Praça da Estação

A sede do grupo de teatro “Espanca”, abre suas portas para o projeto “Arte no Centro”. Artistas selecionados através de edital e convidados pelo grupo irão levar para espaço entre os meses de março e junho artes diversas como: oficinas, saraus, lançamento de livro, cinema, teatro, exposições, feira de publicações, debates e ciclos de palestras.

Em coletiva na manhã dessa segunda, 09, a organização e artistas participantes do projeto falaram um pouco sobre o projeto Arte no Centro e o que será apresentado.

O grupo lançou nesse ano a 3ª edição do edital de ocupação e o objetivo era aproximar a população urbana da cidade com as manifestações artíticas atuais. Ao todo, foram 176 inscrições vindas de diferentes regiões do país e do exterior.  No total, oito projetos foram aprovados em edital e 15 coletivos artísticos receberam o convite para compor a programação do projeto.
Gustavo Bones, integrante do grupo Espanca, destacou a importância da interação entre os frequentadores da região do Baixo Centro e as manifestações artísticas na cidade, “Esse (Baixo Centro) é um espaço alternativo em Belo Horizonte aberto para as diferentes artes e que vai além do teatro”.

Entre os projetos aprovados no edital está o “Afazer Queer” ou “A ocupação: Arte viada no centro!” que nasceu a partir de uma pesquisa realizada pelos artistas Alexandre de Sena, Igor Leal, e Will Soares que alia posicionamento político, linguagem teatral e experiências marginalizadas. Eles irão trazer para a ocupação “Não conte comigo para proliferar mentiras”,
projeto que reforça a proposta desses atores que buscam estimular o debate artístico em favor da diversidade sexual  contra o preconceito e a violência homofóbica e da memória cultural LGBT em BH, “Esse debate LGBT e Queer vai acontecer como uma mesa redonda em que a gente vai discutir quais são os termos que abarcam, quais que não, o que a gente está perdendo e ganhando na cena social e artística do giro performativo que vem dos estudos Queer”, destaca Igor Leal, ator e um dos idealizadores do projeto.

Eduardo Félix diretor do Grupo Pigmalião revela que a ideia do grupo é propor a interação
entre as pessoas que frequentam o local e o teatro de bonecos em busca de mostrar a relação entre marionetes e atores. Além das cenas, o grupo ministra oficinas com bonecos gigantes que vão caminhar entre as pessoas ao redor do teatro chamando para assistirem os trabalhos do grupo, “A gente tá experimentando linguagens, o que a gente tá tentando é que não existam barreiras tão fortes como existem com o teatro de bonecos, porque a gente vê essa prática como teatro contemporâneo, além do teatro só infantil ou só familiar”, concluiu Eduardo.

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Mariliz Schirickte e Eduardo Féliz, atriz e diretor do coletivo Pigmalião.

A programação completa do projeto “Arte no Centro”, está disponível no site

Espanca  .

Texto : Felipe Chagas

Fotos: Divulgação/ Felipe Chagas

Os Guardas municipais belo-horizontinos e os Sindicatos da categoria reuniram-se ontem, 22, e decretaram fim à greve iniciada na quarta-feira, 21. Foi decidido pela maioria que o período não é propício à paralisação dos serviços, e decidiram apenas por fazer o acompanhamento das ações prometidas pelo prefeito. As observações serão feitas até meados de março, onde uma avaliação será feita sobre o desenvolvimento das promessas, caso não estejam sendo cumpridas a greve será retomada.

Os profissionais exigem que as solicitações previstas na Lei n°13.022 sejam atendidas e requerem: o porte de arma, maior fiscalização em relação aos coletes vencidos que ainda não obtiveram liberação para troca e que membros da corporação passem a ocupar cargos de comando.

As reivindicações da categoria são antigas, mas ganhou força após a guarda municipal Lilian de Oliveira, 28, ter sido atingida no rosto por uma bala de borracha, durante um conflito com um policia militar, no dia 15 desse mês. Após a briga cerca de 700 agentes fecharam a av. Afonso Pena e a Amazonas, como forma de reforçar e reivindicar os pedidos.

De acordo com nota do Diário Oficial do Munícipio (DOM), a Prefeitura se comprometeu “em relação aos avanços e melhorias na carreira da Guarda Municipal e ao constante esforço empenhado pela administração em atender as demandas apresentadas pela categoria”.

