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Nesta segunda-feira, 23, antes do Brasil entrar em campo contra Camarões, a Associação Olímpica (British Olympic Association, BOA) e a Paraolímpica Britânica (British Paralympic Association BPA) realizou em Belo Horizonte uma coletiva de imprensa para anunciar a escolha da cidade mineira como sede de suas delegações para as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016.

Para o chefe de missão da Associação Olímpica Britânica, Mark England, o sucesso em Londres 2012 só foi possível pelos treinos de alta qualidade, que segundo ele, foi encontrado em Belo Horizonte. “A Associação Britânica Olímpica viaja há dois anos pela a América do Sul a procura de algum centro esportivo adequado para sediar os atletas olímpicos britânicos”. O acordo com a BPA foi assinado na manhã desta terça-feira, 24, no mesmo formato do compromisso já firmado pela BOA em 16 de outubro de 2013, quando foi assinado um Protocolo de Intenções com o Governo do Estado e a PBH.

As instalações que serão utilizadas pelas equipes britânicas serão o Centro Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais e do Minas Tênis Clube, que nesta manhã recebeu a visita do ilustre príncipe britânico Harry.

O secretário da PBH, Camillo Fraga destacou com felicidade a escolha de BH como sede pela equipe britânica. “A cidade de Belo Horizonte possui ótimos centros de treinamento é um orgulho saber que atletas do país que sediou as últimas Olimpíadas treinem em nossa cidade. Londres escolheu Belo Horizonte”, finalizou.

Os atletas britânicos já começaram seus treinos em Minas Gerais este ano, com a presença de atletas olímpicos do remo e canoagem em Nova Lima. O treinamento dos atletas paraolímpicos terá início em maio de 2015. A expectativa é receber cerca de 350 atletas olímpicos e 165 paraolímpicos.

Por João Alves e Bárbara Carvalhaes
Foto: João Alves

Um ano após o grande movimento que levou milhares de brasileiros às ruas, as manifestações ainda são alvo dos veículos de comunicação e causam polêmica. Tendo grande parte dos brasileiros dividindo opiniões entre ser a favor ou não, manifestantes continuam indo para as ruas em época de Copa do Mundo para mostrar sua indignação pela falta de respeito que o Governo trata sua população, não dando a eles seus direitos por completo.

O professor de Sociologia da UFMG Yurij Castelfranchi, a aluna de arquitetura membro do movimento Tarifa Zero Ana Caroline Azevedo e o Historiador Lucas Souto responderam algumas perguntas mostrando seus diferentes pontos de vista diante das manifestações ocorridas no passado que se estendem até hoje.

O que você acha que pode ser considerado o estopim da população querer organizar uma manifestação por tudo e sair depredando patrimônios públicos?

 Yurij Esta pergunta são 2 perguntas, e a resposta seria muito longa, então vou dividir. Mas, na minha opinião, a pergunta é formulada de maneira errada, por duas razões: não houve manifestação por tudo (foi mais complicado do que isso) e não houve “população sair depredando” patrimônio. Vou explicar:

 – No brasil não havia manifestações grandes há muitos anos e as manifestações com repressão violenta ou com atos de depredação eram pequenas e normalmente localizadas em lugares longe da atenção da mídia (ex.: amazônia, áreas rurais, periferias e favelas), por isso o público, e também muitos jornalistas, não estavam acostumados a ver tanta violência da polícia e tantas reações da população. Por tais razões, os enfrentamentos violentos nas manifestações, e as depredações, foram descritos com tanto clamor. Mas, se formos olhar com objetividade, de um lado, a porcentagem de pessoas envolvidas em enfrentamentos violentos foi sempre extremamente pequena: em junho do ano passado, manifestações que envolveram, no total, muitas centenas de milhares de pessoas no Brasil, tiveram algumas centenas de pessoas envolvidas em enfrentamentos violentos ou crimes: uma porcentagem muito baixa, comparável com a taxa de crime, por exemplo, entre operadores de muitas áreas importantes no Brasil, como policiais ou políticos. Não foi, então a “população” que saiu depredando, mas uma fatia muito grande da população que saiu  manifestando pacificamente. Os focos de violência foram agravados de forma marcada, a meu ver, nos casos em que a repressão da polícia se deu de forma indiscriminada e confusa, como aconteceu, no ano passado, por exemplo no Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Neste ano, em BH, as manifestações foram muito menores, muito pequenas. Mesmo assim, tratou-se de algumas milhares de pessoas participando, e apenas casos de enfrentamento violento com a polícia muito limitado, envolvendo muito poucas pessoas. Eu não diria que a população sai depredando, mas que uma parte (antes grande, agora pequena) da população saiu manifestando.

