição da Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (Mostra CineBH). O evento contará com a exibição de 126 filmes nacionais e internacionais e homenageará a produtora Teia, que comemora dez anos de existência, além de oficinas, palestras, cursos, sessões de escola e lançamentos de livros.

O público terá a oportunidade de rever cinco longas que representam a carreira dos diretores Sérgio Borges, Leonardo Barcelos, Helvécio Marins Jr, Clarissa Campolina, Marília Rocha, Pablo Lobato e Cao Guimarães, todos membros da produtora.

Serão apresentadas, nesta edição, nove mostras, entre elas uma retrospectiva da carreira do diretor francês LeosCarax, que teve sua mais recente produção, o filme Holy Motor, premiada no último Festival de Cannes, e, o jovem prodígio do cinema, o mexicano Nicolas Pereda, 28 anos e que já acumula em seu currículo sete filmes e recebeu diversos prêmios, incluindo o Toulouse e Guadalajara. Pereda estará presente no evento, para discutir com o público suas técnicas de filmagem e como acontece seu processo criativo.

Pelo terceiro ano seguido será realizado, simultaneamente, com a mostra, o BrasilCineMundi, que visa a troca de experiências e capacitação dos profissionais e estudiosos do cinema, oferecendo assim oficinas, debates e estudos de caso.

Com a Mostra de filmes de produção independente e do grande mercado, os organizadores do evento visão uma conexão através de debates e seminários sobre as exibições, tendo o propósito de ampliar os questionamentos comerciais, criar ações de cooperação, lançamentos de novas ideias, com o intuito de modificar a compreensão do cinema que se faz, e refletir sobre o assunto.

A abertura da amostra será amanhã, dia 18 de outubro, às 20h30, no SESC Palladium. A entrada é franca e o evento vai até o dia 30 de outubro em diversos pontos da cidade.

Por Hemerson Morais, Paloma Sena, Rafaela Acar e Rute de Santa

Foto: divulgação do curta Cadê meu Rango?, de George Damiani

A partir de hoje, as danceterias e casas noturnas de Belo Horizonte são obrigadas a instalar nas suas dependências internas, em locais visíveis ao público, bebedouros de água potável, para uso gratuito de seus frequentadores. Isto é o que diz a Lei Municipal de nº 10.544, de autoria da vereadora Elaine Matozinhos (PTB), assinada ontem pelo prefeito e publicada hoje no Diário Oficial do Município (DOM).

A Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana informa em nota que: “No prazo de 60 dias, [órgão] normatizará a aplicabilidade da lei. Para a concessão de novos Alvarás de Localização e Funcionamento, o item já será observado. O cumprimento da lei será verificado pelos fiscais integrados e o tema fará parte da rotina de fiscalização”.

 De acordo com a assessora de imprensa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (ABRASEL) Daniela Nunez a instituição é completamente contrária à lei. “Essa é uma lei populista, que só servirá para onerar um dos setores mais lucrativos de Belo Horizonte, o setor de bares, restaurantes e entretenimento em geral”, declara.

Segundo a Daniela Nunez a associação lamenta a falta de diálogo com o setor para a proposição dessa lei que tramita desde 2009 na Câmara dos Vereadores. “Não houve conversa da vereadora Elaine Matozinhos, com o setor, isso a gente quer deixar muito claro. É uma coisa lamentável, fazer uma lei sem antes ouvir essa parte do setor”, critica.

Custos

De acordo com a ABRASEL a proponente não observou os custos operacionais para instalação e manutenção dos bebedouros. “Esses custos terão de ser repassados aos frequentadores”. Segundo Lucas Feliz, um dos proprietários das casas noturnas Dduck, Mary in Hell e Oito Bar, concorda que há uma oneração para o setor. “Acredito que instalar um bebedouro o custo saia em torno de 2 mil reais, fora o aumento da conta de água que teremos, e a diminuição da venda, por não ter mais a renda proveniente da água. Além de ser um equipamento frágil, que tem peças que soltam facilmente e que com certeza vai gerar manutenção”, explica.

Boates

Os representantes do setor questionam não apenas a viabilidade financeira de implantação da lei, mas a forma como ela foi elaborada. “A vereadora propôs essa lei da cabeça dela, sem fazer nenhum tipo de pesquisa ou consultar pessoas relacionadas ao ramo”, declara Lucas Feliz. Para o empresário um problema evidente dessa lei se refere à higiene. “Bebedouro em boate não vai ser uma coisa muito higiênica. A maioria das pessoas vai ao banheiro e não lavam as mãos. Vai ter gente jogando água pra cima, jogando água nos amigos”, afirma.

O promoter da boate UP Ed Luiz, por sua vez pontua o problema os custos gerados pelas obras de instalação. “As boates de Belo Horizonte são pequenas e esses bebedouros ficariam fora do atual lay out”, explica.

Em contrapartida o estudante de direito Hamilton Araújo, se diz satisfeito com a decisão, segundo o estudante essa lei só apresenta pontos positivos. “É um absurdo alguém passar mal numa boate, por exemplo, e muitas vezes ter que pagar um preço exorbitante para beber um copo d’água”.

Lá fora

Alguns jornais, que repercutiram a publicação da lei, pontuaram que no exterior é comum a existência de bebedouros. Para a estudante Aline Mangabeira a instalação de bebedouros em boates não é uma boa ideia. Moradora da cidade de Dublin (Irlanda), a estudante observa que na Europa existem medidas mais higiênicas para que os clientes tenham acesso gratuito à água potável. “Aqui na Irlanda é comum pedirmos gratuitamente água em boates e pubs. Nos restaurantes, os garçons nos servem água com gelo mesmo quando não solicitado”, afirma. “Em Wicklow (Irlanda) nos não temos bebedouros, porém você pede ao bartender e ele servirá sem cobrar absolutamente nada e com a mesma atenção como se você estivesse pagando”, informa o analista em ciências da computação Killian Byrne

A equipe de reportagem tentou, sem exito,  ao longo desta tarde, contactar a vereadora Elaine Matozinhos(PTB), em seu gabinete.

Por: Rafaela Acar

Foto: Hemerson Morais