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Com água, sabão, estopa, pano úmido e spray removedor, José Cláudio da Silva, 52, limpava a pichação de uma cabine telefônica na Rua da Bahia, altura do n° 1499. O funcionário de uma empresa de publicidade é responsável pela manutenção em toda a região da Savassi, e afirma que encontra sérios problemas com as cabines ao visitá-las, uma vez por semana “Fiz quatorze cabines hoje e todas estavam maltratadas, algumas o telefone estava estragado, pichada ou cheia de lixo” declara José Cláudio.

Silva garante que das regiões de sua responsabilidade que os orelhões ficam mais danificados são nas avenidas centrais de Belo Horizonte “A última vez que estive na Av. Olegário Maciel todos os telefones públicos estavam em manutenção, a população fica indignada, chuta as cabines, arranca os fios do telefone,picha. Eram oito telefones que não funcionavam, acredito que seja falta de manutenção da Telemar”, conta. Ainda de acordo com Silva, no caso do problema ser no aparelho telefônico a empresa do qual é empregado entra em contato com a operadora do telefone público, que é a responsável pela manutenção deles.

O zelador afirma que são cem painéis distribuídos em toda Savassi e centro e arrisca traçar os problemas mais comuns de acordo com a região “As cabines que ficam no entorno das avenidas Getúlio Vargas, Cristovão Colombo, Rua da Bahia e João Pinheiro, creio que a falta de conservação seja por conta do grande número de adolescentes, enquanto no quarteirão fechado da Antônio de Albuquerque com Alagoas o grande número de ambulantes contribui para o acumulo lixo nas cabines” relata o Zelador.

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Por Iara Fonseca e Danielle Pinheiro

Com o objetivo de divulgar a música e o canto coral, dando oportunidades aos grupos com a divulgação de suas atividades, o BDMG Cultural traz à Praça da Liberdade a apresentação dos corais Cantores da Ramacrisna, Eu canto – TV Globo Minas, Luís de Camões e BDMG.

A promoção é importante para o incentivo de grupos infantis e de formação recente, apoiando aqueles que vêm desenvolvendo trabalhos interessantes de canto polifônico.

Os corais se apresentam hoje, a partir de 19h30, pelo projeto Quatro Cantos – Coral na Praça.

Local: Coreto da Praça da Liberdade
Praça da Liberdade, s/nº – Funcionários
Promoção: BDMG Cultural
Tel. 31- 3219-8382 – Fax. 31- 3219-8519
E-mail: [email protected]
Site: www.bdmgcultural.mg.gov.br/coralbdmg

Por Débora Gomes

O Contramão foi as ruas verificar se a população sabe que feriado é comemorado amanhã pelos Cristãos da igreja católica.

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado.

É de costume enfeitar as ruas a procissão. Mas este ano a Basílica de Lourdes, fará apenas a celebração interna. Esta festividade de longa data é uma tradição no Brasil, principalmente nas cidades históricas Mineiras, onde se revestem de práticas antigas, as ruas são decoradas de acordo com os costumes locais.

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Basílica de Nossa Senhora de Lourdes

Este ano a missa de Corpus Christi acontecerá em cada Paróquia das arquidioceses Mineiras, diferentemente dos outros anos. Na Basílica de Lourdes, que se localiza na rua da Bahia, 1596, bairro de Lourdes, acontecerá celebração interna e não haverá procissão.

Por Ana Paula Sandim e Marcus Ramos

No dia nacional de combate ao glaucoma, foi realizada em diversos pontos de Belo Horizonte, uma campanha de orientação e prevenção à doença. Na Praça da Savassi, foi montado um estande em que médicos residentes entregavam panfletos explicativos, orientavam e encaminhavam as pessoas ao ônibus, onde eram realizados exames oftalmológicos gratuitos.

O glaucoma é uma doença ocular causada pela elevação da pressão intraocular, provocando lesões no nervo ótico, que é o responsável por levar as informações visuais até o cérebro. Essa elevação ocorre aos poucos e os sinais da doença só surgem na fase mais avançada. “O glaucoma é uma das principais causas de cegueira no mundo e é uma doença silenciosa”, informa o médico oftalmologista Thiago Fernandez, 28. “No começo não apresenta sintomas, mas é uma doença irreversível”, alerta Fernandez.

Vários hospitais de olhos participaram da campanha, que teve início às 8h. O exame é simples: depois de aplicar colírio para dilatar a pupila, o médico visualiza o nervo óptico, identificando alterações em sua cor e aparência. Depois, mede a pressão ocular através de um aparelho chamado tonômetro, sendo possível identificar a doença em poucos minutos.