Sobre as pautas da manifestação, acho que o jornalismo brasileiro, diferente do europeu, estava despreparado para entender este tipo de fenômeno, e não foi entender suas pautas porque não sabia como lidar com uma movimentação que não um “chefe de partido”, uma liderança, um único porta voz. Mas com certeza não foi “por tudo” que os manifestantes manifestaram. O grande estopim das manifestações foi muito claro e único: um grito de protesto contra uma maneira de funcionamento da política (e da democracia) que é visto como inaceitável. Nossos representantes, tanto no nível local quanto federal, são eleitos democraticamente. O que as manifestações nos disseram é que isso não significa que a população aceite delegar aos representantes democraticamente eleito qualquer escolha em nome dos eleitores: estão pedindo transparência real, participação real, influência nas deliberações. Este tipo de protesto contra o funcionamento da política tomou a forma de duas principais reivindicações: contra a corrupção, de um lado, e em favor de um uso mais transparente dos recursos e ouvindo mais a voz da população. Por isso, o estopim, no ano passado, foi o aumento das passagem de ônibus, em cidades onde as prefeituras não prestavam conta de forma transparente de como eram feitas as concessões, de porque a passagem tinha que ser aumentada se as empresas já possuiam lucros extremamente grandes, etc. Em suma, os protestos pegam como “gancho”, como “lead”, muitas coisas, locais ou nacionais (ex.: em BH, Fica Ficus, o viaduto e sua reforma, as ocupações urbanas, a mobilidade, etc.), mas a mensagem é só uma: o funcionamento da máquina política está  errado, e os manifestantes não aceitam mais que os problemas sejam resolvidos “de portas fechadas”.

 Ana Caroline – Não existe isso de manifestação por tudo, todas as manifestações tem pautas definidas e discutidas anteriormente em assembléias, nas reuniões dos movimentos sociais. O estopim é o descaso do poder público para com a população, né? Na copa, vimos milhares de pessoas sendo retiradas de suas casas, políticas higienistas com moradores de ruas, proibição do trabalho de alguns profissionais informais, como os barraqueiros do Mineirão e os pipoqueiros, passagem cara demais em comparação com o salário médio de BH, etc. Todas as pautas muito legítimas que merecem atenção do governo.

Lucas Souto – Os motivos que levam as pessoas a se manifestarem são múltiplos. Passa por desigualdades sociais históricas, que levam a formação de movimentos por direitos das chamadas ‘minorias’, à péssima qualidade dos serviços públicos ofertados por municípios, estado e federação. Claramente nas jornadas de junho do ano passado, e do junho atual, os holofotes da Copa das Confederações e Copa do Mundo fez com que muitos movimentos sociais ganhassem juntos as ruas. As depredações, ou a chamada ‘ação direta’, faz parte da posição daqueles que adotam a tática black bloc. Quem já vivenciou uma manifestação pessoalmente sabe que a parcela dos que adotam essa tática é mínima, até mesmo por uma falta de disposição a esse tipo de enfrentamento físico. A imprensa muitas vezes tenta fazer essa vinculação direta, “manifetação/depredação”, para justificar uma ação rígida da polícia. Como muita gente nunca foi a uma manifestação, acaba indo pelos noticiários e se posicionando contra o ato de se manifestar, o que, ao meu ver, é lamentável.

Antigamente as manifestações não eram tão frequentes como hoje. E tudo ficou mais evidente, pelo menos a meu ver, depois das manifestações ocorridas em Junho/Julho do ano passado. Você acha que a voz do povo perdeu força nas manifestações deste ano?

 Yurij  –  Sim, claro. A onda de junho foi muito grande e surpreendente, e está ligada tanto a problemas internos da política brasileira, quanto ao fenômeno global dos protestos “em rede”. Este ano as movimentações agregaram muito menos pessoas, e perderam sua força. Isso devido à vários fatores. Em primeiro lugar, as eleições que estão chegando: de um lado, pessoas que foram juntas nas manifestações no ano passado, agora não querem se juntar, pois agora apoiam partidos diferentes. As pessoas que estão com medo de que o Governo Dilma possa perder, e dar lugar a um governo mais autoritário ou mais corrupto, não querem agora protestar, preocupadas. As pessoas que, ao contrário, são adversárias do atual governo e querem outros grupos no poder, não querem agora correr o risco de enfraquecer políticos locais que podem ser importantes na corrida eleitoral contra o Governo Federal, e não querem juntar-se a movimentos considerados de esquerda. Além disso, o movimento do ano passado não conseguiu agregar de forma estável as pessoas, e as manifestações durante a copa do mundo são consideradas problemáticas, ou injustas, por muitas pessoas.

