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Uma cena comum para os usuários do transporte público em Belo Horizonte é o desrespeito com os portadores de necessidades especiais que utilizam cadeira de rodas. De acordo com a Bhtrans, dos 3.037 ônibus do transporte coletivo da capital, 2.3414 (77,1%) possuem elevadores, porém isso não é garantia de que os cadeirantes terão acesso fácil.

Segundo a Bhtrans, não existem dados específicos sobre reclamações em relação ao atendimento a cadeirantes, mas no geral foram 6.432 queixas no ano de 2012. Essa quantidade é considerada pelo órgão municipal como baixa porcentagem em relação aos 420 milhões de passageiros por ano. Ainda de acordo com empresa de transportes e trânsito de Belo Horizonte, os profissionais que atuam na área são exemplo de gentileza e cerca de 10.700 deles participaram de um programa que visa a melhoria do serviço, o QualiBus. “Eles participaram de treinamentos e oficinais práticas que reforçaram a importância e a necessidade de práticas corretas de direção, que privilegiem a segurança de passageiros e pedestres e ainda contribuam para a mobilidade urbana”, informou a assessoria de imprensa.

Em contradição ao discurso da responsável pelo trânsito em Belo Horizonte, a estudante de jornalismo Grazielle Souza conta um fato que presenciou. “Estava no ônibus do meu bairro e estava começando a chover, quando na frente de posto de saúde um cadeirante deu sinal, mas o motorista simplesmente acelerou e fingiu que não viu alguém lá. Os passageiros falaram com ele, mas ele ignorou. Eu costumo pegar o número do ônibus e fazer uma reclamação, mas dessa vez não fiz”, descreve.

Os passageiros insatisfeitos devem fazer suas reclamações pelo portal da Bhtrans(colocar link do site) ou pelo 156, Central de Atendimento Telefônico da Prefeitura. Porém as reclamações não necessariamente geram multa para a empresa e sim uma maior fiscalização pela parte da Bhtrans, que tem como meta para 2014 toda a frota de Belo Horizonte acessível para cadeirantes.

Entramos em contato com a presidente do Centro de Vida Independente de Belo Horizonte (CVI) e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONPED) para esclarecer questões sobre pessoas com necessidades especiais, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta edição.

Por Ana Carolina Vitorino

Imagem: Internet

 

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O ICA (Instituto de Comunicação e Artes) realiza hoje ás 19h um debate intitulado Os Caminhos Da Apuração Jornalística, no auditório do segundo andar do campus Aimorés do Centro Universitário UNA. Os convidados da noite são dois jornalistas do jornal Hoje em Dia, Álvaro de Castro, repórter esportivo do Portal HD, e Danilo Emerich, do Caderno de Minas.

O evento será o primeiro de vários que irão acontecer ao longo do ano no ICA.  O ciclo de palestras recebeu o titulo de Circuito Comunica, um projeto novo do ICA que tem a intenção de realizar eventos informativos sobre todos os cursos oferecidos no campus.

O Jornal Contramão cobrirá o evento via Twitter. Quem se interessar em acompanhar a conversa poderá acompanhar a hashtag #circuitocomunica ou indo diretamente no perfil do nosso twitter @contramaojornal.

Por Juliana Costa

Foto Facebook Álvaro de Castro

Em janeiro de 2013, o governo de São Paulo deu início a uma nova política relacionada aos dependentes de álcool e drogas, sobretudo o crack. O Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) auxilia nos processos de internação voluntária e compulsória dos usuários numa iniciativa polêmica e que foi seguida de outra semelhante no Rio de janeiro. As práticas de internação compulsória para dependentes químicos é feita desde que seja comprovado que o usuário não consegue garantir sua integridade física e mental. No entanto, para o presidente do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais Humberto Verona esta prática joga por terra tudo que já foi conquistado. “As pessoas estão vindo com um pensamento antigo e conversador. Com discurso de internação, um discurso inteiramente manicomial, e tudo que agente já conseguiu até hoje está em risco em função de uma política equivocada que está sendo proposta”, analisa.

Já a psicóloga Cristina Abreu Souza coordenadora da Associação Mineira de Pais e Amigos para a prevenção do uso de drogas(AMPARE), entende que em alguns casos a internação compulsória  é necessária. “Quando a pessoa não tem mais condições de responder pelos seus atos, a única opção é fazer uma desintoxicação involuntária para que ela possa voltar a pensar e poder escolher o que ela vai querer”, defende.

No centro de Belo Horizonte, é possível observar pessoas, em situação de rua, em diferentes pontos consumindo drogas à céu aberto e à luz do dia. Alguns setores temem que seja realizado na capital mineira um internação compulsória dessas pessoas. “Entendo a situação de uma família quando o dependente químico está numa situação em que não pode responder por seus atos. Porém, o que percebo é uma justificativa da postura de pessoas que postulam esta ação para higienizar as cidades que receberão os jogos”, argumenta a Coordenadora da Pastoral da Sobriedade, Ir. Ivenila, referindo-se às Copas das Confederações.