Cerca de 1.000 pessoas passaram pela clínica móvel, hoje. A cosmetóloga, Judith Coelho, estava na praça e se submeteu à avaliação médica. “É bom porque a gente está passando e já faz o exame. Qualquer pessoa pode ter essa doença e não saber”, afirma.

O oftalmologista Thiago Fernandez alerta a população quanto à importância de consultar profissionais da área periodicamente. Confira o vídeo:

Fotos da campanha:

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Por: Débora Gomes

Semáforo vermelho para os motoristas, assim Lucio Rodrigues Donato, 37, entra em ação e com o auxilio de uma cadeira de rodas começa a vender Chicletes no sinal da rua Praça da Liberdade A.

Há quase 20 anos trabalhando no mesmo ponto, Donato declara a satisfação diante sua conquista, “Comecei a vender balas no sinal aos 12 anos para ajudar minha família, adotei a profissão e hoje não pago mais aluguel, com o dinheiro que recebi no sinal comprei a minha casa”.

Morador do Bairro Jardim Vitória, Donato utiliza 2 ônibus  e gasta cerca de uma hora e meia para chegar ao seu destino. O vendedor atua com a bandeja recheada de chicletes sobre as pernas e, quando o sinal abre para os pedestres, Donato circula entre os carros oferecendo seu encanto aliado ao sabor de morango, melancia, uva, menta e hortelã.

Donato revela, “Estou sempre no sinal, mantenho minha família com o dinheiro que conquisto aqui, sou casado e tenho um filho de 15 anos”. O vendedor de chicletes consolidou muitos clientes, com oportunidade de conhecer várias pessoas formidáveis: “adquiri muitos amigos trabalhando.”

Com um horário trabalho de 10 hs por dia, sendo este realizado de segunda à sexta-feira, o trabalhador expõe sua alegria pois, obtém ao mês cerca de uma salário e meio.

Ao contar sua historia de vida Donato se emocionou: “nasci e depois de 1 ano tive paralisia infantil, mas a doença nunca me impediu de ser um homem trabalhador e honesto”.

O vendedor diz que sempre foi bastante respeitado e todos os clientes gostam de seu trabalho, “Os meus clientes me chamam pelo nome, nesses 20 anos que trabalho no sinal nunca tive problemas”.

Donato declara que existe discriminação: “o preconceito ocorre até mesmo em família, então se eu for olhar isso não saio nem de casa.Continuo seguindo a vida e o meu trabalho”.

Com muita sinceridade no olhar, o vendedor afirma que não está no sinal para utilizar a deficiência  física para ganhar dinheiro. “Espero que as pessoas não comprem na minha mão por compaixão, mas sim para me ajudar, eu estou trabalhando”, afirma.

Donato não autorizou a utilização da sua imagem. Acredita que algumas pessoas possam o interpretar de maneira injusta.

Por: Iara Fonseca

Quem nunca viu nos sinais, nas ruas, em festas e bares um objeto parecido com uma bola de cristal, que conduzida pelas mãos de um malabarista parece flutuar? Leve e delicada, a bolinha de contato atrai olhares e a curiosidade das pessoas.

Desenvolvida na década de 80, a Contact Juggling ou Bola de Contato, é a arte de movimentar esferas, mantendo contato com diversos pontos do corpo. Wanderson Bispo, 20, encanta nos sinais há 2 anos. Nascido em Sergipe, vindo do Rio Grande do Norte, Bispo vive da arte nas ruas. Começou a treinar contato com uma laranja, sob influência dos amigos. Já dominava a arte de malabares com claves, mas o contato foi uma novidade. “Cada dia a gente aprende um pouco mais. Nas ruas, conhecendo pessoas, a gente vai aperfeiçoando a técnica”, conta o malabarista.

Uma das críticas sempre feitas pelos artistas de rua à população, diz respeito à aceitação. Muitas vezes, o que é visto como arte por alguns, é ignorado por outros. “Nunca me importei com o preconceito. As pessoas perguntavam se eu não queria trabalhar de carteira assinada e sempre tive certeza da minha escolha”, diz Bispo.

Mesmo com as dificuldades encontradas, Bispo consegue ainda tirar sorrisos do rosto das pessoas. “Às vezes as pessoas param aqui no sinal, depois de um dia cheio e ao ver a leveza do contato, percebem que a vida também pode ser leve”, conclui o malabarista.

Confira o vídeo com a performace do malabarista Bispo.

Por: Débora Gomes

Foto: Camila Sol