Ana Caroline – Não, apesar da campanha midiática pra criminalizar as manifestações, como você mesma resumiu na primeira pergunta como “quebrar tudo” e isso não é verdade, de maneira alguma, os movimentos sociais que já existiam antes ou que surgiram a partir de junho de 2013, ficaram fortalecidos. A gente teve tempo pra estudar, agregar gente, se preparar e tornar as reivindicações mais concretas. Isso não é perder voz, mas ir às ruas de forma pautas específicas.

Lucas Souto – Não. Manifestações de rua sempre aconteceram no Brasil, mas normalmente muito vinculados a movimentos sociais, o que tornava seu volume de participantes pequeno. Aqui em Belo Horizonte mesmo é só observar o “Grito dos Excluídos”, que ocorre anualmente em todo sete de setembro. O que foi visto em junho de 2013 foi algo que surpreendeu a todos pelo volume. Pessoas que até então não estavam junto aos movimentos sociais, acabaram somando as manifestações chamadas pelos movimentos sociais – como na origem de tudo, o Movimento Passe-Livre de São Paulo. Essa presença massiva, que tem muito a ver com as crescentes revoltas populares no exterior, pegou todos de surpresa. Aquela massa era múltipla. Tinham instituições ligadas a partidos; tinham pessoas que tiveram um espasmo cívico; etc. Mas o decorrer do ano trouxe uma nova postura de muitas instituições que, ligadas ao governo, resolveram não apoiar os atos contra a Copa da FIFA. Muitas pessoas já começaram a vislumbrar as eleições e resolveram não ir as ruas. Muita gente ficou com medo do terror implantado pelas promessas de forte aparato repressivo e decidiu ficar em casa. Muita gente realmente estava perdida naquelas marchas e decidiu voltar a sua posição de origem, ignorando aquilo que as levou as ruas em 2013. Creio que quem está indo as ruas agora são aqueles mesmos grupos sociais que já iam  antes das jornadas da Copa das Confederações. E suas causas são legítimas e muito importantes.

 O que você acha da repressão por parte dos militares ao tentar abafar a situação?

 Yurij  As estratégias de repressão mudaram em vários aspectos, neste ano, as forças de polícia chegaram mais organizadas e preparadas, mas há diferenças grandes em cidades e com diferentes tipo de manifestantes. Em alguns casos, houve erros ou abusos graves das forças de polícia, já denunciados às autoridades.

 Ana Caroline A repressão policial é descabida, desproporcional. Uma das pautas é a desmilitarização da polícia e o fim do modus operandi que sobrou da Ditadura Militar no país. Não podemos aceitar esse estado de exceção imposto durante a copa em que manifestantes são perseguidos e torturados, protestos são cercados e impedidos de acontecer, e a nossa liberdade de expressão e manifestação completamente cerceada.

Lucas Souto – Acho desproporcional e, muitas vezes, ilegal. Já nas jornadas de 2013 assistimos uma série de pessoas gravemente feridas por estilhaços de bombas de gás, balas de borracha acima da linha da cintura e espancamentos físicos. Não só entre os manifestantes, mas também membros da imprensa. A truculência da repressão mostra um despreparo enorme para lidar com o público. Despreparo que vemos no cotidiano, com desrespeitos em abordagens e blitz, e que ganha ar de sadismo quando vemos as notícias de espancamento de ativistas. Aqui em Belo Horizonte mesmo, nesse momento tão importante e de manifestações já esperadas, a Polícia Militar está ser Ouvidor de Polícia, principal cargo para denúncias de abusos na instituição. Ou seja, as questões são muito bem orquestradas para que a repressão seja feita de uma maneira agressiva e ostensiva, que gere temor nas pessoas de se irem as ruas protestar. Táticas que, para mim, não condizem com um estado democrático.

 As manifestações são realmente uma boa alternativa para a população ir em busca de seus direitos?

 Yurij – Manifestações não podem ser uma alternativa, a meu ver: ou seja, é impossível fazer política ou pedir direito só manifestando. As manifestações não são uma alternativa, mas um sintoma de algo que não está funcionando, e que os políticos deveriam escutar com atenção. E são um importantíssimo meio, complementar, para aprender a fazer política. E um importante instrumento de cobrança e de luta. Eu vejo nessas manifestações um momento muito importante para a democracia no Brasil, especialmente pela presença, nelas, de pessoas que raramente participaram de manifestações no centro da cidade (moradores de periferia, jovens que não faziam política, etc.).

