Page 296

Caminhar pela cidade é o que milhares de pessoas fazem a todo o momento. É a rotina parcelada em 365 dias. Será que as pessoas têm consciência da importância de cada rua em que transitam e o quanto aquelas vias representam para sua vida?

A Rua da Bahia é a rua dos frequentadores do Maletta, dos famosos poetas, dos atletas do Minas Tênis Clube, dos casamentos na disputada basílica de Lourdes, dos pipoqueiros, dos escritores da Academia Mineira de Letras, dos estudantes, dos apreciadores dos bons happys hours, dos taxistas, dos moradores, e de todos os caminhantes que, por um momento ou outro, já passaram por ali.

Sem desmerecer a tradição do passado e de tantas histórias – é justo também mostrar a realidade do presente: o que a Rua da Bahia representa no cotidiano atual de alguns caminhantes? É nessa transição do passado para o presente que a rua ganha novos personagens que registram, de um modo invisível, uma parte de sua história nesse espaço urbano das cidades.

Hoje quem caminha com intimidade por ela é o atleta de vôlei Lucas Loyola, 19 anos, mineiro da cidade de Gouveia, interior do Estado, que desde os 15 anos sobe e desce Bahia todos os dias. Com passos tranquilos e um olhar sereno, Loyola transmite maturidade de quem sabe aonde quer chegar. O atleta acorda cedo, toma café da manhã em casa e se prepara para o treino no Minas Tênis Clube. A rotina começa com uma caminhada subindo Bahia em direção ao Clube, que dura cerca de 15 minutos. Sai de casa às 10h30. Entra pra treinar às 11h e sai às 14h. Almoça. Desce Bahia pra voltar pra casa. Toma um banho e sobe Bahia de novo pra ir pra Agência, localizada próximo ao Minas Tênis – onde há um ano iniciou uma carreira paralela como modelo.

O atleta considera a rua bem completa porque apresenta várias opções para seu dia-a-dia: “Prefiro caminhar pela Rua da Bahia porque é movimentada – tem lanchonetes, restaurantes e academias funcionando o tempo todo. É uma rua que oferece opções culturais que outras ruas não têm; vejo pessoas de todas as classes sociais”.

Com um sorriso no rosto, Lucas conta que a Rua da Bahia foi a referência: “desde o primeiro dia que cheguei em BH, lembro que estava no centro e saí perguntando onde ficava o Minas – era o dia do meu teste pra jogador de vôlei, e todos respondiam: suba a Rua da Bahia até você ver o Clube”. O atleta hoje mora na Rua Espírito Santo, no centro, paralela à Rua da Bahia. “Mas já morei em Contagem e no bairro Caiçara e meu caminho era o mesmo: descia do ônibus no início da Bahia e subia até o Minas”. Para ele, a Rua da Bahia se tornou “o caminho da roça”.

Por: Juliana Costa e Samara Brasil

Foto: Juliana Costa

Belo Horizonte está prestes a se tornar a capital do conhecimento. Entre os dias 03 e 06 de Setembro, a capital mineira sediará a 8º Olimpíada do Conhecimento que reunirá cerca de 800 jovens de todo país para realizar diversas tarefas que desempenham em profissões técnicas da indústria, do setor de serviços e da agropecuária.

A cada dois anos a Olimpíada do Conhecimento prepara uma de nível, onde jovens de até 21 anos de diversas áreas profissionalizantes são premiados pela desenvoltura e conhecimento.

A competição destaca os melhores de cada área (Indústria, serviços e agropecuária) e classifica-os para uma vaga na competição internacional a “World Skills 2015”, que está programada para o ano de 2015, em São Paulo. Em 2013, o Brasil ficou em 5º lugar no ranking internacional.

Esse ano Minas Gerais é o campeã em número de alunos participantes, ao todo são 61 inscritos, contra os 53 de São Paulo e os 41 alunos do Rio de Janeiro. O diretor de operações do SENAI CNI, Gustavo Leal, explica que o número expressivo de inscritos está na qualidade e na infraestrutura do sistema FIEMG.  Para ele, o Sistema FIEMG pode ser considerado uma das melhores do país, já que ela está presente em todo território mineiro.

Estrutura

A logística da olimpíada ocupará os 105 mil metros quadrados da Expo Minas e mais algumas áreas da região, para completar os 21 ambientes da competição. Duas turbinas de avião, um helicóptero, seis estações geodésicas e um laboratório de inseminação artificial estão dentro das 900 toneladas de equipamento para o evento. Além das 6 mil pessoas que estarão envolvidas na organização e execução do evento.

Programação Especial

Durante o evento, palestras e oficinas integrarão jovens e alunos as atividades da Olimpíada. “Uma Profissão, Uma escolha” – 32 escolas do Ensino Fundamental de BH receberão atividades a serem desenvolvidas nos campos da tecnologia.  “INOVA SENAI” trará ao evento uma exposição com 50 projetos inovadores desenvolvidos por alunos e professores da instituição, além de promover o desfile Brasil Fashion, onde serão apresentados os trabalhos desenvolvidos pelos os ex-alunos do SENAI com a coordenação de estilistas renomados como o Alexandre Herchcovitch e Lino Villaventura.

Mulheres no Mercado

A quantidade de mulheres nos cursos técnicos também foi ressaltada. O Gerente de Educação e Tecnologia do SENAI, Edmar Alcântara destaca que “muitas mulheres estão ‘tomando’ cursos que antes eram de predominância masculina”. De acordo com os dados apresentado pelo gerente, 40% do total de alunos hoje, são mulheres.

Para mais informações clique aqui.