Em fala durante o evento, o presidente do Sindicato do Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar, disse que “vamos fazer a greve no momento propício pra nós, e não no momento propício para o prefeito”. A fala se deve ao fato de nessa temporada de férias o trabalho dos guardas é reduzido, porque escolas e grande parte dos moradores da capital estão de férias.

Pedro Bueno, 31, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Minas Gerais (SINDGUARDAS) afirma que “se a prefeitura não cumprir o que foi proposto e acatado pelos manifestantes, nós vamos imediatamente assumir o movimento grevista, em meados desse semestre, que é o tempo que a gente vai fazer uma avaliação pra ver se a proposta teve andamento”.

Segundo Felipe Coelho, 39, guarda municipal da 1º classe, que faz ronda na região Centro-sul da capital, “depois de uma discussão ampla, como uma negociação é uma via de mão dupla, nós cedemos nesse sentido, demonstrando que estamos interessados em negociar e que não queremos partir pra greve, mas se for preciso nós vamos fazer, como forma de reivindicação”.

Quanto às escolhas dos cargos em comissão, o prefeito afirma que será feita seguindo o princípio da meritocracia. Durante a assembleia os presentes discordaram da decisão e decidiram por ficar a cargo da Sindibel e SINDGUARDAS selecionar nomes dentro da corporação e mandar para a prefeitura, mesmo que eles não sejam obrigados a aceitar as sugestões.

PORTE DE ARMA

Em relação ao treinamento de portes de armas a ser realizado, em nota a PBH, informou que “as negociações para o convênio com a polícia militar estão em estágio avançado”. Novamente os sindicatos discordam. Para Israel, deve ser avaliado qual convênio vai ser mais barato para o município, optando por avaliar também acordos com a polícia civil e o exército.

Leia também: https://contramao.una.br/desmilitarizacao-nao-deveria-ser-a-principal-bandeira/

Ouça o áudio completo da entrevista com o presidente da SINDGUARDAS:

Por: Ítalo Lopes

 

As decorações de Natal estão sendo instalados em avenidas, praças e prédios importantes para a capital e região metropolitana. Está marcada para o dia 2 de dezembro a inauguração dos enfeites luminosos pela cidade.

As praças recebem uma atenção especial, explicou Cláudia Travesso, responsável há 9 anos pelas decorações. “Cada praça tem uma temática diferente, todo ano. Por exemplo, a decoração que estamos montando na Praça da Liberdade é uma homenagem ao Circuito Cultural. Em Contagem homenageamos a 8ª edição do Programa da Brigada da Limpeza numa praça e na outra os carroceiros. Vai ter Papai Noel em carroças e Papai Noel varrendo.”

Toda decoração e mão de obra são pagas pela Cemig, por meio de licitações concessionadas. Os encarregados que trabalham instalando todos os enfeites são funcionários da  Encel – Empresa de Engenharia de Construções Elétricas, que é contratada pela Cemig. “Às vezes trabalham 60, outras vezes 300 funcionários” confirmou Cláudia.

O professor de Artes Plásticas da Escola Guignard, Abílio Abdo, gosta das decorações luminosas que vem junto com o final do ano. “A luz faz parte do contexto do Natal, ajuda as pessoas a entrar no clima. Eu trouxe meus filhos quando eram pequenos e ano passado trouxe meu neto. Mas só demos umas 2 voltas em volta da praça de carro, fica muito congestionado. Esse ano vai ser a mesma coisa.” finaliza Abdo.

Texto: Camila Lopes Cordeiro

Foto: Umberto Nunes

Nesta quarta-feira, 6, o metrô de Belo Horizonte recebe mais uma edição do projeto Quarta Cultural. Desta vez o projeto conta com a apresentação do guitarrista e compositor Daniel Darezzo e da banda Clave de Nós.

O projeto inspirado no Carlsberg Music Station, que ocorreu em 2000 e  2001. Carlsberg contou com apresentações de teatro, poesia e muitos shows nas estações, vagões e plataformas do metrô. Devido ao grande sucesso, no ano de 2001, foi apresentado o projeto Quarta Cultural à comissão responsável por executar e planejar a comemoração dos 15 anos do METROBH. Pelo fato de não haver verba para a realização do projeto, a divulgação foi feita através de parcerias realizadas em escolas de músicas que apresentavam seus alunos e professores.

A grande e boa divulgação do projeto pela mídia e buzz marketing (comunicação boca a boca), diversos grupos da UFMG e músicos independentes de Belo Horizonte aderiram a iniciativa. Em 2001 as apresentações eram semanais, mas em consequência das dificuldades operacionais encontradas no decorrer do tempo e a falta de orçamento, a partir de 2002, as apresentações passaram a serem feitas sempre na primeira quarta-feira do mês.