Ana Caroline –  Ir às ruas reivindicar direitos é uma forma importante de mostrar que nós estamos aqui, cientes dos nossos direitos e que nós vamos lutar por cada um deles. Além disso, é também uma forma de retomar a cidade, entregue aos automóveis, ao consumo e a publicidade.

 Lucas Souto – Bem além de ser ou não uma alternativa, o ato de manifestar é um direito amparado na Constituição. As manifestações de rua são cotidianamente vistas em outros países. Santiago, no Chile, está passando por uma série de manifestações de rua essa semana por conta da luta estundantil pela educação superior pública e de qualidade. Há poucos dias milhares de espanhóis foram as ruas pedindo pela república quando o rei local abdicou. O ato de manifestar é justo e traz um enorme aprendizado de direitos e deveres para quem o faz. Com isso, acho importante que elas aconteçam e que se tornem um hábito dos brasileiros.

A força como a policia está agindo para conter os manifestantes – você acredita que esse pode ser um bom caminho a ser seguido pelo PMs, visando as duas manifestações pacificas ocorridas nas últimas semanas?

 Yurij  – A tática do cercamento dos manifestantes possui, a meu ver, efeitos muito negativos, embora possa resolver alguns problemas táticos imediatos. Mas não sou especialista em segurança pública e não posso opinar.

 Ana Caroline –  Não, de jeito nenhum. O que eles estão fazendo é impedir as manifestações de acontecerem, e isso é uma suspensão do nosso direito garantido em constituição de protestar.

 Lucas Souto – Não. A tática do “caldeirão de Hamburgo” (Hamburger Kessel) adotada pela polícia na manifestação da Praça Sete é alvo de críticas internacionais há anos. No Brasil ainda fere o artigo 5º da Constituição Federal em diversos pontos. Não se pode criminalizar as manifestações, como o ato de ir a rua em si já fosse passível de que a polícia impeça o direito de ir e vir das pessoas. Se as forças policiais são incapazes de distinguir quem comete um crime, como depredação, de alguém que está apenas caminhando diante de uma manifestação, ela é incompetente. Logo, a tática inconstitucional de impedir as pessoas de deslocarem pelo território da sua cidade e país, visando atender os interesses de um governo e instituição internacional (FIFA), não são nem um pouco positivas.

Texto: Bárbara Carvalhaes
Fotos: João Alves e Lívia Tostes

O Music Bank in Brazil foi ao ar, hoje, na Coreia ás 11h da manhã, mas ocorrerá uma reprise ás 18h50, através do canal do YouTube da emissora responsável pelo programas, KBS World,  e uma reprise ocorre às 5 da manhã de amanhã. No dia sete de junho o Brasil foi palco do maior festival de música pop coreana do mundo, a cidade agraciada com esse evento foi o Rio de Janeiro. No total foram sete atrações sul coreanas, B.A.P., MBLAQ, Ailee, M.I.B, INFINITE, CNBLUE e SHINee.

Na sexta-feira, 06, o HSBC Arena recebeu a coletiva de imprensa com os ídolos que já se encontravam no estado, foram selecionados dois membros de cada grupo para conversar com os jornalistas: M.I.B (KangNam e 5Zic), CNBLUE (MinHyuk e JongHyun), SHINee (Key e JongHyun), INFINITE (DongWoo e SungGyu) e a cantora Ailee. A escolhida para realizar a intermediação, entre os ídolos e a imprensa, foi a ancora da principal emissora coreana, KBS, Jeong JiWon.

Como foi a coletiva?

A coletiva estava marcada para as 14h, mas por causa do trânsito o evento foi adiado para às 15h. A Dream Maker responsável pela produção do evento recolheu as perguntas, por e-mail, uma semana antes com as mídias credenciadas. Antes dos artistas entrarem fomos avisados que não poderíamos fazer novas perguntas nem realizar por nós mesmos as que tínhamos enviados para aprovação. A Dream Maker havia selecionado algumas perguntas entre as recebidas e a ancora JiWon realizou as perguntas em coreano para artistas presentes, antes de responderem a pergunta passavam a vez para a tradutora Jenny Cho, que lia em português para os presentes na sala e só então os ídolos respondiam e traduziam as respostas.

Durante a coletiva as mídias poderiam tirar fotos e filmar, porém sem saírem do lugar. Ao final da coletiva os artistas se reuniam com o grupo completo para as fotos, nesse momento foi permitida a imprensa se mover.