Para o Presidente Interino do Conselho Municipal de Política Sobre Drogas Nilton Ferreira Bittencourt Júnior, a internação compulsória é a última opção. “A prefeitura adota o trabalho de conscientização, se o usuário quiser sair existem várias possibilidades, porém, se a pessoa não quiser não adianta nenhum tratamento. Mas é bom deixar claro que a internação compulsória é legal e existe todo o tramite judicial que envolve este tipo de procedimento”, conclui.

Alternativas de Tratamento

Outras opções de tratamento são apresentadas como alternativas para o tratamento. A pastoral da Sobriedade defende a prevenção como principal tratamento.  “A Prevenção para a Pastoral da Sobriedade é uma prioridade. E a eficácia da Prevenção vai depender da boa articulação política de cada Diocese” argumenta.

Segundo a Psicóloga da ampare, além da prevenção cuidar do emocional do paciente também é essencial. “Parar o uso de drogas não é o problema. O problema está nas pessoas e nas diversas dificuldades emocionais que cada um tem. Geralmente a substancia entra quando a pessoa está mais frágil, e a droga ocupa um espaço onde o emocional não está presente”, enfatiza.

Série Drugsquare: Primeira Parte

Por João Vitor Fernandes

Ilustração: Blog Prioridade Absoluta

 

Ouça na edição de hoje a análise de nossos comentaristas sobre o quarteto de ataque do Cruzeiro. O Atlético dava indícios de que iria disputar o campeonato mineiro com duas equipes diferentes, o que não aconteceu até o momento.

SADA Cruzeiro e Minas  nas semifinais da Superliga Masculina de Vôlei, as equipes enfrentam SESI e Rio de Janeiro respectivamente na disputa por uma vaga na grande final.

No basquete a boa campanha do terceiro colocado do NBB, Uberlândia, com  destaque para Robert Day ala da equipe do triangulo que marcou 24 pontos na última partida.

Tem até declaração de Amor!

Tudo isso na 7ª edição do Projeto E!

 

Apresentaçao: Ana Carolina Vitorino

Comentários: Hemerson Morais, João Vitor Fernandes e Marcelo Fraga

Edição: João Vitor Fernandes

Arte: Marcelo Fraga

Musica: Tempestade – Maskavo Roots

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A primeira meta da Comissão da Verdade dos Jornalistas Mineiros (CVJM) é entregar um relatório sobre casos de censura e perseguição aos profissionais da imprensa, durante a Ditadura Militar no Brasil (1964/1985) para a Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas, em Brasília, até o dia 1º de agosto.

A expectativa do SJPMG é que o trabalho da Comissão acelere a apuração dos casos de violação dos direitos de jornalistas no período da ditadura militar no país. Para a apuração haverá pesquisas na imprensa e nos arquivos da época; serão ouvidos jornalistas que sofreram violação de direitos, cônjuges e parentes de primeiro grau dos já falecidos. “Todos os jornalistas que foram perseguidos, cassados, exilados, presos, mortos, torturados, ou que sofreram qualquer tipo de intimidação durante o período militar, a Comissão irá apurar”, esclarece o assessor de comunicação do SJPMG, Hugo Pirez.

A Comissão foi empossada, na tarde de segunda-feira, 18, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG). Integram a CVJM os jornalistas Luiz Carlos de Assis Bernardes, Helena Barcelos, Neide Pessoa, Pauo Lott e Nilmário Miranda. “Os integrantes são defensores dos Direitos Humanos. Alguns são figuras de proeminência na luta contra a ditadura”, explica Pirez.

Por: Rafaela Acar e Rute de Santa

Foto: Blog  TecCiencia

Nesta primera reportagem da série a equipe do contramão apresenta uma discussão sobre as políticas sociais e um panorama do consumo das drogas na capital mineira.

Os dados do Observatório Brasileiro sobre Drogas (OBID)  apontam que pelo menos 23% da população brasileira fez uso de algum tipo de substância considerada ilícita. Quando o assunto é o crack, os números são alarmantes, a estimativa é que mais de 1,5 milhão de pessoas sejam viciadas na droga.

Para o Presidente interino do Conselho Municipal Sobre Drogas, Nilton Ferreira Bittencourt Júnior, é preciso criar ações preventivas para que as pessoas não venham a usar drogas. “Quanto aqueles que já são usuários um acompanhamento para que saim o quanto antes do vício”, esclarece. De acordo com Ferreira, uma ação importante da Prefeitura de Belo Horizonte é o serviço do consultório de rua que age diretamente nas cenas de uso.

Por outro lado, o coordenador da Pastoral da Sobriedade, Eduardo Soares, acredita que é preciso  união de todos. “O Problema é de todo mundo, temos quer criar uma estratégia e combater o consumo, não adianta combater o tráfico tem que combater o consumo”, analisa.

Por João Vitor Fernandes e Hemerson Morais

Foto  Blog Sem Drogas

Vídeo

Imanges Hemerson Morais e Ana Carolina Vitornio

Edição: João Vitor Fernandes