Foto João Alves

_DSC0018

Texto e foto: João Alves

Ao chegar a uma exposição de arte e me deparar com pessoas realmente interessadas naquilo que estão em sua frente, é incrível. Há muito tempo não presenciava algo igual ao que está exposto no Centro Cultura Banco do Brasil – CCBB. A exposição “Visões na Coleção Ludwig” é vasta e traz obras que o mundo merece apreciar.

A organização e a estrutura do ambiente são impecáveis. Crianças, jovens, adultos, idosos todos completamente encantados. Há quem diga que desde quando a instituição inaugurou, nunca foi exposto algo com tanta sintonia e harmonia. Os quadros falam por si. Expressões marcantes. Cores fortes. As salas bem divididas dão a sensação de que todas as obras foram feitas para combinarem com o ambiente. O movimento de entra e sai de pessoas no local, em uma quarta-feira, 15 horas da tarde, é relativamente grande se comparado a outros eventos. Pensei. Grande parte deste público deveria estar estudando ou trabalhando neste horário.

O interesse é visível. Em seus olhos vidrados frente a uma obra. Elogiando. Olhando cada detalhe atentamente e, logo fazendo diversas anotações esse era o perfil encontrado naquele espaço. Pode parecer clichê, mas ficar parado apenas observando algumas das obras, como “Lanchonete de Unadilla” me faz sentir ali, dentro do ambiente exposto pela imagem. Já a obra “Cabeça de criança”, que se encontra no pátio, é tão real que o semblante da garota passa uma sensação de angustia, ou talvez, tristeza.

Hoje, 20, é só o primeiro dia de uma exposição que promete ter grande aceitação do público. Belo Horizonte recebe a graça de expor parte do acervo de Ludwig até 20 de outubro, então, não perca!

Texto e Foto: Bárbara Carvalhaes

 

O TEATRO FRANCISCO NUNES FOI INAUGURADO NA DÉCADA DE 1950, POR MEIO DO PREFEITO DE BELO HORIZONTE, OTACÍLIO NEGRÃO DE LIMA

Fechado para reformas desde 2009, o Teatro Francisco Nunes está de cara nova. Diversas atrações culturais no Parque Municipal, onde o teatro está localizado, são aguardadas pelos amantes peças teatrais e festivais de música e de dança, na capital mineira.

A estrutura foi restaurada e está mais moderna. A peça “Prazer”, da companhia Luna Lunera, marcou a volta das apresentações no teatro, no último dia 06 de maio. O Chico Nunes, como é popularmente conhecido, agora possui 543 poltronas para acomodar o seu público e já recebe o Festival Internacional de Teatro Palco e Rua – o FIT BH, por meio da Fundação Municipal de Cultura e com atrações gratuitas para várias idades.

Pelo menos duas peças estão confirmadas para marcar presença no teatro Francisco Nunes. Segundo a Belotur, a partir de hoje, a comédia alemã “Es saght mir nichts, das sogenannte Drauben/ The so-called outside means nothing to me estreia e fica em cartaz até amanhã. A peça Concertos para Bebês estreia na semana que vem, no próximo dia 25 de maio.

Por Natália Fernandes
Foto: Natália Fernandes

No início da semana passada foi publicado no Diário Oficial da União (DOM) a nova lei que permite que guardas municipais porte armas de fogo. De acordo com a lei, além da segurança patrimonial, estabelecida pelo Artigo 144 da Constituição Federal, os guardas vão exercer papel de policiais.

Na cidade de Belo Horizonte pode se notar grande volume de guardas municipais concentrados em praças e parques da região central da capital. Após a Copa do Mundo, o número de policiais nas ruas reduziram chegando até não se ver a PM atuando em determinados pontos da cidade. Ao procurar a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para saber a respeito do assunto e questionar se o armamento por parte dos policiais seria uma forma de suprir a falta de policiais nas ruas depois do mundial, a prefeitura declarou que estas pautas não são discutidas com veículos de comunicação.

Segundo a Prefeitura, a instituição estuda armar seus agentes e está se adequando as exigências do Estatuto do Desarmamento. “Cabe aos agentes da guarda municipal garantir a segurança aos órgãos, serviços e patrimônio do Poder Público Municipal e a orientação e proteção dos agentes públicos e dos usuários dos serviços”, declarou a Assessoria de Comunicação Social da Guarda Municipal de Belo Horizonte.

Texto: Bárbara Carvalhaes
Foto: Retirada do site da PBH

Inaugurado em 1957 o Conjunto Arcangelo Maletta faz parte da história da construção da cidade, da bohemia e da cultura de Belo Horizonte. O edifício abriga apartamentos residenciais, bares, sebos, lojas, escritórios entre outros. Isso faz com que o Maletta, assim conhecido pela maioria, seja um ponto de encontro de diversas tribos da sociedade.

Há cerca de três anos à procura pelo edifício cresceu e voltou a ser frequentado por jovens na média de 25 anos que vai em busca do happy hour mais famoso da capital mineira. Além dos bares na calçada entre a esquina Av. Augusto de Lima e Rua da Bahia, há também os que ficam no interior do prédio e os mais recentes da sacada. O mais famoso é a Cantina do Lucas que foi tombado, em 1997, como patrimônio cultural de Belo Horizonte, já recebeu personalidades como Milton Nascimento e o Clube da Esquina.

Mesmo com tanto tempo de existência e história, o Maletta, não perdeu a sua vivacidade apesar da sua aparência remeter a arquitetura antiga. Por esse motivo escolhemos o Conjunto Arcangelo Maletta para ser o tema dessa reportagem multimídia que irar abrigar, uma galeria de fotos, um infográfico interativo, uma entrevista e um vídeo para entender um pouco do cotidiano dessa parte de Belo Horizonte.

Por: Ana Carolina Nazareno e Cássia Maia
Foto: Internet