O INFINITE é conhecido por suas coreografias, os fãs gostariam de saber: como vocês conseguem aprender novas coreografias?

DongWoo: Tem que jogar fora todos os pensamentos ruins como: “Ah! Eu danço mal”. A coreografia expressa bastante o amor, então tendo o amor no coração vocês vão conseguir aprender muito.

O M.I.B. já está aqui há uma semana, qual o lugar que vocês mais gostaram de visitar?

5Zic: Nós fomos em várias praias e em vários shoppings, mas o que mais gostamos foram das belas mulheres brasileiras.

Todos os presentes no local reagiram com um coro de “Own”, quando ele respondeu “eu te amo” em português.

O Show

Uma semana antes do show inúmeros fãs montaram um acampamento ao longo dos muros da HSBC Arena. No dia do show, as filas para cada setor eram imensas e a desorganização era vista desde cedo, quando os portões finalmente se abriram os fãs da pista premier se espremiam para tentar formar uma fila com três pessoas lado a lado, mas não deu muito certo, o que causou transtorno para muitas pessoas e machucou outras.

Entrando no local havia uma longa mesa em que distribuíram a primeira edição em português da revista coreana K WAVE. Passando pelos seguranças os fãs subiam uma rampa em que eram filmados e transmitidos para dois telões dentro da Arena. Muitos fãs queria entregar presentes para seus ídolos, mas ficaram confusos de onde e como fazerem isso, os menos desesperados conseguiram observar uma pilha de presentes logo no hall de entrada da cada de shows, tudo o que tinham a fazer era pedir a um staff da Mix JunkBox para pegar o presente e colocar na pilha de determinado artista.

Muitas das situações que haviam combinado antes não foram seguidas naquele momento, havia quatro empresas trabalhando na organização do Music Bank Brasil e muitos dos staffs presentes eram coreanos e não arriscavam nem responder em inglês.

Mas quando o show começou todos se esqueceram dos transtornos ocorridos. O grupo que abriu o festival foram os caras do B.A.P., de repente parecia que a arena era composta só de Babys (nome dado ao fandom do grupo), todos sabiam cantar as músicas, o grito de guerra e o nome de cada integrante. Em seguida foi à vez da Ailee, pra quem não conhecia o trabalho dela ficou fã no mesmo instante em que a “princesa do k-pop”, como muitos fãs gritaram, ficaram seduzidos com as curvas do corpo dela e com os agudos originais. O terceiro grupo da noite foi o M.I.B., os garotos que já estavam no Brasil há uma semana, realizando passeios pelo Rio de Janeiro, foram muito bem recebidos pela plateia e repetiram várias vezes as frases, “Bonita, eu te amo!”, “Brasil, eu te amo!”.

Houve pequenos shows de intervalo, como o da dupla Toheart, WooHyun do INFINITE e o Key do SHINee. A dupla sorteou na hora uma garota para subir ao palco e ser a “Dream Girl” da noite. Todos os artistas subiram ao palco para canta a música “Vou deixar” da banda mineira, Skank. A cantora Ailee mostrou que se esforçou para aprender português ao realizar um desempenho de Aquarela do Brasil do compositor mineiro Ary Barroso. Taemin, Jonghyun e Sungkyu cantaram ‘Garota de Ipanema’.

O festival seguiu com a apresentação do grupo MBLAQ que mostrou a todos que tem uma bela harmonia de grupo, com coreografias bem trabalhadas. Os meninos do INFINITE chegaram arrancando gritos de toda a plateia, de repente o local mais uma vez só parecia ter rum fandom dessa vez eram todos “Inspitis”, com seus rebolados e movimentos agitados os sete membros seduziam a plateia, DongWoo, um dos rappers do grupo tirou a camisa social ficando só se calça e camiseta, arrancando mais gritos dos fãs.

A apresentação a seguir ficou por conta da banda CNBLUE, com mais agitação que antes, todos pareciam ser Boicers, quando o vocalista YongHwa pediu para que acompanhassem seus gritos o público se agitou, mas não conseguiram acompanhar o seu ultimo agudo, arrancando palmas e gritos. A banda tirou todos do chão com a música I’m a Loner, logo que finalizaram foi a vez do grupo mais esperado da noite e logo a pergunta que vinha sendo feita há dias seria respondida, “Por onde anda Onew?”, o líder do grupo, “será que ele estava lá?”. Quando o grupo apareceu no topo da escada só havia quatro membros e não cinco, as Shawols ficaram esperançosas até o último minuto, mas não. Onew não pode participar do Music Bank Brasil.