A banda Clave de Nós traz uma mescla de MPB, músicas dançantes e rock. Daniel Darezzo participou da gravação e produção de diversos discos como da banda Trilha-K, Boa Noite Cinderela e já fez várias parcerias com artistas em palco. O resultado desses trabalhos prometem ser apresentados no palco nesta quarta-feira, 06.

A edição de Agosto será realizada na plataforma de embarque da Estação Central do Metrô de Belo Horizonte.

Texto: Bárbara Carvalhaes

Foto: Retirada do Portal PBH

Em junho de 2013, o Brasil saiu às ruas e mostrou o seu descontentamento com o momento político pelo qual estávamos passando. Em meio a gritos e protestos que lotaram as ruas, os brasileiros reivindicaram transparência dos políticos e melhorias na educação, saúde e no transporte público. Quase um ano depois, pouco mudou, mas é possível ver um rumo diferente para o país.

Após as “Jornadas de Junho”, como ficaram conhecidos os protestos dessa época, os grupos sociais ganharam força nas grandes capitais. Com o engajamento desses grupos, a população obteve conquistas perante os “mandatários” das cidades. Em Belo Horizonte, os destaques foram a conquista contra o aumento das passagens (Não é pelos 20 centavos) – apesar da tarifa ter sido reajustada em maio -, o Espaço Luiz Estrela (na Região Leste) e a ocupação dos espaços públicos da cidade.

Os grupos sociais não se abateram pelo revés perante o aumento da passagem e continuam com as ocupações nos espaços públicos, ato que vem conquistando adeptos por BH e propondo transparência da prefeitura em suas manifestações pela cidade. No dia 15 de maio, as avenidas Amazonas, Afonso Pena e João Pinheiro foram palco de uma manifestação que demonstrou solidariedade entre os grupos, onde todos se alternavam na liderança e coordenavam gritos por mudanças e apresentavam as suas propostas. No entanto, não houve grande adesão, mas isso não fez com que a manifestação perdesse a importância.

A luta contra o aumento das passagens teve uma reviravolta no ultimo mês. No início de abril, o Ministério Público conseguiu uma liminar que suspendeu o aumento temporário das passagens de ônibus, previsto para o dia 6 do mesmo mês. O grupo Tarifa Zero, junto com os belo-horizontinos comemoram a conquista que durou por pouco tempo. No inicio de maio, a justiça negou o pedido que tornaria a suspensão definitiva. Sendo assim, no dia 10, as passagens de ônibus passaram de R$2,65 para R$2,85.

Questionado a respeito das próximas manifestações, o jornalista Geneton Moraes Neto, atento observador da onda política que se estendeu de junho do ano passado até agora, é categórico. Para ele, “há um óbvio cansaço diante de um absurdo que se repete há décadas: o brasileiro paga impostos altos, mas não vê um retorno em forma de educação, segurança e medicina pública de qualidade”.

Geneton também considera que houve excesso tanto por parte dos manifestantes quanto pelos policiais, esperando que, mesmo com o clima de confronto que se anuncia, que haja bom senso. “De qualquer maneira, aquelas manifestações gigantescas do ano passado terão cumprido um papel se conseguiram de alguma maneira abrir os olhos dos governantes em todos os níveis”, analisa o jornalista.

Texto e Foto: João Alves

Durante a assembléia unificada dos servidores públicos com a participação dos professores da rede estadual, os grevistas fecharam parcialmente os dois sentidos da av. Afonso Pena, na região central de Belo Horizonte, na manhã desta quinta. O ato foi em recusa a proposta salarial feita pela prefeitura. Os servidores decidiram por manter a greve que já dura 23 dias.

Os servidores reivindicam o reajuste salarial e pedem o aumento do vale-alimentação de R$ 17 para R$ 28. A proposta apresentada pela PBH foi de 7% de reajuste salarial, a ser pago em duas etapas, nas folhas de julho e em novembro deste ano, com parcelas iguais, além do aumento do salário a proposta prevê o reajuste do vale alimentação de R$ 17,00 para R$ 18,50.

Na quarta, 28, funcionários realizaram uma assembléia em três pontos da capital, Praça da Estação, Praça Afonso Arinos e Praça da Assembleia, ao término os servidores caminharam até a Praça Sete de Setembro, no centro.

Por: Gabriel Amorim
Foto: João Alves