Somente depois do show que a empresa da boyband, SMEntreteniment, divulgou que o líder do grupo passou por uma cirurgia nas cordas vocais no último dia 3 de junho e por isso teve que permanecer em repouso. Depois do show viam-se rostos desanimados, desolados, quando questionadas sobre o motivo a resposta era simples, “depressão pós Onew não estar presente”.

Do lado de fora da arena o que mais se ouvia eram fãs falando “ele sorriu para mim”, “teve esse momento que o WooHyun me olhou”, “Ah! Eu ganhei um tchauzinho do MyungSoo”. “o Key fez coração pra mim”, “o MinHyuk não parava de me olhar”. Todos ali estavam com um sorriso de satisfação no rosto, apesar dos grupos terem apresentadas três músicas cada, todos puderam presenciar por um momento, aquilo que costumam ver através de seus computadores. Os vocais, as danças e o charme. Pode se dizer que ninguém saiu decepcionado do show, mas eu estaria mentindo, esquecendo das Shawols, que esperaram até o último minuto pelos cinco garotos e só quatro puderam comparecer.

Veja nossa galeria de imagens da coletiva de imprensa, através desse link.

Texto e fotos: Juliana Costa

Era Dia dos Namorados e o caminho para casa incluía a Praça da Liberdade como rota. Dessa vez, havia algo no ar e não era o “enamoramento” dos vários casais que já tem o costume de estar na praça com ares de romantismo europeu. Dezenas de policiais circulavam por todas vias no entorno, várias viaturas chegavam fechando as ruas, cercos eram montados: uma praça de guerra era montada bem à minha vista. Me aproximei mais rápido para ver o que acontecia.

Um saxofonista, que pensava em faturar uns trocados na data, mudou de música quando a polícia tomou a praça. Não tenho ideia se era sua intenção, mas a marcha fúnebre que saiu tocando combinou com o clima que se instaurou naquela momento. Muitos casais dispersaram antes ainda de entender o que estava acontecendo; talvez até mesmo Cupido esteja mais precavido nos dias de hoje. Pouco tempo depois depois da chegada da polícia, vi as bandeiras vermelhas subindo a Avenida João Pinheiro. Mesmo imbuído da minha função (apurar todo o desenrolar da manifestação) e embora estivesse calmo, não pude evitar um arrepio de temor diante do cenário que se desenhava.

A polícia se posicionou em toda praça, com efetivo suficiente para fechar todas as ruas em volta e ainda sobrava gente para ficar em frente ao relógio da Copa – sim, falo do relógio que a Coca-Cola instalou por lá para fazer a contagem regressiva da temporada de futebol (se esse fosse um relato gonzo, eu escreveria “temporada de medo e delírio” no lugar). Ao contrário da força policial, os manifestantes não estavam em número tão expressivo. O grupo se aproximava enquanto a última porta do Xodó era fechada. O barulho não entrou bem em meus ouvidos.

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Eram exatamente 16h, quando uma linha invisível delimitou o posicionamento de manifestantes e policiais na praça; frente a frente, ambos os lados esperavam por algum movimento, alguma ação, uma faísca. A faixa invisível só não era respeitada pela imprensa, que sempre se embrenhava entre os dois grupos para ter bons registros. A linha de frente do grupo que protestava era formada por alguns mascarados, um pessoal com estilo punk e cabelos espetados, jovens e senhoras – destaco senhoras, por que não vi nenhum senhor por lá, pelo menos não à frente. Os policiais estavam imóveis, bravamente posicionados (atrás de escudos e bem armados) defronte ao fatídico relógio. Ninguém tocaria nele desta vez, nenhuma pedra o arranharia, diferente do que aconteceu nas Jornadas de Junho no ano passado. Havia forte aparato policial para garantir sua segurança desta vez.

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Contra a barreira policial os manifestantes puxaram gritos, como “olha que idiota, tá defendendo o relógio da Copa!”. Os agentes permaneciam imóveis. Até que, em certo momento, um pequeno aglomerado de manifestantes começou a queimar a bandeira do Brasil, mas o vento atrapalhou, apagando a intenção deles. Foi nesse momento em que ouvi os primeiros disparos, juntamente com o corre-corre, o gás lacrimogêneo e as pedras. Consegui ver que um manifestante havia se machucada e outro voltava para socorre-lo, mantendo as mãos sempre para cima. Ao redor: bombas de gás versus pedras. Difícil escrever “enfrentamento” para definir isso.

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Enquanto agentes policiais marchavam, uma senhora desabafou aos berros: “a população está ferida, mas o relógio está intacto! Parabéns, vocês conseguiram!”. Uma outra debochou: “a gente só queria dar um abraço no relógio, mas vocês não deixaram”. Com a praça esvaziada, mantendo formação, escudos à frente, a polícia passou a cercar outras vias.

Eram 16h20 quando um grupo de policiais saiu da praça, passou pelo prédio da biblioteca pública para enfim bloquear a Rua da Bahia. De mãos dadas com a namorada sigo para o programa romântico da tarde: vou atrás deste destacamento. Lágrimas correm pelo meu rosto e não é choro sensível pela data comercial, é o efeito do gás que já me cega. Ela assume a câmera até que eu me recupere.

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Os policiais cercaram a Rua da Bahia, mantendo duas filas de agentes. Estamos logo atrás dessa sólida formação. Afora os policiais, somos três: dois estudantes de Jornalismo – no meio de confusão de sentimentos – e um repórter de O Tempo. Enquanto acompanhamos e registramos a ação, dois policiais saíram de suas posições oficiais e se aproximaram de nós. Eu carregava uma mochila e não tinha credencial de imprensa, além disso, fotografava do celular; Guilherme Ávila, o jornalista do O Tempo, tinha credencial, uma GoPro na cabeça, câmera profissional na mão e nada de mochila. Não sei se eu usava um manto de invisibilidade ou se um repórter de jornalão, naquele momento, era mais visado para a abordagem policial, mas o caso é que os agentes me ignoraram e foram direto até Ávila. Só depois de ver a credencial, pedir seu documento de identidade, fazer vistoria corporal e fotografá-lo é que os PMs se lembraram que eu estava lá e pediram para ver o que havia na mochila sem se importar muito com o conteúdo.

Depois da revista, fizemos trajeto contrário ao ato e seguimos pela Rua da Bahia até a proximidade do Minas Tênis Clube, trocando informações com a redação. Sabíamos que com a mochila passaríamos por revistas constantemente e precisávamos nos desfazer dela. Em todo o trajeto havia circulação de policiais. Um professor universitário aparece afobado querendo saber o que estava acontecendo, o som dos tiros o assustaram. Quando explicamos ouvimos uma resposta que me fez cogitar que ele pudesse ser a própria Joana Havelange: “acho que agora não tem mais que protestar, afinal, já gastou muito dinheiro, o que tinha que ser roubado já foi roubado. Agora é nas urnas”.

De novo, o caminho de casa é o caminho da manifestação. Seguimos pela Avenida Bias Fortes. Alguns moradores estavam fora de suas casas com cara de medo. Observamos algumas pichações novas nos muros. “Vocês estão nas manifestações?”, indaga uma senhora. Explicamos que estávamos cobrindo o ato. “Tá uma bagunça, uma baderna, eu se fosse vocês passava por outro caminho”, disse ela. Expliquei que aquele também era nosso caminho para casa. “Boa sorte”.

  Texto por Alex Bessas
  Fotos: João Alves, Alex Bessas e Franciele Carvalho

A Praça da Savassi tem vivido em ritmo quase carnavalesco durante a Copa do Mundo. Na noite de sábado, 14, o lugar virou palco de comemorações pela vitória da seleção colombiana. O amarelo do uniforme e os gritos de guerra eram constantes, assim como o sorriso dos taxistas e ambulantes que também aproveitavam a festa. O que faltou mesmo foram banheiros químicos espalhados pelo local, de forma que as bancas de jornal se tornavam mictórios para brasileiros e gringos.

De Manchester, o estudante Martin era só amor pelo país da Copa. Chegando em Belo Horizonte há duas semanas, o inglês decidiu ficar mais uma semana depois do jogo da Inglaterra, que acontece no dia 24, terça-feira. Suas palavras são carregadas de entusiasmo, “O que mais me chama atenção em Belo Horizonte é a noite. O pessoal é simpático e hospitaleiro, além de muito bonito. As mulheres são muito bonitas!”. Na noite deste sábado, o que espanta Martin é o grande volume de colombianos.

Aproveitando o forte movimento, ambulantes aumentaram significativamente seus preços: uma garrafa de catuaba costuma ser comercializado de R$ 12 à R$ 15 na região, ontem o preço mínimo eram R$ 20. Luís Gustavo de apenas 14 anos veio de Betim para se embrenhar entre os gringos e aproveitar a oportunidade para faturar. Otimismo é o que define o sentimento do taxista Cláudio: para ele o movimento tende a melhorar, mas desde já considera que o número de clientes aumentou consideravelmente. Para o profissional, a maior dificuldade é relacionada ao idioma e a grande variedade de culturas e línguas que desembarcam em BH, “mas o problema não é tão grave, por que a maioria vem sempre acompanhado de algum brasileiro”, ameniza.

O colombiano Pedro Antônio, que veio de Bogotá para acompanhar a vitória de sua seleção na tarde do mesmo sábado, também elogia os brasileiros, que classifica como uma gente muito gentil e bonita. O torcedor, no entanto, faz uma ressalva, “vocês são legais, mas poderiam estar mais preparados para a Copa”. Em relação ao idioma, ele revela que dificilmente encontra quem fale inglês ou espanhol, mas que os brasileiros são educados e falam devagar, o que facilita a compreensão, e que, portanto, não tem tido muita dificuldade em relação a isso.

Na noite de sábado a Savassi foi invadida pelos torcedores colombianos, o espanhol foi o idioma oficial da noite e os gritos de guerra faziam parecer que em Belo Horizonte a torcida é pela equipe da Colômbia. A falta de banheiros químicos, no entanto, foi o que destoou a festa, espalhando mau cheiro e constrangimentos em toda região. Este carnaval vai se alongar até o final dos jogos da Copa do Mundo, ainda é tempo de acertar as arestas.

Texto: Alex Bessas
Foto: Divirta-se Uai (Estado de Minas)

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Há mais de 50 anos, no dia 12 de junho, é comemorado o dia dos namorados no Brasil. Em 2014, a data não estará tão em voga como nos outros anos, visto que a abertura da Copa do Mundo no país atrapalhará esse dia tão aguardado pelos casais apaixonados.

Além dos enamorados, a data também é muito esperada pelo comércio. De acordo com FEComércio MG, o dia é estimado como o terceiro melhor do comércio varejista, uma vez que o clima é muito festivo e é focado em trocas de presentes. Em pesquisa realizada entre os dias 02 a 05 de junho, a FEComércio MG constatou que, dos 331 entrevistados, a maioria (35,2%), pretende investir no presente um valor maior em relação à 2013. Dentre essa maioria, 47,9% afirmam como motivo principal a aquisição de um presente melhor, 33,3% diz estar em um momento feliz com o companheiro e 9,4% afirma que sua situação financeira melhorou.

Um dos programas mais comuns encontrados nesta data especial, é sair para jantar com a pessoa amada. De acordo com o proprietário do restaurante Oficina de Ideias, localizado na região centro sul, Evander Simão, o estabeleciomento comemorará o dia na data oficial mesmo (dia 12 de Junho). “A Copa é da FIFA, não do dia dos namorados”. Segundo Simão, o restaurante estará decorado à luz de velas, o que dará um clima mais romântico ao ambiente. No cardápio, serão preparados pacotes diferenciados com entrada, prato principal e sobremesa, acompanhado de vinho, com um valor mínimo.

A churrascaria Ambrósio’s Grill terá o tradicional rodízio no cardápio, mas o casal ganhará uma garrafa de frisante para comemorar o dia tão aguardado. Já o restaurante Pizza Sur, não trará nada de especial em comemoração a data, mas exibirá o jogo no horário devido (17 horas).

Cassiano e Marianne

O estudante Cassiano Lúcio ao falar de sua namorada Marianne Luiza, fica nervoso e afirma em meio a suspiros que “ela é tudo para ele”. Segundo o jovem, o casal se conheceu na faculdade em uma roda de amigos, e ele a ajudou a baixar um aplicativo no celular. Três semanas depois, surgiu o primeiro beijo e um mês depois, começaram a namorar. Marianne mora perto do Mineirão, o que irá dificultar um pouco os planos do casal. “Ainda não planejamos nada. Não sabemos o que irá funcionar, provavelmente decidiremos na hora”, finaliza Cassiano.

Jacson Dias e Maick Hannder

Jacson Dias, estudante de Cinema do Centro Universitário UNA, se derrete ao falar de seu namorado Maick Hannder. Eles se conheceram na sala da faculdade e depois de um semestre na mesma sala, Jacson o chamou pra conversar. Papo vem papo vai, a paixão foi surgindo e após um mês juntos, eles começaram a namorar. Passados quatro meses, eles comemorarão o primeiro dia dos namorados juntos em um restaurante, na noite de hoje. “Não quero que a Copa do Mundo atrapalhe os planos com ele” declara.

Por: Luna Pontone

Foto: Acervo pessoal Jacson Dias